Na contramão de todos os demais bancos que publicaram balanços com lucros bilionários no primeiro semestre de 2014, o HSBC no Brasil apresentou prejuízo líquido de R$16,3 milhões. No mesmo período do ano passado apresentou lucro líquido de R$ 464,7 milhões, indicando tendência de queda dos resultados, uma vez que esse valor já apresentava forte retração em comparação a 2012. É a primeira vez, desde que o banco chegou ao Brasil em 1997, que o HSBC apresenta resultado negativo em seu balanço.
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Faltam informações
O resultado antes dos impostos e das participações foi de R$ 80,8 milhões, mas, mesmo assim, foram contabilizados R$ 171 milhões a título de participações no lucro. O HSBC não explica como foi distribuído e quem foi contemplado com esse montante. Esse pagamento efetuado contrasta com o resultado negativo apresentado no semestre.
No fim do mês de agosto o banco pagou para aqueles gerentes que atingiram o cumprimento de suas metas valores aleatórios, de acordo com a performance individual. Casos de pagamentos de R$200 a R$10 mil, que obviamente não justificam o montante de R$ 171 milhões contabilizado.
As Operações de Crédito cresceram 6,7% em doze meses, atingindo um montante de R$ 64,0 bilhões. As operações com pessoas físicas caíram 0,3% em relação a junho de 2013, chegando a R$ 19,5 bilhões. As operações com pessoas jurídicas, por sua vez, alcançaram R$ 44,5 bilhões, com elevação de 10,1% comparado ao mesmo período do ano passado.
O Índice de Inadimplência superior a 90 dias manteve-se praticamente estável, com redução de 0,1 pontos percentuais, atingindo a marca de 4,2% no semestre. Ainda assim, o banco reduziu suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) no primeiro semestre de 2014 em 37,4%, atingindo um total de R$ 1,1 bilhão.
O banco reduziu seu quadro de funcionários em 417 postos de trabalho se comparado a junho de 2013. Assim, o número total de empregados do banco, no país, é de 21.911 trabalhadores. O número de agências bancárias do HSBC no Brasil foi reduzido em 14 unidades entre junho de 2013 e junho de 2014, totalizando hoje 853 agências, sendo que 11 delas foram fechadas nos seis primeiros meses do ano.
'Resultado não espelha esforço dos bancários'
Infelizmente, o resultado apresentado não espelha o esforço do corpo funcional, submetido às péssimas condições de trabalho e ao assédio moral para o cumprimento das metas. Estranhamos ainda mais o resultado apresentado dado o nível de reversão de provisionamento para créditos duvidosos da ordem de R$700 milhões. Outra questão do balanço, não menos preocupante, é que o banco está no seu limite de alavancagem, dadas as regras de Balileia, que dificulta a realização de novos negócios.
Diante do valor de R$ 171 milhões a título de participação nos lucros, registrados no balanço semestral, os funcionários deverão exigir do banco o cumprimento do que será acordado na Campanha Nacional dos Bancários 2014, com relação à PLR.
Fonte: Contraf-CUT
Bancos
Negociação específica com o BB sobre igualdade e segurança não avança
A rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, realizada nesta segunda-feira (1º), no Edifício Sede, em Brasília, pouco avançou nos temas sobre igualdade de oportunidades e segurança bancária. O BB não apresentou propostas efetivas dos itens que constam na minuta de reivindicações.
Gedip
Antes do início das discussões dos temas previstos para esta segunda-feira, o Comando cobrou informações sobre as mudanças nos parâmetros de cobrança no programa de Gestão de Disciplina de Pessoal (Gedip). Com a alteração feita pelo banco, o valor mínimo passou para R$ 600,00. Anteriormente não havia valor mínimo de cobrança na Gedip. Segundo o BB, uma média de 80% dos processos do Gedip acabariam com essa mudança.
