Área restrita

Por Belmiro Moreira A categoria bancária inicia nesta terça-feira, 6 de outubro, uma greve nacional por tempo indeterminado. Embora a paralisação tenha como prioridade a luta por conquistas trabalhistas e sociais, esse é também um movimento pela defesa dos direitos dos consumidores bancários, tão explorados quanto os trabalhadores do sistema financeiro e igualmente merecedores de mais respeito. Os bancários reivindicam um reajuste salarial de 16%, sendo 5,7% de aumento real e 9,88% para a reposição da inflação do período. Mas não é só isso: reivindicam, também, condições dignas de trabalho, o que necessariamente passa por contratações de mais funcionários, respeito à jornada de trabalho, fim do assédio moral e mais saúde e segurança. São condições essenciais para que também os clientes e usuários possam usufruir de um melhor atendimento, com menos filas, menos estresse, menos riscos para sua segurança. No entanto, o que os banqueiros ofereceram foi apenas um reajuste salarial de 5,5% (o que não preenche a inflação e representa uma perda real de 4%, e um abono de R$ 2.500, que não incorpora na massa salarial e demais verbas; ou seja, vale apenas para aquele momento. Além disso, não apresentaram nenhum avanço nas questões sociais, relacionadas à saúde e segurança entre outros temas. Simplesmente ignoraram as necessidades de seus trabalhadores e clientes em nome de seus já altíssimos lucros. O adoecimento dos bancários é crescente. No ano passado, em apenas três meses, 4.423 trabalhadores foram afastados por doença, especialmente os transtornos mentais (26.1%). Eles convivem diariamente com uma imensa cobrança pelo atingimento de metas muitas vezes abusivas; há casos frequentes de assédio moral, as doenças por esforço repetitivo têm grande ocorrência (foram 25,3% dos afastamentos, no mesmo período de 2014) e o medo de assaltos e sequestros (inclusive de familiares) é rotineiro. São, ainda, sobrecarregados de trabalho pela falta de funcionários, e tudo isso vai desembocar justamente na qualidade do atendimento ao consumidor bancário. Há bancos, inclusive, que discriminam esse consumidor: caso ele não se enquadre na categoria “especial” (ou seja, com bastante dinheiro na conta), é impedido de entrar na agência, sendo empurrado para o autoatendimento ou para os correspondentes bancários, em geral localizados em comércios ou casas lotéricas sem qualquer aparato de segurança. Só nos últimos seis meses o lucro dos bancos atingiu R$ 36,3 bilhões, o que representa uma alta de 27,3% em relação a 2014. É um setor que sempre passou, e continua passando, bem longe de qualquer crise. E é muito fácil entender de onde vem tanto lucro, já que apenas em tarifas bancárias o crescimento foi de 169%, em três anos, percentual 8,6 vezes superior à inflação do período. O juro do cheque especial, por sua vez, chegou a 253,2% ao ano em agosto, e a alta do cartão de crédito no rotativo atingiu nada menos do que o recorde de 403,5%. Apesar de tanto dinheiro, os bancos continuaram a cortar postos. De acordo com dados do Caged,no acumulado dos primeiros oito meses de 2015 o déficit no setor chegou a 6.003 vagas. Em uma década de lutas (2004-2014) a categoria bancária obteve 20,07% de aumento real e alguns importantes acordos nas condições de trabalho que, como explicado acima, impactam diretamente no atendimento. São melhorias pontuais, mas ainda insuficientes. Juntos, bancários e clientes, temos que conquistar mais e não aceitar retrocessos. Porque, já ensina o mote dessa campanha, exploração não tem perdão. Belmiro Moreira é presidente do Sindicato dos Bancários do ABC    

Nesta segunda-feira, 05, a partir das 18h30 acontece a assembleia para organizar a greve que se inicia nesta terça-feira, 06. Nesta assembleia serão definidas a organização e estratégia da paralisação. “Temos que nos organizar para mostrar a força da categoria para os banqueiros e nos unirmos na busca de novas conquistas", disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e membro do  Comando Nacional, que negocia com a Fenaban.

