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Que tal ter descontos em faculdade e pós-graduação, escolas de educação infantil, cursos de idiomas, tratamento dentário, psicológico, farmácias e até na hora do lazer, em parques de diversões, hotéis e pousadas? Sendo sindicalizado tudo isso é possível. O Sindicato tem convênio com várias instituições, o que proporciona ótimos e exclusivos descontos aos associados. Para mais informações sobre empresas e instituições conveniadas, consulte abaixo.

A empresa conveniada assume total e inteira responsabilidade pelos serviços que prestará aos USUÁRIOS, respondendo civil e criminalmente pelos atos praticados no exercício da prestação os serviços ou produtos ora conveniados, considerando-se sempre como fornecedor a conveniada e jamais o Sindicato, sendo que esse desenvolve apenas a função de divulgação dos produtos ou serviços.

Todas as ofertas e promoções são de responsabilidade da Conveniada.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC, não se responsabiliza por eventuais mudanças nos descontos ou promoções ofertados.

caravana_fetec_abcCampanhas de bancários, químicos, metalúrgicos, petroleiros e trabalhadores nos Correios, no segundo semestre de 2013, resultaram em um acréscimo nos salários de aproximadamente R$ 12 bilhões. A média de aumento real (acima da inflação) dessas categorias profissionais pode ser calculada entre 1 e 1,5 ponto percentual, segundo o Dieese. O percentual é menor se comparado ao mesmo período do ano anterior, que apresentou ganhos nos salários acima da inflação entre 2 e 2,5 pontos. Mas, segundo análise do coordenador técnico sindical do Dieese, Airton Gustavo dos Santos, o resultado é positivo considerando a situação da economia e a resistência patronal. "No começo deste ano, a projeção para crescimento econômico brasileiro estava entre 4% e 4,5%, mas ao longo do ano foi ficando mais claro que seria difícil alcançar essa meta e as negociações se dificultaram. Com a nova perspectiva econômica que começou a se desenhar, o setor patronal começou a ficar com o pé atrás e mais resistente. Podemos dizer que as negociações do segundo semestre foram mais difíceis do que as do primeiro, mas mesmo com ganhos reais menores as categorias tiveram reajustes significativos", avalia Santos. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), havia 513 mil bancários no Brasil em 2012 . Com o reajuste de 8% nos salários da categoria, estima-se a injeção de aproximadamente R$ 2,8 bilhões na economia até agosto do ano que vem. A quantia é 14,5% maior do que a do ano passado. Somada a participação nos lucros ou resultados (PLR), o valor sobe para R$ 8,7 bilhões. Para se ter ideia, os lucros do Bradesco e Santander, no primeiro semestre de 2013, totalizaram R$ 8,8 bilhões. O do Itaú, R$ 7,1 bilhões. Acordos nacionais “Foi uma das campanhas mais difíceis que já tivemos. Os bancos tinham uma estratégia muito bem desenhada com o terrorismo da inflação, mas nós olhávamos sempre para os altos lucros do setor financeiro, que vai bem em qualquer situação", disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro. Ele também destaca a inclusão de cláusulas em convenção coletiva, como a proibição do envio de torpedos aos bancários fora do horário de trabalho e adesão ao Programa Vale-Cultura, que proporciona R$ 50 por mês para trabalhadores com salários até R$ 3.390 para ser usado em bens e atividades culturais. No setor estatal, de acordo com estimativas do Dieese, os reajustes alcançados pelos trabalhadores dos Correios e pelo petroleiros somam aproximadamente R$ 130 milhões mensais - Correios, R$ 31 milhões, e petroleiros, R$ 98 milhões. A estimativa leva em consideração o salário médio, antes e depois dos reajustes, e o número de trabalhadores em cada segmento. Com data-base em 1º de agosto, os funcionários dos Correios viram novamente a campanha salarial terminar sem acordo negociado diretamente entre as partes. A direção da empresa ingressou com dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determinou reajuste