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Que tal ter descontos em faculdade e pós-graduação, escolas de educação infantil, cursos de idiomas, tratamento dentário, psicológico, farmácias e até na hora do lazer, em parques de diversões, hotéis e pousadas? Sendo sindicalizado tudo isso é possível. O Sindicato tem convênio com várias instituições, o que proporciona ótimos e exclusivos descontos aos associados. Para mais informações sobre empresas e instituições conveniadas, consulte abaixo.

A empresa conveniada assume total e inteira responsabilidade pelos serviços que prestará aos USUÁRIOS, respondendo civil e criminalmente pelos atos praticados no exercício da prestação os serviços ou produtos ora conveniados, considerando-se sempre como fornecedor a conveniada e jamais o Sindicato, sendo que esse desenvolve apenas a função de divulgação dos produtos ou serviços.

Todas as ofertas e promoções são de responsabilidade da Conveniada.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC, não se responsabiliza por eventuais mudanças nos descontos ou promoções ofertados.

No último sábado, dia 05, foram disputados os jogos da semifinal do Campeonato de Futebol Society 2016. No primeiro jogo, o time Modalidade 10 perdeu para o Bola Preta por 5 x 3, enquanto que no outro jogoo time Só Business ganhou do Jeremias por 1 x 0. A final acontece no próximo sábado, dia 12. Às 12h30 a disputa do Terceiro Lugar entre Modalidade 10 e Jeremias e, às 13h20, a disputa do título entre Bola Preta e Só Business. Os jogos acontecem nas quadras do Top Spin, na avenida Piraporinha em São Bernardo do Campo. Veja a tabela completa abaixo: tabela

A Fenaban entrou em contato com a Contraf-CUT no começo da noite desta segunda-feira (19) para chamar o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociação da Campanha 2015, a ser realizada nesta terça-feira (20) às 16h, em São Paulo, no Hotel Maksoud Plaza - Alameda Campinas, 150 - 2º andar - Sala Primavera.

A reabertura do processo de negociação acontece no 14º dia da greve nacional da categoria, que vem crescendo a cada dia. Nesta segunda, 12.496 agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e no Distrito Federal. No ABC, 293 agências foram fechadas, contando com a adesão de 5.220 funcionários.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, se diz surpreso pela forma como veio o convite. "Os banqueiros fizeram contato com a gente, via e-mail, no fim do expediente, nos convidando a retomar as negociações amanhã às 16h", informou. "Nossa expectativa é que eles saiam daquela linha de um reajuste muito abaixo da inflação com abono, pois sabemos que é prejudicial para a carreira dos bancários e das bancárias. Nós queremos a reposição da inflação, mais ganhos real. Isso é o que todo bancário e toda bancária, que estão há 14 dias de greve, desejam ouvir amanhã", completou.

Roberto ainda mandou um recado para a categoria que está fazendo a greve com o maior volume de paralisações de agências e centros administrativos da história. "A força dessa greve mostrou nossa unidade, nossa mobilização, nossa determinação e nossa indignação com os bancos que lucraram tanto e quiseram tanto reduzir nossos salários. Foi a força dessa greve que fez os banqueiros nos procurar para retomar a negociação", orgulhou-se.

Mas, ele alertou. "Nós temos que continuar mobilizados, determinados, com unidade, para mostrarmos que a gente continua indignado e que quer, com a força da greve, dobrar a intransigência deles. Além da reposição da inflação e do ganho real, queremos reposição de emprego, segurança para trabalhar nos locais de trabalho, com saúde, igualdade de oportunidade. Principalmente, nós queremos que acabem com as demissões, a rotatividade e que os trabalhadores não continuem adoecendo por serem submetidos ao assédio moral para cumprir metas inatingíveis", reforçou.

