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O lucro líquido ajustado do Santander Brasil somou R$ 1,437 bilhão no segundo trimestre, com alta de 1,9% sobre o mesmo período de 2013. O resultado ficou acima das expectativas de analistas consultados pelo jornal Valor Econômico, que apontavam R$ 1,267 bilhão e queda na comparação anual. Já o lucro líquido contábil, chamado de societário nas demonstrações do banco e que inclui ágio, foi de R$ 527,5 milhões no trimestre, com alta de 5,35%. O balanço foi divulgado na manhã desta quinta-feira (31). A carteira de crédito do banco somou R$ 226,299 bilhões, com crescimento de 3,8% em 12 meses e de 1% no trimestre. A carteira ampliada, que inclui outras operações com risco de crédito, ativos de adquirência e avais e fianças, somou R$ 279,722 bilhões, o que representa expansão 4,9% na comparação anual e de 1,6% na trimestral. O banco anunciou uma joint venture com o Banco Bonsucesso no segmento de crédito consignado e cartão de crédito consignado. Pelo acordo, o Bonsucesso transferirá para a joint venture sua operação nesse segmento e o Santander Brasil, por meio da subsidiária Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento, investirá R$ 460 milhões na parcer ia, na qual terá participação de 60%. A inadimplência acima de 90 dias atingiu 4,1% no segundo trimestre, ante 3,8% no primeiro e 5,2% no segundo trimestre de 2013. As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 3,043 bilhões, com queda de 16,6% na comparação anual. A margem financeira líquida ficou em R$ 4,235 bilhões no trimestre, quase estável ante o resultado d e R$ 4,236 bilhões reportado no mesmo período do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado pelo ágio do banco se situou em 11,3%, ante 11,4% no mesmo período de 2013. Ainda nesta quinta-feira, o Bradesco anunciou que teve lucro líquido ajustado de R$ 3,804 bilhões no segundo trimestre, com alta de 27,7%. Análise do Dieese A subseção do Dieese na Contraf-CUT já está fazendo a análise do balanço e os resultados, sobretudo a evolução do emprego, será divulgado até o final desta quinta-feira. Fonte: Contraf-CUT com Valor Econômico  

O Bradesco fechou o segundo trimestre com lucro líquido contábil de R$ 3,778 bilhões, o que representou aumento de 28,1% sobre o mesmo período do ano passado. O lucro ajustado, que exclui itens extraordinários, subiu 27,7% e alcançou R$ 3,804 bilhões, superando as projeções. 

Analistas consultados pelo jornal Valor Econômico esperavam que o banco tivesse lucrado R$ 3,561 bilhões de abril a junho. 

O Bradesco abriu a temporada de divulgação de resultados dos bancos brasileiros. O balanço foi divulgado na manhã desta quinta-feira (31).

A margem financeira de crédito líquida atingiu R$ 4,826 bilhões no segundo trimestre, com alta de 6 ,3%, enquanto a carteira de crédito ampliada do Bradesco mostrou crescimento de 8,1% em 12 meses, para R$ 435,2 bilhões. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 135,1 bilhões, com alta de 9,6%, enquanto o crédito para pessoas jurídicas atingiu R$ 300,2 bilhões, após crescimento de 7,5% no período.

Sob a estratégia do banco de se concentrar em linhas de menor risco, os empréstimos a pessoas físicas e grandes empresas vêm ganhado espaço e representaram 31% e 43,2% da carteira total, respectivamente. 

Quando comparada com o fim do primeiro trimestre, a carteira de crédito do Bradesco mostrou tímido crescimento de 0,7%, que foi sustentado, principalmente, pelas operações a pessoas físicas, que aumentaram 1,8%.

A taxa de inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, foi de 3,5%, ante 3,7% no segundo trimestre de 2013 e 3,4% no primeiro trimestre deste ano. As despesas com provisões para crédito de liquidação duvidosa (PDD) somaram R$ 3,141 bilhões, com alta de 1,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado e expansão de 9,8% em relação ao primeiro trimestre. 

O banco não informou nenhuma alteração em seus diretrizes. Sua expectativa para este ano é de crescimento de 10% a 14% da carteira de crédito expandida. A margem financeira de juros deve ficar entre 6% e 10%.

Fonte: Contraf-CUT

 
Movimento sindical bancário reunido em Atibaia reage à atitude do banco, que será denunciado à OCDE
A Contraf-CUT, que representa os sindicatos bancários cutistas, entre eles o Sindicato dos Bancários do ABC, condenou com veemência o terrorismo do Santander, que enviou neste mês de julho um texto aos seus clientes de alta renda onde afirma que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff irá piorar a economia do Brasil. A notícia foi divulgada nesta sexta-feira (25) pelo blog de Fernando Rodrigues no portal UOL.A análise do banco espanhol foi impressa na última página do extrato dos clientes na categoria "Select", com renda mensal superior a R$ 10 mil. O Santander diz que se Dilma melhorar nas pesquisas de intenção de voto, os juros e o dólar vão subir e a Bolsa, cair. Nunca antes uma avaliação como essa foi feita de maneira institucional por um grande banco no País. "Trata-se de terrorismo puro que o Santander faz não somente com os seus clientes de alta renda, mas com a economia e o povo brasileiro. Um banco estrangeiro, que veio ao Brasil e adquiriu bancos, sobretudo, na era das privatizações do governo FHC, revela um profundo desrespeito com o Brasil e os brasileiros, piorando ainda mais a sua imagem junto aos trabalhadores e à população", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Não permitiremos que atos terroristas de bancos, como o Santander, coloquem em risco a democracia no Brasil, que foi duramente conquistada após muita luta e sangue nos últimos 50 anos", salienta o dirigente sindical. Para ele, "mais do que pedir desculpas aos seus clientes, o Santander tem que passar a respeitar os clientes, os bancários e o Brasil, bem como mudar a sua gestão equivocada no País, onde o banco obteve 20% do lucro mundial no primeiro trimestre deste ano, mas os trabalhadores e os clientes não são ouvidos nem valorizados". Corte de empregos Somente no Brasil o banco lucrou R$ 1,428 bilhão no primeiro trimestre de 2014, mas a contrapartida para os trabalhadores têm sido demissões, rotatividade e corte de empregos. O banco espanhol cortou 4.833 postos de trabalho entre março de 2013 e março deste ano no País, sendo 970 nos primeiros três meses do ano, o que é totalmente injustificável. "O Santander também fechou dezenas de agências nos últimos meses em todo o país e liderou em oito dos 12 meses de 2013 e em cinco dos seis meses de 2014 o ranking de reclamações de clientes no Banco Central", lembra o dirigente da Contraf-CUT. "E agora, como se não bastasse, o banco vem com esse terrorismo inaceitável, mostrando que está de costas para os esforços da sociedade brasileira para aumentar o crescimento econômico e social com distribuição de renda". Denúncia para a OCDE Cordeiro anuncia que esse terrorismo do Santander viola as diretrizes para empresas multinacionais, estabelecidas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), da qual a Espanha é signatária. "Vamos fazer uma denúncia para a OCDE, pois é inaceitável que o banco espanhol trate assim a economia e o povo brasileiro", enfatiza o dirigente sindical. O Santander está sendo muito criticado por delegados e delegadas da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, que foi aberta nesta sexta-feira, em Atibaia (SP). "A categoria está indignada e a resposta será o aumento da mobilização para que o banco espanhol respeite o Brasil e os brasileiros", conclui Cordeiro. Fonte: Contraf-CUT

