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O percentual de empréstimo na linha especial é de 1,5% ao mês

Uma linha especial de crédito para alguns bancários do HSBC. Essa é a nova conquista da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco (COE), pleiteadas nas últimas reuniões com a direção do banco. A reivindicação surgiu de alguns trabalhadores do HSBC, que abriram contas correntes, além da conta salário, e contraiam empréstimos. Ao transferirem para o Bradesco, os débitos oriundos começaram a ser cobrados diretamente da conta salário, o que dificulta o orçamento das famílias.

Por isso, o Departamento de Recuperação de Crédito (DRC) do banco, atendendo ao pleito, criou uma linha de crédito especial, com taxa de 1,5 % ao mês. O bancário nessas condições poderá parcelar o débito em até 36 vezes, optando por 10, 20 ou no máximo 30 % do seu salário. Se a dívida permanecer ao final do período, o bancário poderá fazer novo parcelamento. O próprio DRC entrará em contato com o bancário para ofertar a linha de crédito.

Os débitos referentes ao mês de outubro serão estornados. Porém, caso o bancário não queira o estorno, o valor fará parte do abatimento na composição da dívida e da negociação.

Para Gheorge Vitti, coordenador da COE, enaltece o diálogo com o Bradesco. “Estamos colhendo os frutos da nossa mobilização. Apresentamos as reivindicações para a direção do banco, que têm sido atendidas. Desta forma vanguardista, vamos buscar cada vez mais melhorias para os trabalhadores.”

Segundo Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT, conquistar essa taxa, com a conjuntura econômica e política em nosso país atravessa, é de extrema importância. “É a união entre a cultura dos bancários do Bradesco e do HSBC e das experiências de organização de ambos. O que faz com que possamos avançar e partir para novas conquistas, pois, só a luta nos garante.”

Fonte: Contraf-CUT

Prazo de inscrições foi encerrado na última sexta e julgamento de impugnação vai até dia 21, quando será feita a divulgação definitiva das chapas concorrentes

As inscrições para concorrer ao cargo de conselheiro eleito pelos trabalhadores no Conselho de Administração (CA) da Caixa foram encerradas na última sexta, 11. Quarentena é oito chapas estão inscritas. O prazo para julgamento de impugnação vai até 21 de novembro, quando será feita a divulgação definitiva dos inscritos. A Fenae lembra que o cargo é de grande responsabilidade e compromisso, uma representação cujo ocupante deve atentar para regras e critérios legais. Além disso, precisa estar comprometido com os empregados da Caixa.

Para ser empossado, o candidato não pode estar em litígio judicial (não trabalhista) com a Caixa e não poderá ter crédito com o banco a partir da nomeação, assim como seus parentes até o segundo grau. Como terá informações privilegiadas, vai responder pela confiabilidade e, judicialmente, por todas suas ações, inclusive com seu patrimônio. O conselheiro eleito para representar os trabalhadores também não poderá participar de decisões que configurem conflito de interesses, como aquelas que envolvam relações sindicais, remuneração ou benefícios aos empregados. Os conselheiros seguem o Código de Conduta da Alta administração Federal e o Regimento Interno da CA do banco. Os conselheiros são nomeados pelo ministro da Fazenda. No total, o CA da Caixa é composto pelo presidente, quatro indicados pelo ministério da Fazenda, um pelo do Planejamento, o representante dos trabalhadores e mais dois “independentes”, sem vínculo com a Caixa. Esses dois últimos foram acrescidos pela lei 13.303 (Estatuto das Estatais). Apesar de ter ocorrido uma grande mobilização no movimento sindical contra projeto que resultou na lei (PLS 555), impedindo a abertura de capital da Caixa e outras empresas públicas, ainda restaram itens restritivos à participação dos trabalhadores nos conselhos destas empresas. Experiência em gestão pública e formação compatível para o cargo também estão entre as condições necessárias para o conselheiro. Uma vez eleito, participará das reuniões do CA que ocorrem, em geral, uma vez ao mês. O conselheiro vai ser informado sobre projetos, planos e estratégias de gestão que norteiam ou passarão a nortear a empresa. Entre outras funções, ele terá o papel de aprovar a gestão e plano estratégico da Caixa, monitorando implantação e atualizações e fiscalizar a execução da política geral dos negócios e serviços do banco. O conselheiro eleito recebe verba de representação cujo valor é definido em lei e que corresponde a 10% do salário recebido por um diretor do banco.