de 8% para os 122 mil funcionários em todo o país. Na Petrobras, o resultado econômico "relativamente satisfatório" não é a principal conquista dos trabalhadores em 2013, segundo o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes. "Para nós, o grande avanço foi pactuar um seguro para os terceirizados, tendo em vista que é muito comum as empresas contratadas não pagarem a esses trabalhadores direitos básicos, como 13º salário ou férias, quando expiram os seus contratos." De acordo com a FUP, a categoria é formada por aproximadamente 85 mil trabalhadores diretos e outros 300 mil terceirizados. A nova cláusula de convenção coletiva garante a criação de um seguro, para onde será destinado de 1% a 5% do valor dos contratos de empresas terceirizadas com a Petrobras. "Há mais de seis anos tentamos fechar algum acordo neste sentido e agora os direitos desses trabalhadores estarão garantidos", disse Moraes. Os petroleiros tiveram reajuste de 8,56% na remuneração mínima por nível e regime (RMNR), o que representa aumento real entre 1,82% e 2,33%. Mas também garantiram avanços no plano de cargos e salários e implementação de auxílio-medicamento, que funcionará como um plano de assistência médica, em que a empresa custeia mensalmente uma determinada quantia, para não haver mais custos com medicamentos. Em troca, os trabalhadores terão desconto fixo mensal de R$ 2,36 a R$ 14,17, de acordo com a faixa de renda. "Foi uma ótima campanha, não só do ponto de vista econômico, que sem dúvida apresenta ganhos reais consideráveis, mas também em direitos estruturantes", avalia o coordenador-geral da FUP. Indústria paulista O resultado da campanha salarial dos trabalhadores dos ramos químico, cosmético e plástico do estado de São Paulo representará impacto mensal de R$ 61 milhões, segundo levantamento do Dieese, com base em dados da Rais e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em 12 meses concluídos em outubro de 2014, os ganhos serão de aproximadamente R$ 817 milhões. "Desde o governo Lula, em 2003, tivemos quase 25% de aumento real e, assim, conseguimos repor parte das perdas que tivemos durante o governo FHC. Nosso grande desafio era manter essa conquista, porque esse é o grande ganho, não perder de vista a reposição da inflação e aumento real nos salários", afirma o coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico no Estado de São Paulo (Fetquim-CUT/SP), Raimundo Suzart. Com data-base em 1º de novembro, os químicos tiveram reajuste de 7,5% nos salários, sendo 1,8% aumento real. Já o reajuste de 8% obtido pelo 259 mil metalúrgicos do estado de São Paulo, da base da CUT, vai representar cerca de R$ 929 milhões na economia de 47 municípios, até a próxima campanha salarial. O valor é 22% superior ao do ano passado, segundo levantamentos da subseção do Dieese na Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT) e da federação estadual da categoria (FEM-CUT). "Conquistar 1,82% de aumento real, sem dúvida, reflete um dos maiores acordos. Além disso, a campanha foi vitoriosa no campo social, porque conquistamos avanços importantes nos direitos que beneficiaram as mulheres metalúrgicas, estudantes e os trabalhadores do chão de fábrica em geral", afirma o presidente da FEM-CUT, Valmir Marques da Silva, o Biro Biro. "Os resultados financeiros são muito importantes, mas essa é uma disputa de renda que devemos fazer em toda a sociedade, porque o único caminho para a construção de um país justo é a distribuição e valorização da renda dos trabalhadores", destaca. Em andamento Entre as principais campanhas deste período também estão os comerciários, com data base em 1º de setembro. As reivindicações de aproximadamente 2,5 milhões de trabalhadores, representados pela Federação dos Empregados no Comércio no Estado de São Paulo, foram entregues em 5 de agosto, mas a campanha ainda não foi concluída. Alguns sindicatos que representam os trabalhadores dos segmentos varejista e lojista estão fechando acordo com reajuste de 8,5%. Fonte: Viviane Claudino - Rede Brasil Atual            

