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O 28º boletim Prestando Contas Cassi destaca que neste momento de debate sobre o acordo negociado entre BB e entidades do funcionalismo para a sustentabilidade da Caixa de Assistência, alguns temas que são recorrentes em dúvidas e especulações voltam à tona e, por conseguinte, acabam assumindo um papel que nem sempre lhes cabe. É o caso da Solidariedade.

Um dos princípios mais valorosos que trouxemos em nossa história, desde a primeira hora da criação da CASSI: Cada um contribui conforme sua possibilidade e todos usam conforme sua necessidade. Foi a preocupação de que todos pudessem fazer frente às suas questões de saúde, sabendo que teriam amparo por um recurso gerado e poupado coletivamente ao longo do tempo, que nos fez ter esse nome originariamente: Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. Foi a compreensão de que a solução coletiva tem consequência e perenidade muito maiores do que a individual, ressalta o boletim, entre outras informações.

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Consulta ao corpo social da Cassi começa às 9h do dia 11 e se encerra às 18h do dia 21 de novembro. Confira como votar

A partir de 11 de novembro os associados ativos e aposentados participam de Consulta ao Corpo Social para votar o acordo negociado com o Banco do Brasil pelas entidades representativas dos associados – Contraf-CUT, Anabb, AAFBB e FAABB.         O acordo garante aporte de R$ 40 milhões mensais à Cassi até dezembro de 2019. Os associados ativos e aposentados recolherão R$ 17 milhões, por meio de contribuição extraordinária de 1% sobre o salário ou aposentadoria, até dezembro de 2019. Durante o mesmo período o BB aportará R$ 23 milhões mensais, reajustados anualmente, para reembolsar despesas com programas e unidades próprias da Cassi, obrigação que será prevista em contrato a ser celebrado entre a Cassi e o banco. Será implantado Comitê de Auditoria e será feita a revisão de processos com auxílio de Consultoria contratada com recursos do banco, para melhorar os serviços de saúde, agilizar o atendimento e racionalizar despesas visando equacionar o déficit estrutural da Cassi.  O acordo preserva todos os direitos dos associados, programas de saúde como fornecimento de remédios e atendimento domiciliar a doentes crônicos e garante a sustentabilidade da Cassi. A solução foi construída em dois anos de negociação. As entidades do funcionalismo rechaçaram a proposta inicial do banco, que jogava nas costas dos associados a cobertura do déficit e quebrava a solidariedade que sempre foi a maior força da Cassi. Depois de muita pressão o banco admitiu que precisa arcar com seus compromissos com a Cassi e fazer os aportes negociados. Votação atropelada pode comprometer aprovação -  A Contraf e os sindicatos consideram que é preciso mais tempo para debater e esclarecer a proposta junto aos associados, para que todos saibam que estão aprovando ao mesmo tempo a contribuição adicional e extraordinária de 1% e os aportes do banco. Até mesmo a pergunta feita na tela de votação não esclarece totalmente as duas partes da proposta. A falta de clareza pode comprometer a aprovação da proposta. Apesar de alertado, o banco não aceitou dar mais tempo para esclarecimentos. Movimento sindical defende aprovação porque Cassi precisa dos novos recursos para manter o Plano de Associados  - Desde a última alteração estatutária em 2007 até 2015, as despesas cresceram mais que as receitas. As despesas obedecem às condições do mercado de saúde e as receitas, aos salários e aposentadorias. As despesas com o atendimento à saúde aumentaram muito mais que as receitas, conforme mostram as tabelas 1 e 2. O índice VCMH, que mede o aumento das despesas com consultas, exames, internação, terapias no Brasil, cresceu 203,8% no período, enquanto as despesas da Cassi cresceram bem menos, 147,6%, e as receitas de contribuições, 84,9%. O acordo negociado reequilibra as contas da Cassi e garante a tranquilidade do associado e de sua família. Confira aqui como votar.
Tabela 1 - Números do Plano de Associados Cassi
  Ano  Receita (R$mil)  Despesa (R$mil) Associados Assoc.+Depend. Desp. per capita ano
 2007   833.811   798.344   173.839   402.602   R$ 1.983
 2015   1.541.651   1.977.016   197.554   418.364   R$ 4.726
 Variação   84,9 %   147,6%   138,3%
 
