Área restrita

Que tal ter descontos em faculdade e pós-graduação, escolas de educação infantil, cursos de idiomas, tratamento dentário, psicológico, farmácias e até na hora do lazer, em parques de diversões, hotéis e pousadas? Sendo sindicalizado tudo isso é possível. O Sindicato tem convênio com várias instituições, o que proporciona ótimos e exclusivos descontos aos associados. Para mais informações sobre empresas e instituições conveniadas, consulte abaixo.

A empresa conveniada assume total e inteira responsabilidade pelos serviços que prestará aos USUÁRIOS, respondendo civil e criminalmente pelos atos praticados no exercício da prestação os serviços ou produtos ora conveniados, considerando-se sempre como fornecedor a conveniada e jamais o Sindicato, sendo que esse desenvolve apenas a função de divulgação dos produtos ou serviços.

Todas as ofertas e promoções são de responsabilidade da Conveniada.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC, não se responsabiliza por eventuais mudanças nos descontos ou promoções ofertados.

Foi entregue nesta quinta-feira 14,  para a diretora de RH do Santander, a pauta de renovação do acordo aditivo do banco.

A minuta foi feita a partir de consulta realizada com mais de 10 mil trabalhadores de todo país, que demonstraram como maiores preocupações as questões relacionadas ao emprego e cobrança de metas, que adoecem a categoria.

"O atual acordo vence agora no mês de agosto, no entanto nós reivindicamos ao banco sua prorrogação até que se encerrem as negociações do novo aditivo", disse Eric Nilson, presidente do Sindicato e funcionário do Santander que esteve presente na entrega da pauta.

A primeira rodada de negociação será no início de setembro.

Esse instrumento é resultado da mobilização dos trabalhadores e garante uma série de conquistas desde 2000. Os trabalhadores do Santander são os únicos da iniciativa privada a contar com acordo coletivo aditivo.

