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Foi o que apontou o resultado da consulta feita à categoria para subsidiar reivindicações da Campanha Nacional 2016

bancarios-repudiam-a-reforma-da-previdencia-a-retirada-de-di_27049513a48410afcef17ec30afac097Na manhã deste sábado (30), no início dos trabalhos da 18ª Conferência Nacional dos Bancários 2016, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentou os resultados da Consulta Nacional 2016, realizada com bancários de todo o país visando buscar maior participação da categoria na construção da pauta de reivindicações. Os bancários apontaram como prioridades para Campanha Nacional 2016 o emprego, saúde e condições de trabalho e segurança bancária. Também se posicionaram sobre temas nacionais, com destaque para a reprovação de 76% para a Reforma da Previdência e 85% não querem redução de direitos, propostas pelo governo interino.

De acordo com a técnica da subseção do Dieese da Contraf-CUT, Vivian Rodrigues, foram respondidos 44.626 questionários. Um total de 32 entidades, e seis federações entregaram as consultas.

De acordo com o perfil das pessoas que responderam a consulta nacional, 66% são sindicalizados. Responderam ao questionário 48% mulheres e 51% homens. A faixa etária de 64% dos entrevistados está entre 21 e 40 anos.

Em relação ao quesito remuneração direta 47% dos trabalhadores apontaram que o aumento real dever ser a principal reivindicação. Quanto à remuneração indireta, 41% defenderam cesta alimentação maior.

Sobre emprego, os bancários querem mais contratações, igualdade de oportunidade e o fim das terceirizações. As metas abusivas e ao assédio moral foram apontados como dos principais problemas relacionados à saúde dos trabalhadores.

Sobre segurança, os bancários reivindicam adicional de risco de 30% nas agências, postos e tesouraria, além de monitoramento por câmeras em tempo real.

Os bancários também ressaltaram o posicionamento em relação a temas como a reforma da previdência e da CLT. Dos mais de 40 mil trabalhadores que responderam à consulta, 76% são contrários à reforma da Previdência Social e 85% não querem a redução de direitos da CLT, conforme está sendo proposto pelo governo interino de Michel Temer.

Veja aqui a apresentação dos resultados da pesquisa

Conjuntura

O Dieese também repassou aos delegados e delegadas da 18ª Conferência Nacional dos Bancários,  informações e indicadores de conjuntura. "São dados muito preocupantes, porque estamos vivendo um processo de recessão acentuada, com impactos nefastos sobre o emprego e a renda de trabalhadores", avalia a economista do Dieese-subseção da Contraf-CUT, Regina Camargos.

Segundo ela, este cenário pode se agravar por contar das medidas restritivas que o governo interino está adotando. Ao invés de resolver, poderá aprofundar a recessão em curso.

A economista apresentou números sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que revelam uma queda de -3,80 em 2015 e a projeção de -3,35% em 2016. Para o próximo ano há uma perspectiva de ligeiro crescimento, algo em torno de 1%.

Conforme Regina Camargos, o cenário recessivo impactou na oferta de empregos e também nos reajustes salariais dos trabalhadores.  Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), referentes ao período de janeiro de 2014 a março de 2016, apontam que a taxa de desemprego passou de 11%, o que implica em quase 13 milhões de pessoas que deixaram os postos de trabalho.

O balanço das negociações salariais de 2015 também não foi positivo. Segundo a economista do Dieese, os ganhos reais que as categorias obtiveram no ano passado foram inexpressivos, "que se assemelham a arredondamentos matemáticos". No primeiro trimestre de 2016, quase a metade não conseguiu sequer repor a inflação.

A economista do Dieese alertou os bancários e bancárias sobre as ameaças do governo interino. Uma delas é a PEC 241-2016 (Novo regime Fiscal), que limita o aumento das despesas primárias da União à inflação do ano anterior e privilegia o pagamento da dívida pública.

Na prática, conforme Regina Camargos, isso implica na desvinculação de uma série de receitas da Educação e Saúde previstas na Constituição. É considerada a maior ameaça ao conjunto da classe trabalhadora e das políticas sociais implementadas nos últimos 13 anos.

Os trabalhadores também devem estar mobilizados para combater a Reforma da Previdência, que prevê entre outras alterações, a idade mínima, equiparação homens/mulheres e a desindexação do salário mínimo; o projeto da terceirização, PLS 30/2015, que está com pedido de urgência para votação no Senado  e o PLP 257, que prevê o refinanciamento das dívidas dos Estados e alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal, podendo trazer impactos negativos para o funcionalismo público federal, estadual e municipal.

Na manhã deste sábado (30), no início dos trabalhos da 18ª Conferência Nacional dos Bancários 2016, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentou os resultados da Consulta Nacional 2016, realizada com bancários de todo o país visando buscar maior participação da categoria na construção da pauta de reivindicações. Os bancários apontaram como prioridades para Campanha Nacional 2016 o emprego, saúde e condições de trabalho e segurança bancária. Também se posicionaram sobre temas nacionais, com destaque para a reprovação de 76% para a Reforma da Previdência e 85% não querem redução de direitos, propostas pelo governo interino.

