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Bancários de São Paulo querem emprego e aumento real de 5%; Conferência Nacional acontece no fim do mês e define pauta unificada a ser entregue aos bancos

[caption id="attachment_11161" align="alignright" width="530"]DSC_0037 Delegados do ABC representando os bancários do ABC na Conferência Estadual[/caption]

Os bancários do estado de São Paulo já definiram suas prioridades para a Campanha Nacional Unificada 2016. A conferência estadual, realizada neste sábado 16, votou a pauta de reivindicações que será levada ao debate na Conferência Nacional, a ser realizada entre os dias 29 e 31 de julho, em São Paulo. A pauta final será entregue à federação dos bancos (Fenaban) no mês de agosto. A data base da categoria é 1º de setembro.

Entre as prioridades apontadas pela categoria no estado estão o índice de 14,5% (reajuste com inflação estimada mais aumento real de 5%), combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais empregos e fim das demissões nos bancos. Também definiram o piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24) e a PLR de três salários mais R$ 8.297,61 de parcela fixa adicional. E décimo quarto salário. Foi incluída uma cláusula para garantir melhores condições de trabalho nas agencias digitais, incluindo garantias em termos de emprego e jornada; fim da sobrecarga de trabalho e maior remuneração.

Na conferência estadual, participaram delegados eleitos em assembleias realizadas pelos sindicatos e nas conferências regionais preparatórias.

Durante a conferência foram apresentados os resultados das consultas realizadas nos sindicatos filiados à Fetec/CUT-SP (federação dos bancários da CUT). A pesquisa foi feita por 13 sindicatos, com 19.799 questionários.

Nas cláusulas econômicas, as maiores reivindicações foram por aumento real (81% das respostas), PLR maior (88%), fim das demissões, com mais contratações (73%) e melhores condições de trabalho sem assédio moral ou metas abusivas (60%). A categoria também defende os bancos públicos (87%), se coloca contra a terceirização ilimitada (90%), o aumento do tempo para se aposentar e mudanças que ameacem férias, jornada extra e 13º salário (73%).

Assembleia Geral ExtraordináriaAssembleia realizada nesta segunda-feira (11/7), na sede social do Sindicato, aprovou itens que serão sugeridos para acréscimo ou alteração na minuta da campanha nacional 2016. Essas sugestões serão agora apresentadas durante a conferência estadual da categoria bancária, que acontece no próximo sábado (16) em São Paulo.

Além da leitura e discussão dos itens, a assembleia também definiu os 29 delegados que participarão do evento estadual.

Consulta – Durante o mês de junho e início de julho os trabalhadores bancários foram consultados em todo o País para definição de prioridades nesta campanha nacional. Todos os sindicatos da base cutista participaram, colocando à disposição dos bancários (por via impressa e/ou site) o formulário da pesquisa.

Os dados estão sendo tabulados e o resultado indicará propostas para cláusulas econômicas, sociais, condições de trabalho, segurança, saúde e emprego, entre outros temas. O resultado da consulta no País será apresentado na conferência nacional.

Representantes dos trabalhadores de diversos setores discutem a unidade entre os ramos para as campanhas salariais com data-base no segundo semestre do ano
 
Os representantes dos sindicatos de diversas categorias do País se reuniram, na primeira quinzena de junho, para discutir a unidade entre os ramos para as campanhas salariais com data-base no segundo semestre do ano. Entre os setores estavam bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros, saúde, seguridade social, vestuário, transporte, construção, educação, agricultura familiar, comércio, serviços e aposentados. Para o secretário de Finanças da Contraf-CUT, Sérgio Takemoto, diante do cenário político atual, os trabalhadores devem intensificar ainda mais a luta. “O atual momento requer mobilização e unidade dos trabalhadores de diversas categorias pela defesa dos direitos da classe trabalhadora”.
“Caso as ameaças que pairam sobre nós se concretizem com mudanças na previdência, nas leis trabalhistas, terceirização, deterioração dos serviços de saúde e educação, os trabalhadores de todo o País precisam estar preparados para intensificar as mobilizações”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques. “Se mudar a lei de partilha do Pré-Sal a destinação de recursos para educação e saúde será reduzida consideravelmente, em um momento de desemprego”, lamentou. Com o objetivo de debater a manutenção dos direitos e preparar uma ofensiva contra qualquer iniciativa que ataque a classe trabalhadora, os sindicalistas decidiram encaminhar uma proposta de encontro nacional dos trabalhadores.  O presidente dos metalúrgicos do ABC defendeu ainda que os sindicatos da CUT participem dos fóruns de debate do governo interino que sejam de interesse da classe trabalhadora. “No nosso caso, não vamos deixar de debater o Programa Nacional de Renovação da Frota e o Programa de Proteção ao Emprego. Aliás, iremos lutar para que o PPE possa ser aperfeiçoado para fazer frente às ameaças de demissões na categoria”. O presidente da CUT, Vagner Freitas, reafirmou que é a organização da classe trabalhadora, por meio de cada ramo da Central, que vai fazer com que as campanhas salariais sejam vitoriosas. “Temos questões nacionais dos trabalhadores que precisam estar na luta para evitar qualquer retirada de direitos, defender os empregos e por mais avanços salariais. A mobilização será feita no diálogo e na construção conjunta com os trabalhadores”, concluiu. Fontes> Contraf-CUT, Seeb SP

