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Jornada de Lutas é estendida no ABC

IMG-20140527-WA0000A Contraf-CUT, federações e sindicatos realizaram nesta terça-feira (27) um ato nacional em frente à Torre Santander, em São Paulo, seguida da entrega para a diretoria do banco de cerca de 25 mil cartas de clientes, onde se solidarizam com a luta pelo fim das demissões e cobram "a redução de tarifas e a contratação de mais bancários". Houve também entrega de uma carta das entidades reforçando a solicitação de uma reunião com o presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza.

A grande manifestação, que contou com a participação de dirigentes sindicais e da Afubesp de todo o país, foi a apoteose da Jornada Nacional de Luta contra as demissões do Santander, indicada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) e deflagrada pelos sindicatos no último dia 12.

Ao longo de duas semanas, houve protestos, leitura de manifesto e coleta de assinaturas de clientes em inúmeras agências do banco em todo o país, como forma de pressionar o banco a parar as dispensas, contratar mais funcionários, melhorar as condições de trabalho e o atendimento ao público.

As cartas endereçadas ao presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, foram recebidas pela diretora de Recursos Humanos, Vanessa Lobato, após uma manifestação de dirigentes sindicais no saguão do imenso prédio onde fica a direção do banco. Houve também entrega de uma carta reforçando a solicitação de uma reunião com Zabalza. Vanessa se comprometeu a levar o pedido da reunião para o presidente do banco.

As cópias das cartas foram também afixadas em cordas, formando um enorme varal, e deram três voltas na sede do banco no Brasil, valorizando o recado de milhares de clientes solidários com a luta dos bancários contra as demissões.

 Região ABC

 IMG-20140528-WA0001Devido à gravidade da situação do Santander na Região do ABC, principalmente na Regional de São Bernardo, o Sindicato resolveu estender a Jornada de Lutas com atividades nas agências do paço de São Bernardo e do Centro de Diadema (Praça da Moça). Essas duas agências permanecerão fechadas nesta quarta-feira.

“As demissões continuam nessa Regional e, após todas as manifestações e atividades da semana passada, nós resolvemos continuar com a pressão contra as demissões e, por isso, estaremos fiscalizando e acompanhando toda essa situação do banco”, disse Eric Nilson, presidente do Sindicato e funcionário do Santander.

santandermauaNesta quarta, 21, os diretores sindicais conversam com clientes e usuários de agências do banco na região central da cidade.

A Jornada Nacional contra Demissões no Santander teve continuidade nesta quarta, 21, na cidade de Mauá, onde diretores do Sindicato visitam agências da região central e conversam com clientes e usuários do banco para denunciar as dispensas que vêm sendo promovidas (foto). É o terceiro dia da jornada de lutas que acontece em todo do País. Na região, já foram realizadas atividades em São Bernardo (na segunda, 19) e Diadema (terça, 20).

Durante as atividades, os representantes do Sindicato esclarecem como as demissões e as más condições de trabalho no banco estão piorando o atendimento, com demora e longas filas. Os bancários, sobrecarregados, também acabam tendo mais problemas de saúde. Os clientes e usuários se mostram solidários e a maioria assina manifesto pedindo a contratação de funcionários. O documento será entregue para a diretoria da instituição financeira.

Os sindicatos também buscam apoio à luta dos bancários do Santander em outras instâncias da sociedade. Ontem mesmo foi votada e aprovada na Câmara Municipal de Santo André uma moção de repúdio às demissões promovidas pelo Santander.

Durante todo o dia diretores sindicais conversam com clientes e usuários de agências do banco em Diadema

O Sindicato deu continuidade nesta terça, 20, às atividades da Jornada de Lutas contra Demissões no Santander. Durante todo o dia, serão visitadas agências da região central de Diadema. O objetivo da jornada, que ontem (19) mobilizou bancários de São Bernardo, é denunciar aos clientes e usuários as dispensas que vêm sendo promovidas pelo Santander, precarizando o ambiente de trabalho e o atendimento.

