Área restrita

 
Na terceira negociação específica, banco não reconhece sobrecarga de trabalho A Caixa Econômica Federal voltou a negar as reivindicações dos trabalhadores, a exemplo do que ocorreu nas duas primeiras rodadas de negociações específicas da Campanha Nacional 2014, na reunião ocorrida nesta segunda-feira (8), em Brasília.Ao ser cobrada pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, quanto à contratação de mais empregados por setor para melhorar as condições de trabalho nas unidades, que sofrem com o número reduzido de pessoal, a empresa manteve posição intransigente ao não reconhecer a existência de problemas como sobrecarga de trabalho e ao continuar com a metodologia que vem utilizando para definir o quantitativo de empregados para a abertura de novas agências.Abaixo-assinado Antes do início dos debates sobre condições de trabalho e contratações, dois dos quatro pontos previstos para a terceira rodada de negociação, o diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Dionísio Reis, que também é membro da Comissão Executiva de Empregados (CEE-Caixa), entregou aos negociadores da empresa abaixo-assinados com mais de mil assinaturas de clientes e usuários que, insatisfeitos com o número reduzido de empregados nas unidades, reivindicam mais contratações. As adesões foram colhidas em manifestações realizadas pelo Sindicato e pela Apcef/SP em unidades inauguradas há pouco mais de um ano. "Esse abaixo-assinado foi entregue também às superintendências regionais, mas até agora não tivemos medidas para minimizar a sobrecarga dos trabalhadores", destacou Dionísio. Abertura de novas agências A CEE/Caixa, que assessora a Comando nas negociações com o banco, argumentou que desde 2010 houve um aumento considerável na abertura de agências, e que as contratações não acompanharam o mesmo ritmo. Já os interlocutores da empresa informaram que em 2005 a Caixa possuía 68.257 empregados, e que até agosto de 2014 o quadro de pessoal atingiu 99.969. A previsão, segundo eles, é de que em setembro seja atingida a marca de 100 mil empregados. De acordo com os representantes da Caixa, as contratações vão continuar. Eles lembraram, no entanto, que elas estão atreladas à abertura de unidades, por determinação do órgão controlador, o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais. O DEST autorizou o banco a atingir, até o final desse ano, o contingente de 103 mil empregados. Mais contratações A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Matheus, reivindicou que a empresa desvincule da abertura de novas agências as três mil contratações que ainda pode fazer em 2014, o que foi negado pelos negociadores do banco. "Por mais que a Caixa contrate, isso não tem sido suficiente para atender o aumento da demanda e do volume de operações. Ela precisa de mais pessoal para continuar crescendo e cumprindo seu papel de banco público, alavancando o desenvolvimento econômico e social do país", destacou. Fabiana Matheus lembrou ainda que a Caixa tem média de 17 empregados por unidade, abaixo do número de outros bancos. "O volume de trabalho e de atribuições dos trabalhadores é superior aos de outras instituições", enfatizou. Confira os outros pontos da terceira rodada de negociação: Segurança Bancária A Caixa recusou a reivindicação dos trabalhadores de instalar portas giratórias antes do autoatendimento nas agências. Segundo a empresa, a área técnica não recomenda essa medida. Para a categoria bancária, é fundamental que nenhum trabalhador atue além dos limites desse mecanismo de segurança. Os representantes da empresa ficaram de solicitar nova avaliação do setor responsável. Os interlocutores da Caixa informaram que todas as agências são monitoradas 24 horas durante os sete dias da semana. Disseram ainda que a abertura remota, feita por uma empresa de segurança, já foi implantada em 90% das unidades, e que a marca de 100% deve ser atingida ainda esse ano. Outro ponto de segurança debatido foi o descumprimento da cláusula 27 do Acordo Coletivo de Trabalho, que prevê a abertura imediata da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), em casos de assaltos. A Caixa ficou de apurar a denúncia. Terceirização A CEE/Caixa cobrou da Caixa o fim da terceirização e dos correspondentes bancários e habitacionais. Para os trabalhadores, essas unidades fragilizam a qualidade do atendimento e podem comprometer a imagem do banco. Os representantes da empresa, porém, defenderam a manutenção dos correspondentes. Próxima negociação Está confirmada para sexta-feira (12) uma nova rodada de negociações com a Caixa, a partir das 10h, em Brasília. Estarão na pauta os temas carreira, jornada/Sipon e organização do movimento. A coordenadora da CEE/Caixa solicitou que nesta reunião a empresa apresente informações sobre o projeto de reestruturação da Gipso (responsável pela área social do banco). Mobilização Fabiana Matheus ressaltou também a importância da participação dos trabalhadores. "A postura da Caixa segue a linha da Fenaban na mesa geral. Os bancos apostam no conflito. É fundamental que os empregados participem de todas as ações propostas pelas entidades, pois somente com mobilização e união conseguiremos avançar", diz. A coordenadora da CEE/Caixa lembrou que a primeira atividade ocorre nesta quinta-feira (11), o Dia Nacional de Luta por Isonomia. Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Acontece nesta segunda-feira, 8, às 14h, em Brasília, a terceira rodada de negociações específicas da Campanha Nacional 2014, entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Caixa Econômica Federal. Na pauta estarão os temas condições de trabalho, contratação, segurança bancária e terceirização.