[caption id="attachment_6028" align="alignright" width="251"]fotobradesco O diretor Yasuki Niiuchi (segundo à esq, sentado), participa do encontro que discutiu as mudanças no plano previdenciário[/caption] Alterações foram apresentadas pelo banco nesta semana, mas ainda há pontos a esclarecer O Bradesco anunciou no último dia 21, durante reunião com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, mudanças no plano de previdência complementar dos funcionários. As entidades sindicais consideraram positiva a iniciativa de dialogar, mas criticaram o fato de o banco não abrir espaço para negociação sobre as alterações. O diretor do Sindicato e funcionário do banco Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. participou do encontro, realizado na Cidade de Deus, em Osasco. Os representantes do Bradesco apresentaram os pontos centrais do novo plano. Porém restaram muitas dúvidas, e as entidades sindicais solicitaram o regulamento do novo plano, que o banco ficou de entregar nos próximos dias. A instituição quer começar a divulgar as mudanças para os funcionários já na próxima semana, estabelecendo a validade a partir de outubro deste ano. Mas o movimento sindical alerta que é preciso cautela para evitar prejuízos. “Apenas com o regulamento em mãos poderá ser feita uma análise mais precisa das alterações. Precisamos verificar se realmente a mudança será positiva para o bancário, como alega o Bradesco, ou não. Assim que o movimento sindical fizer a avaliação ela será divulgada aos trabalhadores”, afirma o diretor sindical Yasuki. Também participou da reunião em Osasco o especialista em Previdência Complementar José Ricardo Sasseron, vice-presidente da Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão (Anapar), ex-diretor eleito da Previ e diretor da Contraf-CUT. “É fundamental a abertura de um processo de negociação com o movimento sindical para garantir aos trabalhadores a possibilidade de optar pelas melhores condições para o seu plano de previdência complementar”, enfatizou Sasseron, que deverá elaborar parecer técnico sobre o novo plano. Por enquanto, a principal orientação do movimento sindical é de precaução: os bancários não devem tomar nenhuma iniciativa relacionada ao plano de previdência até que todas as dúvidas sejam sanadas.

Apesar das mudanças, bancários do BB vindos da Nossa Caixa não devem desistir do plano de saúde, pois se quiserem retornar terão carências; movimento sindical busca alternativa A mudança que extingue os planos de saúde Plus e Plus II e institui o Economus Família foi questionada pelos representantes dos trabalhadores no Banco do Brasil. O questionamento pediu a imediata suspensão da alteração e a abertura de mesa de negociação, mas foi recusado. Diante da negativa, os dirigentes sindicais orientam os trabalhadores a não cancelar o Economus Família. “Foi uma mudança unilateral, sem ouvir os trabalhadores nem seus representantes, surpreendendo a todos. Mas é importante que os bancários não cancelem o plano, não se precipitem, pois poderão ser prejudicados. Se ocorrer o cancelamento, mesmo havendo a possibilidade de retorno, será necessário cumprir todas as carências exigidas, com se a pessoa estivesse entrando no plano agora”, afirma a diretora do Sindicato e funcionária do Banco Brasil Marilda Marin. O movimento sindical busca alternativas para tentar resolver o problema. O novo plano, o Economus Família, traz aumentos acima de 64% para os assistidos, bancários do BB que vieram da Nossa Caixa e que, muitas vezes, pagam pelos seus dependentes. A decisão foi tomada pelo Conselho Deliberativo do Economus, em fevereiro desse ano. O prazo para que o bancário se manifestasse pelo cancelamento terminou em 14 de julho, e a alteração é automática para quem não declarou a saída. “Não podemos aceitar uma mudança assim, sem consulta aos trabalhadores. Vamos estudar o que é possível fazer e insistir em defesa dos interesses dos bancários”, acrescenta a diretora sindical.

Objetivo principal é discutir demissões que estão ocorrendo no banco.
O presidente do Santander, Jesús Zabalza, anunciou finalmente que vai receber os representantes dos trabalhadores. A carta enviada pelo banco propõe 14 de julho como data do encontro. Os dirigentes sindicais querem discutir com Zabalza as demissões e do futuro da instituição no Brasil. O Santander demite e fecha postos de trabalho na mesma velocidade em que se destaca nas reclamações de clientes e usuários. De março de 2013 ao mesmo mês de 2014, o número total de funcionários da instituição foi reduzido em 10%, caindo de 53.484 para 48.651, mas os correntistas aumentaram de 27,3 milhões para 30 milhões de 2012 a 2013. Com isso o banco teve, em maio, o índice mais alto de reclamações de clientes junto ao Banco Central. Em 2013, foi o campeão de reclamações durante oito dos doze meses. A conquista da reunião foi fruto de diversas manifestações por mais contratações e melhores condições de trabalho. Muitas delas aconteceram na região do Grande ABC. Uma Jornada Internacional de Luta contra as Demissões também foi lançada. Atos de sindicatos bancários da CUT apoiados pela UNI Américas Finanças – braço sindical global que representa três milhões de trabalhadores de bancos em todo o mundo – cobraram do Santander no Brasil a reunião com Zabalza para reivindicar fim das demissões, a contratação de mais funcionários e melhores condições de trabalho.
 

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