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A Contraf-CUT, federações e sindicatos denunciaram nesta quinta-feira (12) o descaso do Santander com o emprego no Brasil, durante audiência com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, em Brasília. Os dirigentes sindicais salientaram que a política de demissões, rotatividade, corte de postos de trabalho, terceirizações e adoecimentos é nociva não somente para o emprego e as condições de trabalho, como também para a sociedade, que acabando pagando mais seguro-desemprego e auxílio-doença diante do afastamento cada vez maior de bancários.

Messias ouviu atentamente os bancários, reiterou o compromisso do Ministério em combater a alta rotatividade no país e se comprometeu a estudar as medidas que podem ser tomadas no âmbito do governo contra o processo de demissões no Santander e em defesa do emprego.

O Santander passou o Itaú e é hoje o banco que mais está cortando postos de trabalho. Isso ocorre ao mesmo tempo em que o banco obtém aqui 24% do lucro mundial, o que é um desrespeito com o Brasil e os brasileiros.

Com tantas demissões, faltam caixas e coordenadores na rede de agências, causando sobrecarga de serviços, desvio de função, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento de bancários, piorando as condições de trabalho e prejudicando a qualidade de atendimento aos clientes. O banco piorou até os serviços de limpeza, pois as agências passaram a ter somente algumas horas de faxina por dia.

Demissões em massa em 2012

O processo de demissões em massa ocorrido antes do Natal do ano passado foi discutido em duas audiências no Ministério, mas o banco negou o fato.

Após a determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que obrigou o banco a entregar para a Contraf-CUT os dados do Caged de janeiro a dezembro de 2012, o Dieese elaborou em janeiro deste ano um estudo comprovando as demissões em massa. Enquanto a média mensal de demissões sem justa causa era de 182 entre janeiro e novembro, o banco dispensou 1.153 funcionários em dezembro, o que impactou no corte de 975 empregos.

Clique aqui para ver o estudo do Dieese entregue para Messias.

O MPT entrou com uma ação civil pública contra o Santander, que se encontra aguardando sentença na 14ª Vara do Trabalho de Brasília.

Campeão de demissões em 2013

Novo estudo realizado pelo Dieese, com base nos balanços publicados pelos cinco maiores bancos do país nos primeiros nove meses deste ano, revela que o Santander lidera a redução de postos de trabalho, cujos cortes foram efetuados mensalmente ao longo do ano.

O levantamento mostra que o banco eliminou 3.414 empregos até setembro. Apenas no terceiro trimestre, a instituição decepou 1.124 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, a redução foi de 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários, que ficou em 50.578 em setembro.

Confira os números dos cortes dos bancos, exceto a Caixa, até setembro: - Santander: -3.414 - Itaú: -2.883 - Bradesco: -1.975 - Banco do Brasil: -1.529 - Caixa: +3.826

Clique aqui para ler o estudo do Dieese também entregue para Messias.

Todas essas demissões não são normais, como alegou o vice-presidente executivo sênior do Santander, José Paiva, durante reunião com dirigentes sindicais. O estudo aponta que, enquanto se verifica o sacrifício dos postos de trabalho, "assiste-se ao crescimento da remuneração dos executivos do banco, tanto no Brasil como em escala mundial". Entre 2010 e 2013, o ganho médio anual de um diretor do Santander cresceu 67% no país, chegando a R$ 7,915 milhões.

Além disso, observa-se que cresceu anualmente entre 2003 e 2013 o retorno total do acionista do Santander em todo mundo. Terceirização das homologações

Os dirigentes sindicais ainda denunciaram para Messias que, com a falta de pessoal na rede de agências e para reduzir custos, o banco deixou de enviar funcionários do banco como prepostos nas homologações junto à maioria dos sindicatos, passando a utilizar terceirizados.

O procedimento foi adotado no momento em que o movimento sindical está em guerra contra o Projeto de Lei (PL) 4330, que prevê a terceirização em todas as áreas das empresas.

A medida tem sido rejeitada pelas entidades sindicais, uma vez que a admissão e o desligamento são atividades-fim das empresas, não cabendo a terceirização.