A assembleia acontece na sede social do Sindicato, rua Xavier de Toledo, 268 - Centro de Santo André.

Clique AQUI para ver a Minuta da pauta de Reivindicações dos Bancários.

Clique AQUI para ver a Minuta do Banco do Brasil

Clique AQUI para ver a Minuta da Caixa

Clique AQUI para conhecer a Mídia da Campanha Nacional 2015

Clique AQUI para ler outras notícias sobre a Campanha Nacional dos Bancários

Campanha Nacional dos BancáriosEm assembleia realizada nesta quinta-feira, 01, os bancários do ABC rejeitaram a proposta e defragraram greve a partir do dia 06.

A categoria reivindica reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação e aumento real, mas os banqueiros ofereceram apenas um aumento de 5,5% (4% abaixo da inflação do período) e abono de R$ 2.500. Além disso, não houve avanços na discussão de temas relacionados às cláusulas sociais, como por exemplo saúde e segurança. "É um absurdo o que os banqueiros estão fazendo com a categoria. É decepcionante ver a proposta e perceber o descaso com os funcionários que lhes proporcionam lucros gigantescos e eles oferecem um reajuste que nem repõe a inflação do período", disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato.

O tema da campanha salarial deste ano é “Exploração não tem Perdão”, em alusão às condições de trabalho e salário enfrentadas pela categoria e à riqueza do setor financeiro, que passa longe da crise.

Na próxima segunda, dia 05, vai acontecer uma nova assembleia, na sede social do Sindicato, na rua Xavier de Toledo, 268 – Centro – Santo André, para organizar a greve. “É fundamental manter a nossa mobilização, porque o que os banqueiros querem é nos enfraquecer. Não vamos aceitar retrocesso”, convoca Belmiro Moreira.

Clique AQUI para ver a Minuta da pauta de Reivindicações dos Bancários. Clique AQUI para ver a Minuta do Banco do Brasil Clique AQUI para ver a Minuta da Caixa Clique AQUI para conhecer a Mídia da Campanha Nacional 2015 Clique AQUI para ler outras notícias sobre a Campanha Nacional dos Bancários

Será realizada nesta quinta, 1º de outubro, assembleia na sede social do Sindicato. Em pauta estará a votação de greve a partir do dia 6 de outubro, já que as negociações com a Fenaban não chegaram a um bom resultado. A categoria reivindica reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação e aumento real, mas os banqueiros ofereceram apenas um aumento de 5,5% (4% abaixo da inflação do período) e abono de R$ 2.500. Além disso, não houve avanços na discussão de temas relacionados às cláusulas sociais, como por exemplo saúde e segurança. "É fundamental manter a nossa mobilização, porque o que os banqueiros querem é nos enfraquecer. Não vamos aceitar retrocesso", destaca o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira. O tema da campanha salarial deste ano é “Exploração não tem Perdão”, em alusão às condições de trabalho e salário enfrentadas pela categoria e à riqueza do setor financeiro, que passa longe da crise. Desde o lançamento da campanha o Sindicato já promoveu centenas de reuniões em locais de trabalho do Grande ABC para informar sobre o desdobramento das negociações. As conversas nas agências incluem ainda os clientes e usuários, que também são vítimas da ganância dos bancos. A assembleia será iniciada às 18h30 e a sede social do Sindicato fica na rua Xavier de Toledo, 268, no centro de Santo André.    

