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O Brasil precisa realizar uma reforma política urgente, com mudanças que vigorem já na próxima eleição, no ano que vem. E a população precisa ser ouvida, através de um plebiscito que aponte o novo modelo político e eleitoral do país. Essa é a opinião do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) e do presidente da CUT, Vagner Freitas. Os dois comandaram os debates sobre a reforma política realizados nesta sexta-feira 19, primeiro dia da 15ª Conferência Nacional dos Bancários, em São Paulo. Ambos defenderam o financiamento público de campanha e alterações no modelo de representação. Entre as principais propostas está o polêmico fim do Senado (veja mais no quadro ao fim da matéria). Berzoini afirmou que o Partido dos Trabalhadores já colhia assinaturas para uma reforma política antes das manifestações populares, de junho. Os atos, segundo ele, trouxeram mensagens difusas, mas levantaram a questão da baixa representatividade política, uma crise presente em todas as democracias do mundo. "O atual modelo precisa ser debatido. E o centro do debate é o fim do financiamento privado de campanha. Temos de permitir maior igualdade e este deve ser o foco dos trabalhadores", afirmou o deputado que faz parte da comissão especial da Câmara que discute a reforma política. A esse grupo, o parlamentar deve levar três propostas: o estabelecimento de um teto de gastos em campanhas eleitorais, equivalente a um terço da média de despesas da última eleição; a proibição da contratação de cabos eleitorais e o fim do sigilo bancário nas contas das candidaturas, para estabelecer maior transparência dos gastos. Há amparo legal para que essas três medidas possam começar a valer já em 2014. Conservadorismo vai disseminar a confusão Tanto Vagner Freitas quanto Berzoini apontaram que o processo de plebiscito envolverá muita disputa política, já que o conservadorismo tende a disseminar a confusão entre a população, dizendo que o financiamento público tiraria verbas da saúde e da educação para financiar políticos. "Na verdade, o financiamento público devolveria a soberania ao povo, garantida na Constituição, que afirma: "todo o poder emana do povo", mas hoje o poder emana do povo, mas é intermediado pelo poder econômico", reforçou Berzoini. Para Vagner Freitas, se a sociedade não se mobilizar para pressionar o Congresso, a reforma política não sairá do papel. "Pode ter certeza que a maioria dos parlamentares, que só têm compromisso com os seus mandatos, vão enterrar a reforma política", disse. Vagner afirmou que a CUT defende a realização do plebiscito para que a população possa apontar a direção que a reforma política deve seguir. O presidente da CUT, que é bancário, aproveitou a Conferência Nacional da categoria para lançar uma nova ideia da central. "Se os políticos não fizerem o plebiscito, a CUT vai fazer. Vamos coordenar uma ampla consulta popular para ouvir a opinião dos trabalhadores. Este nosso plebiscito pode não ter amparo legal ou valor jurídico. Mas tem valor político. Ele vai mostrar ao Congresso quais as mudanças que o povo quer", afirmou. A mãe de todas as reformas Para Vagner Freitas, a reforma política é a mãe de todas as reformas, mas ela não valerá de nada se o Brasil não estabelecer um novo marco regulatória para a mídia. "A chamada grande imprensa é de direita e não dá voz para a esquerda ou mesmo para os mais pobres. Aliás, esta reforma política será de extrema importância para mostrar quem é de esquerda e quem é de direita, pelas propostas que cada um vai defender". A presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, que mediou a mesa de debates sobre a reforma política, afirmou que a conferência dos bancários um momento oportuno para colocar esta discussão de "fundamental para a classe trabalhadora". Para ela, a sociedade não se sente representada pelo Congresso Nacional apesar de ter votado, pois "quem o elege efetivamente é o capital". Um exemplo disso é que hoje no Congresso há apenas seis trabalhadores rurais, e 220 representantes do agronegócio. "Que chance tem um líder popular de ser eleito?", questiona a dirigente. Contra o PL 4330 Para o presidente da CUT, a tramitação do PL 4330, que libera a terceirização, é um exemplo da necessidade de reforma política, pois a bancada dos empresários é muito mais representativa do que a dos trabalhadores, em função do predomínio do poderio econômico nos processos eleitorais. "Se não conseguirmos fazer essa reforma agora, a próxima oportunidade pode demorar muito. O papel do movimento sindical e social é a mobilização das massas pela reforma política. A sociedade clama por uma participação que não pode se restringir ao voto. É preciso chamar a população para debater os rumos das políticas públicas. Temos que ter instrumentos de participação popular", defendeu Vagner. O dirigente também ressaltou que a melhor alternativa é o plebiscito, não o referendo. "Acho que o referendo é um bom instrumento. Mas nesse momento, o plebiscito seria melhor, pois a população formularia as políticas, enquanto no referendo, apenas diria sim ou não a propostas do Congresso", explicou, ressaltando que a reforma política é um problema dos trabalhadores, sim. "É um problema nosso porque interfere diretamente na nossa vida. Voto não é tutela para gerenciarem nossa vida como bem entenderem. Precisamos da reforma política, e precisamos mais: de uma reforma tributária com menos impostos para os pobres e mais para os ricos, com imposto sobre grandes fortunas para financiar políticas públicas". Mobilização em 30 de agosto Vagner Freitas abordou também o processo de mobilização conjunta das centrais sindicais em defesa da pauta dos trabalhadores e convocou os bancários a voltarem às ruas para novos protestos em 30 de agosto. Segundo ele, o governo até tem negociado com as centrais sindicais, mas sem atender as reivindicações que lhe são apresentadas. "Vamos intensificar a pressão iniciada no dia nacional de luta que fizemos em 11 de julho, com foco em três questões que consideramos fundamentais: fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e fim da terceirização, que passa pela rejeição ao PL 4330", ressaltou o presidente da CUT. A exemplo dos protestos do dia 11 de julho, a mobilização convocada para o dia 30 de agosto conta novamente com o envolvimento de todas as centrais sindicais do país. Principais propostas da CUT para reforma política * Fim do Senado * Combate à corrupção tornando-a crime inafiançável e fim da imunidade parlamentar para crimes penais e de corrupção * Financiamento de campanha exclusivamente público * Voto proporcional em lista partidária, com alternância de sexo, definidas em convenções partidárias democráticas e transparentes * Diminuição do número de assinaturas para projetos de Iniciativa Popular e mecanismos de facilitação de coleta. Essas propostas teriam tramitação prioritária * Inclusão de mecanismos para a democratização do Poder Judiciário Rede de Comunicação dos Bancários Evando Peixoto, Fábio Jammal e Renato Godoy