Messias também ficou de estudar o assunto no Ministério do Trabalho. Participação

Também participaram da reunião no Ministério representantes da Fetec-SP, Feeb SP-MS, Fetraf RJ-ES, Fetraf MG, Fetrafi RS, Fetrafi NE, Fetec-CN, Fetec PR e Fetec SC e dos sindicatos de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso, Florianópolis, ABC e Guarulhos, e da Afubesp.

Fonte: Contraf-CUT

Banco propõe fazer regularização dos cargos que passam a ter os mesmos direitos previstos para toda a categoria.
 
Somente em São Paulo estão 1.218 desses trabalhadores  que vão virar bancários.
O Bradesco anunciou em negociação com a Comissão de Empresa nesta quarta-feira 11 que fará o enquadramento como bancários de 2.012 comerciários que atuam no setor de financiamento de automóveis em 22 estados do país. Desses, 1.218 estão em São Paulo.
A proposta do banco foi apresentada após ação judicial movida pelo sindicato no Rio de Janeiro. Em São Paulo, já havia denúncias ao Ministério Público sobre o desvio de função desses profissionais. Diante disso, esses trabalhadores passariam a receber todos os direitos da categoria previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que tem validade nacional. Atualmente, 800 desses funcionários têm função administrativa e recebem somente a PLR da CCT.
Jornada
A jornada de 44 horas, cumprida atualmente de segunda a sábado, será reduzida e enquadrada na jornada dos bancários. De acordo com compromisso do banco, se trabalhar aos sábados e ou domingos, os trabalhadores receberão um valor chamado plantão e uma folga correspondente de no mínimo dois finais de semanas cheios, sábado e domingo, como é previsto pelo acordo do Telebanco. Remuneração – Como a base de remuneração desses profissionais é variável, o banco propõe incorporar a comissão média dos últimos 12 meses para que não tenham prejuízo.
Os trabalhadores passariam a fazer parte, também, do encarreiramento do banco. Outra conquista garantida seria a vale-cultura para todos. O auxílio-doença, atualmente de seis meses, passa a ser de 24 meses. Demissões – Os representantes dos trabalhadores na COE questionaram a respeito das dispensas que aconteceram nos últimos meses, mas os negociadores do Bradesco afirmaram não estar em curso nenhum processo de dispensas. 

Bancários recebem ainda esta semana último salário do ano

O Santander vai realizar o pagamento adiantado do salário na sexta-feira 13. Neste ano a compensação será antecipada porque dia 15 – data em que tradicionalmente os funcionários do banco espanhol recebem a remuneração do último mês do ano – cai no domingo.

O Itaú abrirá na próxima segunda-feira, dia 16 de dezembro, o período de inscrições para o recebimento do auxílio-educação dos funcionários, que pelo acordo negociado e assinado com o banco este ano valerá também para uma segunda graduação e pós-graduação. As inscrições vão até 31 de janeiro e podem ser feitas pelo portal RH do site do Itaú.

O acordo de melhoria do auxílio-educação foi conquistado pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessorada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE), em negociação realizada com o Itaú no dia 17 de outubro deste ano. Foi na mesma negociação que o funcionalismo garantiu o valor total de R$ 4.030 para a Participação Complementar nos Resultados (PCR), para o período de 2013 e 2014 aos funcionários do Itaú.

O auxílio-educação será composto por 5.500 bolsas, das quais 5 mil destinadas a bancários e 500 para trabalhadores não bancários da holding. O valor da bolsa será de R$ 320.

A novidade é a conquista da extensão das bolsas para a segunda graduação e pós e também a manutenção da cota de 1.000 bolsas destinadas preferencialmente para pessoas com deficiência.

Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reúnem nesta quinta-feira (12), às 11h30, com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias Nascimento Melo, em Brasília, para discutir os problemas de emprego no Santander. O encontro foi agendado pelo movimento sindical, procurando apoio do poder público diante das demissões que não param no banco espanhol.

Lucros, rotatividade e corte de empregos

Mesmo com o lucro líquido de R$ 4,3 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, o Santander demitiu milhares de trabalhadores e extinguiu 3.414 empregos no mesmo período. Apenas no terceiro trimestre, a instituição eliminou 1.124 postos de trabalho.

Nos últimos 12 meses, a redução alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários que ficou em 50.578 em setembro, segundo análise do Dieese.