Plenária da CaixaNesta quinta-feira, 10, o Sindicato realizou uma plenária com os funcionários da Caixa na sede social para discutir e tirar suas dúvidas sobre algumas questões, entre elas o processo coletivo sobre a 7ª e 8ª horas para tesoureiros, a quebra de caixa para caixas, avaliadores de penhor e tesoureiro, bem como sobre o RH 184  que trata do descomissionamento e caixa minuto.

“Nas conversas com funcionários da Caixa que temos quando visitamos as agências, surgem muitas dúvidas sobre esses temas, portanto, nós resolvemos realizar essa plenária para tentar esclarecer algumas dessas questões”, disse Jorge Furlan, diretor do Sindicato e funcionário da Caixa.

Quanto ao RH 184 a principal questão debatida foi sobre a designação “por minuto” de caixa, fato que vai gerar redução de salário. “O fim da possibilidade de empregado ocupar a função de caixa de forma efetiva é inaceitável  pela responsabilidade da função. Queremos o fim da caixa minuto e manter a função de caixa para valorizar a área operacional que é, justamente, a área responsável pelo atendimento aos setores menos privilegiados da população”, disse Furlan.

Durante a plenária foram solicitadas sugestões de propostas para serem levadas ao Grupo de Trabalho que vai discutir o RH 184 com a Caixa. “Ouvimos algumas sugestões que serão incorporadas nos debates e, se alguém tiver mais alguma sugestão pode enviar, nos próximos 15 dias para o Sindicato. Utilize os canais de contato através do site”, explica Furlan.

Ações coletivas

Foram deliberadas também na plenária que o Sindicato vai entrar com duas ações coletivas contra a Caixa para os bancários associados ao Sindicato. Uma é sobre a 7ª e 8ª hora para tesoureiros, nesse caso o bancário que quiser fazer parte da ação deverá solicitar ao Sindicato, isso porque há riscos de haver redução de jornada e salário. Em breve o Sindicato vai informar os prazos para quem quiser aderir.

O pagamento das 7ª e 8ª horas tem como fundamento jurídico a jornada bancária de 6 horas diárias prevista no artigo 224 da CLT. De acordo com esse artigo, somente aqueles que exercem cargo de confiança é que não estariam enquadrados neste tipo de jornada especial. Assim, a discussão na esfera judicial sobre a 7ª e 8ª está relacionada à existência ou não de um cargo de confiança.

Se ficar comprovado que não tem cargo de confiança e realiza jornada de 8 horas diárias, deverá pagar as 7ª e 8ª horas como horas extras.

A outra ação diz respeito a quebra de caixa para tesoureiros, avaliador de penhor e caixas. Nesse caso a ação será em nome de todos os funcionários da Caixa da Região do ABC sócios do Sindicato e, se algum funcionário não quiser fazer parte, também deverá entrar em contato com o Sindicato. Em breve divulgaremos os prazos.

A quebra de caixa é uma parcela adicional que é paga aos trabalhadores que lidam com numerários. Ela tem o objetivo de cobrir eventuais diferenças de caixa. Ela não se confunde com a gratificação de função de caixa. Essa verba tem como objetivo remunerar a maior responsabilidade do cargo, e não as diferenças de caixa.

A quebra de caixa não está prevista na lei ordinária (CLT, etc). Ela decorre de previsão em norma coletiva ou regulamento interno de empresas. Para a categoria bancária não há previsão de pagamento de quebra de caixa em norma coletiva.

Não obstante, em relação à Caixa Econômica, existe um normativo interno do banco – RH 053 – que prevê este pagamento.

O assunto principal foi o caos causado pela fusão das operações do HSBC

coe-do-bradesco-conquista-avancos-em-reuniao-com-o-banco_171aa67d49b7cb63c135190cd46a489bA reunião de negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco e o banco, realizada nesta quinta-feira (10), terminou com avanços. O banco informou que voltará a cobrar no plano de saúde dos aposentados os valores anteriormente praticados pelo HSBC. Referente a previdência, os benificiários poderão optar por sacar o valor; manter congelado da forma que está, sem contribuir; manter o plano e continuar contribuindo individualmente; iniciar a concessão da complementariedade, caso os critérios estejam preenchidos ou aportar os valores para uma conta individual e voluntária, além da adesão a qualquer tempo da previdência dos funcionários do Bradesco 5x4.