De acordo com a técnica da subseção do Dieese da Contraf-CUT, Vivian Rodrigues, foram respondidos 44.626 questionários. Um total de 32 entidades, e seis federações entregaram as consultas.

De acordo com o perfil das pessoas que responderam a consulta nacional, 66% são sindicalizados. Responderam ao questionário 48% mulheres e 51% homens. A faixa etária de 64% dos entrevistados está entre 21 e 40 anos.

Em relação ao quesito remuneração direta 47% dos trabalhadores apontaram que o aumento real dever ser a principal reivindicação. Quanto à remuneração indireta, 41% defenderam cesta alimentação maior.

Sobre emprego, os bancários querem mais contratações, igualdade de oportunidade e o fim das terceirizações. As metas abusivas e ao assédio moral foram apontados como dos principais problemas relacionados à saúde dos trabalhadores.

Sobre segurança, os bancários reivindicam adicional de risco de 30% nas agências, postos e tesouraria, além de monitoramento por câmeras em tempo real.

Os bancários também ressaltaram o posicionamento em relação a temas como a reforma da previdência e da CLT. Dos mais de 40 mil trabalhadores que responderam à consulta, 76% são contrários à reforma da Previdência Social e 85% não querem a redução de direitos da CLT, conforme está sendo proposto pelo governo interino de Michel Temer.

Conjuntura

O Dieese também repassou aos delegados e delegadas da 18ª Conferência Nacional dos Bancários,  informações e indicadores de conjuntura. "São dados muito preocupantes, porque estamos vivendo um processo de recessão acentuada, com impactos nefastos sobre o emprego e a renda de trabalhadores", avalia a economista do Dieese-subseção da Contraf-CUT, Regina Camargos.

Segundo ela, este cenário pode se agravar por contar das medidas restritivas que o governo interino está adotando. Ao invés de resolver, poderá aprofundar a recessão em curso.

A economista apresentou números sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que revelam uma queda de -3,80 em 2015 e a projeção de -3,35% em 2016. Para o próximo ano há uma perspectiva de ligeiro crescimento, algo em torno de 1%.

Conforme Regina Camargos, o cenário recessivo impactou na oferta de empregos e também nos reajustes salariais dos trabalhadores.  Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), referentes ao período de janeiro de 2014 a março de 2016, apontam que a taxa de desemprego passou de 11%, o que implica em quase 13 milhões de pessoas que deixaram os postos de trabalho.

Vaja aqui a apresentação sobre conjuntura

O balanço das negociações salariais de 2015 também não foi positivo. Segundo a economista do Dieese, os ganhos reais que as categorias obtiveram no ano passado foram inexpressivos, "que se assemelham a arredondamentos matemáticos". No primeiro trimestre de 2016, quase a metade não conseguiu sequer repor a inflação.

A economista do Dieese alertou os bancários e bancárias sobre as ameaças do governo interino. Uma delas é a PEC 241-2016 (Novo regime Fiscal), que limita o aumento das despesas primárias da União à inflação do ano anterior e privilegia o pagamento da dívida pública.

Na prática, conforme Regina Camargos, isso implica na desvinculação de uma série de receitas da Educação e Saúde previstas na Constituição. É considerada a maior ameaça ao conjunto da classe trabalhadora e das políticas sociais implementadas nos últimos 13 anos.

Os trabalhadores também devem estar mobilizados para combater a Reforma da Previdência, que prevê entre outras alterações, a idade mínima, equiparação homens/mulheres e a desindexação do salário mínimo; o projeto da terceirização, PLS 30/2015, que está com pedido de urgência para votação no Senado  e o PLP 257, que prevê o refinanciamento das dívidas dos Estados e alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal, podendo trazer impactos negativos para o funcionalismo público federal, estadual e municipal.

Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancários

Bancários abriram nesta sexta a 18ª Conferência Nacional que definirá pauta da Campanha Nacional 2016

golpistas-fascistas-nao-passarao-e-os-banqueiros-nao-nos-ven_b063e370c7981b6dc753e533967e3fc7Começou na noite desta sexta-feira (29), em São Paulo, a 18ª Conferência Nacional dos Bancários, que construirá a pauta unificada de reivindicações da categoria, a ser entregue aos bancos, no dia 9 de agosto. Depois da aprovação do regimento foi feita a abertura solene.

O presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten, analisou a conjuntura atual, comparando-a  com a do ano passado, quando os bancários paralisaram suas atividades por 21 dias, contra a intransigência dos banqueiros, e afirmou que 2016 deve ser um ano ainda mais difícil. “Temos hoje um Congresso golpista e uma mídia golpista, que trabalha para sustentar um governo ilegítimo e golpista. Pautas bombas tentam acabar com os direitos que acumulamos durante anos. Nossa categoria sentiu o risco, saímos em defesa dos bancos públicos, contra a perda de direitos e começamos, nesta conferência, a fazer nosso treinamento”, afirmou.

