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Ao contrário dos outros bancos que já estão cadastrando seus funcionários para receberem o vale-cultura a partir deste mês, o HSBC aprontou mais uma vez e anunciou que atrasará este novo benefício e pagará só em março.

O banco alegou que não teve tempo suficiente para adaptar o sistema, mas que pagará o valor retroativo aos meses anteriores. “Enquanto outros bancos já disponibilizaram o vale-cultura o HSBC precisa de seis meses para cumprir com um direito conquistado pelos bancários”, disse Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco. “Como sempre o banco tem uma nova surpresa para seus empregados entre tantas outras durante o ano, como o não pagamento da PLR por exemplo”, completa Belmiro.

Com a regularização a partir de março, o crédito deverá ser retroativo a janeiro de 2014. O banco vai disponibilizar via sistema a adesão ao Vale-cultura e todos os bancários com o vencimento até cinco salários mínimos poderão aderir ao programa.

O vale-cultura é uma das importantes conquistas da Campanha Nacional e entrou em vigor no dia 1º de janeiro. Corresponde ao valor mensal de R$ 50 a serem utilizados na compra de bens culturais, como livros, CDs, ingressos para shows, teatro e cinema, cursos de arte, entre outros produtos.

Inicialmente, o direito será exercido por trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos – o que agora soma R$ 3.620 por mês. Desta forma, quase 200 mil bancários já serão beneficiados.

O vale-cultura é um projeto do governo da presidenta Dilma Rousseff, garantido pela Lei nº 12.761/2012 e devidamente regulamentado. Os R$ 50 serão creditados mensalmente em um cartão magnético com validade em todo o território nacional.

O vale-cultura é cumulativo. Portanto, fica a critério do trabalhador qual a melhor forma e momento para utilizá-lo. Por esse motivo não é necessário usá-lo no próprio mês em que o crédito é efetivado. Ele pode ser somado e utilizado futuramente em produtos e serviços de maior valor.

Pela primeira vez o vale-cultura faz parte de uma convenção coletiva de trabalho no Brasil. Isso permitirá que mais trabalhadores tenham acesso à literatura, ao cinema, ao teatro, aos espetáculos de música, valorizando a cultura em todo o país.

Os bancos poderão deduzir o vale-cultura em 1% do imposto de renda e o desconto para os trabalhadores varia entre R$ 2 a R$ 5. Para fins fiscais, o valor do vale-cultura não integra o salário, sendo isento de cobrança do imposto de renda. Além disso, não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do FGTS.

A conquista do vale-cultura irá gerar incremento mensal de R$ 9,4 milhões, totalizando R$ 113 milhões ao ano, segundo estimativa do Dieese.

O juiz Felipe Calvet, da 8ª Vara do Trabalho de Curitiba, condenou o banco HSBC a pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 67,5 milhões por ter espionado seus empregados entre 1999 e 2003. A sentença, proferida nesta sexta-feira 7 de fevereiro, decorre de Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) em 8 de agosto de 2012, atendendo denúncia do Sindicato de Curitiba, da Fetec PR e da Contraf-CUT.

Após extrapolar todos os limites, violando o direto de privacidade de seus funcionários, o HSBC recebe agora a condenação merecida e, além disso, a Fetec-CUT-PR e sindicatos filiados já ajuizaram ação contra o HSBC, reclamando sua condenação ao pagamento de indenização por danos morais individuais aos empregados que tiveram sua privacidade violada. Tal ação atualmente encontra-se em fase de instrução probatória, tramitando na 13ª Vara de Curitiba.

Testemunhas confirmam

Documentos comprovam que a instituição financeira contratou a empresa Centro de Inteligência Empresarial (CIE) para realizar investigações privadas, supostamente justificadas pelo alto número de trabalhadores afastados por motivos de saúde à época. Doze testemunhas confirmaram ao MPT-PR dados sobre suas rotinas expostos nos dossiês, mas informaram não saber da existência da investigação que o banco contratou a respeito delas.

A empresa investigou, a pedido do HSBC, 152 pessoas de diversos estados do Brasil. Para tal, seguiam os trabalhadores pela cidade, abordavam-nos com disfarces como entregador de flores e de pesquisador, mexiam em seus lixos e invadiam residências, inclusive filmando e fotografando. Nos dossiês constavam informações como horários de saída e volta à casa, local de destino, meio de transporte e trajes quando saíam, hábitos de consumo, informações sobre cônjuges e filhos, antecedentes criminais, ajuizamento de ações trabalhistas, participação em sociedade comercial e posse de bens como carros.

Segundo o procurador do trabalho responsável pela ação, Humberto Mussi de Albuquerque, a decisão terá efeito pedagógico e servirá como parâmetro para a atuação de outros empregadores no Brasil. "A desproporção da relação custo/benefício das investigações privadas que o HSBC realizou é evidente levando-se em conta que, por força de uma suspeita de fraude, de que 'alguém' pudesse estar realizando 'atividades extra-banco', 152 trabalhadores foram investigados, tiveram suas vidas devassadas e seus direitos fundamentais à intimidade e à vida privada brutalmente violados", afirma Albuquerque.