1481419319

Nova pesquisa nacional revela que 30 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos no primeiro semestre de 2013, uma média de cinco vítimas fatais por mês, o que representa aumentos de 11,1% em relação aos seis primeiros meses de 2012, quando foram registradas 27 mortes, e de 30,4% em comparação a igual período de 2011, que teve 23 mortes. O levantamento foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese. O lançamento da pesquisa ocorreu nesta sexta-feira, dia 19, durante a 15ª Conferência Nacional dos Bancários, que está sendo realizada no Hotel Holiday Inn, no Parque Anhembi, em São Paulo, com 674 participantes, que definirá no domingo, dia 21, a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2013. > Clique [highlight]aqui[/highlight] para acessar a pesquisa completa. São Paulo (14), Rio de Janeiro (5), Bahia (3) e Rio Grande do Sul (3) foram os estados com o maior número de casos. A principal ocorrência (60%) foi novamente o crime de "saidinha de banco", que provocou 18 mortes. Já os clientes foram outra vez a maioria das vítimas (21), seguido dos vigilantes (4). Um gerente do Banco do Brasil foi morto no Piauí. Para a Contraf-CUT e a CNTV, essas mortes comprovam, sobretudo, a escassez de investimentos dos bancos na melhoria da segurança. Segundo dados do Dieese, os seis maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) obtiveram lucros de R$ 51,4 bilhões em 2012. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,1 bilhões no mesmo período, o que significa 6,1%, em média, na comparação com os lucros. São números preocupantes que apontam a negligência dos bancos na proteção da vida de trabalhadores e clientes, bem como mostram a fragilidade da segurança pública, pois faltam mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência para evitar ações criminosas. Essas mortes reforçam a necessidade de atualizar a lei federal nº 7.102/83, que está completando 30 anos e se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade. Há um projeto de estatuto de segurança privada, que está em análise no Ministério da Justiça. Precisamos de uma nova legislação que tenha mais equipamentos de prevenção e medidas eficazes para garantir a proteção da vida, eliminar riscos e propiciar segurança para trabalhadores e clientes. Mortes por estados São Paulo registra quase a metade das ocorrências (14), o que representa 46,67% das mortes. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar com 5 casos (16,67%). Tipos de ocorrências O levantamento aponta que os crimes de "saidinha de banco" seguem liderando as ocorrências, tendo causado 18 mortes, o que representa 60% dos casos. Em segundo lugar aparecem as mortes em assaltos a correspondentes bancários, com 5 mortes (17%). Na terceira posição estão os assassinatos em assaltos a agências, com 4 vítimas fatais (13%). A Contraf-CUT e a CNTV defendem ações preventivas que visem enfrentar a "saidinha de banco".Esse crime tem início dentro dos bancos e, para combatê-lo, é preciso evitar a ação dos olheiros na hora do saque, através de medidas simples e viáveis como a instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas, e de divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos. Proibir o uso do celular nos bancos é uma medida ineficaz, pois não impede a visualização das operações. Além disso, é fundamental a colocação de portas de segurança com detectores de metais antes do autoatendimento, câmeras internas e externas de monitoramento em tempo real nos espaços de circulação de clientes e vidros blindados nas fachadas. Outra medida defendida por bancários e vigilantes é a isenção das tarifas de transferência de recursos (DOC, TED), como forma de reduzir a circulação de dinheiro na praça. Muitos clientes sacam valores expressivos para não pagar as altas tarifas dos bancos e viram alvos de assaltantes