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Que tal ter descontos em faculdade e pós-graduação, escolas de educação infantil, cursos de idiomas, tratamento dentário, psicológico, farmácias e até na hora do lazer, em parques de diversões, hotéis e pousadas? Sendo sindicalizado tudo isso é possível. O Sindicato tem convênio com várias instituições, o que proporciona ótimos e exclusivos descontos aos associados. Para mais informações sobre empresas e instituições conveniadas, consulte abaixo.

A empresa conveniada assume total e inteira responsabilidade pelos serviços que prestará aos USUÁRIOS, respondendo civil e criminalmente pelos atos praticados no exercício da prestação os serviços ou produtos ora conveniados, considerando-se sempre como fornecedor a conveniada e jamais o Sindicato, sendo que esse desenvolve apenas a função de divulgação dos produtos ou serviços.

Todas as ofertas e promoções são de responsabilidade da Conveniada.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC, não se responsabiliza por eventuais mudanças nos descontos ou promoções ofertados.

Foi realizada nos dias 26 e 27 a última rodada de negociações entre os bancários e a Fenaban. Nesta rodada foi apresentado aos banqueiros as  reivindicações sobre remuneração da pauta geral e os bancos informaram que apresentarão no próximo dia 5, uma proposta global para as demandas da categoria.

"Nós deixamos claro para os banqueiros que a categoria tem a expectativa de que, além do aumento real, valorização do piso e melhoria da PLR, a proposta contemple as reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades", disse Eric Nilson, presidente do Sindicato e membro do Comando Nacional.

As principais reivindicações dos bancários sobre remuneração são:

* Reajuste salarial de 11,93% (reposição da inflação mais 5% de aumento real).

* PLR de três salários mais R$ 5.553,12 fixos.

* Piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

* Auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-refeição e 13ª cesta-alimentação: R$ 678,00 (salário mínimo nacional).

