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A Contraf-CUT realiza nesta sexta-feira (8), às 9h30, uma reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander para elaborar a pauta de reivindicações específicas dos funcionários do banco, visando a renovação do acordo aditivo do Santander à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), cuja vigência termina no próximo dia 31 de agosto. O encontro ocorre na sede da Confederação (Rua Líbero Badaró, 158 - 1º andar), no centro de São Paulo.

O objetivo da reunião e atualizar a minuta específica e definir as prioridades para as negociações, a partir das consultas que muitos sindicatos fizeram nas últimas semanas junto aos funcionários do banco em todo o país.

O Santander Brasil apurou lucro líquido gerencial de R$ 2,864 bilhões no primeiro semestre de 2014. Esse resultado significa 19% do lucro global do banco espanhol, que foi de 2,756 bilhões de euros.

Os trabalhadores esperam obter avanços econômicos e sociais, sobretudo no emprego, na melhoria das condições de trabalho, na saúde e na previdência complementar, como forma de valorizar todo empenho e dedicação dos funcionários, principais responsáveis pelos lucros abundantes do banco.


Fonte: Contraf-CUT

Com perdas na operação de varejo no Brasil, o HSBC fechou o primeiro semestre de 2014 no país com um lucro antes de impostos de US$ 55 milhões. A cifra é 64% menor do que o resultado de igual período do ano passado.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (4) pelo HSBC no balanço global. O maior banco europeu por valor de mercado teve um lucro de US$ 9,46 bilhões, ante US$ 10 bilhões em igual período de 2013.

Em relatório, o banco diz que pesou sobre o resultado no Brasil um prejuízo antes de impostos de US$ 129 milhões no segmento de varejo e gestão de fortunas. Na primeira metade de 2013, a área registrou prejuízo de US$ 117 milhões.

O varejo do HSBC passa por uma reestruturação desde 2011, quando o banco decidiu se focar no crédito apenas para clientes e em modalidades mais seguras, como o empréstimo consignado e o financiamento imobiliário. As modalidades de crédito com mais garantia correspondiam a 29% da carteira de empréstimos do banco no fim de junho, acima dos 22% de igual período de 2013.

O banco está em meio a uma mudança global na forma de incentivar venda de produtos com comissões pagas a gerentes. Esse impacto não é citado nos comentários sobre o Brasil, mas tem afetado a receita no mundo todo.

Além do varejo, o HSBC diz que a operação de atacado também afetou o desempenho do banco no Brasil. O lucro antes de impostos dessa área ficou em US$ 175 milhões de janeiro a junho de 2014, ante R$ 224 milhões em igual período do ano passado. O banco atribui essa redução de 21,9% ao aumento no custo de captação.

O banco ainda não divulgou os números no Brasil no primeiro semestre. Pelos dados do Banco Central, o HSBC teve um prejuízo de R$ 31,1 milhões no primeiro trimestre deste ano. Procurado pela reportagem, o HSBC informou que não comentaria.

Em relatório, o banco diz que mantém o foco na América Latina, principalmente no México, na Argentina e no Brasil. O HSBC afirma, porém, que enfrenta nesses mercados crescimento econômico e dos empréstimos mais lento e pressões inflacionárias.

No mundo, a queda no lucro líquido deveu-se principalmente a um fraco primeiro trimestre, quando os lucros caíram 20% em relação a um ano atrás, quando as receitas foram impulsionadas por vendas de ativos, e reflete receitas perdidas como resultado do fechamento ou venda de empresas.

O HSBC está na segunda fase de um plano de recuperação que começou em 2011, com o objetivo de tornar o banco menos complexo, mais eficiente e capaz de proporcionar melhores retornos para os acionistas. O banco cortou mais de 40 mil postos de trabalho e vendeu ou fechou 60 unidades, o que resultou em uma economia anual de mais de US$ 5 bilhões.

O banco também atribui o desempenho mais fraco a despesas que teve com obrigações regulatórias. As despesas operacionais, excluindo itens extraordinários, subiram 4% no primeiro semestre, "refletindo, em parte, investimentos crescentes em risco, compliance e padrões globais".

O HSBC não deu mais detalhes, mas anteriormente havia informado a contratação de mais de 1.750 funcionários ligados a controles em 2013, com um aumento superior a 50% desde o acordo de US$ 1,9 bilhão fechado em 2012 com autoridades por conta de uma investigação sobre regras para evitar lavagem de dinheiro.