Na região, atividades atingem agências em cinco cidades Diretores do Sindicato retomaram hoje, 29 de setembro, reuniões em agências bancárias para abordar a campanha salarial 2015 com trabalhadores e clientes. As atividades desta terça, com paralisação de uma hora, envolveram as três regionais do Bradesco da Região, uma do Santander, além das três maiores agências dos bancos privados em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema e Mauá. Durante a paralisação foram distribuídos material informativo para clientes e usuários dos bancos. "A atividade de hoje integra o Dia Nacional de Luta dos Bancários na Campanha Nacional Unificada 2015, e é muito importante que os bancários participem das atividades para fortalecer nossa luta, portanto, aproveito para convocar todos os bancários do ABC para participarem da Assembleia que acontece na quinta-feira, dia primeiro", disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato. Iniciadas em 25 de agosto, as reuniões nos bancos no Grande ABC atingiram em um mês 5.660 trabalhadores em 286 agências. Após negociações frustradas com os banqueiros, que ofereceram reajuste de apenas 5,5%, o que não contempla nem a inflação do período, a categoria bancária pode entrar em greve a partir de 6 de outubro. Uma assembleia para deliberar sobre o assunto já está marcada para 1º de outubro na sede social do Sindicato (rua Xavier de Toledo, 268, Centro, Santo André), a partir das 18h30. reuniaoeric bradesco

Assembleia já está marcada para 1º de outubro e deve decretar greve a partir do dia 6

tabela_comparacoesO reajuste proposto pela Fenaban só tem um objetivo: interromper os ganhos reais obtidos nos últimos anos e colocar a categoria de joelhos, ainda mais vulnerável à ganância dos banqueiros. “A contraproposta da Fenaban não condiz com a riqueza do setor. Os bancos lucram muito, não enfrentam nenhuma crise, e têm plenas condições de atender nossa pauta. O que querem é voltar à era dos abonos, que não têm reflexos nos salários, usando como desculpa uma crise da qual só tiraram vantagens”, destaca o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, que acompanhou a rodada de negociação nesta sexta, 25, e na sequência participou da reunião com o Comando Nacional para definir encaminhamentos.]

Segundo Belmiro, os banqueiros não apresentaram mais nenhuma contraproposta, apenas a econômica, deixando de fora questões fundamentais como assédio, segurança e emprego, e não há mais reuniões de negociação agendadas. “Eles já haviam reconhecido em mesa o adoecimento dos trabalhadores bancários e, no entanto, não apresentaram nenhuma proposta para combate-lo”, compara. Nesse momento, lembra, é fundamental manter a mobilização. “Nossa campanha é unificada, nacional, e não vamos deixar que nos enfraqueçam”.

Nessa sexta, os diretores do Sindicato completaram um mês de paralisações parciais (atraso de uma hora na abertura) nas agências do Grande ABC, mobilizando centenas de locais de trabalho e milhares de bancários. Uma assembleia também já está marcada para o dia 1º de outubro na sede social do Sindicato, a partir das 18h30, e deve deflagrar greve a partir do dia 6. “Não queremos e não podemos aceitar retrocessos em nossos direitos”, enfatiza o presidente do Sindicato.

Caixa e BB - Também para os trabalhadores da Caixa e do BB não houve avanços nas negociações. Pior ainda é que estas instituições não querem voltar a negociar, o que demonstra intransigência e irresponsabilidade, já que há questões urgentes a resolver. “Dessa forma a categoria está sendo empurrada para a greve, pois não há diálogo que possibilite alternativas”, destaca a diretora sindical Inez Galardinovic, funcionária da Caixa. "Durante todo o processo negocial debatemos com a direção do BB logo após as mesas da Fenaban. Interromper esse diálogo revela a má vontade do banco", disse Otoni Lima, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

Entenda o calendário

Para a convocação de assembleia é preciso seguir o estatuto de cada sindicato, que estabelece prazo para a publicação do edital. No caso do Sindicato dos Bancários do ABC esse prazo é de 48 horas, mas como a campanha é nacional, há outros sindicatos envolvidos. “Respeitar as etapas desse processo em todas as entidades é fundamental para evitar qualquer contestação judicial”, afirma Genilson Ferreira de Araújo, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato.

assembleia

Mais Artigos...