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Com a participação de 667 delegados, a 17ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou no encerramento dos trabalhos na tarde deste domingo (2), em São Paulo, um conjunto de moções, reforçando a defesa da democracia e da organização sindical.

Dentre elas, a moção de repúdio ao ataque sofrido pelo Instituto Lula. Conforme os participantes da conferência, a bomba arremessada contra o prédio do Instituto, no último dia 30, "é a materialização da atual difusão do ódio de classes, desferido pelos órgãos da grande mídia e pelas redes sociais".

Também foi aprovada moção contra qualquer restrição às liberdades democráticas e contra restrições políticas aos partidos comprometidos com as causas populares. O documento reflete o desacordo do movimento sindical bancário à cláusula de barreira, recentemente aprovada na Câmara Federal, atingindo principalmente os partidos que, apesar de não terem representação no Congresso Nacional, tenham importante atuação junto aos movimentos sociais. Foram aprovadas ainda moções de repúdio ao "desgoverno" do governador José Ivo Sartori (PMDB), no Rio Grande do Sul.


Além das moções de repúdio, foram aprovadas três moções de apoio. A primeira à reeleição de Vagner de Freitas à presidência da CUT Nacional, no próximo 12º CONCUT. A segunda, em apoio à criação de sanções a instituições públicas e privadas que descumprem as regras e normas de prevenção a acidentes e doenças do trabalho.

Por fim, foi aprovada moção de apoio à greve dos professores do Estado do Acre, que se encontram paralisados há 47 dias na luta por melhores salários e condições de trabalho. Os trabalhadores cobram a reabertura dos canais de negociação e a suspensão de práticas antissindicais adotadas pelo governo eleito em processo democrático.

Rede de Comunicação dos Bancários

Publicação destaca campanha pelo País e traz entrevista com o presidente da CUT, Vagner Freitas

A Contraf-CUT lança nesta semana a Revista dos Bancários 2015. A publicação conta como a forte mobilização dos bancários de todo o Brasil fez com que a categoria conquistasse uma grande vitória política na Campanha Nacional 2015.

“Os bancos quiseram se aproveitar do período controverso no cenário político e econômico para impor um reajuste abaixo da reposição da inflação. Eles tentaram ainda um cala-boca em forma de abono. O reajuste é uma conquista mais importante para a categoria, pois incide no piso e na PLR. Consideramos muito importante também a manutenção das nossas conquistas históricas. Foi uma grande vitória, pois além da adversidade política e econômica superamos a forte intransigência dos bancos”, destacou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.

O texto mostra que a construção dessa conquista começou no início do ano, com a consulta a 48 mil bancários de todo o País. Foram realizadas ainda os encontros estaduais dos bancários e os encontros nacionais por bancos, para definir pautas específicas. Na sequência, a 17ª Conferência Nacional dos Bancários, com 667 delegados, sendo 219 mulheres e 448 homens, além de 42 observadores. Uma arte mostra ainda todos os representantes do Comando Nacional dos Bancários, responsáveis por conduzir as negociações do lado dos trabalhadores.

A edição lembra como foi o 4º Congresso, realizado entre os dias 20 e 22 de março, em São Paulo. 353 delegados, dos quais 237 homens e 116 mulheres escolheram como vencedora, por ampla maioria, a Chapa 2, encabeçada por Roberto von der Osten, então secretário de Finanças da Contraf-CUT, para assumir a direção da Confederação.

A revista traz ainda uma entrevista com o presidente da CUT, Vagner Freitas. Ele conta como começou sua carreira no movimento sindical e quais seus planos a frente da melhor Central do Brasil, cargo a qual foi reeleito em outubro.

Outra entrevista é com a presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, eleita em outubro – durante a 4ª Conferência Mundial da entidade. Rita fala sobre os desafios do sindicalismo bancário internacional, a importância da regulamentação do sistema financeiro e de termos uma bancária brasileira na presidência da entidade.

O Seminário Nacional de Estratégia do Ramo Financeiro, realizado em maio, em São Paulo, é outro assunto abordado pela publicação. O evento aprofundou o debate sobre o setor financeiro e discutiu os desafios da ação sindical da categoria frente à conjuntura econômica e política do País.

Ao participar do ato de abertura do Seminário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o protagonismo dos bancários. Disse ter uma excelente relação com o movimento sindical. “Nunca pedi para não protestarem, não fazerem greve. O que vocês não podem é estar mal com os trabalhadores. Podem estar mal com a Dilma, com o Lula, mas não com sua categoria.”

A revista aponta também uma das principais lutas da classe trabalhadoras do ano: contra a terceirização. Conscientes de que Congresso Nacional só recuará no trâmite e rejeição do nefasto PL 4330/2004 ante a mobilização e pressão dos setores democráticos da sociedade, as centrais sindicais, sindicatos, movimentos estudantis, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), entre outros atores da sociedade, se uniram para criar o Fórum em Defesa dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.