Os bancários cobram uma mesa específica sobre Gedip para debater os mecanismos de apuração de responsabilização pecuniária em casos de falha em serviço, onde tem acontecido cobranças indevidas, que são descontadas direto trabalhador por meio do processo automatizado. O movimento sindical reivindica a inclusão de um processo de defesa no Gedip.
PCMSO
O Comando Nacional reivindicou melhorias nos procedimentos do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Em municípios onde não existe a possibilidade de realização do exame, os representantes dos trabalhadores cobram a cobertura de custos de locomoção e abono do dia, se não houver o cumprimento do contrato do PCMSO.
Adicional de periculosidade e condições de trabalho
Vários funcionários do BB sofrem com condições adversas de trabalho em regiões que ficam mais expostas a condições com risco à saúde, como refinarias. O movimento sindical reivindicou a extensão aos bancários que trabalham nesses locais de risco o adicional de periculosidade conquistado pelos vigilantes em legislação específica.
Reformas nas agências do BB durante o horário de expediente com consequências à saúde dos trabalhadores e população continuam e o Comando denunciou essa prática.
Segurança bancária
O funcionalismo reivindica que todas as agências tenham todos os quesitos de segurança como porta-giratória com detector de metais e proibição do transporte de valores por bancários. Outro item da pauta específica é a atualização da indenização para funcionários que sofreram assaltos, sequestro ou extorsão. O Comando Nacional dos Bancários também tem discutido fortemente o tema na mesa de negociação com a Fenaban.
No Programa de Assistência às Vítimas de Assalto e Sequestro (Pavas), os dirigentes sindicais reivindicaram que os funcionários participantes tenham a opção de escolher a unidade de preferência para retornar ao trabalho.
Tratamento para vítimas de assédio moral e sexual
O Comando e a Comissão de Empresa propuseram a criação de um programa de atendimento posterior para as vítimas de assédio moral e sexual comprovados. Os negociadores não demonstraram disposição para avançar no tema com a justificativa de que já existem os Comitês de Ética do banco.
Igualdade de oportunidades
No tema sobre igualdade de oportunidades, o BB disse que não pode discutir a cláusula de concessão de licença-prêmio para todos os funcionários com a justificativa de que o Dest (órgão do Ministério do Planejamento que cuida das empresas públicas) não libera a implementação. De acordo com o banco, o departamento também não se mostra disposto a avançar para férias de 35 dias para todos os funcionários com mais de 20 anos na carreira no banco, bem como para adiantamentos para os egressos de bancos incorporados (mesmo que não tenha aderido ao regulamento do BB.
A opção de uma identidade social com o nome que o bancário desejar é um avanço das mesas de negociação. O item beneficia bancários transsexuais e outros funcionários que preferem ser identificados por um nome diferente do que foi registrado.
O movimento sindical também pediu isonomia de direitos para os bancários que atuam no exterior, bem como a garantia de representação desses trabalhadores.
Próxima negociação
A próxima mesa de negociação específica tratará de remuneração e demais itens restantes da minuta específica e ocorrerá na manhã do dia 12 de setembro, em São Paulo.
Fonte: Contraf-CUT
Caixa frustra em negocição sobre Funcef, isonomia de direitos e aposentados
A intransigência da Caixa Econômica Federal marcou a segunda rodada de negociação da pauta específica de reivindicações da Campanha 2014 com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
A reunião foi realizada na sexta-feira (29), em Brasília, ocasião em que o banco não apresentou contraproposta para solucionar demandas relativas à Funcef, aposentados e isonomia de direitos.
Desde a primeira rodada de negociações, em 21 de agosto, os trabalhadores têm feito propostas detalhadas para cada reivindicação da pauta específica com a expectativa de que os negociadores da Caixa trouxessem soluções para itens como saúde do trabalhador, Saúde Caixa, programa de Desempenho de Gestão de Pessoas (GDP), Funcef, aposentados e isonomia. No entanto, isto não só não aconteceu, como o resultado da negociação desta sexta-feira foi frustrante, sobretudo por não registrar avanços satisfatórios.
