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Paralisação atingiu cerca de 3,6 mil trabalhadores nesta quarta, 7

_MG_2307No segundo dia da greve dos bancários no Grande ABC, concentrada nos principais corredores bancários das sete cidades da região, a participação atingiu cerca de 3.600 trabalhadores de bancos públicos e privados.

As agências destes locais ficaram fechadas durante todo o dia. Assim como na terça-feira, quando aproximadamente 3 mil bancários cruzaram os braços, a paralisação foi tranquila e transcorreu sem incidentes.

A adesão desta quarta confirma a expectativa de crescimento do movimento. Para o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira a presença e apoio do Sindicato é um fator importante para fortalecer a greve gradativamente. "A mobilização vem crescendo na medida que os bancários vão percebendo a intransigência dos banqueiros, que não apresentam uma nova proposta”, disse Belmiro.

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Supersalários de diretores chegam a milhões, enquanto trabalhadores do sistema financeiro são ameaçados com perda real de 4% A Fenaban se recusou a atender à reivindicação de reajuste salarial de 16%, negando aumento real e até mesmo o repasse da inflação. O índice que propôs, de 5,5%, deixa uma perda real de 4% para os trabalhadores bancários. No entanto, para brindar seus executivos, os bancos não medem esforços nem se lembram da esfarrapada desculpa de crise. A maioria deles prevê aumentos na remuneração fixa de seus diretores executivos neste ano, e estes salários, que já são altíssimos, vão saltar muito além da inflação, podendo chegar a até 81%. “Os bancos deveriam ter um mínimo de responsabilidade social, gerar empregos e repassar parte de seus altíssimos lucros com os trabalhadores bancários, não com uma minoria executiva. É o bancário que gera essa riqueza, no dia a dia, em condições estressantes de trabalho, e são esses executivos que os açoitam com metas abusivas e assédio moral”, aponta o presidente do Sindicato Belmiro Moreira, lembrando que foi a intransigência dos banqueiros que empurrou a categoria à greve, que nesta quarta-feira entra em seu segundo dia. Supersalários - De acordo com levantamento do site IG baseado em instituições financeiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, o Itaú, por exemplo, que é o maior banco privado do País em volume de ativos, destinará a cada executivo cerca de R$ 1,196 milhão em 2015 a título de remunerações fixas, ou R$ 984 mil líquidos de INSS patronal – e isso é apenas uma fatia do que esses executivos devem receber, pois não inclui bônus e outros pagamentos variáveis. Dos 25 bancos que prestaram informações, 20 pretendem conceder uma remuneração fixa média por diretor maior do que em 2014 e, em 16 desses, o aumento é superior à inflação de 9,65% estimada pelo mercado para este ano, segundo o último boletim Focus, do Banco Central. O maior reajuste é o do Banco de Brasília (BRB), controlado pelo governo do Distrito Federal, que elevou em 81% as previsões, de R$ 577,8 mil para R$ 1,044 milhão. Segundo o banco o aumento decorre do corte no número de diretores, de 14 para 8, e que o valor total a ser dispendido com a remuneração fixa desses funcionários ficou inalterado, em R$ 8,4 milhões. Entre os privados, o maior percentual de reajuste é do BTG, que previu gastar R$ 5,33 milhões com cada um de seus diretores em 2015, 41% acima de 2014. Já o Santander, que com 2,6 mil agências possui a 5ª maior rede de atendimento do País, prevê um aumento de 9,7% nas remunerações fixas destes executivos. O banco estima gastar em R$ 2,575 milhões com o supersalário de cada um dos diretores estatuários em 2015, ante os R$ 2,347 milhões de 2014. “Diante dessa disparidade tão imensa, não há como não questionar: será que os banqueiros não poderiam atender às nossas reivindicações? E a resposta é óbvia: é evidente que sim! Por isso, vamos nos manter unidos e mobilizados, pois o que falta não é dinheiro, é respeito. E você, bancário, que continua produzindo, cruze os braços, venha para a luta em busca de conquistas. Chega de exploração!”, destaca o presidente do Sindicato.      

cartaz          

O Sindicato dá continuidade nesta quarta (7), segundo dia de greve da categoria bancária, às paralisações em agências de regiões centrais de todo o Grande ABC.

Assim como ontem, quando cerca de 3 mil bancários aderiram ao movimento, os dirigentes sindicais conversam com a população e distribuem o Jornal do Cliente (imagem ao lado), informando sobre os direitos do consumidor bancário e esclarecendo como melhores condições de trabalho impactam diretamente em melhor atendimento a clientes e usuários.

jornal-do-cliente-1Para ver o Jornal do Cliente clique AQUI

Um vídeo com as imagens do primeiro dia de greve também está disponível na home do Sindicato, com declarações de sindicalistas e clientes dos bancos que apoiam o movimento.

Na imprensa do Grande ABC a greve também ganhou destaque, como se pode ver no quadro ao lado.

Mais informações sobre a paralisação desta quarta-feira na região serão divulgadas nesta tarde.