Os bancos negaram todas as reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e segurança bancária apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, na manhã desta sexta-feira (9), na conclusão da primeira rodada de negociações da Campanha 2013, em São Paulo. As negociações começaram muito mal. Os banqueiros só estão preocupados com a gestão dos lucros e não com a gestão das pessoas e a proteção da vida. Mais uma vez foi deixado claro aos bancos que as más condições de trabalho, responsáveis pela epidemia de adoecimentos que atinge a categoria, e a proteção à vida são prioritárias e precisam ser resolvidas nesta Campanha Nacional. A postura intransigente dos bancos na mesa de negociação não deixa outra alternativa do que o crescimento da mobilização dos bancários em todo o país. Em 2012, segundo dados dos INSS, 21.144 bancários foram afastados do trabalho por adoecimento, dos quais 25,7% com estresse, depressão, síndrome de pânico, transtornos mentais relacionados diretamente ao trabalho. Outros 27% se afastaram em razão de lesões por esforços repetitivos (LER/Dort). Somente nos primeiros três meses deste ano, 4.387 bancários já haviam se afastado por adoecimento, sendo 25,8% por transtornos mentais e 25,4% por LER/Dort. Na recente consulta para a Campanha Nacional, 18% dos que responderam declararam ter se afastado do trabalho por motivos de doença nos 12 meses anteriores e 19% disseram usar medicação controlada. E em relação aos problemas de saúde, 66,4% dos bancários responderam na mesma consulta que as metas abusivas são o mais grave problema enfrentado hoje pela categoria. Outros 58,2% pedem o combate ao assédio moral, enquanto 27,4% assinalaram a falta de segurança contra assaltos e sequestros. Assédio moral/violência organizacional O Comando Nacional cobrou mais empenho dos bancos para coibir a prática da violência organizacional nos locais de trabalho e defendeu a necessidade de aprimorar o instrumento de combate ao assédio moral, conquistado na Campanha Nacional 2011, que depende da adesão de sindicatos e bancos. Um dos problemas é que o prazo de apuração das denúncias encaminhadas aos bancos é hoje de até 60 dias. Foi proposta uma redução para até 30 dias. Os dirigentes sindicais também reivindicaram que as empresas possibilitem que os sindicatos realizem palestras e reuniões nas agências e departamentos sobre prevenção ao assédio moral. E defenderam a garantia de estabilidade no emprego ao bancário ou bancária assediada durante o período de investigação da denúncia. Os negociadores não deram resposta para as demandas e sugeriram que essas questões sejam remetidas para aprofundamento na mesa temática de saúde e condições de trabalho. Retorno ao trabalho após licença-saúde O Comando Nacional denunciou que alguns bancos estão descumprindo a 43ª da convenção coletiva, pois estão chamando de volta para o trabalho bancários que estão afastados por licença-médica com benefício no INSS. É importante que o banco tenha um programa de retorno ao trabalho, a partir da alta do INSS, buscando reinserir o funcionário no trabalho, com apoio de equipe multidisciplinar. Além disso, os dirigentes sindicais apontaram a necessidade da prevenção. Disseram não concordar que o trabalhador deve ser adaptado ao ambiente que o adoeceu. Queremos discutir a prevenção, de modo que o bancário retorne ao trabalho, seja acolhido e não volte a adoecer. Foi proposto pelo Comando que seja realizado um estudo conjunto sobre o porquê do adoecimento no trabalho, a fim de discutir as causas do problema e buscar soluções eficazes para garantir um emprego saudável para todos. A Fenaban respondeu dizendo que não é possível assumir um compromisso de fazer esse estudo. Também foi defendido pelo Comando que seja garantida a manutenção do pagamento integral do salário e demais vantagens, sem perda da função e sem descomissionamento, para todo bancário que retorna ao trabalho após afastamento por motivo de saúde. E foi ainda reivindicado o pagamento do salário até o retorno ao trabalho para o bancário que recebe alta do INSS, mas é considerado inapto pelo banco. Hoje o prazo vai até 120 dias. Os bancos não aceitaram as propostas. Trabalhadores com deficiência O Comando Nacional propôs que os bancários com deficiência tenham direito ao abono das faltas em todas as ocasiões em que houver necessidade de conserto, reparo ou aquisição de prótese. Os bancos não aceitaram, alegando que o pleito