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[caption id="attachment_6684" align="alignright" width="300"]mercantil_RP Greve no banco Mercantil Brasil, em Ribeirão Pires, nesta sexta, 3 de outubro[/caption] BB e Caixa Federal também negociam a partir das 18h. A greve nacional dos bancários iniciada no último dia 30 ganhou força e fez com que a Fenaban enviasse nessa manhã um ofício à Contraf-CUT chamando uma nova rodada de negociação com o Comado Nacional dos Bancários para hoje às 17h, em São Paulo, no hotel Macksoud Plaza. O Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNB também chamaram para novas rodadas de negociações nesta sexta às 18h. Em seu quarto dia, a greve no Grande ABC se espalhou pelas cidades de São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. “Estamos mostrando nossa organização e esperamos que hoje os banqueiros apresentem uma proposta satisfatória, que contemple índice e questões sociais”, afirma o presidente do Sindicato, Eric Nilson, que integra o Comando Nacional. Nacionalmente, desde o primeiro dia da greve, a paralisação cresceu 42,7%. As reuniões do Comando com o BB e a Caixa serão em São Paulo, no mesmo local da reunião com a Fenaban. A negociação com o BNB será em Recife. Assembleia – Os bancários do Grande ABC fazem assembleia nesta segunda, 6, a partir das 17h na sede social do Sindicato (rua Xavier de Toledo 268). A data foi marcada durante a assembleia realizada na tarde da quinta-feira, 2.

Bancários assinaram, na segunda 13, convenção coletiva e aditivos do Banco do Brasil e da Caixa Federal, garantindo conquistas. Mas nem sempre foi assim, especialmente nos anos 1990. Com os 2,02% de aumento real conquistado neste ano – o maior não escalonado desde 1995 –, os bancários superaram a marca de 20% (20,7%) de reajustes acima da inflação desde 2004 nos bancos privados. Na Caixa Federal e no Banco do Brasil o ganho foi de 21,3% nesse período. Para o piso foi ainda maior. Com os 2,49% de agora, o reajuste real desde 2004 bate na casa dos 42,1%. Na íntegra (sem descontar a inflação), os reajustes em 2014 foram de 8,5% para salários, vale-alimentação, 13ª cesta, auxílios creche e babá, regra básica da PLR e parcela adicional; 9% para os pisos e 12,2% no vale-refeição. Os índices foram sacramentados na segunda-feira 13, data das assinaturas da nova Convenção Coletiva de Trabalho e dos acordos aditivos dos bancos federais, válidos em todo o Brasil. Tudo deve ser pago retroativamente a 1º de setembro, data-base da categoria. Dentre as conquistas deste ano, os 5,5% de ganho real para o vale-refeição e os 2,02% na regra básica e na parcela adicional da PLR, vale-alimentação, 13ª cesta e auxílios creche e babá. Houve avanços, ainda, no combate ao assédio moral, pressão por metas, formação profissional, 13º e reabilitação para afastados, direitos da gestante, dos homoafetivos e segurança. 11 anos – Este ano foi o 11º seguido de aumento real para os bancários, conquista que veio com muita luta e organização da categoria. Pode parecer rotina, mas nem sempre foi assim. Nos dez anos anteriores, ou seja, de 1995 a 2003, só quatro foram marcados por aumento real; os outros seis por perdas. Em 1995, foram 3,34% de valorização, anulada logo no ano seguinte, quando a categoria perdeu 3,05% de seu poder de compra. Logo depois, um pequeno ganho, também engolido por forte queda, de 2,31%, em 1998 (veja tabelas abaixo). O fim da década e início dos anos 2000 agravaram o cenário. Dois anos que, somados, não chegaram a 0,5% de aumento real e três fortes quedas. No geral, 8,6% de perdas salariais no período. O achatamento, também conhecido como arrocho salarial, veio lado a lado com demissões. De 1994 a 2002 ultrapassaram 30% na categoria - mais de 150 mil trabalhadores dispensados. No ciclo seguinte, a partir de 2003 até 2012 o crescimento resultou em cerca de 110 mil bancários a mais. Demissão e arrocho resumem final dos anos 1990 - Uma informação que vale mais do que mil palavras. Entre 1995 e 2003, os bancários viram seus salários ficar 8,6% menores em relação à inflação. Nos duros anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a situação para os trabalhadores dos bancos públicos era ainda pior: a perda real no período foi de 36,3% no Banco do Brasil e de 40% na Caixa Federal. De lá para cá, muita coisa mudou. Com a eleição de um presidente da República oriundo da classe trabalhadora, a relação foi totalmente alterada. Além do respeito ao movimento sindical, que negocia pela categoria, o aumento do nível de emprego virou a história. O número de bancários, por exemplo, que havia caído 30,3% no Brasil entre 1994 e 2002, subiu 28% de 2003 a 2013. Entre 2004 e 2014 os empregados dos bancos privados acumularam ganhos reais, acima da inflação, de 20,7%. Nos públicos, esses aumentos reais somaram 21,3%. Ruim para o setor – O Sistema Financeiro Nacional também saiu enfraquecido desses tempos. Além das privatizações que eram o mote do governo de orientação neoliberal de FHC, a abertura de mercado levou à quebra e fechamento de dezenas de instituições nacionais. Em 1990 havia 174 bancos privados brasileiros. Esse número foi caindo até chegar a 105 no ano 2000 e aos atuais 87. Já os públicos federais e estaduais foram reduzidos a menos da metade: eram 34 em 1990, passaram a 17 em 2000, chegando às atuais 11 instituições. Por outro lado, a presença dos privados estrangeiros no País aumentou 244%: de 18 em 1990 para 70 em 2000 até os atuais 62 bancos. São Paulo e os paulistas, por exemplo, perderam um grande patrimônio: o Banespa, um dos maiores bancos públicos brasileiros, foi vendido ao Santander por muito menos do que valia. A Nossa Caixa, última instituição estadual paulista, quase teve o mesmo destino, não fosse a intervenção do Banco do Brasil, que fez a fusão mantendo-a como empresa pública. O Brasil e os brasileiros já perderam muito com o modelo neoliberal de governar. Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo tab2                                                     tab1          

