Bancos
Contraf-CUT se reúne com o Bradesco amanhã (26) para discutir caos da migração das contas do HSBC e direitos
Impasse nas negociações do aditivo com Santander
Representantes do banco espanhol ainda não têm posicionamento sobre reivindicações dos trabalhadores que cobram melhorias
Prosseguem sem avanços as negociações entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) com a direção do Santander sobre o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Na quinta-feira, 20, os negociadores do banco não trouxeram respostas às reivindicações dos trabalhadores, mesmo estando com a pauta desde maio. Afirmaram apenas que voltariam a analisar temas do documento. Não há data para nova rodada.
"O banco continua mostrando a falta de consideração com seus funcionários em não mostrar interesse em atender as reivindicações dos trabalhadores. Continuam colocando empecilhos para não renovar o acordo", disse Eric Nilson, secretário geral da Fetec-SP, diretor do Sindicato e funcionário do Santander.
Os dirigentes sindicais insistiram que os funcionários têm de receber valores maiores que em anos anteriores pelo Programa Próprio de Remuneração Santander (PPRS); que o valor das bolsas de estudos tem de ser reajustado e que as metas sejam factíveis e não sofram alterações de uma hora para outra.
Outro ponto considerado relevante pela COE é que o Santander volte a considerar os filhos com idade de 21 a 24 como dependente do funcionário no plano de saúde. De forma unilateral, o banco os enquadrou como agregados, obrigando muitos bancários a retirá-los do convênio médico devido ao alto custo financeiro.
Aposentados cobram abono – Outro ponto da negociação foi a remuneração de cerca de 6 mil funcionários aposentados pelo Banespa. Esse grupo tem assegurado em acordo que os resultados das campanhas salariais sejam utilizados para corrigir os complementos de seus benefícios.
Para o acordo deste ano, os bancos – entre eles o Santander – propuseram o índice de 8% mais abono de R$ 3.500 para os salários. No entanto, o banco espanhol se nega a pagar o abono aos aposentados.
O movimento sindical está solidário aos aposentados. Caso o Santander não dê o mesmo tratamento aos aposentados, estará configurado desrespeito ao acordo.
Caixa: adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor está garantido até 31 de dezembro
Entidades representativas ganharam mais um tempo para apresentar laudos técnicos que confrontam os que foram apresentados pela Caixa
Graças à pressão dos representantes dos trabalhadores, o adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor está garantido até 31 de dezembro deste ano. A prorrogação do pagamento, que seria suspenso em 31 de outubro, está assegurada na ata de fechamento da Campanha Nacional dos Bancários 2016. Para a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT, a medida é importante para que as entidades produzam os laudos que atestam os riscos a que estão expostos esses empregados.
O banco levou dois anos para produzir laudos, mas os trabalhadores não tiveram acesso a todas as análises. O corte do adicional foi anunciando no dia 5 de julho, em comunicado interno, alegando que laudos de empresas contratadas consideraram que o ambiente em que se manipulam produtos químicos pelos avaliadores não apresenta risco à saúde. E que, portanto, os empregados não teriam mais direito ao correspondente a 40% do salário mínimo (R$ 352), que estavam sendo pagos pela Caixa apesar de contestações dos trabalhadores sobre o valor.
Para contrapor este posicionamento, a Comissão Executiva levou o caso à Fundacentro, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, que tem ampla experiência na área de segurança, higiene e saúde no trabalho. A instituição elencou problemas no processo de avaliação de insalubridade feito pelos peritos contratados pelo banco.
Pressão
Desde que a Caixa anunciou a suspensão do adicional de insalubridade aos avaliadores de penhor, as entidades representativas dos trabalhadores têm pressionado o banco a reverter essa medida. Além de contratar novas perícias técnicas para avaliar o ambiente de trabalho, realizaram um Dia Nacional de Luta no dia 20 de julho, denunciando o problema. O assunto foi levado também para mesa de negociação permanente do dia 12 de julho, quando a empresa recuou e manteve o pagamento por mais 90 dias.
Tesoureiros
Outro avanço importante da Campanha Nacional 2016 é relativo aos tesoureiros. Segundo a cláusula 60 do ACT 2016/2018, a Caixa se comprometeu a manter a função e apresentar na mesa permanente um plano de ação para resolver, de forma definitiva, os problemas enfrentados por esses empregados no tocante a saúde, segurança e condições de trabalho.
Os tesoureiros têm sofrido com mudanças realizadas pelo banco. Passaram a ser subordinados aos gestores da rede e, o que é mais grave, são submetidos a um período de ‘experiência’ de 60 dias. Após esse prazo, podem ser descomissionados e a agência não pode designar outro empregado para a função em caráter efetivo. “A empresa também quer acabar com a função e adotar o tesoureiro-minuto. Isso a Caixa ratificou que não fará nesse momento”, diz o coordenador da CEE/Caixa.
Temer impõe alta de juros em bancos públicos
Política de manter taxas mais baixas nessas instituições, adotada nos governos Lula e Dilma, foi abandonada pelo atual presidente
Bradesco paga antecipação da PLR e abono de R$3,5 mil nesta sexta-feira (21)
O Bradesco pagará na próxima sexta (21) a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o abono de R$3,5 mil. No dia 27, serão pagas as diferenças nos vales, e no dia 28, as diferenças salariais e da 13ª cesta alimentação.
A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016-2018, assinada na última quinta-feira (13) com a Fenaban, em São Paulo, prevê 8% de reajuste mais abono de R$3,5 mil, agora em 2016, além de correção de 15% no vale-alimentação e 10% no vale-refeição e no auxílio creche/babá. Para 2017, os bancários asseguraram reposição integral da inflação (INPC/IBGE) mais 1% de aumento real.
A antecipação da PLR corresponde a 54% do salário reajustado em setembro de 2016, mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.