Saúde, condições de trabalho e segurança bancária serão os temas da negociação desta quinta, 3 O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retoma com a Fenaban, nesta quinta-feira (3), a segunda rodada negociação sobre saúde e condições de trabalho. Também estão na pauta as reivindicações sobre segurança. Toda a quarta-feira (2) foi tomada pelo debate sobre saúde, mas os bancos não apresentaram propostas concretas para resolver o aumento dos casos de adoecimento na categoria (veja quadro abaixo).  O presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto Von der Osten, iniciou a negociação ressaltando que saúde é um direito fundamental e que os bancos precisam assegurar este direito no local de trabalho. "A saúde do trabalhador não pode ser negociada como um mero elemento da produção e nem podemos admitir que o trabalho adoeça as pessoas, como temos visto nos dados de afastamento do trabalho", reforçou. 

Com uma rotina de trabalho cada vez mais estressante com metas abusivas e muita pressão pela cobrança de resultados, a categoria bancária está entre as que mais apresentam problemas de saúde com causas nas condições de trabalho. Os casos de transtornos mentais e comportamentais estão crescendo muito mais rapidamente na categoria bancária e já superam os adoecimentos relativos a LER/Dort. Entre janeiro e março do ano passado, 4.423 bancários foram afastados do trabalho, sendo 25,3% por lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares e 26,1% por doenças como depressão, estresse e síndrome do pânico. O INSS ainda não divulgou os dados do ano todo de 2014 sobre o setor bancário, mas tabelas completas de anos anteriores reforçam este aumento. Em 2009, foram 2957 afastamentos por transtornos mentais e comportamentais. Já em 2013, os números chegaram a 5042 bancários. Um crescimento de 70,5%, conforme estudo do Dieese com base nos benefícios previdenciários e acidentários concedidos pelo INSS. No mesmo período, nas outras categorias, o crescimento foi de 19,4%. 