[caption id="attachment_8525" align="alignright" width="300"]1581152935 Debates se deram com tranquilidade e divergências solucionadas[/caption] Em grupo específico sobre Emprego, delegados da 17ª Conferência Nacional dos Bancários discutiram propostas a serem incluídas na pauta de reivindicações da categoria, que será negociada com a federação dos bancos (Fenaban).

Os debates se deram com tranquilidade e as divergências foram solucionadas com diálogo e construção de consensos. Entre os principais pontos aprovados estão a inclusão de artigo em que se reivindica a garantia dos empregos de todos os trabalhadores abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) durante a vigência da mesma e a ratificação do Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Outro item importante da pauta é a determinação de no mínimo 15 funcionários por agência bancária, sendo que desses pelo menos dois desempenhem a função de caixa.

Entre vários outros pontos do tema, os trabalhadores reivindicarão a redução da jornada de trabalho para 5 horas diárias e 25 horas semanais, com intervalo de 15 minutos para descanso. Também se condiciona a ampliação do período de atendimento bancário ao público à criação de outros turnos de trabalho. Foi consenso ainda a proibição de funcionamento de agências, inclusive das agências de negócios, aos sábados, domingos e feriados.

"As questões relativas ao emprego serão o tema central da Campanha Nacional 2015. Com os bancos lucrando cada vez mais, não há razão para tantas demissões e fechamento de postos de trabalho", avalia Ivone Maria da Silva, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da mesa.