Em relação ao auxílio educação, o Bradesco voltou atrás na decisão de interromper o benefício em dezembro, e vai continuar com o subsídio até o final do curso de quem já está matriculado. Outra questão que atende a minuta de reivindicações é implementação de um sistema que permita o bancário a transacionar valores entre o VR e VA e vice versa.

Outra conquista importante é a ampliação do crédito consignado, nos moldes do HSBC – com juros abaixo dos praticados anteriormente –, para todos os funcionários do banco. As mudanças nos planos medico e ortodôntico dos funcionários do HSBC permanecem, mas os casos que tiverem em tratamento, o banco vai resolver caso a caso.

Gheorge Vitti, coordenador do COE Bradesco e diretor do Sindicato, avaliou a reunião como positiva, pois ficou claro os avanços no novo ciclo de debates. “Além de sermos ouvidos, houve avanços, ressaltando o papel da COE e o amadurecimento na mesa por parte do RH e, concomitante, da diretoria do banco. Não atenderam tudo, porém, acreditamos que a menos distância hoje nos diálogos, aproximando os interesses dos trabalhadores e do banco. Isso pode nos levar a outras conquistas para os trabalhadores do Bradesco.”

Outro assunto debatido foi o caos motivado pela transição das agências do HSBC para o Bradesco. “Em relação às agências madrinhas, que emprestam funcionários do Bradesco para as agências incorporadas, o banco se comprometeu a olhar os casos e prorrogar as situações onde necessite. O movimento sindical também poderá indicar agências em que veja a necessidade da prorrogação”, explicou Vitti.

Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT, critica o fato de os funcionários, que ainda não estão familiarizados com o sistema dos Bradesco, terem de cumprir metas. “Sabemos que o momento é atípico, mas o problema existe e tem de ser resolvido com urgência. Não podemos continuar com gerentes chorando, funcionários ameaçados por clientes e vários funcionários pedindo a conta, pelo excesso de trabalho. O caos tem que acabar”. O Bradesco informou que irá ponderar todos os casos.

Os representantes dos trabalhadores ainda reivindicaram a retomada das comissões temáticas, o quanto antes. “Como neste período não terá o debate econômico na campanha nacional, temos uma oportunidade impar para discutirmos e avançarmos em assuntos importantes para os funcionários”, completou Siqueira.

Fonte: Contraf-CUT

 
Banco divulgou balanço com dados já com a incorporação do HSBC. No trimestre, o lucro foi de 4,462 bilhões
 
O Bradesco divulgou nesta quinta-feira (10) o balanço do último trimestre, já com a incorporação do HSBC (a partir de 1 de julho) com lucro de R$ 4,462 bilhões. Nos primeiros nove meses do ano o lucro foi de R$ 12,736 bilhões com o banco mantendo excelente rentabilidade de 17,6%. Mesmo lucrando muito, enquanto o País passa por profundo processo recessivo, o Bradesco cortou 4.790 postos de trabalho.
“O banco lucra e cresce com aquisição de outros bancos como HSBC, mas reduz postos de trabalho e faz com que a cada ano o funcionário produza mais e em piores condições e, no lugar de valorizar quem ajuda a produzir tanto lucro, contribui para os números altíssimos do desemprego na categoria e no País”, afirma Gheorge Vitti, diretor do Sindicato e coordenador da COE- Comissão de Organização dos Empregados.
O número de empregados na holding em 30 de setembro de 2016 foi de 109.922, sendo 21.016 empregados do HSBC que foram incorporados ao quadro do banco. A partir da fusão, foram acrescidas 744 agências no período, 406 postos de atendimento e fechados 8.290 correspondentes.
Operações de crédito - Segundo análise feita pelo Dieese, as Operações de Crédito cresceram 10% no período em relação a setembro de 2016, alcançando um montante de R$ 521,8 bilhões (sendo R$ 79,8 bilhões relativos ao HSBC Brasil). As operações com pessoas físicas cresceram 17,8% em doze meses, chegando a R$ 171,1 bilhões (R$ 22,7 bilhões oriundos do HSBC). As operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 350,7 bilhões, com crescimento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2015 (R$ 57,1 bilhões vindos da carteira do HSBC.
Tarifas cobrem 126,97% das despesas de pessoal -  A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 10,4% em doze meses, totalizando R$ 15,7 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 16,2%, chegando a R$ 12,4 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 126,97% no 3º trimestre de 2016 (6,64 pontos percentuais a menos do que em setembro de 2015).  
Fonte: Contraf-CUT, com Redação