Roberto von der Osten também exaltou o protagonismo dos bancários na construção da Campanha Nacional e disse ter orgulho das lutas da categoria. “Construímos um sistema de negociação singular, inédito, com consulta ao bancário da base, construção de nossa campanha de mídia e conferências regionais com as reivindicações de todo o país. Um processo amplamente democrático.”

O dirigente sindical ainda ressaltou que, se os banqueiros não demostrarem respeito na negociação, os bancários irão novamente à paralisação. “Se necessário vamos à greve para defender nossas conquistas. Os golpistas e os fascistas não passarão e os banqueiros não nos vencerão”, concluiu Roberto von der Osten.

União de forças políticas

Para Juvandia Moreira, que falou pela coordenação do Comando Nacional dos Bancários, para os bancos não há crise e quem está pagando por ela são os trabalhadores, é o povo brasileiro. “Temos que nos unir contra esta elite hipócrita e egoísta, que se submete a interesses do imperialismo americano, fica de joelhos diante das grandes multinacionais americanas, que quer vender o patrimônio dos trabalhadores, fazer reforma da Previdência e das leis trabalhistas para atender a estes interesses.”

Juvandia também fez um chamamento à união das forças políticas contra o que chamou de ataque gigantesco aos direitos dos trabalhadores: “Não é momento de dividir, mas de pregar a unidade na prática, de articular a todos os que queiram fazer o enfrentamento contra a retirada de direitos e construir esta luta”, destacou.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e vice-presidenta da Contraf-CUT ressaltou que os bancários precisam inovar e ser criativos para enfrentar a conjuntura que está posta. “Nós temos também os desafios diretamente ligados à categoria bancária, como o desemprego, conquistar o aumento real de salários, garantir mais saúde e segurança para os bancários. Esta tem que ser a nossa pauta, a nossa agenda”, afirmou.

Líderes sindicais, de diversas forças políticas, também analisaram a conjunta política e econômica do país.

Sérgio Nobre - CUT

“Nesta campanha nacional, os bancários e bancárias terão dois grandes desafios diante de uma conjuntura muito difícil. Um deles é o de poder melhorar a convenção coletiva, estabelecendo novos direitos e o outro grande desafio será debater com a categoria a importância da luta política contra o golpe, contra o direito dos trabalhadores. Só a greve geral segura este golpe. No dia 16, chamamos todos para uma grande mobilização nacional rumo à Greve Geral, com nenhuma retirada de direitos.”

Ricardo Machado - PCO

É fundamental, nesta política golpista de retirada de direitos, nos unirmos com outras categorias, como os petroleiros, metalúrgicos e os companheiros dos correios, para unificar a luta contra o golpe. Nós não podemos ter dúvidas para onde devemos caminhar. Não podemos nos iludir, pois a única forma que conseguiremos barrar a política de ataque aos direitos aos trabalhadores é na rua, através da Greve Geral.

Nilton Esperança - Fórum

Vemos que o governo golpista conseguiu, com unidade, tirar uma presidenta eleita com mais de 54 milhões de votos. Precisamos ir para rua e chamar a população para a unidade inversa. Reunir todas as reivindicações que os bancários das nossas bases anseiam, contra os ataques que estão acontecendo.

Everton Gimenes - CSD

É crucial entendermos que o que unifica neste momento é o Fora Temer e nenhum direito a menos. Estas duas premissas unificam a classe trabalhadora. Temos que ter clareza que sofremos um golpe sofisticado, organizado pelas elites, pelo judiciário, pelo poder midiático, inclusive com ramificações internacionais, que estão querendo atacar todos os movimentos progressistas da América Latina e do mundo. Por isso, nesta campanha salarial temos que debater com a nossa base, unindo principalmente setores de mulheres, jovens, LGBTS, movimentos sociais e sindicais para derrotar o golpe.

Elias Jordão - Artban

Todos aqui trazem de suas bases a expectativa e a esperança de realizarmos uma grande Campanha Nacional. Mas sabemos que, se não houver avanços na mesa, nossa campanha se dará mesmo na rua. E não se trata de uma campanha apenas por salário, mas de resistência para manter nossos direitos.

Idelmar Casagrande - Intersindical

Todos nós somos Fora Temer, mas precisamos pensar qual a saída temos. Nesta campanha salarial, os bancários precisam debater isto com a sociedade. Temos uma das taxas de juros mais altas do mundo e o futuro que nos espera é muito pior com o governo Temer. A Intersindical defende a luta nas ruas, somente o povo, salvará o povo, este é o caminho.

Paulo Caires - Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM)

Vivemos um momento de extrema importância em que é preciso construir a unidade, a luta e enfrentamento do golpe contra o povo brasileiro e os direitos da classe trabalhadora. Precisamos defender a volta da democracia que é um direito inalienável, e respeitar o voto dos mais de 54 milhões de eleitores que votaram na presidenta Dilma Rousseff".