Em um comunicado, o presidente do conselho de administração do HSBC, Douglas Flint, pediu que reguladores internacionais esclareçam o que esperam de funcionários do banco depois que uma recente onda de multas recordes por má conduta ter deixado todos com medo de represálias.

Bancários olham resultados com dúvidas e incertezas

Para o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, "está evidente que no Brasil o HSBC apresenta dificuldades para disputar o varejo com os demais bancos. Mesmo tendo ainda ativos significativos para classificá-lo dentre os seis maiores bancos que atuam no país, os indicadores vêm piorando progressivamente. Parece que, mesmo após 17 anos atuando no mercado brasileiro, o banco ainda não encontrou seu nicho de negócios".

O lucro líquido, que já não era dos maiores, vem caindo a cada semestre, registrando pela primeira vez prejuízo no 1º trimestre de 2014 de R$ 31 milhões e agora lucro antes dos impostos no 1º semestre de apenas U$ 55 milhões. "O que isso irá significar após os impostos só aguardando a publicação do balanço no Brasil. Aliás, o balanço está sendo aguardado com grande expectativa, porque a matriz londrina anunciou uma capitalização na filial brasileira da ordem de U$ 1 bilhão no semestre. Se isso ocorreu e mesmo assim o resultado é este de apenas U$ 55 milhões antes dos impostos, isso denota que os problemas são maiores ainda", observa Miguel.

"Com esses resultados inexpressivos, na contramão dos demais bancos brasileiros, que batem recordes de lucratividade a cada semestre, as medidas que o banco toma, vão no sentido de cortes de despesas, como o fechamento de agências - 20 só neste ano - e milhares de demissões. O que, a nosso ver, só fragiliza ainda mais o banco frente à concorrência e dificulta a busca de resultados na ponta", analisa o dirigente sindical.

Conforme Miguel, "outra medida, que certamente terá impacto nos resultados finais, foram mudanças unilaterais nos programas de remuneração variável praticados no banco. Além de diversos problemas com relação ao não pagamento aos funcionários participantes, particularmente gerentes, este ano ninguém tem assegurado o quanto irá receber, mesmo tendo alcançado as suas metas. Porque isso depende do resultado da empresa e não há recursos garantidos para esse pagamento, como era anteriormente, onde parte do lucro líquido era reservado para esses pagamentos".

"O fato da crescente pressão para o atingimento dessas metas, vinculado à baixa expectativa de recebimento do pagamento de bônus, pode estar levando a uma crescente insatisfação do segmento gerencial, que provoca queda nos resultados. A falta de funcionários nas agências também é outro fator que dificulta melhor performance do banco inglês. Menos funcionários, menos negócios e piora no atendimento, o que dificulta a retenção dos clientes, e por aí vai", ressalta Miguel.

Mas o que mais preocupa os dirigentes sindicais é a questão do emprego. "O Grupo HSBC ainda emprega cerca de 22 mil trabalhadores diretos, tendo mais de 800 agências em todo o Brasil", conclui o diretor da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT

O Itaú obteve lucro líquido de R$ 9,502 bilhões somente no primeiro semestre de 2014, o que significa crescimento de 33,2% em relação a igual período de 2013. O resultado aumentou 9,8% apenas no segundo trimestre alcançando R$ 4,97 bilhões. Trata-se do maior lucro da história do banco considerando esse período, superior ao recorde dos primeiros seis meses de 2011, que fora de R$ 7,133 bilhões. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (5).

Apesar desse resultado estrondoso, o Itaú continuou demitindo e extinguindo postos de trabalho. No primeiro semestre, foram cortados 1.363 empregos, mesmo com o banco passando a considerar o número de empregados vindos da Credicard. Apenas no segundo trimestre foram eliminados 601 empregos. Já nos últimos 12 meses, a redução foi de 639 funcionários. Assim, em junho de 2014, o quadro caiu 0,7%, ficando em 87.420 empregados ante 88.059 em junho de 2013. O banco segue andando na contramão da economia brasileira, que nos primeiros seis meses do ano gerou 588,6 mil novos empregos com carteira assinada. 