já vem sendo atendido em cada empresa. Outras demandas de saúde O Comando Nacional discutiu ainda problemas envolvendo a realização de exames médicos. "Há práticas inadequadas dos bancos, como preenchimento antecipado do ASO", disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Foi denunciada a realização de exames demissionais no local de trabalho no ato do dispensa, o que é um absurdo. A Feanban disse que essas questões também devem ser discutidas na mesa temática de saúde. Os dirigentes sindicais ressaltaram também a necessidade de manutenção do plano de saúde para o bancário na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na estava na ativa. Segurança Bancária O Comando Nacional reafirmou a necessidade de proteger a vida das pessoas e cobrou prevenção contra assaltos e sequestros, bem como a melhoria da assistência às vítimas. Os bancos, no entanto, negaram o atendimento das reivindicações por mais segurança, mostrando que a gestão do lucro está acima da preservação da vida. Foi ressaltada a necessidade de prevenção contra sequestros. O número de ocorrências vem crescendo assustadoramente. Nos últimos sete dias, segundo levantamento do Comando, dez bancários foram vítimas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Pará, atingindo gerentes e tesoureiros, os que levam as chaves do banco para casa. Os bancos recusaram a proposta do fim da guarda das chaves pelos bancários, alegando que não é a causa dos sequestros. Defendemos a abertura das agências e postos de atendimento por empresas de segurança, como sendo feito por vários bancos, como a Caixa Econômica Federal. Também é possível utilizar novas tecnologias, como o controle remoto, mas infelizmente o foco dos bancos vem sido a gestão do lucro e não a proteção da vida. Além da prevenção, o Comando defendeu estabilidade no emprego e maior assistência para vítimas de assaltos, sequestros e extorsões. Foi proposta a emissão da CAT, a liberação dos funcionários do trabalho e o fechamento das agências e postos no dia da ocorrência, dentre outras demandas. Mas nada foi aceito pelos bancos. Os dirigentes sindicais denunciaram o descumprimento da cláusula 30ª da convenção coletiva, que determina a adoção de providências pela Fenaban, juntamente com os bancos, para coibir o transporte de valores feito por bancários. Na última reunião da CCASP na Polícia Federal, uma agência do Bradesco em Rio Branco foi multada em 41 processos por ter mandado uma gerente transportar numerário, em vez de contratar um carro-forte. Outra agência do Bradesco, no Pará, utilizou este ano um bancário para levar dinheiro a um posto de atendimento e foi autuada pela Polícia Federal. Foi também abordado o projeto-piloto de segurança bancária em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. A lista das agências, onde serão instalados os equipamentos previstos, está sendo concluída e, depois, serão definidos os nomes do grupo de acompanhamento e agendada a primeira reunião de trabalho. Trata-se de um importante avanço, fruto da Campanha Nacional 2012, e esperamos que os equipamentos de prevenção contra assaltos, ali previstos, sejam depois estendidos para todo o Brasil. Só a mobilização garante avanços Deixamos claro nesta primeira rodada de negociação que as condições de trabalho são prioritárias na campanha deste ano e que não será possível acordo se não houver avanços e uma solução para o problema das metas abusivas. Esperamos uma resposta dos bancos já próxima rodada. A segunda rodada de negociação foi marcada para quinta e sexta-feira, dias 15 e 16, quando será tratado o tema do emprego. Mas para avançar a negociação, é preciso ter ousadia, unidade e mobilização. Por isso, além da pressão contra o PL 4330 da terceirização na próxima terça e quarta-feira, dias 13 e 14, em Brasília, onde é essencial a presença de dirigentes sindicais de todo Brasil, é necessário organizar desde já o dia nacional de luta, a ser realizado no dia 22, com passeatas em todo o país. Vem pra luta, bancário e bancária! Calendário de mobilização 13 e 14 - Mobilização em Brasília contra PL 4330 14 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Banco do Brasil 15 e 16 - Segunda rodada de negociação com a Fenaban sobre o tema Emprego 19 - Primeira rodada de negociação entre o Comando e o Banco da Amazônia 22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários 22 - Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Fonte: Contraf-CUT

