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A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil se reuniu com o banco na última sexta, 3, em Brasília, para mais debates sobre o processo de reestruturação e também para mais uma rodada da Mesa Temática de Prevenção de Conflitos, com o tema BB Digital. Confira o resultado: Reestruturação - O banco apresentou os números da reestruturação até o momento, envolvendo movimentações laterais e nomeações de ascensão, descensos e descomissionamentos, em cada cargo. Pelos números divulgados pelo banco, ao final do processo de reestruturação, mais de 2500 funcionários perderão seus cargos e terão salários cortados quase que pela metade, juntando aos milhares que já tiveram seus salários reduzidos, por somente conseguirem realocação em cargos inferiores. Os representantes dos funcionários cobraram do banco a implantação de VCP Permanente para todos os funcionários, incluindo os caixas. O VCP é uma Vantagem de Caráter Pessoal que complementa o salário em caso de perda do cargo. O banco afirmou que ainda não tem resposta quanto ao VCP Permanente e já havia respondido desde o último dia 31/01 que não implantaria VCP para os caixas. A Comissão de Empresa afirmou que o caixa sempre foi percebido como o primeiro cargo comissionado do banco ao longo de décadas e hoje recebe uma gratificação de função, pontua mérito pelo exercício da função e, ainda assim, o banco insiste em dizer que não implanta VCP pelo caixa não ser comissão é uma quebra de cultura da empresa. Os representantes dos funcionários denunciaram casos de funcionários que estão trabalhando nas agências que foram extintas em condições precárias e até fazendo serviço de faxina, sem a presença de vigilantes em locais de acesso à rua. Desta forma, os funcionários estão expostos a riscos desnecessários por omissão do banco em contratar vigilantes. O banco ficou de verificar a situação em cada local. Foi cobrado do BB sobre o início de VCP somente depois do fechamento das unidades, e o banco reafirmou que mantém o compromisso de somente iniciar VCP depois da unidade estar fechada. Também foi solicitado que houvesse uma grade de cursos obrigatórios para os funcionários de unidades de apoio que sejam realocados em unidades de negócio e que fosse flexibilizada também a exigência de CPA-10. Os representantes dos funcionários reafirmaram que não concordam com os critérios utilizados, que têm sido em muitos casos privilégios para amigos, acertos de contas, perseguição a delegados e militantes, bem como uma forma de preterir as mulheres grávidas na realocação. Outra cobrança feita ao banco é que nos processos seletivos do TAO normal seja considerada a pontuação do cargo anterior. O banco informou que ainda não tem resposta sobre a reivindicação. Para Wagner Nascimento, Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, os números apresentadados pelo próprio banco mostram que não deu tudo certo no final, conforme fala recorrente da direção do BB. “A conta não fechou e são milhares que perderam os cargos. O mínimo que o banco poderia fazer é estender a Vantagem de Caráter Pessoal (VCP) até que sejam realocadas todas as pessoas. Na prática, a preocupação com as pessoas vai até na hora de colocar a mão no bolso. Não adianta falar que se preocupa e não querer gastar um real a mais para proteger funcionários e suas famílias na perda de renda,  provocada pelo próprio banco”, ressalta Wagner Nascimento. BB Digital - Na sequência da reunião sobre reestruturação aconteceu mais uma rodada sobre BB Digital, como parte da Mesa Temática de Resolução de Conflitos, prevista no acordo coletivo 2016/2018. O objetivo é debater sobre as consequências do modelo e seus impactos para os funcionários. Para a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a implantação dos escritórios digitais são parte integrante da reestruturação e seus impactos deverão ser amplamente debatidos no sentido de melhorar as condições de trabalho e garantir cargos e remuneração dos funcionários envolvidos neste processo. Foi denunciado ao banco que em alguns locais os escritórios digitais não têm ambiência e ergonomia necessárias, como também estão apenas atuando como uma grande central de oferta ativa de produtos, como uma grande call center. O banco informou que não é essa a lógica do modelo, sendo o maior interessado  em não transformar os escritórios em call centers. O banco assumiu o compromisso de reforçar essas premissas em comunicado aos funcionários e administradores. Os representantes do banco apresentaram os números dos escritórios abertos e os que ainda estão para inaugurar, sendo 14 prontos de um total de 34 escritórios Pessoa Física e 28 MPE - Micro e Pequenas Empresas. O Banco informou que ainda não tem o cronograma dos 256 escritórios digitais anunciados pelo presidente do BB à imprensa, pois ainda estão em estudos técnicos. Foram denunciados problemas com migração de nomes e CNPJ de Escritórios e a informação que muitos têm dado, de que não precisa seguir regras do TAO - sistema de recrutamento do BB, para os novos prefixos. O banco informou que em todos os prefixos serão seguidas as regras do TAO e confirmou problemas com alguns CNPJ de escritórios, que foram migrados para não afetarem o cronograma de funcionamento. Para o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, é necessário acompanhar cada mudança neste momento. “É fundamental ouvir bastante os funcionários que estão migrando para os escritórios de atendimento digital e cada situação, como aumento nos números de clientes por carteira e quais as condições de trabalho para que os serviços sejam executados. E, o mais importante, é ficar de olho e denunciar qualquer irregularidade nos processos seletivos. Em um momento que temos milhares perdendo os cargos, os escritórios não podem ser variantes para acomodação de "escolhidos", sem seleção transparente”, alerta Wagner Nascimento. Uma nova rodada sobre a reestruturação e BB Digital está marcada para acontecer até o dia 15 de fevereiro.

Fonte: Contraf-CUT

Banco informa que não vai complementar salários dos caixas executivos por quatro meses como faz para outras funções

 

O Banco do Brasil informou que não vai complementar os salários dos funcionários que exerciam a função de caixas executivos e que foram descomissionados devido à reestruturação anunciada em novembro de 2016.

Além das 402 agências que foram fechadas, 379 foram transformadas em Postos de Atendimento Avançado (PAA) e centenas tiveram o quadro reduzido, provocando perda de cargos em várias funções.

Exceto para os caixas, o banco, a partir de 1/02/2017, pagará uma Verba de Caráter Pessoal (VCP) que mantém por quatro meses o salário do funcionário que teve a função cortada. Os mais prejudicados serão os funcionários que atuam em cidades do interior do país, cuja realocação na função de caixa será mais difícil.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, essa decisão demonstra insensibilidade com os funcionários e suas famílias, além de demonstrar descaso com as agências do interior do país. “Um processo de desmonte de uma empresa começa com a destruição da sua cultura organizacional. E a cultura do banco sempre foi a de ter o caixa como primeiro cargo comissionado. Isto inclusive consta nos sistemas do banco e tem reconhecimento do judiciário para efeito da Súmula 372 do TST (Tribunal Superior do Trabalho). É lamentável que o banco mantenha o salário dos seus altos executivos por até um ano em caso de perda de cargo e não queira pagar nem quatro meses para os caixas”, ressaltou.

Como exemplo da falta de sensibilidade do Banco do Brasil, num dos casos de perda de comissão de caixa, o banco cortou o cargo de uma funcionária com quatro filhos, que mudou para acompanhar tratamento de saúde da mãe e está com o marido desempregado. A administração da agência tinha conhecimento desta situação é ainda assim, cortou o cargo e não vai complementar o salário nem por quatro meses.

Havia a expectativa que pelo menos esta reivindicação fosse atendida até esta data, dentro das propostas de manutenção de salários e cargos reivindicadas em mesa de negociação, por se tratar de isonomia com os outros cargos.

Os sindicatos receberão orientações sobre ações jurídicas para proteger os funcionários e situações como esta, dos caixas, serão relatadas na audiência com o Ministério Público do Trabalho, marcada para o próximo dia 7 de fevereiro, em Brasília.

 Fonte: Contraf-CUT

bancospublicosPara economista, era pós-golpe expõe a discussão da época de FHC
A era das privatizações está de volta. Basta olhar o pacote de recuperação fiscal que está sendo negociado entre o governo federal e o governo do Rio Grande do Sul para confirmar: estão na mira a Companhia Estadual de Energia Elétrica, a Companhia Riograndense de Mineração, a Sulgás e o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). O banco estadual é considerado “a joia da coroa” gaúcha, nas palavras do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu que sua venda “vai fazer parte das discussões” sobre “o que será necessário” para a recuperação do estado. A venda do Banrisul como tábua de salvação para a economia faz parte de uma série de ataques feitos aos bancos públicos brasileiros nos últimos anos. Representa também o retorno à política de Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente que deu fôlego às privatizações. Entre outras empresas públicas, vendeu principalmente bancos estaduais. Hoje, restam abertos cinco bancos estaduais.

Meirelles confirmou os interesses na privatização do banco gaúcho na quinta-feira passada, 26 de janeiro. Pouco mais de 24 horas depois, as ações do Banrisul registraram um aumento acumulado de 22,5% entre quinta e sexta-feira. A alta foi tão repentina que, no dia seguinte ao anúncio, o banco precisou emitir um comunicado ao mercado a pedido da Bovespa para “justificar a movimentação atípica de ações”. O texto, no entanto, não menciona o ministro, mas aponta como motivo da corrida por ações uma publicação jornalística:

“A movimentação atípica se deu a partir da matéria publicada pelo jornal Valor Econômico que, em seu artigo de capa e em versão eletrônica, colocou a privatização do Banrisul como condição para ajuda do Governo Federal ao Estado do Rio Grande do Sul.” O anúncio da análise sobre a possibilidade de venda do banco foi o suficiente para deixar o mercado financeiro ouriçado. O banco BTG Pactual, segundo o site InfoMoney, já prevê que “o valor de um Banrisul privatizado seria de pelo menos duas vezes o valor atual”. Já o presidente do banco Santander, Sergio Rial, disse se considerar “obrigado” a avaliar a oportunidade, segundo o jornal Zero Hora. O professor de economia Fabricio Jose Missio, da Universidade Federal de Goiás, afirma que, pelo posicionamento do governador gaúcho — de redução do tamanho do Estado e da venda de estatais — e dada a crise econômica do estado, “é provável que essa discussão siga em frente e que aconteça, de fato, a privatização”. Tamanho interesse pelo banco gaúcho pode estar no fato de que a instituição renovou, em maio de 2016, o contrato exclusivo de dez anos para fazer o pagamento dos servidores do estado. O banco pagou R$ 1,27 bilhão para se manter o único operador dos salários do funcionalismo. No final de setembro de 2016, seus 45 mil consorciados lhe rendiam um saldo de ativos totais de R$67,8 bilhões. O banco tem 536 agências distribuídas pelo país e no exterior, com 11.255 funcionários. Ironicamente, o Rio Grande do Sul está entre os estados listados com maiores problemas financeiros, com salários atrasados. “Existe uma expectativa, por parte da iniciativa privada, de gerenciar essa carteira que gera muito dinheiro”, explica Missio. Fonte: Helena Borges / The Intercept Brasil

Candidato apoiado pelo Sindicato recebeu 8.391 votos; segundo turno vai de 21 a 24 de fevereiro A eleição para Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários (Caref) foi realizada em primeiro turno entre os dias 23 a 27 de janeiro. Fabiano Félix, candidato apoiado pelo Sindicato, recebeu 8.391 votos, e disputa o segundo turno com Marcos Roger, que teve 5.447 votos. Fabiano Félix é comprometido com os funcionários do BB, foi secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e presidente do Conselho Deliberativo da Cassi, entre outros cargos. É formado em Física e em Direito, com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV. O segundo turno ocorre entre os dias 21 a 24 de fevereiro. A votação é realizada eletronicamente, com a inserção da matrícula funcional do candidato que, no caso de Fabiano, é F3154029.

O Acordo Coletivo de Trabalho entre o Banco do Brasil e a Contraf-CUT que institui as Comissões de Conciliação Voluntária (CCV) para demandas referentes à jornada de trabalho, para cargos que tenham a opção de jornada de seis horas diárias, foi assinado nesta quarta, 18. A CCV tem como alvo os bancários que exerceram funções de 8 horas abrangidas pelo acordo e que aderirem ao novo Plano de Carreira de 6 horas dentro da reestruturação em curso desde novembro de 2016 ou que já não estejam em funções passíveis de negociação pelo BB. Os cargos de assistente e analista do plano de funções de 2013 continuam com CCV igual ao acordo anterior. Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a assinatura é importante para a categoria, uma vez que permite a discussão de demandas sem a necessidade de ação judicial. “Contudo é importante a orientação às bancárias e bancários demandantes de forma a tomar a melhor decisão. Para melhores acordos é necessário que o banco melhore os valores transacionados para cada cargo”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

Utilização dos valores e implementação dos programas devem ser acompanhados atentamente, destaca diretor do Sindicato O Banco do Brasil realizou, na última sexta-feira, o ressarcimento à CASSI previsto no Memorando de Entendimentos firmado entre o BB e as entidades representativas do funcionalismo. Os R$ 23 milhões, relativos à competência de dezembro, foram repassados no mesmo dia em que a CASSI apresentou o demonstrativo dos gastos, em conformidade com o Convênio de Cooperação Técnica firmado entre o BB e a Caixa de Assistência. Os valores ressarcidos foram apurados após o levantamento das despesas com programas (atenção domiciliar e assistência farmacêutica), coberturas especiais e CliniCASSI referentes a dezembro, que ocorre sempre no início do mês seguinte. Dessa forma, as despesas de dezembro foram ressarcidas em janeiro; as de janeiro serão ressarcidas em fevereiro e assim sucessivamente, até janeiro de 2020. A CASSI também já recebeu a contribuição mensal extraordinária de 1% dos associados. O desconto da contribuição ocorrerá sempre no dia 20 do próprio mês de competência, na folha de pagamento, considerando que o BB e a Previ pagam os salários, aposentadorias e pensões antecipadamente. A contribuição extraordinária está aprovada para ocorrer até dezembro de 2019. Acompanhamento - Tanto o ressarcimento feito pelo Banco do Brasil como a contribuição extraordinária dos associados fazem parte de um conjunto de medidas que visam a sustentabilidade da CASSI, aprovadas pelo Corpo Social no final de novembro de 2016.  “É necessário acompanhar a utilização dos valores e a implementação correta dos programas de saúde preventiva para garantir a perenidade do nosso plano de saúde, mantendo direitos dos associados e a saúde financeira do plano”, destaca o diretor do Sindicato e funcionário do BB Otoni Lima.

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