O Itaú abriu 62 novas agências e/ou PABs nos últimos 12 meses, mas fechou 4 no segundo trimestre, totalizando 5.024 unidades em junho de 2014. Essa ampliação, porém sem gerar empregos e ainda reduzir vagas, é uma demonstração clara de que o Itaú sobrecarrega e assedia os seus funcionários, o que piora a saúde dos bancários e compromete o atendimento de qualidade aos clientes. 

Por outro lado, o Itaú abriu 5.836 novos postos de correspondentes relacionados aos produtos e serviços do banco nos últimos 12 meses, totalizando 67.122 correspondentes no País. Isso precariza, expõe o sigilo bancário dos clientes e torna inseguro o atendimento, pois é feito sem bancários e sem a presença de vigilantes.

> Clique aqui para ver a análise do balanço pelo Dieese.

O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (rentabilidade) foi de 23,1% em junho deste ano, com alta de 3,8 pontos percentuais em relação a junho de 2013. 

As operações de crédito cresceram 10,9% nos últimos 12 meses, atingindo um montante de R$ 518,4 bilhões. As operações com pessoas físicas evoluíram 12,4% em 12 meses, chegando a R$ 172,4 bilhões, o que representa 33,3% do total das operações de crédito. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 278,6 bilhões, com elevação de 8,2% em comparação ao 2º trimestre de 2013, totalizando 53,7% do total do crédito.

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,8 ponto percentual, ficando em 3,4% no 2º trimestre deste ano (caiu 0,1 ponto percentual no trimestre). O banco reduziu suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 15% em relação a junho de 2013. 

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 16,3% em 12 meses, totalizando R$ 13,3 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram apenas 7,5%, chegando a R$ 7,9 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas por essas receitas secundárias do banco ficou em 167,4% no 1º semestre de 2014. O banco paga a folha de pagamento apenas com essa receita e ainda sobra 67% para pagar outra folha.

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

Balanços do 1º semestre mostram que bancos estão na contramão da economia

Os bancos privados continuam lucrando muito, mas seguem fechando empregos. O Bradesco e o Santander, que divulgaram na última quinta-feira (31) os seus balanços do primeiro semestre de 2014, lucraram juntos R$ 10,2 bilhões. No entanto, ambos fecharam 2.323 postos de trabalho no mesmo período, andando na contramão da economia brasileira, que nos primeiros seis meses do ano gerou 588,6 mil novos empregos com carteira assinada.

Bradesco -  Análise do Dieese aponta que o Bradesco lucrou R$ 7,3 bilhões, o que significa um crescimento de 22,9% em relação ao mesmo período do ano passado e 9,7% no segundo trimestre. Entretanto, o banco cortou 1.462 vagas no primeiro semestre.

O fechamento de vagas foi ainda maior se comparados os últimos 12 meses: 2.924 empregos a menos. Assim, o número de empregados da holding em junho de 2014 caiu para 99.027 ante 101.951 em junho de 2013 (queda de 2,9%).

Clique aqui para ver a análise do Dieese. Santander

Já o Santander Brasil obteve lucro de R$ 2,9 bilhões, o que representa uma redução de 2,2% em comparação ao mesmo período do ano passado e evolução de 0,6% no segundo trimestre. O banco espanhol eliminou 861 postos de trabalho no primeiro semestre.

O corte também foi ainda maior nos últimos 12 meses, quando o banco fechou 2.942 postos de trabalho. Com isso, o número de empregados da holding em junho de 2014 baixou para 48.760 diante de 51.702 em junho de 2013 (redução de 5,7%), Em doze meses, houve extinção de 2.942 vagas.

Clique aqui para ver a análise do Dieese.

Na avaliação do movimento sindical os bancos brasileiros têm a mais alta rentabilidade da economia brasileira e de todo o sistema financeiro internacional, e cortar empregos nesse cenário amplamente favorável é boicotar o crescimento com desenvolvimento econômico e social do País. Além disso, com todo esse lucro, Bradesco e o Santander não terão dificuldades em atender a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2014, que será entregue para a Fenaban no próximo dia 1, às 11 horas, em São Paulo.  Mas a ousadia, a unidade e a mobilização serão novamente fundamentais para garantir novas conquistas. "Queremos mais empregos e melhores salários e condições de trabalho, além das demais demandas, como forma de valorização dos funcionários, principais responsáveis pelos resultados atingidos e pelos bancos", enfatiza o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

O lucro líquido ajustado do Santander Brasil somou R$ 1,437 bilhão no segundo trimestre, com alta de 1,9% sobre o mesmo período de 2013. O resultado ficou acima das expectativas de analistas consultados pelo jornal Valor Econômico, que apontavam R$ 1,267 bilhão e queda na comparação anual. Já o lucro líquido contábil, chamado de societário nas demonstrações do banco e que inclui ágio, foi de R$ 527,5 milhões no trimestre, com alta de 5,35%. O balanço foi divulgado na manhã desta quinta-feira (31). A carteira de crédito do banco somou R$ 226,299 bilhões, com crescimento de 3,8% em 12 meses e de 1% no trimestre. A carteira ampliada, que inclui outras operações com risco de crédito, ativos de adquirência e avais e fianças, somou R$ 279,722 bilhões, o que representa expansão 4,9% na comparação anual e de 1,6% na trimestral. O banco anunciou uma joint venture com o Banco Bonsucesso no segmento de crédito consignado e cartão de crédito consignado. Pelo acordo, o Bonsucesso transferirá para a joint venture sua operação nesse segmento e o Santander Brasil, por meio da subsidiária Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento, investirá R$ 460 milhões na parcer ia, na qual terá participação de 60%. A inadimplência acima de 90 dias atingiu 4,1% no segundo trimestre, ante 3,8% no primeiro e 5,2% no segundo trimestre de 2013. As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 3,043 bilhões, com queda de 16,6% na comparação anual. A margem financeira líquida ficou em R$ 4,235 bilhões no trimestre, quase estável ante o resultado d e R$ 4,236 bilhões reportado no mesmo período do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado pelo ágio do banco se situou em 11,3%, ante 11,4% no mesmo período de 2013. Ainda nesta quinta-feira, o Bradesco anunciou que teve lucro líquido ajustado de R$ 3,804 bilhões no segundo trimestre, com alta de 27,7%. Análise do Dieese A subseção do Dieese na Contraf-CUT já está fazendo a análise do balanço e os resultados, sobretudo a evolução do emprego, será divulgado até o final desta quinta-feira. Fonte: Contraf-CUT com Valor Econômico  

O Bradesco fechou o segundo trimestre com lucro líquido contábil de R$ 3,778 bilhões, o que representou aumento de 28,1% sobre o mesmo período do ano passado. O lucro ajustado, que exclui itens extraordinários, subiu 27,7% e alcançou R$ 3,804 bilhões, superando as projeções. 

Analistas consultados pelo jornal Valor Econômico esperavam que o banco tivesse lucrado R$ 3,561 bilhões de abril a junho. 

O Bradesco abriu a temporada de divulgação de resultados dos bancos brasileiros. O balanço foi divulgado na manhã desta quinta-feira (31).

A margem financeira de crédito líquida atingiu R$ 4,826 bilhões no segundo trimestre, com alta de 6 ,3%, enquanto a carteira de crédito ampliada do Bradesco mostrou crescimento de 8,1% em 12 meses, para R$ 435,2 bilhões. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 135,1 bilhões, com alta de 9,6%, enquanto o crédito para pessoas jurídicas atingiu R$ 300,2 bilhões, após crescimento de 7,5% no período.

Sob a estratégia do banco de se concentrar em linhas de menor risco, os empréstimos a pessoas físicas e grandes empresas vêm ganhado espaço e representaram 31% e 43,2% da carteira total, respectivamente. 

Quando comparada com o fim do primeiro trimestre, a carteira de crédito do Bradesco mostrou tímido crescimento de 0,7%, que foi sustentado, principalmente, pelas operações a pessoas físicas, que aumentaram 1,8%.

A taxa de inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, foi de 3,5%, ante 3,7% no segundo trimestre de 2013 e 3,4% no primeiro trimestre deste ano. As despesas com provisões para crédito de liquidação duvidosa (PDD) somaram R$ 3,141 bilhões, com alta de 1,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado e expansão de 9,8% em relação ao primeiro trimestre. 

O banco não informou nenhuma alteração em seus diretrizes. Sua expectativa para este ano é de crescimento de 10% a 14% da carteira de crédito expandida. A margem financeira de juros deve ficar entre 6% e 10%.

Fonte: Contraf-CUT

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