A remuneração dos negros também permanece desigual, 12,7% mais baixa Nada de diferente. O não continua sendo a palavra usada pelos banqueiros na hora de negociar as reivindicações dos funcionários da Campanha Nacional 2015. Foi assim nas duas primeiras rodadas, com os temas emprego, saúde, segurança e condições de trabalho. E a Fenaban não saiu da toada na quarta-feira (9), em São Paulo, quando foram discutidas as reivindicações sobre igualdade de oportunidades para corrigir discriminações históricas de gênero, raça e orientação sexual nos locais de trabalho. A Fenaban voltou a negar os problemas, mas o ambiente bancário ainda está longe de ser democrático. O II Censo da Diversidade, conquistado pela categoria bancária e divulgado em 2014 pela própria Fenaban revelou que as mulheres ganham 22,1% a menos que os homens. A remuneração dos trabalhadores negros também permanece desigual, 12,7% mais baixa na comparação com brancos, apesar de 74,5% terem curso superior. Do universo de 511 mil bancários, apenas 3,4%, ou 17 mil trabalhadores, se autodefiniram como pretos na pesquisa. "As negociações têm sido duras, muito duras, mas estamos mobilizados. Os bancos continuam ganhando muito e vão ter que atender nossas reivindicações", afirmou o presidente da Contrarf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional do Bancários, Roberto Von der Osten. Durante a negociação, o Comando Nacional dos Bancários ressaltou a necessidade de democratizar o acesso ao trabalho para mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e trabalhadores com deficiência, para que tenham igualdade de condições de contratação, independentemente de idade e condições econômicas. Mulheres - As mulheres apresentam melhor qualificação educacional que os homens nos bancos. O II Censo da Diversidade identificou que 82,5% têm curso superior completo, contra 76,9% dos homens. Mas além da diferença salarial, as bancárias também estão em menor número nos cargos de direção. De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), referente ao ano de 2013, elas representam, apenas, 8,4% da diretoria dos bancos. Em relação às mulheres negras, a discriminação se acentua ainda mais. Na apresentação do segundo censo, a Fenaban não havia disponibilizado os dados sobre a situação das bancárias negras ao movimento sindical. Cobrados, os negociadores dos bancos ficaram de apresentar, o quanto antes, estas informações específicas da pesquisa. PCS - Diante da falta de igualdade nos bancos, o Comando Nacional propôs debater um Plano de Cargos e Salários (PCS) para todos, para corrigir as distorções de mobilidade nas carreiras e um processo seletivo interno para promoções. Reivindicaram que os critérios passem a ser objetivos para que todos os funcionários tenham igualdade de oportunidades. A Fenaban usou de levantamento próprio para negar discriminação, argumentando que nas últimas promoções de cargos executadas pelos bancos 54% contemplaram homens e 46% mulheres, muito próximo das porcentagens de distribuição de gênero no emprego bancário. Os bancários também defenderam o reajuste anual de 1% (um por cento) para os funcionários a cada ano completo de serviço. Os bancos responderam que promoções por tempo de serviço não são mais utilizadas pelas corporações. O critério certo, segundo a Fenaban, é a avaliação das competências e a meritocracia. Pessoas com deficiência (PCD) - Os trabalhadores com deficiência representam, atualmente, apenas 3,6% da categoria bancária, comprovando que os bancos não estão respeitando a cota de 5%, prevista na Lei Federal 8.213, promulgada há 24 anos. O Comando reivindicou mais contratações e solicitou que as instituições parem de incluir os reabilitados que tinham sido afastados por motivo de saúde na cota de PCD, como tentativa de demonstrar que estão cumprindo a legislação. Além de não apresentar nenhuma proposta para expandir estas contratações, os negociadores da Fenaban negaram o desrespeito à lei, ao dizer que podem efetuar tal manobra, sem esclarecer o número de trabalhadores reabilitados. Assédio sexual - A Consulta Nacional dos Bancários 2015 identificou que o assédio sexual preocupa 12% dos bancários que responderam ao questionário. Para avançar no combate ao problema, os trabalhadores querem instalação de um grupo de trabalho para produzir uma campanha de prevenção, em conjunto com os bancos. Além de acompanhar o processo de apuração e solução dos casos. Ausências remuneradas -  A pauta dos bancários também quer garantir aos pais o direito a um dia de ausência remunerada, a cada seis meses, para participar de reuniões escolares com os professores para cada filho, seja natural, adotado ou enteado, em idade escolar. Identidade visual - O Comando Nacional cobrou respeito à expressão de personalidade e identidade visual dos empregados, defendendo que já passou da hora dos bancos deixarem de interferir no corte de cabelo, na barba e até nas roupas dos funcionários. As características físicas expressam o direito de personalidade de cada um, que tem sido negado há muito tempo, reclamaram os representantes dos trabalhadores. A Fenaban se recursou a colocar esta cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e preferiu passar o bastão para cada banco, sem levar em conta a importância que o debate merece, ao tratar do combate à discriminação no ambiente de trabalho. Semana de luta - Os bancários retomam nesta semana as mesas de negociações específicas com a Caixa - com os temas "Carreira, Isonomia e Organização do Movimento" - e também com o Banco do Brasil, sobre "Cláusulas Sociais e Previdência Complementar". As duas reuniões acontecem na sexta-feira (11), em Brasília. Calendário de Negociações Fenaban 15/9- Saúde (mesa extra) 16/9 - Remuneração Caixa 11/9 - Carreira, isonomia e organização do movimento 18/9 - Contratação, condição das agências e jornada Banco do Brasil 11/9 - Cláusulas sociais e previdência complementar 18/9 - Remuneração e plano de carreira Fonte: Contraf-CUT

