
Campanhas salariais injetam bilhões na economia, além de ganhos sociais

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A empresa conveniada assume total e inteira responsabilidade pelos serviços que prestará aos USUÁRIOS, respondendo civil e criminalmente pelos atos praticados no exercício da prestação os serviços ou produtos ora conveniados, considerando-se sempre como fornecedor a conveniada e jamais o Sindicato, sendo que esse desenvolve apenas a função de divulgação dos produtos ou serviços.
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O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, assinará nesta sexta-feira 14, em São Paulo, às 14h, o acordo aditivo específico da Campanha 2013 com a Caixa Econômica Federal. De manhã, às 10h, será assinada a Convenção Coletiva dos Bancários com a Fenaban, também em São Paulo.
A proposta apresentada pela Caixa no dia 11, aprovada pelas assembleias em todo o país, inclui a proibição de agências com até 15 empregados tenham horas compensadas. A partir de janeiro de 2014, todas as horas extras realizadas nessas dependências serão pagas.
Veja aqui em pdf a proposta completa da Caixa.
Com a assinatura do acordo, o pagamento de 60% do total da PLR a que cada empregado da Caixa tem direito (com base na projeção de lucro anual feito pela empresa) será pago até o dia 28 de outubro, quando termina o prazo de dez dias previsto.
Fonte: Contraf-CUT
Em reunião ocorrida na tarde desta terça-feira (26), em Brasília, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, avaliou como vitoriosa a Campanha 2013, apontou a necessidade de continuidade das lutas da categoria, agendou um seminário de planejamento para os dias 5 e 6 de fevereiro de 2014 e marcou a 16ª Conferência Nacional para os dias 25, 26 e 27 de julho de 2014, em São Paulo.
O encontro foi realizado após o ato promovido na parte da manhã pela CUT e demais centrais sindicais, em frente ao Banco Central, por "menos juros e mais emprego" e pela redução imediata da taxa Selic, seguido de uma caminhada até o Supremo Tribunal Federal (STF) em protesto contra a criminalização dos movimentos, em defesa da democracia e em solidariedade aos presos políticos.
Avaliação da Campanha 2013
Todos os integrantes do Comando enfatizaram a força da unidade e da mobilização dos bancários, salientando a vitória da greve nacional, que durou até 26 dias, e destacando as principais conquistas econômicas e sociais da categoria, bem como os avanços nas negociações específicas com os bancos públicos.
"Impulsionada pelo mote 'Vem pra luta', foi a campanha da ousadia, da mobilização e da unidade da categoria, conquistando aumento real de salário pelo décimo ano consecutivo, valorização do piso e melhoria da PLR. Os bancários deram mais uma grande demonstração de força, quebrando a intransigência dos bancos, que este ano tinham a estratégia clara de acabar com os ganhos acima da inflação para reduzir custos, de vencer os bancários pelo cansaço e de punir os grevistas com o desconto dos dias parados", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
"Conseguimos avanços expressivos igualmente na questão da saúde e condições de trabalho, como a proibição de as empresas enviarem torpedos aos bancários cobrando resultados, a criação do grupo de trabalho sobre as causas de adoecimento da categoria e a concessão de um dia de folga-assiduidade para cada trabalhador", salienta Cordeiro.
Outra conquista social muito importante foi o vale-cultura, inicialmente para os bancários que ganham até cinco salários mínimos. "Isso permitirá que mais trabalhadores tenham acesso à literatura, ao cinema, ao teatro, aos espetáculos de música, valorizando a cultura em todo o país", destaca o presidente da Contraf-CUT.
No final da greve, os bancários ainda derrotaram a proposta da Fenaban de compensar os dias parados em 180 dias. Com a resistência do Comando, a compensação foi drasticamente reduzida e está sendo feita somente com a realização de uma hora diária até 15 de dezembro.
A luta continua
Os integrantes do Comando apontaram a importância de continuar a mobilização da categoria, buscando novos avanços nas negociações permanentes com os bancos e nas mesas temáticas com a Fenaban. Um das questões ressaltadas foi o reforço da luta pelo emprego, sobretudo nos bancos privados, diante da política de demissões e de alta rotatividade do Santander, Itaú, Bradesco e HSBC.
Também foi salientada a necessidade de acompanhamento permanente do Grupo de Trabalho (GT) sobre as causas do adoecimento dos bancários, que volta a se reunir nesta quinta-feira (28), em São Paulo. Ainda foi destacado que é preciso ficar de olho no projeto-piloto de segurança bancária, conquistado nas negociações da Campanha 2012 e se encontra em andamento em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes.
Adiamento da votação do PL 4330
Os representantes do Comando ainda frisaram a vitória na luta travada contra o Projeto de Lei (PL) 4330 na Câmara dos Deputados. "A mobilização dos bancários foi fundamental na pressão da CUT e das centrais sindicais, que conquistou o adiamento da votação do PL 4330 que, se aprovado, iria precarizar o trabalho e legalizar a terceirização em todas as áreas das empresas, permitindo terceirizar até caixas e gerentes nos bancos, possibilitando a extinção da categoria bancária", ressalta o dirigente sindical.
Reforma política
Os membros do Comando reafirmaram a importância de uma reforma política para aprofundar a democracia. Uma campanha popular será lançada nesta quarta-feira (27) pela OAB, CNBB, com apoio da CUT, centrais sindicais e várias entidades da sociedade civil.
"Precisamos mudar as regras eleitorais, como o fim do financiamento privado de campanha, e em 2014 temos de eleger candidatos comprometidos com o projeto dos trabalhadores e evitar que iniciativas lesivas à sociedade, como o PL 4330, sejam aprovadas no Congresso Nacional", aponta Cordeiro.
Planejando 2014
Os dirigentes sindicais não ficaram somente na avaliação da Campanha 2013 e já traçaram os primeiros passos da organização e mobilização da categoria para o ano que vem, olhando para o calendário de atividades dos sindicatos e para a realização da Copa do Mundo no Brasil entre 12 de junho e 13 de julho.
Para tanto, foi agendada a 16ª Conferência Nacional dos Bancários para os dias 25, 26 e 27 de julho, em São Paulo. Também foi marcado um seminário de planejamento do Comando para os dias 5 e 6 de fevereiro, quando serão definidos outros eventos, como os congressos nacionais dos trabalhadores da Caixa e do Banco do Brasil.
"O ano de 2014 será cheio de agendas importantes, onde precisamos mais do que nunca de ousadia, unidade e mobilização. Com planejamento e estratégia, esperamos organizar muitas lutas para garantir novas vitórias e arrancar mais conquistas para os bancários e a classe trabalhadora, na perspectiva de transformar a sociedade e construir um país mais justo e igualitário", conclui o presidente da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT
Como é hoje | Como fica | |
Salário: | - | 11,93% (inflação + 5% de aumento real) |
Piso Portaria: | 966,74 (1.058,96 pós 90 dias) | 2.860,21 (mínimo Dieese) |
Piso Escriturário: | 1.385,55 (1.519,00 pós 90 dias) | 2.860,21 |
Piso Caixa: | 1.385,55 (2.056,89 pós 90 dias, incluído gratificação de caixa) | 3.861,28 (mínimo Dieese + gratificação de caixa) |
1º Comissionado: | - | 4.862,36 |
1º Gerente: | - | 6.435,47 |
PLR - Regra Básica: | 90% do salário + 1.540,00 | 3 salários-base + 5.553,15 |
Auxílio-refeição: | 493,58 (mês) - 21,46 (dia) | 678,00 (mês) - 29,48 (dia) |
Cesta-alimentação: | 367,92 | 678,00 |
Auxílio-creche/babá: | 306,21 | 678,00 |
A greve nacional dos bancários continua crescendo em todo o país. No 15º dia, foram fechados nesta quinta-feira 3 de outubro 11.406 agências e centros administrativos. Reunido em São Paulo para avaliar as duas primeiras semanas de paralisação, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, orientou os sindicatos a fortalecerem ainda mais o movimento para pressionar os bancos a apresentarem uma nova proposta e decidiu permanecer na capital paulista à disposição para a retomada das negociações com os bancos.
"Essa é uma demonstração de nossa disposição de dialogar. Estamos cobrando dos bancos que reabram o processo de negociação e apresentem uma nova proposta aos bancários que contemple as reivindicações por aumento real, valorização do piso, PLR melhor, proteção do emprego, condições de trabalho mais dignas, segurança e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
A única proposta apresentada pelos bancos até agora foi no dia 5 de setembro, há quase um mês, estabelece reajuste de 6,1%, que apenas repõe a inflação do período pelo INPC e ignora as demais reivindicações econômicas e sociais. A proposta foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas em todo o país no dia 12.
A greve foi deflagrada no dia 19 de setembro, quando os bancários fecharam 6.145 agências e centros administrativos em todo o país. O movimento vem se ampliando dia após dia, atingindo 11.406 dependências nesta quinta-feira 3, o 15º dia de paralisação - um crescimento de 85,6% nesse período.
O Comando Nacional representa 143 sindicatos e 10 federações de todo país, totalizando mais de 95% dos bancários de todo Brasil. Além das entidades integrantes, participam como convidados os coordenadores das comissões de empresas dos trabalhadores dos bancos públicos federais.
As principais reivindicações dos bancários
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
Fonte: Contraf-CUT