Fim das metas abusivas e do assédio moral - O Comando Nacional dos Bancários também destacou a convenção 161 da OIT, que tem o Brasil como signatário, estabelecendo objetivos, princípios e diretrizes de uma política nacional de saúde a partir do diálogo social com os trabalhadores. Os bancários reivindicam que as metas sejam estabelecidas com a participação dos trabalhadores, com critérios para a estipulação, levando em conta o porte da unidade, a região de localização, número de empregados e carteira de clientes. "Os bancos continuam a dizendo que as metas são expectativa de resultados e fazem parte da gestão. Mas o que vemos é uma relação direta com a avaliação de desempenho. Os bancários se sentem pressionados e obrigados a cumprir a meta a qualquer preço. Eles ficam angustiados e estressados para conseguir resultados e adoecem num ambiente de trabalho extremamente competitivo", disse Roberto Von der Osten. Durante a negociação, o Comando Nacional reivindicou o aprimoramento do instrumento de prevenção e combate ao assédio moral, uma conquista da campanha de 2011. O movimento sindical acredita que o tempo de resolução dos casos precisa ser mais rápido. Atualmente, os bancos têm 45 dias e durante este período assediador e assediado convivem no mesmo local de trabalho. Isso intensifica o quadro de depressão e de outras doenças pelo assédio.
A negociação com a Fenaban continua nesta quinta-feira (3) com as discussões sobre o GT do adoecimento, grupo de trabalho bipartite que tem a função de analisar as causas dos afastamentos dos empregados do ramo financeiro. Outra reivindicação dos bancários é a alteração da redação da cláusula do programa de "reabilitação" do trabalho, para "retorno" ao trabalho, já que reabilitação é uma atribuição do Estado e não pode ser executado pelas empresas, como os bancos têm feito. A extensão integral dos benefícios para os bancários afastados também está na pauta. 

Além das reivindicações de saúde e condições de trabalho, a segunda rodada também debaterá as demandas sobre segurança bancária. O Comando Nacional reivindica melhores condições de segurança para bancários e clientes e assistência às vítimas de assaltos, sequestros e extorsão. Também estão na pauta a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. O fim da revista íntima, ainda praticada por muitas agências no País. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários e extinção das tarifas para transferência de dinheiro via DOC e TED. Levantamento realizado pela Contraf-CUT e pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com apoio técnico do Dieese, aponta que 66 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos em 2014, uma média de 5,5 vítimas fatais por mês.

Calendário de Negociações com a Fenaban
3 de setembro - Saúde, Condições de Trabalho e Segurança
9 de setembro - Igualdade de Oportunidades
16 de setembro - Remuneração 

Fonte: Contraf-CUT Print

Fonte: Seeb SP

Trabalhadores do setor financeiro de todo o Brasil, juntamente com 20 representantes do Sindicato dos Bancários do ABC, estão reunidos a partir desta sexta-feira para a 15ª Conferência Nacional dos Bancários, que segue até domingo (21/7). Os participantes debatem durante todo o dia os temas sobre: condições de trabalho; remuneração e emprego;reestruturação produtiva no sistema financeiroe reforma política. "É enriquecedor participar desta Conferência, pois além da categoria definir as prioridades para a Campanha Nacional, compartilhamos conhecimentos em diversos setores bancários”, destaca Eric Nilson, presidente do Sindicato. Abertura A abertura solene da Conferência está marcada para às 19 horas desta sexta-feira (19/7). O evento continua neste sábado (20/7), com uma análise de conjuntura na parte da manhã e depois com trabalhos em grupo, à tarde, discutindo temas relacionados à emprego, reestruturação produtiva no sistema financeiro, remuneração e condições de trabalho. No domingo (21/7), haverá definição da pauta de reivindicações da categoria a serem encaminhadas à Fenaban pelo Comando Nacional dos Bancários.

encontro privados“Nenhum direito a menos. Lutar defender e garantir”, com este lema começou, na noite desta terça-feira (6), o Encontro Nacional de Funcionários dos Bancos Privados de 2017, realizado em São Paulo, até a próxima quinta-feira (8).

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, afirmou que as questões específicas dos bancos privados serão debatidas, mas com um aditivo. “Vamos fazer um debate das perspectivas da conjuntura que estamos vivendo, que talvez seja um dos mais cruéis da história, ao lado da ditadura militar. Esse é o momento de uma crise mais concreta, uma crise ética, uma crise política, uma crise econômica. O Brasil caminha para um conflito, pois vivemos tempos de ódios, semeados pelos grandes grupos de mídia. E nós estamos aqui para fazer um debate sobre toda essa crise e sobre nossas especificidades.”