Início da reparação

Além do pagamento da indenização, o HSBC foi condenado a não mais realizar investigações particulares ou qualquer outro ato que viole o lar, a intimidade ou a vida privada de seus empregados ou trabalhadores terceirizados, sob pena de pagamento de multa no valor de R$1 milhão por empregado investigado. Os trabalhadores investigados ainda podem entrar com ação na justiça do trabalho para obter indenização por dano moral individual.

A condenação financeira é o início da reparação do ato praticado pelo HSBC no Brasil, que avilta os direitos de seus funcionários, podendo ser considerado também prática antissindical e crime contra a organização do trabalho. O que se espera é que de fato a condenação sirva de exemplo para não se repetir no HSBC e nenhuma outra empresa esse tipo de ato ilegal, que atenta contra a dignidade humana.

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb Curitiba e MPT-PR

Ao contrário dos outros bancos que já estão cadastrando seus funcionários para receberem o vale-cultura a partir deste mês, o HSBC aprontou mais uma vez e anunciou que atrasará o este novo benefício e pagará só em março.

O banco alegou que não teve tempo suficiente para adaptar o sistema, mas que pagará o valor retroativo aos meses anteriores. “Enquanto outros bancos já disponibilizaram o vale-cultura o HSBC precisa de seis meses para cumprir com um direito conquistado pelos bancários”, disse Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco. “Como sempre o banco tem uma nova surpresa para seus empregados entre tantas outras durante o ano, como o não pagamento da PLR por exemplo”, completa Belmiro.

O vale-cultura é uma das importantes conquistas da Campanha Nacional e entrou em vigor no dia 1º de janeiro. Corresponde ao valor mensal de R$ 50 a serem utilizados na compra de bens culturais, como livros, CDs, ingressos para shows, teatro e cinema, cursos de arte, entre outros produtos.

Inicialmente, o direito será exercido por trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos – o que agora soma R$ 3.620 por mês. Desta forma, quase 200 mil bancários já serão beneficiados.

O vale-cultura é um projeto do governo da presidenta Dilma Rousseff, garantido pela Lei nº 12.761/2012 e devidamente regulamentado. Os R$ 50 serão creditados mensalmente em um cartão magnético com validade em todo o território nacional.

O vale-cultura é cumulativo. Portanto, fica a critério do trabalhador qual a melhor forma e momento para utilizá-lo. Por esse motivo não é necessário usá-lo no próprio mês em que o crédito é efetivado. Ele pode ser somado e utilizado futuramente em produtos e serviços de maior valor.

Pela primeira vez o vale-cultura faz parte de uma convenção coletiva de trabalho no Brasil. Isso permitirá que mais trabalhadores tenham acesso à literatura, ao cinema, ao teatro, aos espetáculos de música, valorizando a cultura em todo o país.

Os bancos poderão deduzir o vale-cultura em 1% do imposto de renda e o desconto para os trabalhadores varia entre R$ 2 a R$ 5. Para fins fiscais, o valor do vale-cultura não integra o salário, sendo isento de cobrança do imposto de renda. Além disso, não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do FGTS.

A conquista do vale-cultura irá gerar incremento mensal de R$ 9,4 milhões, totalizando R$ 113 milhões ao ano, segundo estimativa do Dieese.

 

Reunião com funcionários esclarece dúvidas sobre negociações com banco

 Os diretores do Sindicato realizaram na manhã desta quinta-feira (19) uma atividade em agência do HSBC de São Caetano do Sul em protesto a atual situação do banco. A abertura da agência foi retardada em uma hora e, durante esse período foi realizado uma reunião com os funcionários para explicar como andam as negociações com o banco.

Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco falou sobre a negociação que acontece hoje com o HSBC onde será discutido, entre vários assuntos, as precárias condições de trabalho, a nova proposta de remuneração e a possibilidade de conquista histórica para os funcionários do HSBC. “Queremos firmar um aditivo com o banco inglês com todos os direitos acumulados após anos e anos de luta, mas que atualmente se encontram apenas nos normativos internos da empresa”, disse Belmiro.

Belmiro destacou também o foco do banco para o próximo ano, o cliente. No entanto, disse que as más condições de trabalho e o aumento das demissões comprometem o atendimento. “Só nesse ano foram mais de 600 demissões no Brasil, além do fechamento de agências em várias regiões do país e, tudo isso, compromete o atendimento dos clientes e usuários do banco”, explica Belmiro.