Rede Nacional de Comunicação dos Bancários

Apesar dos incríveis avanços econômicos e sociais que o Brasil alcançou nos últimos dez anos, o povo quer mais. Sem o fantasma do desemprego rondando, renda em ascensão e aumento do consumo, a população quer agora saúde, educação e transporte de qualidade. Quer, enfim, serviços públicos melhores. Esse é o grande recado das manifestações que tomaram conta do Brasil em junho, na visão do professor João Sicsú, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e ex-diretor de Políticas e Estudos Macroeconômicos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Ele participou dos debates sobre análise de conjuntura, que abriram o segundo dia da Conferência Nacional dos Bancários, neste sábado 20. Também participaram o jornalista Altamiro Borges e o coordenador mundial da UNI Finanças, Márcio Monzane. João Sicsú disse que o governo Lula assumiu o país, em 2003, com o slogan Brasil para todos. "Esse roteiro levou a ações que garantiram avanços em todas as áreas", diz, acrescentando que a política econômica do governo, acertada e necessária, expandiu o crédito, que dobrou de tamanho, conseguiu uma drástica redução do desemprego - passando de 12,3%, em 2013, para menos de 5%, em 2010 - e ampliou o consumo. O resultado foram reflexos sociais significativos, com geração de emprego, valorização do salário mínimo, manutenção da inflação sob controle e organização das contas públicas. "Deu quase tudo certo! Pois, para fazer esse tipo de política não é necessário nenhum enfrentamento. Cria-se um ciclo em que não se coloca em conflito o trabalho e o capital", destacou. Para Sicsú, o governo precisa, agora, deixar o slogan de lado e escolher para quem quer governar. "Precisa partir para o enfrentamento. Se queremos um sistema de saúde melhor, precisamos enfrentar o lobby dos médicos e das grandes corporações. Se queremos uma reforma política, precisamos enfrentar deputados, senadores, bancos, mídia. Se queremos uma reforma agrária, precisamos enfrentar os ruralistas. Isso vai desagradar os mais poderosos e ricos, mas vamos conseguir avançar em vários pontos que foram colocados pela população nas manifestações de junho." Nível de exigência cresce "Chegamos em um momento em que os próprios trabalhadores perceberam que querem participar amplamente da vida social de suas cidades, não apenas como consumidores; querem acesso ao serviços e equipamentos públicos de qualidade, como transporte, saúde, segurança, urbanidade - e que estão restritos a uma minoria", apontou Sicsú. O professor acredita que essa insatisfação da população manifestada nos protestos era de conhecimento do governo. "Mas os governantes não fizeram nada, justamente para evitar o confronto. Mas não adianta evitar o enfrentamento, os mais poderosos continuarão brigando pelos seus interesses. Basta ver que, no ano passado, o governo federal destinou R$ 500 milhões em verbas publicitárias para a TV Globo. E ela continua fazendo oposição ao governo. Imagine o grande avanço que teríamos na saúde se esta verba de meio bilhão de reais fosse investida na área", disse. Apesar da falta de enfrentamento, João Sicsú destacou que os avanços conquistados nos governos Lula e Dilma nos últimos dez anos devem ser valorizados. "O Brasil mudou muito e não só em relação ao governo FHC. Mudou muito em relação à história do país", finalizou. Democratização da mídia Também palestrante no painel, o jornalista Altamiro Borges, coordenador do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, defende que os movimentos sociais precisam entrar na disputa ideológica para "puxar" para a esquerda a pauta das manifestações de rua no país. "Esse momento é de desafio para o movimento social, e de nos questionarmos se não nos acomodamos. Temos de disputar as ruas, ter unidade para disputar o simbólico das manifestações", disse. Altamiro ressaltou que a mídia tentou fazer isso. Lembrou que, após criminalizar o movimento, buscou pautá-lo com eixos como o combate à PEC 37 e à corrupção. "Num primeiro momento, a grande mídia fez o que sempre faz com as manifestações dos trabalhadores: invisibilizou. Num segundo momento também repetiu o que faz com os atos sociais: criminalizou. Mas depois da violência policial e da solidariedade que adveio disso, a Globo começou a elogiar o movimento e a tentar pautá-lo." Grande imprensa investe na despolitização O jornalista também chamou a atenção para o processo de escandalização e criminalização da política, liderado pela grande imprensa. "O processo de escandalização e de negação da política e da ação coletiva foi muito bem planejado. O primeiro ano do governo Dilma foi o ano da faxina. Caíram sete ministros, num desrespeito à presunção da inocência previsto na Constituição. Em 2012, só se falou em mensalão. O julgamento do núcleo político do mensalão foi na véspera do segundo turno das eleições (municipais), com claros objetivos eleitorais. Foi um conluio cronologicamente organizado entre o supremo (STF) e os barões da mídia", denunciou. "O Brasil mudou nesses últimos anos, isso é inegável. Mas também deixou-se de fazer algumas reformas estruturais que são fundamentais, como a