“Na realidade, seria a legalização da precarização das condições de trabalho e do vínculo empregatício. O projeto de lei não propugna a igualdade de direitos, na prática aprofundaria as desigualdades de direitos dos trabalhadores”, afirmou Carlindo Dias, o Abelha, secretário de Organização da Contraf-CUT.

Os 30 anos da greve dos empregados da Caixa, que garantiu a conquista da jornada de seis horas, 30 anos da construção da unidade nacional, marcada pela fundação do Departamento Nacional dos Bancários da CUT (DNB/CUT) e os 30 anos da primeira greve nacional da categoria, após o golpe militar, quando o Brasil inteiro testemunhou a maior paralisação dos bancários da história também são lembrados na edição.

A publicação será distribuída em todas as federações e sindicatos do Brasil. Clique aqui para ler a versão digital da Revista dos Bancários 2015.

Fonte: Contraf-CUT

BRADESCO - 10/11 tabelabradesco SANTANDER - 12/11 tabelasantander ITAÚ - 12/11 tabelaitaú CAIXA - 06/11 caixa_antecipacao_plr_700 HSBC - 13/11 Gratificação de R$ 3 mil, conquistada na Campanha Nacional Unificada 2015. Como o banco está saindo do Brasil, e com o lucro em baixa, a PLR dos trabalhadores deve ser irrisória, em torno de R$ 250. Assim, a coordenação do Comando Nacional dos Bancários conseguiu garantir o pagamento que deve vir junto com a antecipação da PLT. O valor será pago aos funcionários entre os níveis 13 e 24, excetuados os níveis de gestão que têm direito a PPR. Segundo o HSBC, 71% dos bancários receberão os R$ 3 mil.  

Ainda nesta tarde, foram assinados os acordos aditivos específicos com o Banco do Brasil, com a Caixa, com o BNB, com HSBC e com o Itaú.

[caption id="attachment_9483" align="alignright" width="567"]IMG-20151104-WA0016 Belmiro Moreira, presidente do Sindicato, assina Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2016[/caption]

A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinaram com a Fenaban nesta terça-feira (3), em São Paulo, a 24ª Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), resultado de 21 dias de paralisação que garantiu reposição integral da inflação e aumento real. Ainda nesta tarde, foram assinados os acordos aditivos específicos com o Banco do Brasil, com a Caixa, com o BNB, com HSBC e com o Itaú.

"Apesar de que nesse ano enfrentamos uma conjuntura absolutamente desfavorável, a união dos bancários fez com que o Acordo Coletivo de Trabalho que assinamos ontem trouxe avanços para os bancários de bancos públicos e privados de todo o país. Isso só foi possível porque a categoria se mobilizou e demonstrou união nos protestos contra os descasos dos banqueiros”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato.

Os sindicatos do Brasil assinaram um acordo, no qual foi evitado que o salário fosse reduzido e os bancários conseguiram manter um ciclo de ganho real. A  pedida era 5,7% de aumento real, não conquistado, mas o que seria para a categoria se o reajuste tivesse sido os 5,5% apresentados inicialmente pelos banqueiros, um desastre. A unidade e a determinação evitaram este desastre. Foi uma luta heroica para manter o acúmulo de conquistas para a campanha do ano que vem. Para isso, nos organizamos e a próxima será melhor, como a última foi mais heroica que a anterior.

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As conquistas dos bancários na Campanha 2015

Reajuste: 10%.

Pisos: Reajuste de 10%.

- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.377,62

- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.976,10

- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.669,45 (que inclui R$ 470,75 de gratificação de caixa e R$ 222,60 de outras verbas de caixa).

PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 23.861,00.

PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 4.043,58.

Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54 % do salário mais fixo de R$ 1.213,07 limitado a R$ 6.507,55. Da parcela adicional, 2,2 % do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$2.021,79.  O pagamento do restante será feito até 01 de março de 2016.

Auxílio-refeição: de R$ 26 para R$29,64 por dia.

Cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52

13ª cesta-alimentação: de R$431,16 para R$491,52

Auxílio-creche/babá: de R$ 358,82 para R$ 394,70 (para filhos até 71 meses). E de R$ 306,96 para R$ 337,66 (para filhos até 83 meses).

Requalificação profissional: de R$ 1.227,00 para R$1.349,70

Saúde – A Fenaban apresentou um termo de entendimento a ser assinado entre os cinco maiores bancos e o movimento sindical para tratar de ajustes na gestão de pessoas das instituições para prevenir os riscos de conflitos no ambiente de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