Serão negociados itens como contratação de novos empregados para suprir as necessidades reais de funcionamento das unidades, chegando ao quantitativo mínimo de 130 mil empregados até o fim de 2014. Também será exigida da Caixa a apresentação da metodologia utilizada para definição de número para a contratação de empregados, além de mais empregados por setor.

Outras reivindicações são a abertura de novas unidades apenas com estrutura física de segurança e ergonomia necessárias para o atendimento adequado da população, a elevação do valor da indenização por assalto/sequestro para o equivalente a 100 salários mínimos calculados pelo Dieese, a universalização dos serviços bancários, com abertura de novas agências e contratação de pessoal, e o fim da parceria da Caixa com os correspondentes bancários e habitacionais, entre outras questões.

Avaliação

Até agora, no entanto, ocorreram duas rodadas de negociações específicas da Campanha 2014, mas a Caixa sequer apresentou uma proposta global para as reivindicações de seus trabalhadores.

Na rodada do último dia 29 de agosto, por exemplo, foram negados itens sobre Funcef, aposentados e isonomia. Houve ainda a recusa para a maioria das demandas de saúde do trabalhador e Saúde Caixa, durante debate ocorrido na primeira reunião, no dia 21 de agosto.

A hora, portanto, é de ampliar a mobilização. Para Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Comando nas negociações com o banco, a mobilização é o caminho mais adequado para forçar a direção da empresa a avançar nas negociações específicas. 

Ela, que é também diretora da Fenae, convoca todos os trabalhadores da Caixa a participarem das atividades da Campanha 2014. Queremos mais!


Fonte: Contraf-CUT

Presidentes de Apcefs receberam informações sobre falta de avanços nas negociações. Funcef, Jogos da Fenae e Eu Faço Cultura também foram temas dos debates

O primeiro dia de reunião do Conselho Deliberativo Nacional da Fenae foi marcado pelo debate sobre a campanha salarial 2014, iniciada em 11 de agosto, quando o Comando Nacional dos Bancários entregou à Fenaban a pauta geral de reivindicações da categoria bancária e a minuta específica à direção da Caixa Econômica Federal.

A coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa-Contraf/CUT), Fabiana Matheus, repassou aos presidentes de Apcefs informações sobre as negociações da mesa unificada e da mesa com a Caixa. “Ambas foram marcadas pela falta de avanços em relação às nossas reivindicações. A Caixa sequer apresentou uma proposta global. Temos que ampliar a mobilização, convocando todos a participarem da campanha”, avisou.

Na reunião conduzida pela presidente do CDN, Gisele Menezes, Fabiana Matheus informou também que duas deliberações do Conecef já foram encaminhadas pela Comissão Executiva de Empregados. A primeira foi o encontro de esclarecimento sobre a Funcef com dois representantes de cada força política que compõem o movimento dos empregados da Caixa, no dia 25 agosto. Para ela, a discussão foi positiva e demonstrou que todas elas estão unidas na defesa da Fundação.

A outra deliberação do Conecef foi o Encontro Nacional de Isonomia, realizado no dia 30 de agosto, em Brasília (DF). Entre várias propostas, os 110 delegados presentes aprovaram a realização de um Dia Nacional de Luta pela Isonomia, agendado para a quinta-feira da próxima semana, 11 de setembro. “É fundamental que haja a mobilização de todos, a fim de colocarmos fim a injustiças criadas no governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso”, alertou o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. A luta por isonomia vai priorizar, neste momento, o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) e a licença-prêmio.

Funcef

O CDN da Fenae debateu outros pontos nesta quarta-feira. Um deles foi Funcef. A discussão contou com a participação do presidente da Fundação, Carlos Caser, que apresentou dados sobre os resultados e os investimentos do fundo de pensão dos empregados da Caixa.