Outro assunto em destaque na reunião foi o Plano de Saúde, pois as alterações que aconteceram neste ano oneram os trabalhadores e retiram direitos de bancários. Além dos reajustes o banco criou uma nova divisão entre os bancários. “Nós reivindicamos que a direção do banco reestude o programa que fez as alterações nos planos”, disse Belmiro.

O objetivo dessa atividade, além de falar sobre as negociações com o banco acontece, principalmente em defesa dos bancários do HSBC e também em defesa do cliente, que merece ter mais trabalhadores à disposição em agências e serviços de atendimento por telefone ou online. “Você paga caro por isso e o setor financeiro é um dos que mais lucra no Brasil. Precisa, portanto, valorizar consumidores e funcionários”, finaliza Belmiro.

 Veja abaixo quais são os pontos que estão em discussão na negociação dos trabalhadores com o HSBC:

1. Formalização do acordo aditivo junto ao HSBC dos direitos já praticados (incluindo os debates sobre percentuais do plano de previdência complementar e a instalação da comissão paritária de saúde), conforme processo de discussão em curso.

2. Debate sobre a apresentação da proposta de PPR 2014, para o segmento de vendas, realizada pelo banco, à Comissão de Organização dos Empregados (COE) no último dia 6 de dezembro.

3. Reestruturação em andamento nas agências e mudança no perfil de atuação do banco: fechamento de agências, fim da carteira PJ nas agências, abertura das agências de negócios.

4. Atuais condições de trabalho nas agências - falta crítica de pessoal.

5. Emprego: impactos das medidas citadas anteriormente, demissões, demissões por justa causa. 6. Renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que trata do Registro Alternativo de Jornada - Ponto Eletrônico. hsbc_scs_1912

A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reúnem nesta quinta-feira, dia 19, às 9h, com a direção do HSBC para debater a formalização do acordo aditivo específico à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários e a proposta de PPR 2014 para a área de vendas. O encontro será realizado no Hotel Del Rey, no centro de Curitiba, próximo ao Palácio Avenida HSBC.

Serão discutidas as precárias condições de trabalho, a nova proposta de remuneração e a possibilidade de conquista histórica para os funcionários do HSBC, que é firmar um aditivo com o banco inglês com todos os direitos acumulados após anos e anos de luta, mas que atualmente se encontram apenas nos normativos internos da empresa.

Temas para negociação

No último dia 13, a Confederação encaminhou um ofício à direção do banco, propondo os temas para a negociação:

1. Formalização do acordo aditivo junto ao HSBC dos direitos já praticados (incluindo os debates sobre percentuais do plano de previdência complementar e a instalação da comissão paritária de saúde), conforme processo de discussão em curso.

2. Debate sobre a apresentação da proposta de PPR 2014, para o segmento de vendas, realizada pelo banco, à Comissão de Organização dos Empregados (COE) no último dia 6 de dezembro.

3. Reestruturação em andamento nas agências e mudança no perfil de atuação do banco: fechamento de agências, fim da carteira PJ nas agências, abertura das agências de negócios.

4. Atuais condições de trabalho nas agências - falta crítica de pessoal. 5. Emprego: impactos das medidas citadas anteriormente, demissões, demissões por justa causa. 6. Renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que trata do Registro Alternativo de Jornada - Ponto Eletrônico. Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, enviou ofício à direção do banco inglês nesta sexta-feira 13 informando a pauta da reunião com a empresa na quinta-feira 19, em Curitiba, que tem como destaque a formalização do acordo aditivo específico à Convenção Coletiva dos Bancários e a proposta de PPR 2014, para a área de vendas.

Mesmo sendo um período de festas, a pauta a ser discutida com o banco na próxima quinta-feira é da mais alta relevância, porque passa pela discussão do emprego, pelas precárias condições de trabalho atuais, a nova proposta de remuneração e uma conquista histórica para os funcionários do HSBC, que é fazer um aditivo junto ao HSBC de todos os direitos acumulados após anos de luta dos bancários, mas que atualmente encontram-se apenas nos normativos internos da empresa.

No ofício a Confederação define os seguintes pontos de pauta da reunião:

1. Formalização do acordo aditivo junto ao HSBC dos direitos já praticados (incluindo os debates sobre percentuais do plano de previdência complementar e a instalação da comissão paritária de saúde), conforme processo de discussão em curso.

2. Debate sobre a apresentação da proposta de PPR 2014, para o segmento de vendas, realizada pelo banco, à Comissão de Empresa dia 06 de dezembro. 3. Reestruturação em curso das agências e mudança no perfil de atuação do banco: fechamento de agências, fim da carteira PJ nas agências, abertura das agências de negócios. 4. Atuais condições de trabalho nas agências - falta crítica de pessoal. 5. Emprego: impactos das medidas citadas anteriormente, demissões, demissões por justa causa. 6. Renovação do ACT Registro Alternativo de Jornada - Ponto Eletrônico. Fonte: Contraf-CUT

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