cada vez mais atrevidos. O crescimento das mortes em assaltos a correspondentes não surpreende. Os bancos estão empurrando cada vez os clientes para esses estabelecimentos que não possuem bancários nem vigilantes, precarizando o atendimento, aumentando o risco e causando a morte de pessoas. Perfil das vítimas A pesquisa revela que 21 clientes foram mortos no 1º semestre deste ano, sendo as principais vítimas em assaltos envolvendo bancos, o que representa 70% das ocorrências e um aumento de 40% em comparação ao mesmo período do ano passado. Quase todos foram assassinados em "saidinhas de banco". Os bancos não podem tratar a "saidinha de banco" como problema de segurança pública ou terceirizar a responsabilidade para os clientes. Os bancos têm que adotar medidas concretas para garantir prevenção contra esse crime que está tirando a vida de pessoas porque sacaram dinheiro em condições inseguras e precárias. Os vigilantes ocupam o segundo lugar com 4 vítimas fatais. Um bancário também foi morto. Os bancos e as empresas de vigilância têm que ampliar equipamentos de prevenção e oferecer melhores condições de trabalho, pois é inaceitável que os trabalhadores continuem morrendo por falta de investimentos na proteção da vida. Gênero das vítimas A pesquisa aponta também o gênero das vítimas, mostrando que os homens (28) são os que mais morrem em assaltos envolvendo bancos, o que representa 93,3% dos casos. Geralmente os homens sacam quantias maiores de dinheiro, são também maioria nas atividades de segurança, estão mais expostos ao risco e reagem mais à ação dos assaltantes. Os bancos e as autoridades de segurança pública têm que tomar providências para evitar essas tragédias. Faixa etária das vítimas A pesquisa também revela ainda a faixa etária das vítimas, na sua maioria identificada nas notícias da imprensa. Não há uma faixa que chame mais a atenção, na medida em que os números ficaram muito próximos. Esses dados mostram que todas as faixas etárias correm risco de morte em assaltos envolvendo bancos. Além do mais, o atendimento bancário é uma atividade de risco. Os bancos têm que assumir a sua responsabilidade para proteger a vida das pessoas e mudar essa triste realidade. Carência de investimentos dos bancos Conforme estudo feito pelo Dieese, com base nos balanços publicados de 2012, os seis maiores bancos lucraram R$ 51,4 bilhões e tiveram despesas com segurança e vigilância de R$ 3,1 bilhões. Comparando os números, os bancos gastaram 6,1% dos lucros em segurança e vigilância. Esses dados dos balanços comprovam mais uma vez o que verificamos há muito tempo: os bancos não priorizam a proteção da vida, pois gastam muito pouco com segurança em comparação com os seus lucros gigantescos. Esperamos que essas mortes alertem os bancos para a necessidade de tratar as despesas de segurança e vigilância não como custos e sim como investimentos, colocando a vida das pessoas em primeiro lugar, garantindo atendimento decente para todos os clientes e usuários, o que deve ser prestado em condições seguras e protegidas. Bancos multados pela Polícia Federal Além das mortes, os bancos também agem com descaso no cumprimento da lei federal nº 7.102/83. No primeiro semestre de 2013, a Polícia Federal multou 19 bancos em R$ 8,803 milhões por falhas na segurança de agências e postos de atendimento bancário, durante reuniões da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. As principais infrações foram número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes, planos de segurança não renovados, transporte de numerário feito por bancários, falta de detector de metais portátil e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras itens. Houve também aplicação de multas e penalidades contra empresas de segurança, vigilância, transporte de valores e cursos de formação de vigilantes. Fonte: Contraf-CUT

A precarização do trabalho, que será inevitável se o projeto de lei 4330 em tramitação na Câmara dos Deputados for aprovado, e intensificação do uso de novas tecnologias pelo sistema financeiro são as grandes ameaças imediatas para o emprego e para os direitos trabalhistas dos bancários. Essas foram, em síntese, as advertências dos palestrantes do painel Terceirização e Reestruturação Produtiva do Setor Financeiro, o terceiro da 15ª Conferência Nacional dos Bancários, que começou nesta sexta 19 e vai até domingo. Participaram da mesa o secretário de Organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, o pesquisador Moisés Marques, professor e coordenador do Centro de Pesquisas 28 de Agosto do Sindicato de São Paulo, e a economista Vivian Rodrigues, da subseção do Dieese da Contraf-CUT. "As transações virtuais já superam em quantidade as transações tradicionais", destacou Moisés. Segundo dados da própria Febraban, em 2008 18% das operações bancárias eram feitas nas agências, 33% nos terminais de autoatendimento e 30% pela internet. Em 2012, pela primeira vez, as transações via internet (39%) superaram até mesmo as realizadas em caixas eletrônicos (26%), enquanto que as feitas em agências caíram para 11%. Outro dado citado por Moisés mostra que o número de bancários por agência diminuiu: a média era de 36,62 por unidade em 1990; em 2011 foi reduzida para 24,11. "Índice de eficiência" ou corte de custos O pesquisador destacou ainda a aposta dos bancos no índice de eficiência. "Com a queda da taxa básica de juros, os bancos privados estão apostando no corte de custos", disse, acrescentando que hoje uma transação via internet custa cerca de 100 vezes menos do que uma transação na agência. Ele citou ainda o uso de celulares para pagamento de contas, previsto pelo governo por meio de medida provisória (MP 615). Segundo Moisés, essa nova tecnologia permite a "inclusão" financeira sem necessariamente ampliar a inclusão bancária, já que as classes D e E, que têm celular, continuarão com restrições que as impedem de abrir conta em banco. De acordo com o pesquisador, nesse novo cenário - com maioria de operações virtuais, investimentos em softwares que vão permitir ao banco formatar o perfil de cada cliente sem que o bancário tenha visto seu rosto, agências cada vez menores e menos funcionários -, o emprego já está em transformação. "Acredito que os chamados cargos de front office, ou seja, de bancários que atendem o cliente pessoalmente, vão diminuir consideravelmente, enquanto que haverá crescimento nos cargos de back office, de retaguarda. E o perfil desse bancário, que vai lidar com tecnologia, é jovem e ambicioso, é de um trabalhador que vai querer lidar com as metas determinadas pelo banco. O grande desafio dos sindicatos será mobilizar. Se os bancos estão buscando eficiência operacional, os sindicatos têm de buscar a eficiência na luta e na organização". "PL permite subcontratações infinitas" O secretário de Organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, lembrou que, até então, na ausência de uma legislação específica, a referência que se tem sobre a terceirização no Brasil é a Súmula 331 do TST. "Mesmo com todos os problemas que a Súmula apresenta, permitindo a terceirização das atividades-meio, ela ainda põe um limite, proibindo a terceirização das atividades-fim e a intermediação ilegal da mão-de-obra", afirmou. "O substitutivo do deputado Arthur Maia (PMDB-BA), atual texto do PL 4330, autoriza toda e qualquer atividade a ser terceirizada, sem limites, seja no setor público ou privado, rural ou urbano. Mesmo com o conceito de empresa especializada - ainda sem conceituação jurídica -, permite subcontratações infinitas. Ou seja, trata-se de uma reforma trabalhista", esclarece Miguel. Segundo o dirigente da Contraf-CUT, o PL traz de volta a figura da Pessoa Jurídica (PJ) da vetada Emenda 3 e subdivide os trabalhadores, já que não garante os mesmos direitos da categoria preponderante aos terceirizados, ainda que trabalhando no mesmo ambiente exercendo as mesmas atividades. "Há também no texto uma única exceção à especialização: os correspondentes bancários, que serão legalizados e legitimados", acrescenta. Miguel Pereira alertou para as consequências devastadoras da aprovação do PL 4.330/04: "Em primeiro lugar, os 45 milhões de trabalhadores contratados diretamente hoje poderão virar prestadores de serviço, sem garantias de salários e direitos. Mais do que isso, os 12 milhões de terceirizados que já existem continuarão com seus empregos precarizados. Ou seja, trata-se de uma proposta que não atende os trabalhadores em nenhuma escala". Por todos estes motivos, o embate político contra a proposta não é nada fácil. De acordo com o secretário da Contraf-CUT, a aprovação é tão estratégica para o empresariado, sobretudo do setor financeiro, que as negociações têm sido conduzidas pelo diretor da Febraban, Magnus Apostólico, que tem se mostrado irredutível em alterar o texto. "Só há uma possibilidade de vitória: a mobilização" Para finalizar, Miguel Pereira relatou a pauta das centrais sindicais e a atuação dos trabalhadores organizados para a sua derrubada, com destaque para a categoria bancária. A pauta é composta por cinco pontos: informação prévia; proibição da terceirização de atividades-fim; igualdade de direitos, tratamento e salarial para os terceirizados; responsabilidade solidária; e punição das empresas infratoras. Antes de junho, as centrais estavam atuando com a intenção de evitar a votação, negociar alterações e impedir a precarização dos empregos. Após as mobilizações dos trabalhadores, nas quais os bancários tiveram participação de destaque, os esforços foram redobrados na tentativa de derrotar o PL. "Muita coisa já foi feita neste curto espaço de tempo: fomos a Brasília três vezes, houve três reuniões de negociação da mesa quadripartite e, no dia 10 de julho, conseguimos retirar da pauta da CCJC a votação do projeto", lembrou. Com o adiamento da votação, quatro novas rodadas de negociações foram marcadas -- para os dias 16, 22 e 29 de julho e 05 de agosto --, as centrais sindicais também agendaram duas novas datas de mobilização: 06 e 30 de agosto. Há ainda a possibilidade do PL 4.330/04 ser votado no dia 13 de agosto. "E nós temos uma única possibilidade de vitória: mobilização neles!", encerrou Miguel Pereira. Rede de Comunicação dos Bancários Andrea Ponte Souza e Renata Ortega

Rede de Comunicação dos Bancários A 16ª Conferência Nacional dos Bancários, que está sendo realizada em Atibaia (SP) desde a sexta-feira 25, aprova neste domingo 27, na plenária final, a estratégia e a pauta de reivindicações da Campanha 2014. Participam 634 delegados de todo o país, dos quais 442 homens e 192 mulheres, além de 63 observadores. A plenária vai discutir e votar as propostas que tiveram pelo menos 20% dos votos nos quatro grupos de discussão instalados neste sábado 26: Emprego, Reestruturação Produtiva no Sistema Financeiro, Remuneração e Saúde e Condições de Trabalho. "Estaremos assim coroando um longo processo democrático de discussão com os bancários, que passou por assembleias, consultas às bases, conferências regionais e agora a conferência nacional. E estamos mais uma vez demonstrando nossa unidade e reafirmando a disposição de mobilização para buscar novas conquistas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. Veja abaixo como foram as discussões nos primeiros dois dias de conferência. Reuniões em grupos aprofundam discussão dos temas centrais da Campanha Para Contraf-CUT, é preciso ousar e mobilizar nesta Campanha Nacional Brasil vai bem e bancos podem atender reivindicações, dizem palestrantes Contraf apresenta na Conferência resultado da consulta nacional aos bancários Para CUT, participação dos sindicatos é fundamental para o plebiscito popular "Atual sistema divide trabalhadores em vencedores e perdedores", diz Heloani "Ampliação da terceirização é golpe de morte no direito trabalhista", diz juiz Ditadura militar gerou atraso histórico ao Brasil, dizem palestrantes Novas tecnologias beneficiam bancos e prejudicam bancários e clientes > Salários dos bancários não seguem crescimento dos bancos, aponta Dieese Peça durante Conferência celebra memória, resistência e luta pela liberdade Rede de Comunicação dos Bancários faz cobertura online da Conferência