Tabela 2 – Aumentos e reajustes acumulados de 2007 a 2015
  INPC – IBGE   Reaj. salarial piso BB   Salários acima piso   Índice VCMH
  74,4%   116,8%   98,2%   203,8%
Índice VCMH = Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar
 

Fonte: Contraf-CUT

Proposta é fruto de negociação; processo inclui consulta aos participantes

Foi assinado em 21 de outubro, em Brasília, o “memorando de entendimentos” sobre a proposta para a Cassi elaborada em negociação entre os representantes do banco e os dos funcionários e aposentados. O documento foi encaminhando para a diretoria e conselheiro deliberativo da caixa de assistência e, após aprovado, será apresentado em consulta aos participantes da Cassi, via votação. A consulta é parte obrigatória do processo, respeitando-se o Estatuto da Cassi, vez que a proposta prevê entrada de recursos financeiros de cerca R$ 40 milhões mensais, sendo R$ 23 milhões pelo Banco do Brasil, via ressarcimento de serviços, e R$ 17 milhões pelos associados, via contribuição extraordinária e temporária de 1% até dezembro de 2019. No memorando consta o detalhamento da proposta apresentada, que contempla aspectos como governança, gestão e operacionalização da Cassi; contribuição temporária e extraordinária dos participantes do plano de associados de 1% (sobre salários e benefícios de aposentadoria até dezembro de 2019); ressarcimento temporário e extraordinário de despesas pelo BB; prestação de contas; melhoria da auditoria e controles internos e aperfeiçoamento do sistema de recrutamento e seleção dos funcionários, entre outros itens. A avaliação das entidades é de que a proposta não representa solução definitiva para a Cassi, mas é uma etapa importante para melhoria da gestão. Os próximos passos desejados são o debate com os associados para que a proposta seja aprovada, a entrada de novos recursos financeiros na Cassi, contratação de consultoria e início da primeira fase na execução dos projetos para melhoria de gestão.   Clique aqui para ler os boletins Prestando Contas Cassi

Política de manter taxas mais baixas nessas instituições, adotada nos governos Lula e Dilma, foi abandonada pelo atual presidente

A política de praticar taxas de juros mais baixas nos bancos públicos, adotada nos governos Lula e Dilma, foi abandonada por Michel Temer. De acordo com o ranking de crédito do Banco Central, o BB tem o maior juro no financiamento de veículos e a Caixa o segundo maior no crédito rotativo do cartão de crédito.Em 2008, no auge da crise financeira mundial, o governo Lula reduziu as taxas de juros nos bancos públicos, incentivando o consumo e impulsionando a economia por intermédio de uma política anticíclica. Já em 2012, a presidenta Dilma, ao combater o elevadíssimo spread bancário brasileiro – diferença entre o que a instituição gasta para captar dinheiro e o que cobram para conceder crédito – utilizou o BB e a Caixa para forçar uma redução das taxas cobradas pelos bancos privados. “Nos governos de Lula e Dilma, os bancos federais foram fundamentais para o sucesso de programas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Pronaf, agricultura familiar e Fies, entre tantos outros (...) Com Temer, esses bancos deixarão de cumprir papel imprescindível na inclusão bancária e social, na transformação do Brasil em um grande país com mais distribuição de renda e justiça social – teremos poucos ricos e muitos pobres –; voltarão a ser grandes balcões de negócios com setores empresariais que financiaram o golpe e cabides de emprego para os políticos que votaram a favor do golpe”, avalia o bancário e presidente da Central Única dos Trabalhadores Vagner Freitas, em artigo publicado em seu blog.
Carros, cartões e consignado – No fim de 2015 o Banco do Brasil cobrava juro médio de 26,5% ao ano no crédito para a compra de veículos, o menor entre os cinco maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander). Entretanto, com a queda de demanda nesse segmento de financiamento, as instituições privadas reduziram suas taxas. O Santander baixou seu juro médio em cinco pontos, atingindo aproximadamente 24% a.a, o menor entre todas as instituições financeiras. Já Bradesco e Itaú reduziram entre 1 e 2 pontos percentuais suas taxas. Na direção contrária, o BB assumiu a liderança no custo do crédito para veículos, alcançando 27,2% a.a. Por sua vez, a Caixa manteve a taxa estável e agora ocupa o terceiro lugar.Já no crédito rotativo do cartão de crédito, em 2015 os clientes da Caixa que não quitaram integralmente a fatura pagaram 350,4% de juro ao ano, menor taxa entre os cinco maiores bancos. Porém, após elevação em setembro, o juro cobrado pelo banco público atingiu 508,2%, assumindo o posto de segunda maior taxa do mercado, atrás apenas do Santander (581% a.a). Entre as outras linhas de crédito acompanhadas pelo BC, o BB pratica a segunda taxa mais cara no crédito consignado para aposentados. A Caixa tem a taxa mais cara no consignado para empresas privadas. E no cheque especial, o juro mais barato deixou de ser do BB e passou a ser do Bradesco.
Fontes: Seeb SP, com informações do jornal Estado de S.Paulo e edição