Consulta ao corpo social da Cassi começa às 9h do dia 11 e se encerra às 18h do dia 21 de novembro. Confira como votar

A partir de 11 de novembro os associados ativos e aposentados participam de Consulta ao Corpo Social para votar o acordo negociado com o Banco do Brasil pelas entidades representativas dos associados – Contraf-CUT, Anabb, AAFBB e FAABB.         O acordo garante aporte de R$ 40 milhões mensais à Cassi até dezembro de 2019. Os associados ativos e aposentados recolherão R$ 17 milhões, por meio de contribuição extraordinária de 1% sobre o salário ou aposentadoria, até dezembro de 2019. Durante o mesmo período o BB aportará R$ 23 milhões mensais, reajustados anualmente, para reembolsar despesas com programas e unidades próprias da Cassi, obrigação que será prevista em contrato a ser celebrado entre a Cassi e o banco. Será implantado Comitê de Auditoria e será feita a revisão de processos com auxílio de Consultoria contratada com recursos do banco, para melhorar os serviços de saúde, agilizar o atendimento e racionalizar despesas visando equacionar o déficit estrutural da Cassi.  O acordo preserva todos os direitos dos associados, programas de saúde como fornecimento de remédios e atendimento domiciliar a doentes crônicos e garante a sustentabilidade da Cassi. A solução foi construída em dois anos de negociação. As entidades do funcionalismo rechaçaram a proposta inicial do banco, que jogava nas costas dos associados a cobertura do déficit e quebrava a solidariedade que sempre foi a maior força da Cassi. Depois de muita pressão o banco admitiu que precisa arcar com seus compromissos com a Cassi e fazer os aportes negociados. Votação atropelada pode comprometer aprovação -  A Contraf e os sindicatos consideram que é preciso mais tempo para debater e esclarecer a proposta junto aos associados, para que todos saibam que estão aprovando ao mesmo tempo a contribuição adicional e extraordinária de 1% e os aportes do banco. Até mesmo a pergunta feita na tela de votação não esclarece totalmente as duas partes da proposta. A falta de clareza pode comprometer a aprovação da proposta. Apesar de alertado, o banco não aceitou dar mais tempo para esclarecimentos. Movimento sindical defende aprovação porque Cassi precisa dos novos recursos para manter o Plano de Associados  - Desde a última alteração estatutária em 2007 até 2015, as despesas cresceram mais que as receitas. As despesas obedecem às condições do mercado de saúde e as receitas, aos salários e aposentadorias. As despesas com o atendimento à saúde aumentaram muito mais que as receitas, conforme mostram as tabelas 1 e 2. O índice VCMH, que mede o aumento das despesas com consultas, exames, internação, terapias no Brasil, cresceu 203,8% no período, enquanto as despesas da Cassi cresceram bem menos, 147,6%, e as receitas de contribuições, 84,9%. O acordo negociado reequilibra as contas da Cassi e garante a tranquilidade do associado e de sua família. Confira aqui como votar.
Tabela 1 - Números do Plano de Associados Cassi
  Ano  Receita (R$mil)  Despesa (R$mil) Associados Assoc.+Depend. Desp. per capita ano
 2007   833.811   798.344   173.839   402.602   R$ 1.983
 2015   1.541.651   1.977.016   197.554   418.364   R$ 4.726
 Variação   84,9 %   147,6%   138,3%
 
Tabela 2 – Aumentos e reajustes acumulados de 2007 a 2015
  INPC – IBGE   Reaj. salarial piso BB   Salários acima piso   Índice VCMH
  74,4%   116,8%   98,2%   203,8%
Índice VCMH = Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar
 

Fonte: Contraf-CUT

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