Jeferson Boava - Unidade

O que nos unifica é a defesa dos direitos dos trabalhadores, a luta em defesa da Previdência Social e o combate à terceirização, entre outras questões. Vamos construir nossa Campanha Nacional dos Bancários juntamente com outras categorias e consolidar a unidade da classe trabalhadora, contra as tentativas de retrocesso".

Augusto Vasconcelos - CTB

É preciso preparar as forças populares para a construção de uma greve geral que possa enfrentar o capital, barrar o golpe, e todos os ataques que os trabalhadores vêm sofrendo por parte deste Congresso, o mais conservador da história. Não há crise para o setor financeiro. Os bancos tem gordura suficiente para atender as nossas reivindicações".

A programação da Conferência segue neste sábado (30) e domingo (31).

Sábado, dia 30 de julho

08h30 às 12h – Credenciamento

9h – Dieese – Análise dos Resultados dos Bancos e Apresentação da Sistematização da Consulta Nacional 2016

10h às 16h – Trabalho em Grupos:

Grupo 1 – Emprego.

Grupo 2 - Saúde do Trabalhador, Segurança Bancária e Condições de Trabalho.

Grupo 3 – Remuneração.

Grupo 4 – Estratégia para Organização da Luta e Disputa da Sociedade.

16h – Plenária das Correntes Políticas

Domingo, dia 31 de julho

9h30 às 10h - Apresentação da Campanha de Mídia

10h às 13h - Plenária Final e Encerramento

Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancário

O ex-presidente participou do encerramento do Seminário “Sistema Financeiro e Sociedade”

“Nós temos que entender que o mundo só vai ter jeito quando aqueles que tiveram oportunidade dar a mão para aqueles que não tiveram”, declarou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento do Seminário “Sistema Financeiro e Sociedade”, organizado pela Contraf-CUT, nesta sexta-feira (29), no hotel Holiday Inn Anhembi, em São Paulo.

Lula participou do painel “O Brasil que queremos” ao lado da ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Helena Gabrielli Barreto Campello, e do sociólogo e cientista político Emir Sader.

Clique aqui e veja a galeira de fotos do painel.

“O Brasil que queremos, nós quase concluímos, não fosse o golpe. Eu tenho a consciência de que construir o país que nós queremos é muito simples, desde que tenhamos a responsabilidade de ouvir o povo”, afirmou. “Eu fui o único presidente que saiu do Fórum Social Mundial e foi Pra Davos. Duas esferas completamente antagônicas. Naquele instante, a discussão era exatamente o Brasil que queremos”, lembrou.

Para o ex-presidente, se toda vez que tivesse escutado que não tem dinheiro aceitasse, não teria feito nada. “Nunca tem dinheiro. Mesmo assim, nós fizemos a maior revolução social desse país. Se tem governante que não sabe lidar com a crise econômica, posso garantir que tem gente que sabe”, disse.

Lula salientou que, em nenhum momento, a classe trabalhadora teve tantos aumentos reais de salário, de forma consecutiva, como nos 13 anos de governo do PT. “Não há na historia do Brasil também um momento em que o salário mínimo cresceu tanto como neste período. Um dos motivos é a bancarização de mais de 70 milhões de pessoas, que passaram a ter conta bancária, passaram a ser tradadas como seres humanos.”

Ele ainda aconselhou para que a Campanha Nacional dos Bancários 2016 “seja forte e criativa, para conseguir enfrentar o posicionamento dos banqueiros. A crise chegou para todo mundo, menos no sistema financeiro brasileiro. Então, antes de sentar a mesa, peçam para discutir o balanço dos bancos.”

“Fora Temer”

O ex-presidente Lula também comentou a crise política no Brasil. “Nós vivemos uma situação anômala, resultado de um golpe parlamentar. Para mim, não tem momento mais vergonhoso na historia do país do que aquele fatídico domingo em que os deputados votavam sem pensar no país.”

Para ele, as pessoas que votaram contra a presidente Dilma carregarão para o resto da vida um peso na Consciência de ter votado contra uma mulher que não tem nenhum crime de responsabilidade contra ela. “O golpe que não passa de vingança orquestrada pelo deputado Eduardo Cunha. Mas, daqui a dez, vinte anos, os filhos e os netos vão perguntar a esses parlamentares se eles são golpistas, se eles rasgaram a Constituição Federal”, previu.

Lula afirmou que tem gente que se incomoda quando o pobre tem alguma coisa, quando o pobre passeia de avião. “É isso que está em jogo agora. É o setor, que sempre teve as coisas, incomodado, pois quem nunca teve, começou a ter.”

Ele usou o nordeste como exemplo. “O cara que tá com fome não tem força para brigar, ele passa a ser uma marionete. Quem é do nordeste sabe que o povo nordestino não aguentava um ano de seca. Era tratado como gado. Aumentava o numero da mortalidade infantil, da desnutrição. Pois bem, faz seis anos que a gente viveu a maior seca da história e não houve uma morte, pois foram criadas políticas públicas para garantir que as pessoas sobrevivam. Isso significa o Estado cumprindo o seu papel. Significa o estado tirando o dinheiro dos mais ricos para dar aos mais pobres. Isso incomodou muito eles. Por isso eles declararam guerra o PT.”