Assim como ocorreu na véspera, os diretores do Sindicato conversam com os clientes e usuários do banco, que assinam um manifesto pedindo mais funcionários. O documento será entregue para a diretoria da instituição financeira. O descaso do Santander com seus trabalhadores se reflete diretamente no atendimento, com demora e mais filas. “A população tem se mostrado solidária, pois quanto mais funcionários e melhor ambiente de trabalho melhor será a qualidade do atendimento”, aponta Eric Nilson, presidente do Sindicato.

Além das manifestações que ocorrem pelo País, os sindicatos buscam apoio à luta dos bancários do Santander em outras instâncias da sociedade. Exemplo disso é a moção de repúdio às demissões no banco que será votada nesta tarde, às 15h, na Câmara dos Vereadores de Santo André.

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IMG-20140520-WA0002Agência 3613 com apenas um caixa para atendimento

IMG-20140520-WA0003Diretores colhem assinaturas na agência 2163

santanderNesta segunda-feira, 19, a Jornada de Lutas contra demissões no Santander aconteceu em São Bernardo do Campo e contou com a participação dos clientes e usuários que se solidarizaram com os trabalhadores. Os diretores do Sindicato visitaram as agências do Centro e de Rudge Ramos (fotos) e conversarem com os clientes e usuários que assinaram manifesto pedindo mais funcionários, e que será entregue para a diretoria do banco.

“A situação está tão complicada nas agências que, quando visitamos a agência 188 no Rudge Ramos, não havia caixas para atender os clientes, quem estava fazendo os serviços de caixa eram os coordenadores”, disse Ageu Ribeiro, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

Durante a atividade faixas com os dizeres “Banco discrimina e demite lesionados”, foram expostas na rua Marechal Deodoro, denunciando as práticas perversas do Santander contra os lesionados, inclusive a Regional de SBC faz uso dessa prática.

“A população tem recebido com bastante entusiasmo as nossas abordagens”, diz João Pires, funcionário do banco e diretor do Sindicato. “Os clientes e usuários têm sofrido bastante com o descaso do banco, atendimento precário por falta de funcionários e com a cobrança abusiva de tarifas”, completa.

1459438Em reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, realizada no último dia 8, no auditório da Contraf-CUT, com a participação de cerca de 80 dirigentes sindicais de todo o país, foi indicada a realização de uma jornada nacional de luta contra as demissões do Santander. O banco espanhol eliminou 970 postos de trabalho nos três primeiros meses do ano. Com isso, o banco fechou 4.833 vagas nos últimos 12 meses, o que representa uma queda de 9,0% no quadro de funcionários.

A proposta é fazer a jornada de 12 a 23 de maio com diversas atividades de mobilização, buscando o apoio dos clientes e da sociedade, com a finalidade de pressionar o Santander a parar as dispensas e forçar o banco a contratar mais bancários, a fim de proteger e ampliar empregos, melhorar as condições de trabalho e garantir atendimento de qualidade.

Os bancários que não foram demitidos estão trabalhando no limite, sobrecarregados de serviços, cobrados por metas abusivas, submetidos a assédio moral, expostos à insegurança e com muitos adoecimentos, o que é um desrespeito à saúde e à dignidade do trabalhador. Esse temendo descaso com os funcionários ajuda a explicar porque o Santander lidera desde janeiro deste ano o ranking de reclamações de clientes no Banco Central, após ficar em primeiro lugar durante oito meses de 2013.

Encolhimento e elitização

Na reunião, a economista do Dieese, Catia Uehara, fez uma apresentação com a análise do balanço do primeiro trimestre de 2014. O lucro foi de R$ 1,428 bilhão, uma redução de 6% em relação ao mesmo período de 2013. O banco fechou 58 agências, ampliando o número de unidades extintas para 150 agências nos últimos 12 meses. Também fechamento de PABs, caixas eletrônicos e correspondentes (Aimoré e Santander).

Com essa redução do lucro e dos pontos de atendimento, caiu também a participação do Brasil no lucro mundial do Santander. O percentual, que já alcançou 26%, baixou para 20% no primeiro trimestre. Houve também uma pequena recuperação na participação da Espanha, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos.