Caser informou que o processo de incorporação do REB ao Novo Plano está avançado. Foram feitas adequações técnicas solicitadas pela Previc, e um novo deve ser elaborado com as alterações para ser encaminhado à Diretoria e ao Conselho Deliberativo da Funcef.

No entanto, segundo o presidente da Fundação, o processo não deve ser concluído este ano, porque além das instâncias da Funcef, deve passar novamente pelos órgãos controladores. A coordenadora da CEE/Caixa-Contraf/CUT solicitou a Carlos Caser que a proposta de incorporação seja pautada também pela Comissão de Empregados. O presidente da Funcef assumiu compromisso de consultar a CEE.

Jogos da Fenae 2014

Outro tema da reunião do CDN foi um balanço dos Jogos da Fenae 2014. Foram apresentados dados da competição, realizada em Goiânia (GO) de 16 a 23 de agosto, como de atletas, diárias em hotéis, alimentação, investimentos, entre outros. “Os números mostram que essa foi uma das melhores edições dos Jogos da Fenae”, disse o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. O diretor de Esportes da Federação, Paulo Cesar Cotrim, comemorou: “a sensação é de dever cumprido”.

Segundo pesquisa de opinião respondida por 377 dos 2.157 atletas que participaram da 11ª edição do evento, locais de provas, transporte, alimentação, hospedagem e atendimento prestado pela Secretaria foram considerados bons ou muito bons pela maioria. Durante a reunião do CDN, os presidentes das Apcefs também fizeram muitos elogios aos Jogos. Confira a matéria com os números do levantamento.

MCPC e EFC

Coube ao diretor de Cultura da Fenae, Moacir Carneiro, fazer uma apresentação sobre o Movimento Cultural do Pessoal da Caixa e o Eu Faço Cultura. Ele detalhou as ações do EFC 2014, que já percorreu quatro cidades e vai passar por mais nove até o final do ano, e a nova modelagem da edição de 2015. “Vamos iniciar em breve o prazo para doações de empregados da Caixa, com possibilidade de dedução no Imposto de Renda de Pessoa Física. É fundamental que as Apcefs participem dessa mobilização por mais recursos”, afirmou.

Outros pontos

Os Jogos Regionais 2015 também constaram na pauta de discussões do Conselho Deliberativo Nacional. Foi informado aos presidentes das Apcefs que as sedes dos eventos devem ser informadas na próxima reunião do CDN, previsto para o início de dezembro. Já em relação ao Música Fenae 2015, as candidaturas das associações interessadas em receber o evento devem ser apresentadas, com os respectivos projetos, até 31 de outubro desse ano.

Nesta quinta-feira, os presidentes de Apcefs participam do seminário “A Caixa que a gente quer”.

A primeira rodada de negociação concomitante da pauta específica de reivindicações com o Santander durante a Campanha Nacional 2014, realizada na tarde desta terça-feira (2) em São Paulo, terminou sem avanços para os funcionários do banco espanhol.

A Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram a renovação com avanços do acordo coletivo aditivo do banco à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), do acordo do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS) e dos termos de compromisso com a Cabesp e Banesprev.

Queremos mais

Os dirigentes sindicais defenderam a manutenção das atuais cláusulas do aditivo com ajustes e apresentaram várias reivindicações da minuta para que sejam incluídas no novo instrumento, tais como:

- garantia contra dispensa imotivada;
- estabilidade provisória para empregados em regime pré-aposentadoria;
- realocação de funcionários em caso de fechamento de agências e centros administrativos;
- licença remunerada pré-aposentadoria (pijama);
- mais saúde, melhores condições de trabalho e mais contratações;
- políticas preventivas de saúde e de acidentes de trabalho;
- manutenção da assistência médica aos aposentados nas mesmas condições da ativa;
- ampliação das bolsas de estudo para segunda graduação e pós;
- adiantamento de férias de um salário com desconto em 10 vezes sem juros;
- proibição de descontos de comissões por venda de produtos;
- auxílio ao estudo de idiomas;
-auxílio para curso de certificação da Ambima;
- bolsa de férias, a exemplo da Espanha;
- linha de crédito para aquisição de moradia;
- isenção de tarifas e redução de juros;
- auxílio academia para todos;
- abono assiduidade de cinco dias por ano;
- licença remunerada à mulher vítima da violência;
- licença não remunerada para fins de estudo;
- auxílio para funcionários que tenham filhos com deficiência intelectual;
- fim das discriminações de gênero, raça, orientação sexual e aos trabalhadores com deficiência.