Lula ainda completou. “Eles acharam mais fácil ganhar a eleição dando um golpe, depois de perder nas urnas para a Dilma. Eles não aguentavam mais esperar. Quiseram tirar do governo o partido que fez, em apena 13 anos, o maior projeto de inclusão social da historia desse pais, sem dar um único tiro. Eles têm que saber que o que nós fizemos nesse país ainda foi pouco. Nós poderíamos ter feito mais. É que a gente também estava aprendendo, a gente demorou para fazer as coisas.”

O ex-presidente convocou os bancários a transformar o celular em ferramenta de luta para pressionar os senadores. “São 81 senadores, cada estado tem três. Então é só procurarmos nossos representantes, de forma muito civilizado, falar que o que está havendo é um golpe, dizer que o voto deles neste momento terá um peso histórico. É importante a gente trabalhar isso. Agora é momento certo. Nós temos prazo. É até o final de agosto.”

O golpe é contra os trabalhadores

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, iniciou sua intervenção se mostrando otimista na derrota do golpe. “A mídia burguesa tenta, desesperadamente, nos convencer de que o golpe está dado. Mas eles sabem que a realidade do Brasil que votou o golpe na Câmara dos deputados é totalmente diferente da realidade que vai discutir o golpe no Senado”, justificou.

Segundo ele, os trabalhadores, a juventude, as mulheres e os homens já perceberam o que governo interino está fazendo e não o quer mais no poder. “Está claro que o golpe é contra os trabalhadores! A Federação das Indústrias já disse que a jornada de trabalho tem que ser de 80 horas; as pautas que estão colocadas são todas contra os direitos das minorias, contra os direitos individuais e trabalhistas. É um golpe do patrão contra o empregado, contra a CLT, contra os nossos direitos”, afirmou. “E nós vamos nos manifestar! Pois, se o golpe se consolidar, o mundo ficará mais difícil e nós teremos lutas mais duras pela frente. Por isso, temos que resgatar a democracia, barrar o retrocesso e restituir o mandato da presidenta Dilma”, finalizou.

A ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo da presidenta Dilma Rousseff, Tereza Campello mostrou números que mostram os avanços do Brasil a partir de 2003 no combate a pobreza e a redução das desigualdades sociais.  Segundo ela, o Brasil é uma referência no  mundo por ter conseguido em 10 anos sair do Mapa da Fome.

Em 2003, primeiro ano do governo Lula, 10% da população brasileira vivia em condições de subalimentação. “Em 2013, conseguimos sair de 10% para 1,7% e já temos informações de que esse percentual caiu para 1%. Reduzimos em mais de 80% em 10 anos o número de brasileiros que se encontravam nessa condição”, ressalta a ex-ministra.

Políticas públicas mudaram o país

Tereza Campelo explicou que essa mudança foi possível graças ao conjunto de políticas públicas implantado nos governos do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff. “Valorizamos o salário mínimo e formalizamos milhões de empregos. Os bancos públicos como a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e o BNB ajudaram a construir essa agenda que foi fundamental para reduzir a população extremamente pobre e a pobreza. É por isso que o FGTS não pode sair das mãos da Caixa, que tem de continuar desenvolvendo o programa “Minha Casa, Minha Vida, e o Banco do Brasil com as políticas de agricultura familiar.” Outros programas foram citados por Tereza Campello como “Luz para todos”, construção de cisternas, Pronatec e Prouni.

A ex-ministra rebateu ainda declarações de que a pobreza já vinha sendo reduzida antes do governo Lula. “A pobreza no governo FHC ficou congelada. Somente a partir do governo Lula foi dada prioridade ao combate à fome e a redução da pobreza”, diz ela, citando a fala do ex-presidente de que esperava fazer com que todos os brasileiros fizessem, pelo menos, três refeições por dia.

Segundo Tereza Campelo, ainda há muito o que fazer, porque o Brasil continua sendo um país muito desigual. “Mas hoje nós vivemos um retrocesso . O que está colocado hoje para o Brasil não é a possibilidade de avançar, talvez seja a possibilidade de retroagir, voltar ao mapa da fome. Por isso, temos que continuar nos organizando contra esse governo antidemocrático, que é o governo Temer”.

Lançamento do livro “O Brasil que queremos” Ainda durante o terceiro painel do Seminário, o cientista político Emir Sader lançou o livro “O Brasil que queremos” (2016), de sua organização. A publicação reúne artigos de diversos temas e autores – como a democracia representativa, economia, Sistema Financeiro Nacional, tributação, sistema político, educação, saúde, meio ambiente e cultura, entre outros – na tentativa de debater questões do futuro do país.

“Esse livro nasceu de uma breve conversa com Lula, quando ele afirmou que precisávamos de novas utopias, já que a de 2002 – fazer com que todos os brasileiros pudessem comer pelo menos três vezes ao dia – havia sido realizada. Não que a desigualdade do país tenha acabado, mas uma agenda social foi incorporada inclusive pela direita”, contou Emir Sader. Segundo ele, o livro pretende sair do labirinto atual no qual a sociedade se encontra: “Esse modelo de Estado que está aí não dá mais, ele não é democrático e deve ser profundamente reformulado”, disse.

“Precisamos de mais democracia e mais participação popular; e de menos hegemonia do capital financeiro e de um governo dos banqueiros. Precisamos reconstruir nosso projeto de país. E este livro pretende ser uma breve contribuição a isso, pois sem uma classe trabalhadora politizada, pensando nas grandes questões do país, nós não vamos construir a hegemonia nacional”, concluiu Emir Sader.

Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancários

Ricardo Lodi Ribeiro e o geógrafo Bernardo Mançano Fernandes discutiram as ofensivas aos direitos dos trabalhadores em Seminário organizado pela Contraf-CUT

O segundo painel do Seminário Sistema Financeiro e Sociedade”, no hotel Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo, nesta sexta-feira (29), discutiu  as "Novas Ofensivas aos Direitos dos Trabalhadores" e contou com a participação do jurista Ricardo Lodi Ribeiro, professor de Direito Financeiro da Universidade do Estado do Rio de Ja neiro (UERJ),  e de Bernardo Mançano Fernandes, mestre e doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo.

Tenebrosas Transações

 “A sociedade brasileira encontra-se distraída diante de tenebrosas transações e precisa voltar a fazer política. É preciso que a sociedade passe a fazer política e a defender seus interesses” Parafraseando Chico Buarque, esta foi a conclusão do advogado tributarista e professor da UFRJ, Ricardo Lordi Ribeiro, primeiro palestrante do Painel.

Lordi enfatizou que os trabalhadores brasileiros são vítimas de um verdadeiro massacre tributário, que o sistema brasileiro é um dos mais injustos do mundo, por atingir duramente o consumo e os salários: “A tributação sobre consumo chega a 18% enquanto que nos Estados Unidos é de 4%. Fora a tabela progressiva sobre os salários, que atinge os trabalhadores de classe média” afirmou.

Outro ponto fundamental, segundo ele, são as altíssimas taxas de juros praticadas no Brasil; “Não há discussão séria sobre economia enquanto não enfrentarmos a questão das taxa de juros e do sistema tributário, que contribuem  para que a riqueza saia da bases  e vá para o topo da pirâmide social” destacou.

O palestrante também demonstrou preocupação com os ataques à legislação trabalhista, ao SUS e a Educação que vem sendo anunciadas pelo  presidente interino e alertou para o perigo que representa o Congresso Nacional  neste contexto: “ É um momento muito difícil. O governo temer não tem vergonha de implantar medidas anti-povo  à luz do dia, querem  flexibilizar as leis trabalhistas, um eufemismo para falar  em restrição de direitos, terceirização, enfim, precarização da mão-de-obra . Isso  nosso sistema politico, que foi tomado pelos interesses econômicos, por parlamentares financiados por grandes empresas.” destacou.

A saída está com classe trabalhadora

Bernardo Mançano Fernandes, mestre e doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo e coordenador  da Cátedera UNESCO de Educação do Campo, fez um paralelo entre a luta de classes  no campo e na cidade. O professor iniciou sua explanação destacando que é preciso pensar a comida como um direito humano, assim como a terra e o trabalho.

“A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos em todo o mundo. Mas quando se fala sobre o assunto, só ligam a produção ao agronegócio. Quem produz é trabalhador, mas o agronegócio fica com a maior parte da riqueza que os trabalhadores produzem. É fundamental pensarmos nisso”, afirmou.

Bernardo enfatizou também que a Commodities entende a comida apenas como mercadoria, e que esta visão acaba com o protagonismo dos agricultores, anulando, também, o poder de decisão das pessoas sobre a comida que prefeririam em sua mesa.

“A produção de alimentos envenenados com agrotóxicos tem aumentado o problema de saúde, com muitos casos de câncer, além da poluição, mas não estamos discutindo isso”.

Outra alerta foi sobre as medidas do governo ilegítimo de Michel Temer contra os trabalhadores rurais,  ao fragilizar os Programas Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA), com a não liberação de novos recursos neste ano. O professor também ressaltou o projeto de entrega da terras brasileiras para multinacionais, o que chamou de “estrangeirismo da terra”.

“Americanos, chineses, europeus  já não tem onde plantar e estão interessados nos campos do hemisfério sul. O atual ministro da agricultura, Blairo Maggi,  quer mudar a lei e permitir o acesso à terra, minando  a participação dos pequenos agricultores”, disse ao completar que a única saída contra o ataque aos trabalhadores é a organização entre os movimentos rurais e urbanos. “A classe trabalhadora precisa pensar saídas alternativas, criar novas formas de desenvolvimento e de uma organização com trabalhadores do campo e da cidade. Nós não conhecemos quem são nossos agricultores, não são máquinas, são pessoas importantes para o país”, concluiu

A composição da segunda mesa do Seminário “Sistema Financeiro e Sociedade”, também contou com a coordenação do presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, e com a participação de Eliana Brasil,  presidenta do  Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte; Suzineide Rodrigues, presidenta do Sindicato de Pernambuco; Jeferson Boava, vice-presidente da Feeb SP/ MS; e Marco Aurélio Silvano, presidente do Sindicato de Florianópolis.

O Seminário continua com o terceiro painel  “O Brasil que Queremos”, com a presença do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancários

O painel ‘Transformações no Sistema Financeiro e seus impactos no Mundo do Trabalho’ teve exposição dos professores Luiz Gonzaga Belluzzo e Ladislau Dowbor

Antes da abertura solene da 18ª Conferência Nacional dos Bancários 2016, que acontece em São Paulo, entre os dias 29 e 31 de julho, bancárias e bancários de todo o país participaram do Seminário ‘Sistema Financeiro e Sociedade’. Realizado pela Contraf-CUT, o Seminário conta com a presença de personalidades do cenário político e de movimentos sociais e sindicais.

Participaram da exposição do primeiro painel “Transformações no Sistema Financeiro e seus impactos no Mundo do Trabalho”, os professores e economistas, Luiz Gonzaga Belluzzo e Ladislau Dowbor.

                        

A derrocada do Capitalismo

O economista e professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo fez uma breve análise do mercado financeiro mundial, a partir da década de 1980, com destaque para o crescimento da China, maior exportadora mundial de manufaturas nos dias de hoje. Ao relatar os movimentos do capital financeiro nos últimos 40 anos, assim como a realocação dos investimentos produtivos e as mudanças decorrentes do fluxo de comércio, Belluzzo apontou os efeitos dessas transformações na vida das pessoas e falou da derrocada do Capitalismo.

“Estamos assistindo a uma transformação muito profunda e a questão que se coloca é: o que vai acontecer com a vida dos trabalhadores com a derrocada de um sistema econômico que já acabou?”, explicou. “O Capitalismo criou a possibilidade da abundância, mas sem que ela possa se realizar de fato dentro das atuais condições; criou uma riqueza material enorme, mas com um custo ecológico gigante e uma perda humana imensurável”, acrescentou.

Para o economista, diante disso, o que se discute no mundo inteiro atualmente é a redução da jornada de trabalho, a criação de uma renda básica de sobrevivência para as pessoas e a redefinição das relações sociais e econômicas. “E não adianta recorrer a fórmulas velhas. É preciso pensar como vai ser o Socialismo do século XXI. E terá que ser o Socialismo da liberdade, da diversidade e da igualdade”, concluiu.

                              

O Sistema Financeiro que herdamos

O professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC SP, Ladislau Dowbor, falou sobre os impactos do atual modelo do sistema financeiro no Brasil.

Dowbor iniciou sua explanação citando o artigo 192 da Constituição Federal que estabelece que  o sistema financeiro nacional deve estar “estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade”.  No entanto, segundo o professor, o que se vê é exatamente o contrário. “É um absurdo o sistema financeiro que nós herdamos”, destaca.

Conforme ele, a economia brasileira está estagnando, porque o sistema de intermediação financeira trava os quatros motores da economia: as exportações, as demandas das famílias, investimentos empresariais e estatais.

Além de travar a demanda das famílias, os juros extorsivos cobrados pelos bancos no Brasil impedem que os empresários privados recorram ao crédito. “As taxas de juros são surrealistas. Enquanto na Europa os juros do crediário chegam a 13% ao ano, no Brasil é de 105% ao ano. As famílias estão pagando mais que o dobro quando compram a prazo”, avalia Dowbor.

O professor da PUC avalia que o Brasil não está estruturalmente ruim e que nos últimos anos teve avanços significativos, mas o país sofre com o ataque do sistema financeiro, que trava o sistema econômico. “Não tem economia que possa funcionar com esses juros extorsivos”, destacou.

Dowbor criticou também o rentismo. "Os bancos não investem. Hoje, o rentista se tornou o principal ‘chupador’ de riquezas do país, aquele que trava a economia e coloca a culpa nas costas do governo. Desde que o governo de Dilma Rousseff tentou reduzir esse dreno da economia, reduzindo as taxas de juros, começou a guerra e de 2014 pra cá, ela não teve um dia para governar".

Dowbor convocou a categoria bancária a se apropriar do debate sobre como resgatar o sistema financeiro para que efetivamente funcione como fomentador da economia.