Contraproposta contempla abono de dias parados, ampliação de ausências legais, avanço na ascensão profissional, manutenção da mesa única e modelo de PLR de 2 anos

Após a apresentação da proposta da Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários e Comissão de Empresa dos Funcionários do BB se reuniram com o Banco do Brasil, na madrugada desta quinta-feira (5), em São Paulo. O banco afirmou que seguirá o acordo bianual proposto pela Fenaban,o reajuste nos salários será de 8% mais abono de R$ 3.500 (pago de uma única vez), reajuste de 15% para vale-alimentação e de 10% no vale-refeição e auxílio-creche/babá agora em 2016 e reposição integral da inflação pelo INPC, mais 1% de aumento real em 2017. Entre as propostas específicas destacam-se a proteção dos funcionários no caso de reestruturação, ampliação de ausências legais e o compromisso de ampliação da inclusão das mulheres nas funções gerenciais.

O Comando Nacional dos Bancários orienta a aprovação da proposta específica do BB, que será deliberada pelos bancários e bancários nas assembleias desta quinta-feira em todo o Brasil. No Grande ABC a assembleia começa às 17h30 na sede social do Sindicato, à rua Xavier de Toledo, 268, no centro de Santo André. "É muito importante que os bancários do BB compareçam a essa assembleia decisiva, após mais de 30 dias de greve", destaca o diretor sindical Otoni Lima. A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB fez um amplo debate no Comando Nacional após a apresentação da contraproposta, com a orientação de aprovação. A proposta específica contempla temas debatidos com bancárias e bancários de todo o país, incluindo a ampliação do número de vagas de nomeação no módulo avançado para os cargos da gerência média, proteção nos casos de reestruturação no caso de mudança de cargos, ampliação das ausências legais e instituição de mesas temáticas mais robustas para discutir a situação de funcionários envolvidos no modelo digital. Inclui também mesas temáticas sobre resolução de conflitos e  contempla o abono total dos dias parados e a manutenção da mesa única e modelo de PLR por dois anos. Pela avaliação, em um cenário de ataques aos diretos dos trabalhadores e trabalhadores, como o atual, o acordo de dois anos é uma forma de proteção dos nossos direitos dentro do acordo coletivo aditivo. Propostas específicas do Banco do Brasil ACT 2016/2018 Clausuladas:
  • O Banco reafirma a manutenção do programa de PLR atual, composto pelo módulo Fenaban e módulo BB, incluindo parcela variável e 4% do lucro líquido distribuídos de forma linear.
  •  Será estendido o horário para amamentação ao funcionário pai de família monoparental e ao funcionário com união estável homoafetiva.
  • As ausências autorizadas de 1 dia por semestre para doação de sangue, serão ampliados em 1 dia por ano para doação a parentes enfermos - pais, filhos, enteados, irmãos, avós, cônjuge ou companheira(o).
  • A ausência autorizada para Aquisição, Manutenção ou Reparo de Ajudas Técnicas aos funcionários com deficiência será ampliada de uma para duas jornadas de trabalho por ano, podendo ser fracionadas em horas.
  • As ausências autorizadas de dois dias úteis por ano (fracionáveis em horas) para acompanhar filho ou dependente, menores de 14 anos a consulta/tratamento médico e odontológico também poderão ser utilizadas para tratamento psicológico, vacinas e reuniões escolares.
  • As ausências autorizadas de dois dias úteis por ano (fracionáveis em horas) para acompanhar filho ou dependente com deficiência em consulta/tratamento médico e odontológico também poderão ser utilizadas para tratamento psicológico, vacinas e reuniões escolares.
  • As ausências autorizadas de dois dias para acompanhar esposa ou companheira em consultas médicas e exames complementares durante a gravidez poderão ser fracionadas em horas.
  • Será ampliado o prazo para utilização de folgas nas Unidades que funcionam no regime de 24X7 (vinte e quatro horas, sete dias por semana) de 2 semanas imediatamente posteriores à da aquisição para até o último dia útil do mês subsequente ao da aquisição.
  • Serão instituídas Mesas Temáticas sobre Prevenção de Conflitos, Saúde no Trabalho e Igualdade de Oportunidades, com prazo de 180 dias para conclusão a partir da data da instalação. Na mesa de Prevenção de Conflitos poderão ser discutidos eventuais conflitos decorrentes de implantação de soluções digitais, ajustes de estrutura e acesso ao histórico de ausências dos funcionários.
  • Será incluída a parcela variável do Módulo BB na PLR dos funcionários cedidos à APABB.
  • Será reajustado para R$ 200 mil o valor da indenização por morte ou invalidez decorrente de assalto.
Não clausuladas:
  • Será alterado o critério de 66,6% para 70% no módulo Avançado e de 33,3% para 30% no módulo Básico, possibilitando a promoção, a partir de janeiro de 2017, de até 795 funcionários que exercem, por exemplo, as funções de Gerente de Relacionamento e Gerente de Serviços em Unidades de Negócio e Gerente de Módulo em Unidades de Apoio.
  • Será ampliada a inclusão das mulheres nas funções gerenciais.
  • A verba QVT será retomada a partir da assinatura do ACT.
  • Será mantida a verba 226 – Ajuste no Plano de Funções -  na folha de pagamento dos funcionários em caso de reestruturações.
  • Serão disponibilizadas no ano de 2017, no mínimo, 30 turmas da Oficina “Mediação: Práticas Restaurativas” aos administradores, visando disseminar a cultura da comunicação não violenta e das práticas restaurativas.
  • Será disponibilizado espaço exclusivo para ações da UniBB em 500 agências da Rede Varejo para promover o desenvolvimento de competências e facilitar o acesso a ações de capacitação.