O presidente da Contraf-CUT lembrou que estamos vivendo em tempos de guerra, que ficou claro quando houve a convocação do exército para combater manifestações democráticas de trabalhadores. “O que esse golpe trouxe para gente, não foi só o Temer, que foi eleito por um plano de governo diferente do qual está implementando. Trouxe retiradas de diretos da classe trabalhadora e o fim da Previdência Social. O que fica claro também é a mão da Febraban neste golpe, ao lado do empresariado. Deram esse golpe para aumentar seus lucros, retirar direitos e acabar com a organização dos trabalhadores”, disse. “Mas há uma grande beleza que nós estamos vendo neste momento. É que as mulheres e a juventude tomaram a frente nessa luta e isso nos deixa claro que há esperança sim”, completou.

Antes de encerrar, Roberto ainda afirmou que “uma coisa tem de ficar claro para cada um que está aqui hoje. Só tem uma saída, é politizar o debate e mostrar que esse Congresso é composto por bandidos. Fora Temer não basta, é Diretas Já para sairmos daqui melhor do que chegamos.”

Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e representante da CUT, concorda que estamos num momento muito difícil da nossa histórica. “É importante realizarmos esses encontros para defender nossa democracia, pois direitos só existem na democracia. Você não tem direito quando são retirados os poderes básicos do povo, que é a democracia, é o poder de votar e escolher seu presidente. Para mantermos os direitos, nós precisamos das eleições diretas. Não tem como fazer o encontro dos bancos sem discutir essa conjuntura, pois precisamos reverter isso. Ir aos locais de trabalho e explicar a gravidade do situação para os trabalhadores da base.”

Segundo Carlindo Dias, o Abelha, secretário de Organização da Contraf-CUT, este talvez seja o encontro mais importante dos últimos anos. “Porque esse governo golpista está trabalhando para a retirada de direitos. Nós não podemos deixar que os bancos se aproveitem e façam o que quiser para cima dos bancários. Nós que estamos aqui reunidos é que temos essa responsabilidade. Temos que discutir todas as realidades para nos orientar como podemos agir. Nós temos o poder de mobilização e precisamos nos unir, pois sem organização, não vamos conseguir combater os ataques.”

Rita Berlofa, presidenta da UNI Finanças, acredita que os representantes dos trabalhadores do setor de finanças do Brasil fazem a diferença. “Somos referência como sindicato dos bancários no mundo todo. Assumi este cargo devido a todas as conquistas da categoria.”

Para Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários, estamos vivendo estado de exceção. “Nosso estado está em jogo. Temos uma ditadura do Judiciário. Não se ganha nas urnas, nem na política, apenas no Judiciário, isso tem feito mal para o nosso país. Quando as nossas mobilizações estavam no auge, a Justiça era contra as nossas greves. Em nossas negociações, o Judiciário vem com ações contra, até pedindo prisão de presidentes dos sindicatos. Mas agora a sociedade está acordando e tem visto que foi um golpe contra os direitos trabalhistas e sociais.”

De acordo com Adma Gomes, representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Itaú, uma das coisas que são mais importantes e que os presentes terão de batalhar muito é a questão do emprego. “Com a terceirização a nossa porta, este tema se torna prioritários para todos os bancos. Não só aqui nos encontros, mas também quando retornarmos a nossa base, nós temos que fazer com que os bancários assimilem os riscos que correm com as reformas nefastas que estão colocadas.”

Gheorge Vitti, coordenador da COE Bradesco, garante que cada representante traz o anseio de sua região para os debates. “Parabenizo a Contraf-CUT pelo encaminhamento que teve de aproximar os temas, na qual vamos tentar fazer um painel para que consiga traçar os rumos que nos convergem. O emprego descente está na nossa linha de frente. A terceirização precariza o emprego. Vamos colocar no foco as pautas maiores que estão no dia a dia.”

Maria Rosani, coordenadora da COE Santander, ressaltou que, apesar de estarmos num momento tão complicado, não podíamos deixar de fazer este encontro. “O tema foi acertado, já que os banqueiros são os maiores financiadores deste golpe imposto no país. Nós temos que nos reunir e pensar como trabalhar para manter nosso emprego e nossos direitos.”