Questionário que vai definir prioridades da pauta de reivindicações já está disponível Com o objetivo de colher as opiniões dos bancários para que, a partir das respostas, sejam elencadas as prioridades da categoria para pauta de reivindicações, a consulta dá inicio a Campanha Nacional dos Bancários 2016. O questionário pode ser acessado através do site (clique AQUI para acessar) ou ser solicitado com o diretor do Sindicato que visita sua agência. É muito importante que todos os trabalhadores bancários da Região participem, pois a consulta traz questões como o índice de reajuste mais justo e prioridades nas áreas de saúde, segurança e condições de trabalho. Não é necessário que o bancário se identifique. O resultado da consulta serão tabulados e os dados reunidos para aferição, permitindo assim um diagnóstico nacional. Com esses dados em mãos, a pauta de reivindicações será construída nos encontros estaduais e definida na Conferência Nacional, que ocorre em julho. “A participação dos bancários desde a origem da campanha, através dessa consulta fortalece a categoria permitindo, assim, um avanço nas conquistas a cada ano”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato. baner_consulta 2016

Reunião realizada nesta terça-feira (23) definiu posicionamento sobre Reforma da Previdência, taxa de juros e combate à corrupção, entre outros temas

O Comando Nacional dos Bancários definiu nesta terça-feira (23) em reunião realizada na sede da Contraf- CUT, o calendário de atividades da Campanha Nacional 2016 , avaliou a conjuntura e aprovou resolução política de atuação, posicionando a categoria em assuntos como Reforma da Previdência, taxa de juros, crédito, autonomia do Banco Central e combate a corrupção.

Veja, abaixo, a nota aprovada pelo Comando:

Resolução Política do Comando Nacional dos Bancários

O Comando Nacional dos Bancários, reunido nos dias 22 e 23 de fevereiro de 2016, em São Paulo, avaliou a conjuntura nacional e tomou o seguinte posicionamento:

Reafirmamos nossa posição de não aceitar a retirada de direitos dos trabalhadores em projetos que tramitam no Congresso Nacional ou em qualquer outra esfera.

Entendemos que a prioridade do governo não tem de ser a Reforma da Previdência e sim promover mudanças na política econômica para a retomada do crescimento com políticas de ampliação do crédito e geração de emprego e renda. Não vamos aceitar retrocessos como a idade mínima para a aposentadoria ou equiparação entre homens e mulheres do tempo de vida exigido para obter o benefício.

Repudiamos essa prática de juros altos e extorsivos cobrados pelos bancos e defendemos a redução da taxa Selic, que nos patamares atuais só contribui para o fortalecimento do rentismo, retirando dinheiro do orçamento público (em saúde, educação e políticas sociais) para colocar no bolso do setor financeiro.

Somos contrários ao projeto de lei que prevê a independência do Banco Central do Brasil e tem a intenção de subordiná-lo aos interesses do mercado financeiro e não ao povo brasileiro.

Defendemos o combate à corrupção, de forma contínua e indiscriminada, em sua maioria decorrente do financiamento empresarial de campanha, que atinge partidos do governo e da oposição. E repudiamos as tentativas golpistas de impeachment que visam apenas desestabilizar o país e aprovar essa pauta de retrocessos sociais e retirada de direitos, derrotada nas eleições de 2014.

O Comando Nacional dos Bancários continuará ação permanente para impedir que sejam aprovados projetos contrários aos interesses da classe trabalhadora, a exemplo da pauta conservadora em tramitação no Legislativo, como o PL da terceirização e o PLS 555 que ameaça empresas públicas e visam acabar com direitos trabalhistas e sociais.

Chamamos a unidade da classe trabalhadora e convocamos também toda a militância a participar, no dia 31 de março, da Marcha à Brasília pela retomada dos investimentos públicos, em defesa da produção, de salários e empregos de qualidade no Brasil, garantindo contrapartidas sociais e combatendo a especulação e os abusos do sistema financeiro, contra a retirada de direitos, em defesa da democracia, contra a investida do projeto neoliberal.

COMANDO NACIONAL DOS BANCÁRIOS

Calendário

O Comando Nacional dos Bancários também definiu as principais datas da organização da Campanha Nacional 2016 e demais mobilizações. Veja, abaixo, eventos já definidos.

Calendário de Atividades aprovado pelo Comando Nacional dos Bancários em 23 de fevereiro de 2016

DATA EVENTO
1º de março Mobilização de trabalhadores no Senado Federal contra PLS 555
2 de março Dia Nacional de Luta da Caixa
31 de março Mobilização em Brasília contra as reformas da Previdência Social e pautas contra os trabalhadores
17 de março (a confirmar) Grande Ato no Congresso Nacional contra PLS 555
13 e 14 de maio Encontro Nacional dos Financiários
14 de maio a 05 de junho Prazo para realização de encontros regionais de bancos públicos e privados
20 de maio a 03 de julho Prazo para realização das Conferências Estaduais/Regionais
7 e 8 de junho Encontros Nacionais de Bancos Privados
17 a 19 de junho 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil - CNFBB
17 a 19 de junho 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa - CONECEF
15 a 17 de julho 18ª Conferência Nacional dos Bancários

Fonte: Contraf-CUT