Funcef
As negativas da Caixa começaram pelas demandas sobre a Funcef. De início, o banco recusou-se a reconhecer o CTVA como verba salarial para fins de aporte à Fundação, tanto para os que saldaram quanto para os que permaneceram no REG/Replan não-saldado. O banco argumentou não ser viável o reconhecimento do CTVA, informando que o assunto poderá ainda ser avaliado.
Também foi negado o fim da discriminação ao pessoal do REG/Replan não-saldado, de forma a que seja garantido aos participantes deste plano de benefícios da Funcef o direito de migrarem para o PCS 2008 e para o PFG 2010. O entendimento das entidades sindicais é de que a postura da empresa se constitui em retaliação a esses empregados, pelo fato dos mesmos terem simplesmente optado por não aderir ao Novo Plano, algo que lhes foi facultado à época do saldamento. Foi reivindicado ainda o fim da discriminação aos trabalhadores que possuem ações trabalhistas contra a Caixa.
O Comando considera importante o avanço que o GT na Funcef conquistou em itens como auxílio e cesta-alimentação, abono e Pams, cabendo à Caixa a responsabilidade integral por essas demandas. Diante disso, o movimento sindical reivindica que essa mesma situação se reflita também nas questões relacionadas a CTVA, horas extras e outras reivindicações dessa natureza.
Há aproximadamente 14.652 processos e, até maio deste ano, o provisionamento para perda era de R$ 1,69 bilhão, cujo principal objeto é de caráter trabalhista. Como patrocinadora, a Caixa não pode impor o custo desse contencioso nas costas da Funcef e de seus participantes.
A Caixa, por outro lado, mostrou-se disposta a dar continuidade a esse debate, com o intuito de buscar resolver o problema, apesar de considerar difícil uma solução satisfatória, dada a magnitude da situação.
O fim do voto de Minerva, outro ponto crucial defendido pela representação nacional dos empregados, foi negado ainda pelo banco. A Caixa recusou-se também a atender o item da obrigatoriedade de que os indicados para cargos de direção da Funcef sejam empregados em atividade ou aposentados, participantes da Fundação. A alegação é de que essas reivindicações se referem a prerrogativas conferidas pela legislação às patrocinadoras dos fundos de pensão.
Inicialmente irredutível para a exigência de corrigir as verbas salariais das mulheres pré-79, que se aposentaram antes do ano de 1979 ganhando menos que os homens, a Caixa acenou com a proposta de levar novamente esse assunto para uma reavaliação. Atualmente, existem 4.700 mulheres nessa situação a um custo atuarial e financeiro que totalizam R$ 48 milhões, com base nos números de abril deste ano. São mulheres que se aposentaram proporcionalmente.
Os dirigentes sindicais cobraram informações a respeito do processo de incorporação do REB pelo Novo Plano. Em resposta ao pedido, os representantes da Caixa comunicaram que o assunto está sob apreciação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e das áreas técnicas da própria empresa e da Funcef.
Aposentados
O debate sobre as reivindicações relativas aos aposentados foi iniciado com dois registros. Um deles diz respeito à participação de Edgar Antonio Lima, que assume a presidência da Fenacef com a morte recente de Décio da Carvalho, passando a integrar a CEE/Caixa.
O outro registro esteve relacionado ao Dia do Bancário, comemorado na data de 28 de agosto. Foi ressaltada, nesse particular, a força da categoria bancária, uma das únicas no país que possui uma Convenção Coletiva de Trabalho válida para todos os bancários (públicos e privados).
Na Caixa, o reconhecimento do empregado como integrante da categoria se deu a partir da greve de 1985, quando em 30 de outubro daquele ano os trabalhadores fecharam 100% das agências e unidades da empresa em todo o país, para exigir jornada de trabalho de seis horas e o reconhecimento à condição de bancários, o que implicava em direito à sindicalização.