Marco Aurélio Alves, coordenador da COE do Banco Mercantil (BMB), garantiu que a COE é muito importante nesse momento complicado da conjuntura, tão desfavorável. “Vamos mudar essa realidade com união e força. Vamos levar esse debate para as bases, porque são as bases que mandam e decretam o que fazer e nós do sindicato somos a liderança dessa base. Vamos levar esse debate na seriedade e fazer a greve geral. Mostrar que a classe bancaria está unida e temos um diferencial de luta. Vamos mostrar a resistência para o governo.”

Ricardo Neto, representante da CTB, definiu que o elitismo está mandando hoje e o capital internacional tenta impor a agenda do governo golpista, que tenta tirar os nossos direitos. “Nossa saída será as ruas, vamos envolver os trabalhadores e trabalhadoras e dar a resposta para esse governo sair. Vamos lutar contra os parlamentares que estão apoiando esse governo.”

Edson Carneiro, o Índio, da Intersindical, pontuou que “o capital da direita está dividido entre tirar o Temer com a eleição indireta e deixar o Temer com as reformas. Estamos criando uma aliança por Diretas Já para garantir os nossos direitos. Nós temos um desafio muito importante com esse encontro: organizar a greve geral do dia 30 de junho em defesa dos direitos e constituir um grande movimento para reestabelecer a democracia. Vamos sair daqui mais unificados para impor Diretas Já e para que o povo possa decidir um novo rumo e uma nova reforma tributária para que a classe trabalhadora possa viver com dignidade.”

O Encontro dos Bancos Privados continua nesta quarta-feira, às 9h na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários de São Paulo querem emprego e aumento real de 5%; Conferência Nacional acontece no fim do mês e define pauta unificada a ser entregue aos bancos

[caption id="attachment_11161" align="alignright" width="530"]DSC_0037 Delegados do ABC representando os bancários do ABC na Conferência Estadual[/caption]

Os bancários do estado de São Paulo já definiram suas prioridades para a Campanha Nacional Unificada 2016. A conferência estadual, realizada neste sábado 16, votou a pauta de reivindicações que será levada ao debate na Conferência Nacional, a ser realizada entre os dias 29 e 31 de julho, em São Paulo. A pauta final será entregue à federação dos bancos (Fenaban) no mês de agosto. A data base da categoria é 1º de setembro.

Entre as prioridades apontadas pela categoria no estado estão o índice de 14,5% (reajuste com inflação estimada mais aumento real de 5%), combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais empregos e fim das demissões nos bancos. Também definiram o piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24) e a PLR de três salários mais R$ 8.297,61 de parcela fixa adicional. E décimo quarto salário. Foi incluída uma cláusula para garantir melhores condições de trabalho nas agencias digitais, incluindo garantias em termos de emprego e jornada; fim da sobrecarga de trabalho e maior remuneração.

Na conferência estadual, participaram delegados eleitos em assembleias realizadas pelos sindicatos e nas conferências regionais preparatórias.

Durante a conferência foram apresentados os resultados das consultas realizadas nos sindicatos filiados à Fetec/CUT-SP (federação dos bancários da CUT). A pesquisa foi feita por 13 sindicatos, com 19.799 questionários.

Nas cláusulas econômicas, as maiores reivindicações foram por aumento real (81% das respostas), PLR maior (88%), fim das demissões, com mais contratações (73%) e melhores condições de trabalho sem assédio moral ou metas abusivas (60%). A categoria também defende os bancos públicos (87%), se coloca contra a terceirização ilimitada (90%), o aumento do tempo para se aposentar e mudanças que ameacem férias, jornada extra e 13º salário (73%).