A campanha nacional 2015 da categoria bancária foi marcada por uma forte greve em todo o Brasil, com duração de 21 dias (14 úteis). No Grande ABC, participaram do movimento 6.115 trabalhadores, com 353 agências fechadas, um resultado extremamente positivo se considerado que a região tem, no total, cerca de 7 mil bancários em 400 agências. Para o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, essa participação expressiva reflete um amplo trabalho de mobilização da entidade iniciado bem antes da greve, e foi fundamental para evitar retrocessos. Mas ainda há muita luta pela frente, especialmente para garantir e manter o emprego no setor. Leia, abaixo, a íntegra da entrevista do presidente do Sindicato ao NB: Notícias Bancárias: Qual é sua avaliação da campanha 2015? Belmiro: A campanha foi muito positiva, nacionalmente, porque vivemos um momento em que muitas categorias têm dificuldade em conquistar até mesmo o repasse da inflação. Há setores que realmente enfrentam crise, mas esse não é o caso do financeiro, embora essa desculpa tenha sido usada. Os banqueiros tentaram reduzir nosso patamar de conquistas, mas os bancários reagiram e eles tiveram que recuar. NB: O que aconteceria se nesse ano não fosse conquistado aumento real? Belmiro: Além da perda evidente no poder de compra, isso significaria que em 2016 teríamos que iniciar a campanha já num patamar menor, com mais dificuldade para conquistar o mínimo possível. Não ter o repasse da inflação nem nada de aumento real significaria retroceder a um tempo em que os salários estavam sempre defasados. Além disso, seria quebrada uma cultura que já temos há 11 anos, de sempre garantir aumento real. Um ciclo que não podemos permitir que seja interrompido. NB: E no caso específico do Grande ABC, qual sua avaliação? Belmiro: Fico feliz com o resultado da paralisação na região, e quero agradecer a participação de cada bancário. Envolvemos mais de seis mil trabalhadores na greve, mas é importante lembrar que nossa mobilização começou muito antes, com reuniões nas agências para abordar a campanha salarial. Fizemos paralisações rápidas para realizar esses encontros, que foram fundamentais para dar estrutura à categoria quando a greve chegou. Uma greve que, é preciso destacar, não foi escolha dos bancários, mas sim dos banqueiros, que se mantiveram intransigentes durante a negociação. É verdade que o percentual de nosso aumento real não é o que desejamos, mas conseguimos manter o repasse. NB: E agora que a campanha acabou o que os bancários do ABC podem esperar do Sindicato? Belmiro: Bem, há ainda negociações específicas em alguns bancos, como por exemplo a luta pela bolsa-educação no Bradesco. E uma luta mais ampla, na qual estamos engajados desde o início dessa gestão no Sindicato, que é pela a garantia e manutenção do emprego. A categoria bancária corre o risco do desemprego especialmente pela questão das novas plataformas digitais e, além disso, já existe hoje uma grande rotatividade. Os banqueiros lucram muito, não perdem, e precisam ter responsabilidade social. Do ponto de vista macro, insistimos que é preciso mudar a política econômica, pois a taxa de juros alta retém o crédito, inclusive para as micro e pequenas empresas. O País precisa de uma economia forte, mas tendo sempre como premissa que quem faz sua riqueza são os trabalhadores, que não podem ser prejudicados.        

A Contraf-CUT assinou, na tarde desta terça-feira (3), em São Paulo, o Termo de Entendimento com o HSBC referente ao acordo da Campanha Nacional 2015, que garante o pagamento de gratificação especial no valor de R$ 3 mil.

A coordenação do Comando Nacional dos Bancários conseguiu garantir em negociação com o banco, o pagamento da gratificação de R$ 3 mil diante de um quadro em que o banco está saindo do Brasil e, além disso, ofereceu uma PLR aos trabalhadores pequena, em torno de R$ 250.

O banco, que vai encerrar suas atividades no Brasil, vai cumprir o acordo com a Fenaban e vai pagar a PLR para seus funcionários. Os bancários conseguiram ainda, apesar do lucro muito baixo da instituição financeira, além da participação do resultado – mesmo que pequena, negociar uma gratificação de R$ 3 mil. Isso é um ganho extraordinário da unidade dos trabalhadores do HSBC.

A união dos trabalhadores conseguiu arrancar uma gratificação nos moldes do ano passado graças à forte luta dos sindicatos e da Contraf-CUT, foi possível arrancar uma gratificação de 3 mil reais. Lamentavelmente, ao longo dos anos, quando chegava no período de pagamento de PLR e PPR, o HSBC sempre supervalorizava seu provisionamento ao apresentar o seu balanço, diferente do restante dos outros bancos. Desta maneira os altos executivos do banco sempre recebiam grandes bônus na participação dos lucros da instituição e o restante dos trabalhadores deixavam de receber. Por isso, mais uma vez, a forte mobilização garantiu esta conquista. O principal viés agora, durante o processo de encerramento das atividades no Brasil, é a luta pela garantia de empregos.

Em até dez dias após a data de hoje (3), da assinatura do termo, o pagamento da gratificação deve vir junto com a antecipação da Participação nos Lucros Resultados. O valor será pago a todos os funcionários entre os níveis 13 e 24, excetuados os níveis de gestão que têm direito a PPR. Segundo o HSBC, 71% dos bancários receberão os R$ 3 mil.

Clique aqui e veja a íntegra do Termo de Entendimento do HSBC.

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