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Santander decepciona com proposta sem avanços para acordo aditivo

Santander
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Na terceira rodada de negociação ocorrida nesta terça-feira (14) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, o Santander apresentou uma proposta sem avanços para a renovação do acordo coletivo aditivo do banco à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os dirigentes sindicais ficaram decepcionados, pois, após 30 dias da segunda rodada, ocorrida em 15 de setembro, o banco não trouxe nada de novo, frustrando a grande expectativa dos funcionários.

"Os trabalhadores do Santander estão decepcionados com o banco. O Santander não atende a pauta de reivindicações específicas dos funcionários e não trás nada de novo", disse Eric Nilson, presidente do Sindicato e funcionário do banco que participou da negociação. O banco lucrou R$ 2,9 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que permite fazer uma nova proposta com avanços e que venha ao encontro dos anseios dos bancários e o aditivo é uma boa oportunidade para definir propostas que contribuam para mudar a gestão equivocada do banco e melhorar as condições de trabalho.

Proposta insuficiente

A proposta entregue para o aditivo não passa de uma nova redação para cinco cláusulas do aditivo vigente. Há atualização de procedimentos sobre licença adoção, desconto de mensalidade sindical e incentivo à sindicalização. Já o novo texto para a cláusula de igualdade de oportunidades não inclui medidas concretas e efetivas para combater as discriminações. 

A redação para a cláusula de bolsas auxílio estudo, por sua vez, foi muito criticada pelos representantes dos trabalhadores. O banco mantém a concessão de até 2.500 bolsas para a primeira graduação, no valor de 50% da mensalidade, congelando o limite de R$ 442,80, que vinha sendo atualizado ano a ano pelo índice de reajuste da categoria, exceto em 2013. A novidade é que, caso sobrem vagas, elas poderão ser concedidas para segunda graduação. 

Emprego e melhores condições de trabalho

Os dirigentes sindicais lembraram ao Santander que, durante as negociações da convenção coletiva, a Fenaban disse que várias reivindicações deveriam ser discutidas banco a banco, como emprego, metas abusivas, plano de saúde e previdência complementar. 

Os bancários combram o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, mais contratações para acabar com a falta de funcionários e a sobrecarga de serviços, e um ambiente saudável de trabalho para evitar o adoecimento e o afastamento de bancários. 

Os representantes dos trabalhadores destacam ainda a criação de um centro de realocação de funcionários sobretudo diante do fechamento de agências, a realização de eleições democráticas e transparentes no SantanderPrevi, a isenção de tarifas e a redução das taxas de juros para funcionários e aposentados.

Nova rodada foi agendada para a quinta-feira (23), às 10h30.


Fonte: Contraf-CUT

[caption id="attachment_6827" align="alignnone" width="300"]eric_santander Eric, presidente do Sindicato, participa das negociações com o Santander[/caption]
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