Os bancos estão forçando a entrada de seus funcionários nas agências com o argumento de que a greve da categoria acabou, o que não é verdade. A situação foi revelada por trabalhadores de vários locais aos diretores do Sindicato. Nesse momento, é muito importante não acreditar em boatos, pois a paralisação, que entra hoje em seu 11º dia, continua em todo o Brasil. Ontem, em mais uma rodada de negociação com a Fenaban, não houve avanços, porque os banqueiros voltaram a apresentar a proposta já recusada pelos trabalhadores, que não contempla nem o reajuste da inflação do período. A reivindicação da categoria é de 14,78%, que corresponde à reposição da inflação acumulada do período e aumento real de 5%. A orientação do Comando Nacional, diante das negativas da patronal, é de fortalecimento da greve. Caso o bancário receba algum e-mail forçando ao trabalho durante a greve deve encaminhá-lo ao Sindicato, que tomará as medidas judiciais cabíveis.

Se dentro das agências há funcionários que não aderiram à greve, exija ser atendido. É seu direito. Caso contrário, os bancos seguirão realizando lucros, mesmo com agências "fechadas"
 
Por Flávio Aguiar, de Berlim / Blogue do Velho Mundo (*) 
logue reproduz texto recebido de uma bancária do Banco do Brasil, que pediu divulgação e anonimato
Você sabia que com greve dos bancários os gestores se aproveitam para não abrir as agências para o atendimento ao público? Pois é. Os banqueiros usurpam a greve. A mando dos seus superiores, os gerentes gerais de agências utilizam os cartazes do movimento sindical para fazer de conta que estão em greve. Na verdade, se escondem dentro das agências e só atendem aqueles que lhes interessam.

Você, que precisa receber sua aposentadoria, pegar o seu cartão, fazer uma reclamação de fraude, cobrir o cheque especial etc., eles não atendem. Mesmo se dentro da agência estiverem todos os funcionários que não tenham aderido à greve – ou se viram forçados a comparecer ao trabalho – eles cumprem ordens dos gestores e não atendem, apesar de estarem trabalhando normalmente, através dos canais de atendimento telefônico e eletrônico.

Banqueiros realizam lucro nos dias de greve com apoio dos colegas que não aderem ao movimento por melhores salários e condições de trabalho, por discordar do movimento sindical ou por temerem represálias por dele participarem. E como os banqueiros realizam lucro os dias de greve? Com prejuízo do atendimento do cliente comum e concentrando o atendimento apenas nos que interessam ao banqueiro.

Você acredita que os banqueiros deixariam as agências fechadas por quase 30 dias se não pudessem se aproveitar disto? Você acha que não há resultados consideráveis em suas operações? Não sejamos ingênuos.

Em algumas agências é difícil ver que os funcionários estão lá dentro porque eles se escondem nos andares de cima, onde não podem ser vistos da rua e deixam para os terceirizados a tarefa de aguentar as reclamações. Ou limitam-se ao setor chamado de retaguarda. As retaguardas das agências bancárias são praticamente call centers que possibilitam o andamento dos trabalhos.

Se dentro das agências há funcionários que registraram no ponto o início do seu expediente, exija ser atendido. É seu direito e você tem canais de reclamação. Utilize-os. Ou o trabalhador bancário adere ao movimento sindical, porque será beneficiado por seus resultados, ou trabalha no atendimento aos clientes sem distinção, atendendo a todos que dele precisam. Simples assim.

Da maneira como os banqueiros agem, discriminando o atendimento, colocam a população contra o movimento sindical, além de prejudicar o poder de negociação dos trabalhadores. E prejudicam os clientes, porque a greve demora muito mais do que seria necessário.

O movimento sindical obedece a lei, resguardando e negociando as contingências necessárias ao atendimento do que é essencial, nas agências que de fato aderem ao movimento. Se parece não haver nenhuma agência aberta, é devido a mais uma fraude contra os bancários e seu movimento de reivindicação – fraude forjada pelos banqueiros.

E porque os bancários insistem na greve depois de receberem uma proposta de 7% de reajuste? Para lucros históricos acima de 20% realizados pelos bancos, é inadmissível um reajuste menor do que a inflação.

Se o setor mais lucrativo no Brasil der aumento abaixo da inflação para seus empregados, que poder de negociação terão as outras categorias de trabalhadores? Sairão para dialogar com o setor patronal com esta "faca no pescoço". É uma grande responsabilidade das entidades que comandam a greve nacional da categoria bancária, entre elas o sindicato da categoria em São Paulo e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, a Contraf-CUT.

Desde ontem (3), no Brasil, começou a semana de pagamento de boa parte dos trabalhadores ativos e aposentados. Repito: se há funcionários dentro da agência, exija ser atendido. É um direito. A greve longa é de responsabilidade do banqueiro. Com uma proposta de reajuste que respeite a categoria, a greve terá fim.

(*) O blogue reproduz texto recebido de uma bancária do Banco do Brasil, que pediu divulgação e anonimato

Fonte: Rede Brasil Atual

Segunda rodada de negociação não avança e Comando reforça mobilização dia 22

Mais uma rodada de negociação frustrante para os bancários. Os negociadores da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) disseram não a todos os pontos constantes na minuta de reivindicações da categoria na reunião  que tratou de saúde e condições de trabalho, emprego e igualdade de oportunidades. A rodada aconteceu nos dias 15 e 16.