reforma agrária, tributária, e a regulamentação da mídia." Segundo o jornalista, é preciso fazê-las, sob pena de retroceder no projeto de transformação que vem sendo realizado no país há 10 anos. Durante os debates, o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi reforçou que o país precisa de reformas política, da mídia e do sistema financeiro. "Temos de debater a reforma política, porque muitas das derrotas que tivemos foram por conta de uma conjuntura desfavorável no parlamento", disse, referindo-se ao Congresso Nacional, cuja maioria dos deputados são representantes das elites. O dirigente citou ainda a importância da democratização da mídia e da redução das taxas de juros. "São três questões fundamentais e temos de botar o povo nas ruas para lutar por elas, pois sem isso a pauta da esquerda não avança", concluiu. O desmonte do Estado de bem-estar social na Europa O painel de análise de conjuntura contou ainda com a participação de Márcio Monzane, coordenador mundial da UNI Finanças, braço para o setor financeiro da UNI Sindicato Global, entidade que representa cerca de 900 sindicatos e 20 milhões de trabalhadores do setor de serviços em todo mundo, da qual a Contraf-CUT é filiada. O dirigente apresentou uma análise sobre a atual conjuntura na Europa, a partir das consequências sociais que se instalaram por conta da crise econômica desencadeada em 2008. Conforme Monzane, brasileiro e ex-diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, hoje vigora na Europa uma nova governabilidade que impacta diretamente sobre a economia mundial, podendo, inclusive, servir de exemplo para a direita no Brasil. Segundo ele, essa governabilidade europeia praticada por uma aliança de três poderes - Comissão Européia, Banco Central e Fundo Monetário, designada de Troika - analisa semestralmente a situação política de cada país da União Européia, a partir da qual define as prioridades, com o objetivo de justificar a aplicação de pacotes de austeridade voltados ao combate da crise. São os Programas Nacionais de Reforma, com recomendações aos países baseadas em políticas neoliberais voltadas, justamente, para o corte empregos e de direitos trabalhistas. Denominados de Pactos de Estabilidade e Crescimento, esses programas estabelecem regras, dentre as quais para negociações coletivas, definindo inclusive os pontos que podem ser convencionados e autorizando as empresas a negociarem individualmente. "Definem até mesmo quais sindicatos têm direito à representação. Na Romênia, por exemplo, atualmente a representação só é permitida para o sindicato que tiver 50% mais 1 de trabalhadores afiliados. Já na Espanha, uma empresa que sofrer queda nos lucros por três meses consecutivos está liberada de cumprir convenções coletivas, podendo negociar individualmente a partir do zero, relatou Monzane. Inversão de poder Como exemplo do impacto negativo dessas restrições, o coordenador da UNI Finanças citou Portugal, onde o número de trabalhadores regidos por Convenções Coletivas passou de 1,5 milhões para 300 mil. "Tratam-se de ataques diretos à qualidade do emprego e à proteção social, além das restrições aos gastos públicos. Tudo isso passou a fazer parte de recomendação constitucional nos países europeus, inclusive com a possibilidade de criminalização no caso de descumprimentos", exemplificou Monzane, ao alertar para os riscos de agravamento ainda maior da crise. "É um ciclo vicioso, no qual o desemprego cresce desacelerando ainda mais a economia e, consequentemente, ampliando ainda mais os cortes de postos de trabalho. Não é à toa que, hoje, 40% dos trabalhadores portugueses buscam emprego precário fora do seu país de origem." O que se vê hoje na Europa é uma total inversão de poder. O Parlamento foi deixado de lado e quem dita a política é o poder econômico, enquanto os movimentos sociais perdem espaço, dificultando uma contrapartida. "Para mim, o movimento sindical europeu demorou muito a responder a tudo isso. E agora insiste em retomar o diálogo social com vistas a interromper o ataque ao emprego e às entidades sindicais", analisou. Brasil e os protestos pelo mundo "As manifestações ocorridas no Brasil têm elementos parecidos com as Primaveras Árabes, o M16 na Espanha e o Movimento Occupy Wall Street, dentre outros. "Embora tenham levado às ruas centenas de jovens descontentes e despolitizados, esses movimentos mostraram que, independentemente de todos os avanços decorrentes da política federal nos últimos 10 anos, ainda existem muitos problemas estruturais a serem resolvidos. O ator para colocar em prática a transformação social necessária é o movimento organizado de trabalhadores. Assim, o movimento sindical deve produzir uma carta de entendimento, para cobrar do Estado a sua participação na política, de forma a garantir o bem-estar social. Falo com toda a segurança de quem tem acompanhado de perto a crise mundial, o movimento sindical é o único com capacidade para organizar a luta, com ordem e democracia, para se obter avanços contra os problemas sociais", enfatizou Monzane. Rede de Comunicação dos Bancários Andréa Ponte Souza, Fábio Jammal Makhoul, e Lucimar Beraldo e Renata Ortega