De acordo com o Banco Central, o País tem 22.975 agências Os bancários entraram em greve na terça-feira e, em todo o Brasil, 6251 agências de bancos públicos e privados, além dos centros administrativos, paralisaram suas atividades. De acordo com o Banco Central, o País tem 22.975 agências. Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, avalia que o fortíssimo início de greve mostra a insatisfação dos bancários, apesar de reconhecer o quanto é difícil uma greve para a sociedade. "Todos precisam saber que os banqueiros é que são os responsáveis por este impasse. Condições para atender nossas reivindicações eles têm. Cobram 403,5% a.a. no cartão de crédito, 253,2% a.a no cheque especial, tarifas exorbitantes e tem lucros fantásticos. Fazer esta proposta de redução de 4% dos nossos salários mostra falta de responsabilidade social e falta de coerência com os altos lucros que sempre tiveram", afirmou. "A proposta dos bancos de reajuste de 5,5%, na prática, está anulando os ganhos conquistados pela categoria bancária em 2013 e 2014. Ao mesmo tempo em que oferecem tão pouco para um trabalhador, remuneram seus altos executivos com supersalários. Um bancário que ganha no piso R$1.796,45 teria de trabalhar 17,5 anos para ganhar o que o executivo do banco ganha em um mês", disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contaf-CUT. A greve continua nesta quarta-feira. "Continuamos dizendo aos banqueiros: estamos dispostos a voltar a negociar, mas tem que ser apresentada uma proposta que valorize os trabalhadores, que reponha a inflação, que continue o ciclo de ganho real, que distribua parte dos seus lucros, que tenha salvaguardas para os nossos empregos, que garanta igualdade de oportunidades para todos e, por fim, proteja os trabalhadores do assédio moral, das metas abusivas e do adoecimento", completou o presidente da Contraf-CUT. Direito de greve - O direito de greve está previsto na Constituição Federal e prevê algumas exigências, como a publicação de aviso de greve em jornal de grande circulação. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas). Essas determinações da lei foram rigorosamente seguidas pelo Sindicato. Para o empregador, a Lei de Greve proíbe a dispensa de trabalhadores ou a contratação de funcionários substitutos durante o período de paralisação. Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o País. São mais de 512 mil bancários no Brasil. Nos últimos onze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2014 de 20,7%: sendo 1,50% em 2009; 3,08% em 2010; 1,50% em 2011, 2% em 2012, 1,82% em 2013 e 2,02% em 2014. Fonte: Contraf-CUT  / Foto da home: Jackson Zanini

Paralisação ocorreu nos principais corredores financeiros da Região durante todo o dia, sem incidentes O primeiro dia de greve da categoria bancária no Grande ABC atingiu aproximadamente 3.000 bancários nas regiões centrais das sete cidades da região. A paralisação, durante todo o dia, foi tranquila e sem registro de incidentes. Os diretores do Sindicato conversaram com a população e distribuíram o Jornal do Cliente, produzido pela entidade. Nele, o consumidor bancário é informado sobre seus direitos e como melhores condições de trabalho nos bancos influenciam diretamente na qualidade do atendimento. Além do reajuste salarial, mais contratações, saúde, segurança e fim do assédio moral estão entre as reivindicações dos bancários. A greve é por tempo indeterminado, até que a Fenaban apresente contraproposta decente. A categoria bancária reivindica 16% de reajuste nos salários, sendo 5,7% de aumento real e 9,88% para reposição da inflação. Os banqueiros ofereceram 5,5% de reajuste (o que representa perda real de 4%) e um abono de R$ 2.500. Clique aqui para ver mais fotos DSC00010 DSC00017 DSC00025 DSC00033 DSC00038 DSC00044 DSC00059 DSC00067 DSC00077 DSC00086 DSC00094 DSC00101 DSC00119    

Assembleia de organização do movimento decide pela paralisação de agências nas regiões centrais do Grande ABC A assembleia organizativa da greve dos bancários, realizada na sede social do Sindicato dos Bancários do ABC na noite desta segunda-feira, 5, decidiu pela paralisação na região central das sete cidades do ABC. Assim, as agências destes locais vão permanecer fechadas durante o dia todo,  e o movimento organizativo, que já vinha ocorrendo nos locais de trabalho desde agosto, será mais intenso e qualitativo em ritmo crescentegreve2. A greve é por tempo indeterminado; ou seja, vai prosseguir até que os banqueiros apresentem uma contraproposta decente. “Nós não vamos aceitar retrocesso”, alerta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, lembrando que entre 2004 e 2014 a categoria bancária recebeu 20,07% de aumento real e que, embora os bancos tenham plenas condições de atender às reivindicações da categoria, não ofereceram sequer o reajuste da inflação. Longe da crise - Nos últimos seis meses o lucro dos bancos foi de R$ 36,3 bilhões, uma alta de 27,3% em relação a 2014. Só em tarifas bancárias o crescimento foi de 169%, em três anos, um percentual 8,6 vezes superior à inflação para o mesmo período. Ou seja: o setor passa bem longe da crise e poderia atender à categoria, que reivindica 16% de reajuste salarial, sendo 5,7% de aumento real e 9,88% para reposição da inflação. No entanto, os banqueiros oferecem apenas 5,5% de reajuste e um abono de R$ 2.500. Esse índice representa uma perda real de 4% nos salários. Já o abono não tem qualquer incidência, pois não é incorporado ao salário e demais verbas (FGTS, férias etc). “É fundamental que todos participem, para que nossa mobilização possa pressionar os banqueiros”, destaca o presidente do Sindicato.   IMG_20151005_192941644  

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