Questionário vai definir prioridades da pauta de reivindicações e está disponível também no site do Sindicato.consulta2 Termina no próximo dia 4 o prazo para responder à consulta da campanha nacional dos bancários 2014. O objetivo é que, a partir das respostas dos trabalhadores, sejam elencadas as prioridades da categoria para pauta de reivindicações que será entregue à Fenaban. É importante que todos participem, pois a consulta traz questões como o índice de reajuste mais justo, prioridades nas áreas de saúde, segurança e condições de trabalho; aborda o sistema financeiro e os juros bancários e apresenta temas nacionais, como a reforma política e a democratização da mídia. Não é necessário que o bancário se identifique. A pesquisa será realizada na base dos sindicatos bancários e depois os dados reunidos para aferição, permitindo assim o diagnóstico nacional. O questionário pode ser acessado pelo site do Sindicato, no link http://bancariosabc.org.br/eforms/consulta-campanha-nacional-2014/9/

Para Roberto von der Osten, unidade nacional, mobilização e luta marcaram a maior greve da categoria Considerada uma grande vitória política dos trabalhadores, o reajuste de 10% e outras conquistas dos bancários não vieram por livre e espontânea vontade dos patrões. A pressão popular dos trabalhadores, na maior greve nacional da categoria, foi fundamental para mudar os rumos das negociações da Campanha Nacional 2015. A Federação Nacional do Bancos (Fenaban) usou o argumento da crise econômica que o País vive ultimamente na primeira rodada de negociação. A entidade que representa os banqueiros ofereceu 5,5 % de reajuste salarial. “Nada além deste reajuste, que na verdade seria uma perda salarial de 4,15%, já que a inflação do período negociado foi de 9,88%”, explicou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten, o Betão . “Numa assembleia unificada no começo do mês de setembro, todos os sindicatos rejeitaram esta proposta e pediram uma nova negociação que fosse coerente com o lucro dos bancos, 36 bilhões no primeiro semestre deste ano”, explicou. A reivindicação da categoria era a reposição da inflação mais 5,7% de aumento real. “Era pouco comparando com o lucro”, complementou Betão, como é chamado o presidente. Com o silêncio e o descaso da Fenaban, os trabalhadores decidiram fazer a greve. Para saber mais detalhes sobre esta luta, o Portal da CUT fez uma entrevista especial com o presidente da Contraf-CUT. Confira: Como foram as negociações com a Fenaban? Fizemos rodadas bem difíceis de negociação com a Fenaban e os representantes dos bancos públicos. Conseguimos elevar primeiro para 7,5% sem abono, depois com 8,75% e depois na quinta rodada foi que conseguimos avançar para 10% de reajuste no salário e 14% nos benefícios, como vale alimentação e refeição. Conseguimos negociar com os bancos que os 21 dias de greve, será feita uma recompensação de uma hora a mais de trabalho até 15 de dezembro deste ano, a partir da data de assinatura da convenção. E o Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 90% do salário. Além da parte financeira, considerado um outro grande avanço, foi o acordo com os maiores bancos públicos e privados, de um programa que vai tratar sobre a saúde do trabalhador. A categoria tem o maior número de adoecimento por transtorno mental. A causa está ligada ao assédio moral para o cumprimento de metas abusivas. Qual foi a avaliação da greve feita pelo Comando Nacional dos Bancários? A avaliação é de que a greve foi muito vitoriosa, porque ela começou com a adesão de um pouco mais de 6mil agencias paradas e na outra semana passou de 12 mil. Na última greve em 2014 o maior número chegou a 10 mil. No 21º e último dia desta greve o número de adesões a greve chegou a 13.089 mil agências e 42 centros administrativos, lugares que trabalham até 3 mil pessoas em cada unidade em várias regiões do país, desde o campo até a cidade. Foi a maior número alcançado até hoje. Por que você acha que teve essa grande adesão? A pressão popular dos trabalhadores e da sociedade foi fundamental para esta greve ser do tamanho que foi. Mas foi com muito trabalho de base e o uso da nossa comunicação que a categoria percebeu este 4,15 % de redução de salário e os prejuízos da greve começaram a rondar a economia. A campanha unificada “Exploração não tem perdão" foi fundamental no processo de informação para dentro e fora da categoria. A campanha explicava as explorações que o banco faz, tanto para os clientes, orientando-os sobre os lucros que a instituição financeira ganha em cima dos juros abusivos, quanto para o trabalhador e para sociedade, explicando a exploração do uso do dinheiro deles estrategicamente em busca de mais lucros.Fora as tarifas bancárias que foram inventadas para ter mais ganho, de 2013 a 2015 as tarifas subiram mais de 169%. O grande protagonismo desta grande vitória foi a estratégia de diálogo que fortaleceu a pressão popular. O que significa esta vitória para a categoria? Foi uma vitória da luta, uma vitória da unidade nacional. A campanha no Brasil inteiro teve a mesma identidade. Todos os sindicatos do Brasil entraram em greve no mesmo dia, na mesma hora e 90%deles saíram no mesmo dia, na mesma hora. Todos eles cumpriram o mesmo calendário, a mesma negociação. Foi uma vitória indubitável, tenho orgulho muito grande da nossa categoria. Uma vitória da luta, da coragem de homens e mulheres, na madrugada, nas chuvas fortes do Sul, do sol forte do Nordeste. Todos fazendo seu trabalho, construindo a nossa greve, acreditando no sindicato, acreditando no comando. A gente queria 5,7% de aumento real e não conseguimos, mas a proposta inicial era de perda salarial e nós não deixamos isso acontecer. Não foi uma grande vitória econômica, a gente queria mais, mas foi uma grande luta. Qual a mensagem que a Contraf deixa para as outras categorias em campanha salarial? A força da nossa campanha é a unidade. Mostramos que a organização nacional da categoria, transparência e democracia é possível, mas os trabalhadores precisam participar muito do sindicato. O comando, os sindicatos, têm o papel de avaliar e orientar, mas quem decide são as assembleias, os trabalhadores. Fonte: CUT