Fonte: Contraf-CUT, com Redação

Foto: Jailton Garcia

Mudança possibilita aumento salarial efetivo para milhares de funcionários do Banco do Brasil em vários níveis, de assistentes a gerentes
Fruto das negociações da Campanha Nacional dos Bancários em 2013, o reajuste nos Adicionais de Função Gratificada (AFG) dos assistentes e analistas e nos Adicionais de Função de Confiança (AFC) dos supervisores de atendimento, gerentes e assessores, passou a valer desde 1º de setembro de 2016 e foi creditado na folha de pagamento do Banco do Brasil nesta terça-feira (20). A mudança foi negociada em 2013 com ajustes nos percentuais do  AFC e do AFG em relação aos Valores de Referência (VR) das respectivas funções, nos seguintes termos: - Em 01.09.2016, o percentual do AFC em relação ao Valor de Referência da respectiva Função de Confiança  passará a ser 43,75%.  - A partir do mês de setembro de 2016 e a cada 3 (três) anos, o percentual do AFG em relação ao Valor de Referência da respectiva Função Gratificada passará a ser: I- Em 01.09.2016 - 18,75% II - Em 01.09.2019 - 25,00% III- Em 01.09.2022 - 31,25% e IV- Em 01.09.2025 - 37,50%. Na prática, assim como a carreira de mérito, o ajuste tem como objetivo aumentar efetivamente o salário bruto para o funcionário que ganha mais que o valor de referência ou diminuir o valor do complemento de função, diminuindo o tempo em que o funcionário ganhará apenas o VR do cargo e aumentando efetivamente o salário final ao longo do tempo. Para a coordenação da Comissão de Empresa dos Funcionários do banco a implementação da proposta possibilita aumento efetivo para milhares de funcionários do BB em vários níveis, de assistentes a gerentes, e representa um exemplo de que é possível  negociar e melhorar o plano de funções. Outras propostas também estão na pauta de reivindicações em 2016, mas para ter sucesso na negociação é preciso intensificar a greve no BB, pois só a luta pode garantir avanços. Fonte: Contraf-CUT

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