“Não avançamos em nada, os bancos, como em anos anteriores, continuam intransigentes e negaram todas as nossas reivindicações, mas isso não significa que desistiremos, vamos continuar mobilizando a categoria”, disse Eric Nilson, presidente do Sindicato e integrante do Comando Nacional. “Nesta semana não haverá negociação. Por isso é importante que intensifiquemos a preparação do Dia Nacional de Luta no dia 22, com passeatas em todo o país, e da greve geral do dia 30 convocada pelas centrais sindicais", completa Eric.

Na quinta-feira, 15, os banqueiros já haviam rejeitado as reivindicações sobre o fim das demissões imotivadas e da rotatividade e sobre o respeito à jornada de 6 horas, e na sexta-feira, 16, recusaram também as demandas relativas às terceirizações, aos correspondentes bancários, à criação de comissão para acompanhar mudanças tecnológicas e ao projeto dos bancários sobre ampliação do horário de atendimento ao público, além da implementação de medidas práticas para coibir discriminações e promover a igualdade de oportunidades. Basta de terceirização A reivindicação dos bancários é que os bancos suspendam a implantação de quaisquer projetos de terceirização e recontratem como bancários os terceirizados dos setores de recursos humanos, compensação, tesouraria, caixa rápido, home banking, autoatendimento, teleatendimento, cobrança, cartão de crédito, retaguarda, concessão de crédito e atendimento direto ao cliente com produtos e serviços bancários. Os bancos rejeitaram a proposta. A Fenaban, ao contrário, quer terceirizar todo o serviço bancário. São os bancos que estão coordenando a bancada empresarial na mesa quadripartite (que inclui ainda trabalhadores, governo e parlamentares) que está discutindo o PL 4330 que regulamenta a terceirização e precariza o trabalho. Se o PL for aprovado, o sistema financeiro estará livre para terceirizar os caixas e gerentes. Correspondentes bancários Os representantes patronais também recusaram a demanda para que os bancos universalizem o atendimento bancário para todos os municípios do país, dentro de um processo de inclusão bancária, assegurando indistintamente a prestação de todos os serviços, que devem prestados por bancários em agências e PABs, visando garantir qualidade de atendimento, segurança e proteger o sigilo bancário. Comissão sobre mudanças tecnológicas Com o objetivo de impedir demissões, os bancários querem criar comissão bipartite sobre mudanças tecnológicas para debater, acompanhar e apresentar propostas diante de projetos de mudança tecnológica e organizacional das empresas, reestruturação administrativa e introdução de novos equipamentos. Os negociadores dos bancos recusaram a criação da comissão, alegando que cada instituição tem sua própria política tecnológica, e propuseram a realização de um seminário sobre o tema. Horário de atendimento ao público e controle de filas Os bancos recusaram tanto a reivindicação para a criação de dois turnos de trabalho, a fim de viabilizar o cumprimento do horário de atendimento ao público das 9h às 17h - com proibição de abertura das agências aos sábados, domingos, feriados e período noturno - quanto a demanda para que tomem medidas para diminuir o tempo de espera dos clientes e usuários nas filas, inclusive com contratação de pessoal, evitando que o tempo de espera ultrapasse a 15 minutos. Promoção da igualdade de oportunidades A reivindicação dos bancários é que os bancos tomem medidas concretas para democratizar o acesso e as promoções nas empresas, garantindo que mulheres, negras, indígenas, homoafetivos e deficientes tenham igualdade de condições de contratação, independente de idade e condições socioeconômica. A ascensão profissional deve ser a partir de critérios objetivos, transparentes e democráticos. As empresas, além disso, precisam incorporar o respeito à igualdade de tratamento entre mulheres e homens como um valor organizacional, devendo, para tanto, adotar medidas preventivas e planos de ação para a eliminação de quaisquer práticas discriminatórias nos locais de trabalho. E pela primeira vez, os bancários incluíram na pauta cláusula reivindicando que seja assegurado no quadro de empregados de cada banco o percentual mínimo de 20% de negros e negras. Os negociadores da Fenaban concordam em geral com os diagnósticos sobre a necessidade de promoção da igualdade de oportunidades, mas argumentam que isso deve acontecer naturalmente e se recusam a adotar medidas objetivas e concretas. Calendário de luta Agosto 22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários 23 - Segunda rodada das negociações específicas do Banco do Brasil 26 e 27 - Terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização

29 – Caravana da Fetec em Santo André 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB 30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro 3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara