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A Chapa 1, que concorre ao Conselho de Administração da Caixa, defende o direito legítimo de organização de todos os empregados. Ocupem esses empregados cargos gerenciais ou não, a organização é garantida por leis brasileiras e internacionais que regulam as relações de trabalho. Repudia, portanto, a retirada de funções sem critério justificável, ou por perseguição, como o ocorre nesse momento com gestores que participaram de movimentos reivindicatórios no Rio de Janeiro e outros locais. A Chapa 1 também é contrária à mudança na RH 184, que facilitou tais atitudes por parte do banco. Defende relações de trabalho humanizadas com respeito aos direitos e melhores condições de trabalho para todos. E alerta, ainda, para a necessidade de organização contra o Projeto de Lei 6711/2016, do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que propõe alterar a CLT nos contratos de cargo de gestão, retirando dos gestores direitos trabalhistas. “O momento exige união de todos para enfrentar o desmonte do banco e retirada de direitos”, destaca Rita Serrano, candidata da Chapa 1. A eleição para representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa acontece de 16 a 20 de janeiro, em segundfansegundoturnoo turno.

Adesão ou exclusão nas ações deverão ser informadas à entidade até 31 de janeiro Durante plenária realizada com os trabalhadores da Caixa em novembro passado ficou decidido que o Sindicato ingressaria com duas ações coletivas: a 7ª e 8ª horas para tesoureiros e o pagamento de quebra de caixa para tesoureiros, avaliadores de penhor e os próprios caixas. Para agilizar o ingresso de tais ações, o Sindicato divulga a seguir as orientações necessárias e os formulários de adesão ou exclusão na ação coletiva, dependendo da opção desejada. O formulário pode ser impresso (arquivos em jpg abaixo) e preenchido pelo interessado, que deve apresentá-lo na sede do Sindicato junto aos demais documentos, ou ser preenchido na própria entidade. A sede do Sindicato fica na rua Francisco Amaro 87, centro de Santo André, e o prazo vai até o dia 31 de janeiro. O horário de atendimento é das 8h às 18h.   7ª e 8ª horas para tesoureiros A ação vai contemplar os sócios do Sindicato que trabalham na região do ABC e exercem ou exerceram a função de tesoureiro nos últimos cinco anos. Ela vai pedir o pagamento da 7ª e 8ª horas como horas extras, tendo em vista o descumprimento da jornada bancária de 6 horas diárias prevista no artigo 224 da CLT. Serão pedidos também os reflexos destas horas extras nos sábados, domingos, feriados, 13º salário, férias e adicional de 1/3, FGTS e demais verbas de caráter salarial. Ocorre, porém, que esta ação pode apresentar um risco para o trabalhador. Existe uma Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que autoriza o banco a compensar as horas extras que são pagas nas ações de 7ª e 8ª, com o valor da gratificação de função, proporcionalmente a essas duas horas. Em razão desta jurisprudência, o que observa é que em algumas ações coletivas a Caixa, após o ingresso da ação, reduz a jornada com a redução do salário, correspondente à gratificação de função destas duas horas, proporcionalmente. Portanto, por causa deste risco, o Sindicato ingressará com a ação coletiva somente mediante a autorização por escrita do trabalhador interessado. Os trabalhadores que desejarem ingressar nesta ação coletiva deverão procurar o Sindicato até 31 de janeiro, no horário das 8h às 18h, na sede do Sindicato, para preencher a autorização. Deverá apresentar a CTPS, RG, CPF, PIS, histórico de funções (extrair no Portal do RH) e último holerite no qual consta a remuneração de tesoureiro. O trabalhador que não for sindicalizado poderá ingressar na ação se ficar sócio até 31 de janeiro. Quebra de Caixa para tesoureiros, avaliador de penhor e caixas   A ação vai pedir o pagamento do valor referente à quebra de caixa para os sócios que trabalham na região do ABC e que exercem ou exerceram a função de caixa, tesoureiro e avaliador de penhor nos últimos cinco anos. Serão pedidos também os reflexos da quebra de caixa em sábados, domingos, feriados, 13º salário, férias e adicional de 1/3, FGTS e demais verbas de caráter salarial. Neste caso, em razão de não representar nenhum risco ao trabalhador, não haverá necessidade de autorização. No entanto, o sócio que não desejar fazer parte desta ação deverá requerer sua exclusão até 31 de janeiro, no horário das 8h às 18h, na sede do Sindicato. O trabalhador deverá preencher o formulário de exclusão e comparecer munido da CTPS e do seu histórico de funções (extrair no Portal do RH).   Formulários Autorização   autorizacaoimagem Exclusão   exclusaoimagem

Candidato eleito deve estar comprometido com a lute contra a privatização do banco público e defesa do funcionalismo. Votação vai de 23 a 27 de janeiro, exclusiva aos trabalhadores da ativa
Pela terceiriza vez em quatro anos os trabalhadores da ativa elegerão o Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários (Caref) do Banco do Brasil. A votação ocorre em todo o País de 23 a 27 de janeiro. O representantes dos trabalhadores têm mandato de dois anos e, entre suas funções, está a fiscalização da execução da política geral de negócios e serviços da instituição financeira. É no Conselho de Administração que se tomam decisões sobre a atuação do banco e que impactam diretamente no dia a dia dos bancários, o que torna fundamental a escolha de um representante comprometido com os trabalhadores. Cento e vinte funcionários se inscreveram para a disputa, e as candidaturas estão sendo analisadas pela Comissão Eleitoral. Assim que começar a campanha, em 6 de janeiro, será imprescindível analisar os currículos e o histórico dos candidatos para tomar a decisão.
O novo regulamento das eleições estabelece que só podem se candidatar pessoas que ocuparam cargo de gerência, excluindo, assim, caixas, escriturários, entre outros. A mudança ocorreu devido ao Estatuto das Estatais, que está sendo questionado por ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) pelo movimento sindical e associativo no Supremo Tribunal Federal. Como votar – A votação ocorrerá em sistema eletrônico a ser disponibilizado pelo BB. O primeiro turno vai de 23 a 27 de janeiro. Caso haja necessidade de segundo turno, ocorrerá de 20 a 24 de fevereiro. A eleição de um representante nos conselhos de administração das empresas estatais – como Banco do Brasil, Caixa, Petrobras e outras – é uma conquista da CUT e outras centrais sindicais. A reivindicação foi contemplada por meio da Lei 12.353, aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2010 e sancionada nesse mesmo mês pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

cartazpdv Diretora Rita Serrano destaca que é urgente fortalecer a luta por contratações e em defesa da Caixa pública A imprensa noticiou nesta quarta, 4, que a Caixa fechou sua proposta para o programa de demissão voluntária, que deverá ser aberto aos funcionários no final deste mês e com adesão até o começo de fevereiro. O lançamento do plano dependeria ainda do aval do Ministério do Planejamento, esperado para a semana que vem. A Caixa não quis comentar o assunto, mas evidentemente o PDV já é discutido entre os empregados do banco, que temem a precarização e desmonte da instituição pública.   Para Maria Rita Serrano, diretora do Sindicato e atualmente candidata a representante dos empregados no Conselho de Administração do banco pela Chapa 1, o PDV representa “menos empregados, piores condições de trabalho e aumento da pressão sobre todos, principalmente os gestores”. “É urgente a necessidade de fortalecimento da luta por contratações e contra o desmonte do banco”, aponta Rita, que também é coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.   Banco do Brasil – O BB também passou por processo chamado de “reestruturação” no final do ano passado, criticado pelas entidades sindicais por envolver enxugamento e fechamento de agências, além da pressão pela aposentadoria. O banco informou ter desembolsado R$ 1,4 bilhão em incentivos, mas deve economizar R$ 2,3 bilhões em despesas neste ano. A Caixa ainda não divulgou quanto espera economizar.

Agora é reafirmar o voto no segundo turno, entre os dias 16 a 20 de janeiro A eleição para representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração da empresa ocorre em segundo turno entre os dias 16 a 20 de janeiro. Concorrem as chapas 1 e 25. Em São Paulo, a votação na Chapa 1, apoiada pela Fetec-SP e composta por Rita Serrano e Orency Francisco, foi expressiva. Eles receberam 2.474 votos, mais do que o dobro do que a chapa concorrente (1180). E o Grande ABC com certeza fez a diferença nesse placar. “O resultado demonstra a credibilidade dos candidatos apoiados pelo Sindicato e da própria entidade, reconhecidamente sempre ao lado da categoria bancária e dos empregados da Caixa”, afirma Belmiro Moreira, presidente do Sindicato, lembrando da destacada atuação de Rita Serrano e sua trajetória iniciada junto aos bancários da região. O primeiro turno teve 49 chapas inscritas, com a participação de 27.947 eleitores. Do total 6.120 votaram na Chapa 1 e 6.718 na Chapa 25. A Chapa 1 agradece os votos recebidos e lembra que é fundamental a participação neste segundo turno, para reafirmar a opção e exercer o direito democrático. Mais informações e contatos podem ser obtidos na página de facebook da Chapa 1, no endereço https://www.facebook.com/cachapa1/

MARIA RITA SERRANO

Coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, diretora do Sindicato dos Bancários do ABC (SP) e da Contraf-CUT

2017 e os desafios para os bancos públicos

DANIEL TEIXEIRA   O papel dos bancos públicos no Brasil está diretamente ligado ao desenvolvimento da sociedade. A oferta de crédito em economias capitalistas é cara e diminuta quando se trata de dar aporte àqueles com baixa renda, e instituições privadas não têm interesse em investir em programas sociais que propiciam moradia, educação ou crédito agrícola, para citar apenas alguns exemplos de iniciativas hoje vinculadas à Caixa Federal ou Banco do Brasil. Em alguns países emergentes, bancos públicos surgem como uma necessidade histórica de dar "salto de etapas" na mobilização de capitais para tirar o atraso econômico. No Brasil, a partir de 2003, a oferta de crédito por essas instituições impulsionou a economia de forma determinante, e a relação crédito PIB chegou a 54,3% em dezembro de 2015, sendo que 13 anos atrás atingia meros 26,1% do PIB. Esse crescimento, porém, está sob risco a partir do governo Temer, que já promove ações para desmantelamento dos bancos públicos. Nesse tumultuado ano de 2016, em que o FGTS se tornou cinquentão, pairam as ameaças de descentralização da gestão pela Caixa, com direcionamento aos bancos privados. Ou, ainda, o desvio de seus recursos para o BNDES via FI-FGTS que, por sua vez, vai financiar projetos do Programa de Parcerias de Investimentos, retomando, na prática, o projeto privatista de FHC. O governo também oficializou a venda da Lotex, a Loteria Instantânea da Caixa, e a anunciou a privatização de operações em seguros e cartões. São medidas que abrem caminho para que a Caixa deixe de ser 100% pública e não cumpra mais seu importante papel social, porque além do corte em programas, como o de habitação popular (Minha Casa, Minha Vida), sem os recursos do FGTS obras de infraestrutura, saneamento e mobilidade urbana perdem seu principal aporte. Se abocanhar os recursos do fundo, nenhum banco privado terá como prioridade essa destinação. No Banco do Brasil, em que o crédito agrícola é destaque, as mãos privatistas do atual governo já agem com uma propagada "reestruturação", que vai eliminar milhares de empregos e consequentemente reduzir o alcance social do banco. Com o desemprego em nível crescente, a perspectiva é sombria tanto para os trabalhadores do BB, já atingidos pela mudança, quanto para os da Caixa, que há anos vêm se mobilizando pela manutenção do banco 100% público. Apesar das tantas dificuldades, 2016 não pode ser encarado apenas como um ano de derrotas. As lutas iniciais pelas mudanças no PLS 555 (Estatuto das Estatais) resultaram em avanços que impediram a transformação das empresas públicas em sociedades anônimas. Uma grande campanha – "Se é público, é para todos" – foi lançada em junho e se espalhou pelo País, com adesões em praticamente todas as regiões brasileiras e até na Argentina. Centenas de encontros e debates para apresentação do tema e defesa dos bens, serviços e empresas públicas foram e continuarão a ser realizados. A História tem nos provado que é possível avançar, apesar da constante ameaça de retrocesso. Para 2017 será esse espírito de ousadia e coragem que deverá nos mover. Afinal, a vida é feita de desafios, e mais do que nunca nosso mote deve ser temer jamais.
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/geral/271864/2017-e-os-desafios-para-os-bancos-p%C3%BAblicos.htm

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