Passeata percorre centro financeiro de Santo André

A Caravana da Federação dos Bancários do Estado de São Paulo (FETEC), invadiu as ruas do Centro de Santo André na manhã desta quinta-feira (29/8). A iniciativa, que teve como objetivo divulgar e mobilizar a categoria para a Campanha Nacional dos Bancários 2013, contou com a participação da diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC e de outras cidades do Estado, além da animação da Bateria da Escola de Samba Palmares e da ARCA (Associação Ribeirãopirense de Cidadãos Artistas). Durante o trajeto, os bancários percorreram as ruas Correia Dias, Senador Fláquer, Luiz Pinto Fláquer e Xavier de Toledo. E acompanhando a manifestação, que parou em frente às agências bancárias, alguns diretores entregavam informativos e conversaram com os clientes e funcionários, enquanto outros discursavam sobre as reivindicações da categoria e atual situação nos bancos. “Os bancários de todo o Estado estão nas ruas neste mês com a Caravana da Fetec divulgando a Campanha Nacional. É importante que todos saibam desta nossa luta, que contempla reivindicações não só para a categoria, como melhores condições de trabalho, mas também aos usuários dos bancos a partir de mais contratações nas agências, proporcionando melhor atendimento”, ressaltou Eric Nilson, presidente do Sindicato. Nilson também lembrou que no dia 5 de setembro será apresentada pela Fenaban uma "proposta global" para a pauta geral de reivindicações dos bancários. “Estamos aguardando este momento, pois já se passaram três negociações, todas com respostas negativas. Os bancos deverão atender nossas reivindicações contidas na minuta, já que todos os pontos levantados são fundamentais”, pontuou. Entre as reivindicações da categoria estão: Reajuste Salarial - 11,93% (5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%); PLR - 3 salários + R$ 5.553,15; Verbas - Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional); Piso R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese); Saúde e Condições de Trabalho -Melhores condições com o fim das metas individuais e abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;Emprego - Fim das demissões em massa, ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate ao PL 4330, que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada); Carreira - Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários; Auxílio-educação - Pagamento para graduação e Pós-Graduação; Segurança - Mais segurança e proibição do porte das chaves de cofres e agências por bancários; Igualdade de oportunidades -Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes; Pauta geral - Fim do fator previdenciário, contra o PL 4330, pela reforma política, reforma tributária, pela democratização dos meios de comunicação, mais investimentos para a Saúde, para a Educação e transporte público de qualidade, além da regulamentação do Sistema Financeiro Nacional. Calendário de luta Agosto 30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Setembro 3 e 4 - Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC da Câmara – Apresentação de contra-proposta por parte da Fenaban

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, assinará nesta sexta-feira 14, em São Paulo, às 14h, o acordo aditivo específico da Campanha 2013 com a Caixa Econômica Federal. De manhã, às 10h, será assinada a Convenção Coletiva dos Bancários com a Fenaban, também em São Paulo.

A proposta apresentada pela Caixa no dia 11, aprovada pelas assembleias em todo o país, inclui a proibição de agências com até 15 empregados tenham horas compensadas. A partir de janeiro de 2014, todas as horas extras realizadas nessas dependências serão pagas.

Veja aqui em pdf a proposta completa da Caixa.

Com a assinatura do acordo, o pagamento de 60% do total da PLR a que cada empregado da Caixa tem direito (com base na projeção de lucro anual feito pela empresa) será pago até o dia 28 de outubro, quando termina o prazo de dez dias previsto.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião ocorrida na tarde desta terça-feira (26), em Brasília, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, avaliou como vitoriosa a Campanha 2013, apontou a necessidade de continuidade das lutas da categoria, agendou um seminário de planejamento para os dias 5 e 6 de fevereiro de 2014 e marcou a 16ª Conferência Nacional para os dias 25, 26 e 27 de julho de 2014, em São Paulo.

O encontro foi realizado após o ato promovido na parte da manhã pela CUT e demais centrais sindicais, em frente ao Banco Central, por "menos juros e mais emprego" e pela redução imediata da taxa Selic, seguido de uma caminhada até o Supremo Tribunal Federal (STF) em protesto contra a criminalização dos movimentos, em defesa da democracia e em solidariedade aos presos políticos.

Avaliação da Campanha 2013

Todos os integrantes do Comando enfatizaram a força da unidade e da mobilização dos bancários, salientando a vitória da greve nacional, que durou até 26 dias, e destacando as principais conquistas econômicas e sociais da categoria, bem como os avanços nas negociações específicas com os bancos públicos.

