Quem ainda tem seu emprego no Santander está pagando caro com um bem inestimável, a saúde.
Relatos dão conta de que os trabalhadores estão à beira de um colapso por causa das cobranças abusivas. Encurtaram o mês e esticaram as metas para bem mais de 100%. "Vejam que loucura: no Santander se você foi excelente num mês e ótimo noutro, vira ruim", constata Ageu Ribeiro, diretor do Sindicato e funcionário do Banco. "Os números por afastamento só têm crescido. As cobranças estão insuportáveis".
"Aqui no ABC só não há problema na região de São Bernardo porque os doentes são antes demitidos pelo superintendente regional", ironiza Eric Nilson, Presidente do Sindicato e funcionário do banco. "Há uma penca de casos no nosso jurídico de abusos contra os adoecidos", revela.
Sindicalistas de todo o país vão se encontrar nos próximos dias na sede da Confederação dos Bancários (Contraf-Cut) para analisar a situação e preparar ações de combate ao desemprego e demais problemas supracitados. Demissões e metas inatingíveis - O Santander no Brasil, que obteve lucro de R$ 1,428 bilhão, extinguiu 970 postos de trabalho no primeiro trimestre. Desta forma, o banco espanhol eliminou 4.833 vagas nos últimos 12 meses.
O número de empregados da holding do Santander em 31 de março de 2014 foi 48.651 ante 53.484 em março de 2013 (queda de 9,0%).
Como se não bastasse essa redução de empregos, o Santander ainda fechou 58 agências no primeiro trimestre, ampliando o número de unidades extintas desde o ano passado. O banco fechou 150 agências nos últimos 12 meses.