                            

Seminário antecede a 18ª Conferência Nacional dos Bancários 2016

A mesa do primeiro painel, coordenada pelo secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, estava composta pela secretária do presidente do Sindicato dos Bancários de Piauí, Arimateia Passos, da presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Ivania Pereira, da presidenta da Fetec/SC, Terezinha Rondom e presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e secretária de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

O secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, disse que o objetivo do Seminário é ampliar o debate sobre sistema financeiro tanto no campo acadêmico quanto político.  “Esse é um momento fundamental no processo de qualificação dos debates e organização da categoria bancária”, enfatizou.

O Seminário, que aconteceu no Hotel Holiday Inn – Parque Anhembi, em São Paulo, antecede a 18ª Conferência Nacional dos Bancários 2016, que acontecerá de 29 a 31 de julho.

No período da tarde acontece a exposição de outros dois painéis: “Novas Ofensivas aos Direitos dos Trabalhadores” e “O Brasil que Queremos”, com a presença do ex-presidente da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancários

Encontro segue até domingo (31), em São Paulo. A minuta de reinvindicações dos bancários será entregue à Fenaban no dia 9 de agosto

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Para a construção e aprovação da pauta unificada de reinvindicações da Campanha Nacional 2016, que será entregue aos bancos no dia 9 agosto, a categoria bancária se reúne na 18ª Conferência Nacional dos Bancários, que começa nesta sexta-feira (29) e segue até domingo (31), no hotel Holiday Inn, no Parque Anhembi, em São Paulo. São esperados 695 bancários, entre delegados natos e eleitos por federações, além de observadores brasileiros e de outros países.

O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, destaca a construção coletiva da pauta de reivindicações da categoria e lembra que os bancários debateram, por todo o país, em conferências regionais, as principais demandas, que serão apresentadas na 18ª Conferência Nacional dos Bancários.

“Sairemos dessa Conferência Nacional unificados, mobilizados e com uma minuta substancial que vamos entregar para a Fenaban no dia 9 de agosto. Neste dia, o Comando Nacional dos Bancários entrega também um calendário e propõe a marcação de rodadas de negociação, nas quais vamos apresentar as defesas dos nossos direitos, o pedido da inflação mais ganho real, e novas conquistas. Tenho certeza, de que neste ano em que os bancos continuam ganhando muito, nós faremos uma campanha vencedora, uma campanha em que os bancos vão reconhecer o valor dos seus trabalhadores e vão atender as nossas reivindicações”, afirmou Roberto von der Osten.

Entre os eixos para a Conferência Nacional dos Bancários estão emprego, saúde do trabalhador, segurança bancária, condições de trabalho, remuneração e estratégia para organização da luta e disputa da sociedade.

Seminário: “Sistema Financeiro e Sociedade”

Antes da abertura solene da Conferência, nesta sexta (29), os bancários participam do Seminário: “Sistema Financeiro e Sociedade”, com início às 9h. O evento contará com a presença de personalidades do cenário político e de movimentos sociais e sindicais, inclusive com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participarão da exposição de três painéis:

Das 9h às 12h - Painel 1 – “Transformações no Sistema Financeiro e seus impactos no Mundo do Trabalho”.

Das 13h às 15h - Painel 2 – “ Novas Ofensivas aos Direitos dos Trabalhadores”

Das 15h às 17h - Painel 3 -  Fórum da Resistência – “O Brasil que Queremos”

Após a apresentação dos painéis, haverá o lançamento dos livros: ‘O Brasil que queremos’ e ‘A resistência ao golpe’.

Entrega da minuta

Após a Conferência, os bancários já têm data marcada para consolidar a entrega da minuta de reivindicações da categoria ao bancos. Será no dia 9 de agosto, às 11h, na sede da Febnaban.

Programação 18ª Conferência Nacional dos Bancários 2016

Data: 29 a 31 de julho de 2016.

Local: Hotel Holiday Inn Parque Anhembi:  http://www.holidayanhembi.com.br/

Rua Prof. Milton Rodrigues, 100 - São Paulo/SP.

Quinta-feira, dia 28 de julho

A partir das 15h – Check- in no hotel

15h às 18h - Credenciamento

Sexta-feira, dia 29 de julho

8h30 às 18h – Credenciamento

9h às 18h - Seminário: “Sistema Financeiro e Sociedade”

19h – Votação do Regimento Interno da 18ª Conferência Nacional dos Bancários

19h30 – Abertura Solene

Sábado, dia 30 de julho

08h30 às 12h – Credenciamento

9h – Dieese – Análise dos Resultados dos Bancos e Apresentação da Sistematização da Consulta Nacional 2016

10h às 16h – Trabalho em Grupos:

Grupo 1 – Emprego.

Grupo 2 - Saúde do Trabalhador, Segurança Bancária e Condições de Trabalho.

Grupo 3 – Remuneração.

Grupo 4 – Estratégia para Organização da Luta e Disputa da Sociedade.

16h – Plenária das Correntes Políticas

Domingo, dia 31 de julho

9h30 às 10h - Apresentação da Campanha de Mídia

10h às 13h - Plenária Final e Encerramento

Fonte: Contraf-CUT

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