A economista observou também que, se há um encolhimento nos pontos de atendimento, o Santander tem procurado investir mais em grandes empresas. Não é à toa que o banco tem inaugurado também agências "Select" em todo o país, visando atender o segmento de alta renda. "Esse modelo afasta cada vez o banco dos principais concorrentes, trazendo dúvidas e insegurança para funcionários e clientes", alerta Ademir.

Milhões para um punhado de executivos

Os dirigentes sindicais protestaram contra o aumento de 48,3% em 2014 na remuneração global dos 46 integrantes da diretoria executiva do Santander Brasil, conforme proposta aprovada em assembleia dos acionistas, realizada no dia 30 de abril. Com isso, segundo cálculos do Dieese, cada um deles ganhará média de R$ 5,7 milhões por ano, considerando salários, bônus e participação nos resultados.

Reunião com a diretoria de RH do Santander

Os dirigentes sindicais também se reuniram com a diretora de Recursos Humanos do Santander, Vanessa Lobato, no Sindicato dos Bancários de São Paulo. Ela assumiu o cargo no final do ano passado, anunciou a saída no dia 30 de abril do superintendente de Relações Sindicais, Luiz Cláudio Xavier, e ouviu as demandas dos representantes dos bancários.

Uma série de problemas dos funcionários foi apontada para Vanessa, como demissões injustificáveis, falta de funcionários, assédio moral e sexual, aumento e cobrança de metas abusivas, pressões e terrorismo de regionais, teleconferências assediadoras, desânimo, falta de motivação, não valorização, metas e redução de caixas, sistema fora do ar, doenças mentais e síndrome do pânico, tentativas de suicídio, assaltos a agências e postos, sobrecarga de trabalho, reclamações de clientes, corte de ônibus fretados, redução de empregados da limpeza, abertura de agências com greve de vigilantes, e retirada de bebedouros para economizar água, dentre outros.

Segundo os sindicalistas, Vanessa não trouxe novidades, nem mesmo apresentou um calendário de retomada de negociações do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho e do Grupo de Trabalho do SantanderPrevi. Ela se limitou a defender conceitos.

A reunião possibilitou ao movimento sindical mostrar para a diretora de RH a vida como ela é na rede de agências e nos departamentos do banco.

Fonte: Contraf-CUT

CHARGE SANTQuem ainda tem seu emprego no Santander está pagando caro com um bem inestimável, a saúde.

Relatos dão conta de que os trabalhadores estão à beira de um colapso por causa das cobranças abusivas. Encurtaram o mês e esticaram as metas para bem mais de 100%. "Vejam que loucura: no Santander se você foi excelente num mês e ótimo noutro, vira ruim", constata Ageu Ribeiro, diretor do Sindicato e funcionário do Banco. "Os números por afastamento só têm crescido. As cobranças estão insuportáveis".

"Aqui no ABC só não há problema na região de São Bernardo porque os doentes são antes demitidos pelo superintendente regional", ironiza Eric Nilson, Presidente do Sindicato e funcionário do banco. "Há uma penca de casos no nosso jurídico de abusos contra os adoecidos", revela.

Sindicalistas de todo o país vão se encontrar nos próximos dias na sede da Confederação dos Bancários (Contraf-Cut) para analisar a situação e preparar ações de combate ao desemprego e demais problemas supracitados. Demissões e metas inatingíveis - O Santander no Brasil, que obteve lucro de R$ 1,428 bilhão, extinguiu 970 postos de trabalho no primeiro trimestre. Desta forma, o banco espanhol eliminou 4.833 vagas nos últimos 12 meses.

O número de empregados da holding do Santander em 31 de março de 2014 foi 48.651 ante 53.484 em março de 2013 (queda de 9,0%).

Como se não bastasse essa redução de empregos, o Santander ainda fechou 58 agências no primeiro trimestre, ampliando o número de unidades extintas desde o ano passado. O banco fechou 150 agências nos últimos 12 meses.

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