Os representantes do Santander concordaram com a manutenção das atuais cláusulas do acordo com adequações e ouviram os argumentos dos dirigentes sindicais sobre as novas propostas apresentadas. Eles fizeram muitas anotações, disseram que tudo estava "entendido", mas não falaram o que pode ser atendido ou não pelo banco.

Os trabalhadores esperam que o Santander analise as demandas dos bancários e traga uma resposta na próxima rodada de negociação. Querem avanços concretos como forma de reconhecimento ao empenho e dedicação dos funcionários. O trabalhador do Santander precisa ser valorizado, e uma forma dessa valorização ocorrer é o atendimento a essas reivindicações.

Aditivo prorrogado

O banco entregou um documento para as entidades sindicais, formalizando "a prorrogação do acordo coletivo de trabalho 2012/2014 aditivo à CCT - Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, cuja vigência encerrou em 31/08/2014 em razão das negociações entabuladas com vistas à respectiva renovação". 

A prorrogação do aditivo foi solicitada pelas entidades sindicais durante o ato de entrega da pauta específica no último dia 14 de agosto.

Denúncia grave

Os representantes dos trabalhadores denunciaram a existência de um controle do banco para a caracterização do funcionário como inapto. Foi entregue ao banco um formulário de "prontuário clínico" da empresa Micelli Soluções em Saúde Empresarial, contratada pelo Santander para fazer exames como os periódicos e os de retorno ao trabalho.

No prontuário há um espaço onde consta o "fluxo para inaptidão", onde o médico examinador deve "contatar antecipadamente o médico coordenador para conclusão".

Nova rodada de negociação

Os dirigentes sindicais fizeram uma proposta de calendário, que prevê negociações nos primeiros dias das duas próximas semanas, visando discutir todas as reivindicações da minuta específica, ao mesmo tempo em que estão ocorrendo as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.

O Santander ficou de analisar a proposta e dará uma resposta até o final da tarde desta quarta-feira (3).


Fonte: Contraf-CUT

Na contramão de todos os demais bancos que publicaram balanços com lucros bilionários no primeiro semestre de 2014, o HSBC no Brasil apresentou prejuízo líquido de R$16,3 milhões. No mesmo período do ano passado apresentou lucro líquido de R$ 464,7 milhões, indicando tendência de queda dos resultados, uma vez que esse valor já apresentava forte retração em comparação a 2012. É a primeira vez, desde que o banco chegou ao Brasil em 1997, que o HSBC apresenta resultado negativo em seu balanço.

Clique aqui para ver a análise do Dieese.

Faltam informações

O resultado antes dos impostos e das participações foi de R$ 80,8 milhões, mas, mesmo assim, foram contabilizados R$ 171 milhões a título de participações no lucro. O HSBC não explica como foi distribuído e quem foi contemplado com esse montante. Esse pagamento efetuado contrasta com o resultado negativo apresentado no semestre.

No fim do mês de agosto o banco pagou para aqueles gerentes que atingiram o cumprimento de suas metas valores aleatórios, de acordo com a performance individual. Casos de pagamentos de R$200 a R$10 mil, que obviamente não justificam o montante de R$ 171 milhões contabilizado. 

As Operações de Crédito cresceram 6,7% em doze meses, atingindo um montante de R$ 64,0 bilhões. As operações com pessoas físicas caíram 0,3% em relação a junho de 2013, chegando a R$ 19,5 bilhões. As operações com pessoas jurídicas, por sua vez, alcançaram R$ 44,5 bilhões, com elevação de 10,1% comparado ao mesmo período do ano passado. 

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias manteve-se praticamente estável, com redução de 0,1 pontos percentuais, atingindo a marca de 4,2% no semestre. Ainda assim, o banco reduziu suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) no primeiro semestre de 2014 em 37,4%, atingindo um total de R$ 1,1 bilhão.

O banco reduziu seu quadro de funcionários em 417 postos de trabalho se comparado a junho de 2013. Assim, o número total de empregados do banco, no país, é de 21.911 trabalhadores. O número de agências bancárias do HSBC no Brasil foi reduzido em 14 unidades entre junho de 2013 e junho de 2014, totalizando hoje 853 agências, sendo que 11 delas foram fechadas nos seis primeiros meses do ano.

'Resultado não espelha esforço dos bancários'

Infelizmente, o resultado apresentado não espelha o esforço do corpo funcional, submetido às péssimas condições de trabalho e ao assédio moral para o cumprimento das metas. Estranhamos ainda mais o resultado apresentado dado o nível de reversão de provisionamento para créditos duvidosos da ordem de R$700 milhões. Outra questão do balanço, não menos preocupante, é que o banco está no seu limite de alavancagem, dadas as regras de Balileia, que dificulta a realização de novos negócios. 

Diante do valor de R$ 171 milhões a título de participação nos lucros, registrados no balanço semestral, os funcionários deverão exigir do banco o cumprimento do que será acordado na Campanha Nacional dos Bancários 2014, com relação à PLR. 

Fonte: Contraf-CUT

A rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, realizada nesta segunda-feira (1º), no Edifício Sede, em Brasília, pouco avançou nos temas sobre igualdade de oportunidades e segurança bancária. O BB não apresentou propostas efetivas dos itens que constam na minuta de reivindicações. 

Gedip

Antes do início das discussões dos temas previstos para esta segunda-feira, o Comando cobrou informações sobre as mudanças nos parâmetros de cobrança no programa de Gestão de Disciplina de Pessoal (Gedip). Com a alteração feita pelo banco, o valor mínimo passou para R$ 600,00. Anteriormente não havia valor mínimo de cobrança na Gedip. Segundo o BB, uma média de 80% dos processos do Gedip acabariam com essa mudança. 

Os bancários cobram uma mesa específica sobre Gedip para debater os mecanismos de apuração de responsabilização pecuniária em casos de falha em serviço, onde tem acontecido cobranças indevidas, que são descontadas direto trabalhador por meio do processo automatizado. O movimento sindical reivindica a inclusão de um processo de defesa no Gedip. 

PCMSO 

O Comando Nacional reivindicou melhorias nos procedimentos do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Em municípios onde não existe a possibilidade de realização do exame, os representantes dos trabalhadores cobram a cobertura de custos de locomoção e abono do dia, se não houver o cumprimento do contrato do PCMSO. 


Adicional de periculosidade e condições de trabalho 

Vários funcionários do BB sofrem com condições adversas de trabalho em regiões que ficam mais expostas a condições com risco à saúde, como refinarias. O movimento sindical reivindicou a extensão aos bancários que trabalham nesses locais de risco o adicional de periculosidade conquistado pelos vigilantes em legislação específica. 

Reformas nas agências do BB durante o horário de expediente com consequências à saúde dos trabalhadores e população continuam e o Comando denunciou essa prática. 

Segurança bancária 

O funcionalismo reivindica que todas as agências tenham todos os quesitos de segurança como porta-giratória com detector de metais e proibição do transporte de valores por bancários. Outro item da pauta específica é a atualização da indenização para funcionários que sofreram assaltos, sequestro ou extorsão. O Comando Nacional dos Bancários também tem discutido fortemente o tema na mesa de negociação com a Fenaban. 

No Programa de Assistência às Vítimas de Assalto e Sequestro (Pavas), os dirigentes sindicais reivindicaram que os funcionários participantes tenham a opção de escolher a unidade de preferência para retornar ao trabalho. 

Tratamento para vítimas de assédio moral e sexual

O Comando e a Comissão de Empresa propuseram a criação de um programa de atendimento posterior para as vítimas de assédio moral e sexual comprovados. Os negociadores não demonstraram disposição para avançar no tema com a justificativa de que já existem os Comitês de Ética do banco. 

Igualdade de oportunidades 

No tema sobre igualdade de oportunidades, o BB disse que não pode discutir a cláusula de concessão de licença-prêmio para todos os funcionários com a justificativa de que o Dest (órgão do Ministério do Planejamento que cuida das empresas públicas) não libera a implementação. De acordo com o banco, o departamento também não se mostra disposto a avançar para férias de 35 dias para todos os funcionários com mais de 20 anos na carreira no banco, bem como para adiantamentos para os egressos de bancos incorporados (mesmo que não tenha aderido ao regulamento do BB. 

A opção de uma identidade social com o nome que o bancário desejar é um avanço das mesas de negociação. O item beneficia bancários transsexuais e outros funcionários que preferem ser identificados por um nome diferente do que foi registrado. 

O movimento sindical também pediu isonomia de direitos para os bancários que atuam no exterior, bem como a garantia de representação desses trabalhadores. 

Próxima negociação 

A próxima mesa de negociação específica tratará de remuneração e demais itens restantes da minuta específica e ocorrerá na manhã do dia 12 de setembro, em São Paulo. 

Fonte: Contraf-CUT

Mais Artigos...