"Impulsionada pelo mote 'Vem pra luta', foi a campanha da ousadia, da mobilização e da unidade da categoria, conquistando aumento real de salário pelo décimo ano consecutivo, valorização do piso e melhoria da PLR. Os bancários deram mais uma grande demonstração de força, quebrando a intransigência dos bancos, que este ano tinham a estratégia clara de acabar com os ganhos acima da inflação para reduzir custos, de vencer os bancários pelo cansaço e de punir os grevistas com o desconto dos dias parados", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Conseguimos avanços expressivos igualmente na questão da saúde e condições de trabalho, como a proibição de as empresas enviarem torpedos aos bancários cobrando resultados, a criação do grupo de trabalho sobre as causas de adoecimento da categoria e a concessão de um dia de folga-assiduidade para cada trabalhador", salienta Cordeiro.

Outra conquista social muito importante foi o vale-cultura, inicialmente para os bancários que ganham até cinco salários mínimos. "Isso permitirá que mais trabalhadores tenham acesso à literatura, ao cinema, ao teatro, aos espetáculos de música, valorizando a cultura em todo o país", destaca o presidente da Contraf-CUT.

No final da greve, os bancários ainda derrotaram a proposta da Fenaban de compensar os dias parados em 180 dias. Com a resistência do Comando, a compensação foi drasticamente reduzida e está sendo feita somente com a realização de uma hora diária até 15 de dezembro.

A luta continua

Os integrantes do Comando apontaram a importância de continuar a mobilização da categoria, buscando novos avanços nas negociações permanentes com os bancos e nas mesas temáticas com a Fenaban. Um das questões ressaltadas foi o reforço da luta pelo emprego, sobretudo nos bancos privados, diante da política de demissões e de alta rotatividade do Santander, Itaú, Bradesco e HSBC.

Também foi salientada a necessidade de acompanhamento permanente do Grupo de Trabalho (GT) sobre as causas do adoecimento dos bancários, que volta a se reunir nesta quinta-feira (28), em São Paulo. Ainda foi destacado que é preciso ficar de olho no projeto-piloto de segurança bancária, conquistado nas negociações da Campanha 2012 e se encontra em andamento em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes.

Adiamento da votação do PL 4330

Os representantes do Comando ainda frisaram a vitória na luta travada contra o Projeto de Lei (PL) 4330 na Câmara dos Deputados. "A mobilização dos bancários foi fundamental na pressão da CUT e das centrais sindicais, que conquistou o adiamento da votação do PL 4330 que, se aprovado, iria precarizar o trabalho e legalizar a terceirização em todas as áreas das empresas, permitindo terceirizar até caixas e gerentes nos bancos, possibilitando a extinção da categoria bancária", ressalta o dirigente sindical.

Reforma política 

Os membros do Comando reafirmaram a importância de uma reforma política para aprofundar a democracia. Uma campanha popular será lançada nesta quarta-feira (27) pela OAB, CNBB, com apoio da CUT, centrais sindicais e várias entidades da sociedade civil.

"Precisamos mudar as regras eleitorais, como o fim do financiamento privado de campanha, e em 2014 temos de eleger candidatos comprometidos com o projeto dos trabalhadores e evitar que iniciativas lesivas à sociedade, como o PL 4330, sejam aprovadas no Congresso Nacional", aponta Cordeiro.

Planejando 2014

Os dirigentes sindicais não ficaram somente na avaliação da Campanha 2013 e já traçaram os primeiros passos da organização e mobilização da categoria para o ano que vem, olhando para o calendário de atividades dos sindicatos e para a realização da Copa do Mundo no Brasil entre 12 de junho e 13 de julho.

Para tanto, foi agendada a 16ª Conferência Nacional dos Bancários para os dias 25, 26 e 27 de julho, em São Paulo. Também foi marcado um seminário de planejamento do Comando para os dias 5 e 6 de fevereiro, quando serão definidos outros eventos, como os congressos nacionais dos trabalhadores da Caixa e do Banco do Brasil.