Demissões em massa

Há exatamente um ano, os bancários estiveram no MTE denunciando a ocorrência de demissões em massa no Santander. Embora negadas pelo banco, elas acabaram sendo confirmadas após a entrega dos dados do Caged pelo banco ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A instituição dispensou 1.175 funcionários sem justa causa em dezembro, o que provocou a extinção de 975 vagas.

Este ano, conforme os balanços trimestrais publicados pelo banco, o fechamento de postos de trabalho foi permanente e muito maior, extinguindo 3.414 empregos até setembro, o que é injustificável. O Santander é hoje o banco que mais está demitindo no Brasil, superando o Itaú.

Condições precárias de trabalho

Com tantas demissões, faltam caixas e coordenadores na rede de agências, provocando sobrecarga de serviços, desvio de função, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento de bancários, piorando as condições de trabalho e prejudicando o atendimento aos clientes.

Homologações com prepostos terceirizados

Com a falta de pessoal na rede de agências e para reduzir custos, o banco deixou de enviar funcionários do banco como prepostos nas homologações junto à maioria dos sindicatos, passando a utilizar terceirizados.

A medida tem sido rejeitada pelas entidades sindicais, uma vez que a admissão e o desligamento são atividades-fim das empresas, não cabendo a terceirização.

A assessora jurídica da Contraf-CUT, Deborah Blanco, observa também que "a súmula 377 do TST deixa muito claro que, à exceção das reclamações trabalhistas de domésticas, microempresas ou empresas de pequeno porte, todos os demais casos se exige que o preposto seja empregado da empresa".

Demissões não são "normais"

O problema do emprego foi discutido no último dia 28 com o vice-presidente executivo sênior do Santander, José Paiva, responsável pela área de Recursos Humanos (RH). Ele reconheceu que estão acontecendo dispensas e que continuarão ocorrendo, dizendo que são "normais". Os dirigentes sindicais rebateram, afirmando que para os trabalhadores, principais responsáveis pelos lucros bilionários do banco, são anormais e nada contribuem para melhorar o atendimento e a eficiência da instituição.

Milhões para executivos

Enquanto milhares de trabalhadores e trabalhadoras perdem seus empregos, altos executivos do banco ganham milhões de reais por ano, o que é totalmente descabido e inaceitável.

Cada diretor do Santander embolsou, em média, R$ 5,62 milhões no ano passado, o que significa 119,2 vezes o salário de um caixa do banco, segundo estudo do Dieese. Para ganhar a remuneração mensal de um executivo, esse caixa tem que trabalhar 10 anos no banco, o que é um absurdo.

Queremos emprego decente

Os trabalhadores irão solicitar o apoio do MTE para que parem as demissões, a rotatividade, o corte de empregos e a terceirização dos prepostos nas homologações do Santander. Querem emprego decente e que o banco amplie as contratações para garantir condições dignas de trabalho e atendimento de qualidade aos clientes.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal informou nesta segunda-feira, dia 9, que irá antecipar o pagamento dos salários de dezembro para o dia 16 e o crédito do auxílio e cesta-alimentação para o dia 13. Em nota, o banco público ressaltou que a antecipação do pagamento é um reconhecimento ao trabalho de todos os empregados para o alcance dos resultados da empresa. O documento divulgado pelo banco destacou o forte registro de crescimento em 2013 da carteira de crédito, recorde de contratações no crédito imobiliário, na poupança e lucro recorde no primeiro semestre. Os bons resultados apresentados pela Caixa são fruto do esforço e dedicação dos seus empregados, no entanto, as condições de trabalho precisam melhorar. O número de trabalhadores é insuficiente diante da ampliação do crédito. Lucro A Caixa Econômica Federal obteve lucro líquido de R$ 5 bilhões nos nove primeiros meses de 2013 com aumento de 19,3% em comparação ao mesmo período do ano passado e, na contramão do que vem fazendo os bancos privados, com geração de empregos e ampliação do número de agências. Conforme análise do balanço feita pela subseção do Dieese na Contraf-CUT, o número total de empregados no banco, em setembro de 2013, foi de 96.752, com a criação de 3.826 postos de trabalho em 2013, perfazendo 7.015 novas vagas em relação a setembro de 2012, o que representa crescimento de 11,54% no quadro de pessoal. Foram também inauguradas 608 agências nos últimos 12 meses, sendo 307 até setembro deste ano. Fonte: Contraf-CUT

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