A política de demissões e a alta rotatividade nos bancos privados está achatando o salário médio dos bancários, apesar de as campanhas vitoriosas terem conquistado ganhos salariais acima da inflação. A preocupante comparação foi feita pelo economista Nelson Karam, coordenador de educação sindical e diretor da Escola de Ciências do Trabalho do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em exposição realizada nesta quinta-feira, primeiro dia da 15ª Conferência Nacional dos Bancários. Segundo Karam, que fez a apresentação no Painel sobre Remuneração e Emprego, a luta dos bancários rendeu 85,3% de reajuste salarial desde 2004, valor 16,2% acima da inflação. No piso, a valorização foi ainda maior: 116,2% de aumento, 35,6% a mais que a inflação. "Entretanto, é preciso observar que a remuneração média dos bancários hoje é menor que em 2000", afirma. Há treze anos, o salário médio dos bancários era de R$ 4.961,77. Em 2011, último dado disponível, a remuneração média caiu levemente para R$ 4.743,59. A estagnação do salário médio é causado pela política de rotatividade dos bancos, que demitem funcionários com maiores salários e contrata novos bancários com ganhos menores. "E o pior é que nos últimos anos o ritmo das contratações não está acompanhando o das demissões", disse. Concentração de renda Enquanto a remuneração média dos bancários segue estagnada, o lucro dos bancos cresceu espantosos 128% de 2002 para cá. A parte conquistada pelos funcionários nesta lucratividade também caiu. Em 2002, os bancários ficavam com 43% do lucro, enquanto os acionistas abocanhavam 34%. Em 2011, a parte dos funcionários caiu para 38%, enquanto a dos acionistas subiu para 40%. Hoje, um executivo da diretoria do Itaú ganha 234,27 vezes mais que um funcionário recebe com o piso. No Santander, o executivo ganha 145,67 vezes o piso. E essa desvalorização dos bancários é inversamente proporcional ao aumento do trabalho nos bancos. Considerando apenas um dos indicadores de produtividade, cada bancário abria 83 contas correntes em 1996. Em 2011, eram 302 contas abertas por cada bancário. Isso mostra que o trabalho aumentou, mas a parte que o empregado recebe do lucro caiu", explica Karam. O economista defendeu que os bancários incluam nos debates da campanha nacional os chamados ganhos de produtividade, que levam em consideração não somente o crescimento dos lucros, mas também o aumento da produtividade no setor e dos ganhos dos executivos dos bancos. Aumento da terceirização preocupa Segudo Nelson Karam, apesar do crescimento no saldo do emprego do setor bancário nos últimos dez anos, tem crescido muito o número de trabalhadores terceirizados, em função da ampliação dos correspondentes bancários. Em 2003, havia pouco mais de 36 mil trabalhadores terceirizados nos bancos. Em 2012, o número saltou para mais de 332 mil. Karam enfatiza que a situação poderá se agravar, caso seja aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), o Projeto de Lei 4330, que escancara as terceirizações, inclusive em atividades-fins. "A regulação das terceirizações proposta por esse projeto não interessa à classe trabalhadora", disse. Ampliação de crédito Outro dado que preocupa, segundo o especialista, é que apesar do saldo médio do emprego ter crescido 24% de 2000 a 2011, nos últimos meses, os números revelam uma retração. Na opinião de Karan, esta situação pode ser revertida não somente em função da alta lucratividade do setor, mas também devido ao potencial de ampliação do crédito. "Há um grande potencial a ser explorado no mercado brasileiro. O país carece de crédito em setores sociais, como o imobiliário e de saneamento básico, por exemplo", afirma. Para ele, o crescimento do emprego nos bancos públicos, especialmente na Caixa Econômica Federal, é um exemplo de que é possível expandir as contratações e continuar ampliando os lucros. Karam lembra que de março de 2012 a março de 2013 os bancos privados apresentaram redução de postos de trabalho, o que não ocorreu no Banco do Brasil e principalmente na Caixa. O Itaú apresentou saldo negativo de 6.679 no período e o Bradesco, 2.309. Já a CEF apresentou saldo positivo de 7.423 e o BB, de 261. No Brasil, o crédito chega a alcançar 50% do Produto Interno Bruto (PIB). Houve um crescimento a partir da política de redução de juros do governo. Mas o índice ainda é bem inferior ao dos países mais desenvolvidos. Nos EUA, a relação entre crédito privado e PIB é de 191% e na Inglaterra, de 186%. Na opinião do economista, o problema é que os bancos brasileiros preferem o ganho fácil proporcionado pelos juros altos do que ampliar o crédito para investimentos sociais. Inflação sob controle Para Karan, o discurso de que a inflação está fora de controle, disseminado na mídia, interessa aos bancos, que ganham com a elevação das taxas básicas de juros. "A inflação hoje está localizada em alguns setores e não é fruto do aumento do consumo. Além disso, os preços elevados são também resultado da concentração e dos oligopólios observados em alguns setores da economia, como bancos e supermercados", ressaltou.