"O ano de 2014 será cheio de agendas importantes, onde precisamos mais do que nunca de ousadia, unidade e mobilização. Com planejamento e estratégia, esperamos organizar muitas lutas para garantir novas vitórias e arrancar mais conquistas para os bancários e a classe trabalhadora, na perspectiva de transformar a sociedade e construir um país mais justo e igualitário", conclui o presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, realiza nesta segunda e terça-feiras, 26 e 27, a terceira rodada de negociação da Campanha 2013 com a Fenaban, que tratará do tema remuneração. Os bancários reivindicam reajuste de 11,93% (5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%), PLR de três salários mais R$ 5.553,15 fixos, piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese) e R$ 678 ao mês (salário mínimo nacional) dos vales alimentação e refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá. Nas duas rodadas anteriores, os bancos rejeitaram as reivindicações sobre saúde, condições de trabalho, segurança, emprego e igualdade de oportunidades. Os seis maiores bancos apresentaram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre. Eles têm a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, mas fecham postos de trabalho e reduzem a média salarial da categoria com o mecanismo perverso da rotatividade, apesar do aumento da produtividade dos bancários. Os trabalhadores exigem remuneração decente, que passa por aumento real de salário, valorização do piso e melhoria da PLR. Desconcentrar renda Para Cordeiro, trata-se de uma luta por desconcentração de renda. "Apesar de ser a sexta maior economia do planeta, o Brasil ocupa ainda o vergonhoso 12º lugar no ranking dos países mais desiguais do mundo. E no sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior", afirma o presidente da Contraf-CUT. Segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, os 10% mais ricos no país têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico. No sistema financeiro a concentração é ainda maior. No Banco Itaú, por exemplo, os executivos da Diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 234,27 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 129,57 vezes. Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o caixa do Bradesco 9 anos. Veja como ficam os salários e demais verbas com as reivindicações de 2013
Como é hoje Como fica
Salário: - 11,93% (inflação + 5% de aumento real)
Piso Portaria: 966,74 (1.058,96 pós 90 dias) 2.860,21 (mínimo Dieese)
Piso Escriturário: 1.385,55 (1.519,00 pós 90 dias) 2.860,21
Piso Caixa: 1.385,55 (2.056,89 pós 90 dias, incluído gratificação de caixa) 3.861,28 (mínimo Dieese + gratificação de caixa)
1º Comissionado: - 4.862,36
1º Gerente: - 6.435,47
PLR - Regra Básica: 90% do salário + 1.540,00 3 salários-base + 5.553,15
Auxílio-refeição: 493,58 (mês) - 21,46 (dia) 678,00 (mês) - 29,48 (dia)
Cesta-alimentação: 367,92 678,00
Auxílio-creche/babá: 306,21 678,00
A negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban começa nesta segunda-feira às 14h e continua durante toda a terça-feira. Calendário de luta Agosto 26 e 27 - Terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa 30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Setembro 3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara Fonte: Contraf-CUT

A greve nacional dos bancários continua crescendo em todo o país. No 15º dia, foram fechados nesta quinta-feira 3 de outubro 11.406 agências e centros administrativos. Reunido em São Paulo para avaliar as duas primeiras semanas de paralisação, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, orientou os sindicatos a fortalecerem ainda mais o movimento para pressionar os bancos a apresentarem uma nova proposta e decidiu permanecer na capital paulista à disposição para a retomada das negociações com os bancos.

"Essa é uma demonstração de nossa disposição de dialogar. Estamos cobrando dos bancos que reabram o processo de negociação e apresentem uma nova proposta aos bancários que contemple as reivindicações por aumento real, valorização do piso, PLR melhor, proteção do emprego, condições de trabalho mais dignas, segurança e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

A única proposta apresentada pelos bancos até agora foi no dia 5 de setembro, há quase um mês, estabelece reajuste de 6,1%, que apenas repõe a inflação do período pelo INPC e ignora as demais reivindicações econômicas e sociais. A proposta foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas em todo o país no dia 12.

A greve foi deflagrada no dia 19 de setembro, quando os bancários fecharam 6.145 agências e centros administrativos em todo o país. O movimento vem se ampliando dia após dia, atingindo 11.406 dependências nesta quinta-feira 3, o 15º dia de paralisação - um crescimento de 85,6% nesse período.

O Comando Nacional representa 143 sindicatos e 10 federações de todo país, totalizando mais de 95% dos bancários de todo Brasil. Além das entidades integrantes, participam como convidados os coordenadores das comissões de empresas dos trabalhadores dos bancos públicos federais.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Contraf-CUT