Uma das demandas para os aposentados na pauta de reivindicação específica é a extensão do Saúde Caixa aos trabalhadores que se aposentaram por meio de Programa de Apoio à Demissão Voluntária (PADV). A Caixa mostra-se disposta a debater o assunto, caso haja uma nova variável a respeito do tema.
No momento, porém, a posição é de não atendimento da reivindicação, considerada pela empresa financeiramente inviável.
O fim dessa injustiça e discriminação contra 4.765 pessoas é um dos itens da pauta específica da Campanha 2004. Para reafirmar essa luta, o Comando tem reunido dados para realizar estudo com o objetivo de apresentar uma nova variável ao banco.
A Caixa não avançou também no quesito da extensão do auxílio e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas, inclusive aos desligados por PADV. Ficou, porém, de apresentar o quantitativo de ações transitadas em julgado com decisões desfavoráveis aos empregados. Foi negado ainda o pagamento de abonos e PLR aos aposentados e pensionistas.
Em relação à criação de um programa de renegociação de dívidas, com taxa de juros que viabilize o pagamento do débito, sem comprometer a sobrevivência de todos os empregados nessa situação, os representantes do banco informaram que estão realizando um programa-piloto, devendo apresentá-lo até março de 2015. O Comando solicitou mais informações a esse respeito, para que possa contribuir com essa discussão.
Ficou mantida a isenção de taxas e tarifas aos aposentados e pensionistas, na mesma proporção oferecida aos empregados em atividade. A luta, agora, é para garantir que o benefício esteja em acordo coletivo.
Isonomia de direitos
O Comando voltou a cobrar equiparação de direitos de todos os empregados em relação à licença-prêmio e ao Adicional por Tempo de Serviço (ATS). Ambas as reivindicações foram consideradas complexas pela Caixa, que alegou a falta de autorização por parte dos controladores para tratar desses temas nas negociações específicas. Houve protesto e o Comando insistiu para que o banco apresente os números a respeito de eventuais impactos, caso a extensão desse direito seja concedida aos demais bancários. Cobrada a esse respeito, a Caixa se comprometeu a fazer esse estudo.
No debate sobre a revisão da Estrutura Salarial Unificada (ESU) e do Plano de Cargos e Salários (PCS) da carreira administrativa com valorização salarial, o Comando reivindicou um plano similar ao que foi feito para a carreira profissional, mas o banco alegou dificuldade financeira e quantidade de empregados para atender ao pedido.
Foi pleiteada uma avaliação do PCS de 2008, tendo em vista que esse plano completou seis anos. O entendimento é de que seria importante fazer essa avaliação com base no quadro de pessoal e outras questões igualmente pertinentes. A Caixa se comprometeu a analisar essa possibilidade.
O Comando voltou a cobrar da Caixa a participação irrestrita em PSI para optantes do REG/Replan, assim como a eliminação de toda e qualquer discriminação em processos seletivos internos, estágio probatório ou qualquer outra situação, em razão de idade, pessoas com deficiência, orientação sexual, gênero, etnia ou qualquer outra condição, incluindo empregados aposentados pelo INSS que permanecem em atividade.
A resposta da Caixa foi de que não existe orientação para que ocorra qualquer tipo de discriminação. Na ocasião, inclusive, foi formalizada a denúncia de que, Brasil afora, mulheres gestantes com funções gratificadas vêm perdendo esses cargos sumariamente pelo simples fato de estarem grávidas.
A Caixa ainda recusou-se a manter as gratificações dos empregados envolvidos em processos de apuração sumária, até que a situação seja concluída. Os dirigentes sindicais reivindicaram o direito à ampla defesa para esses empregados, o que vem sendo negado peremptoriamente pelo banco.
Para reforçar o pedido de manutenção das gratificações, os representantes dos empregados relataram um caso ocorrido em Curitiba (PR), na agência Comendador, pelo qual o empregado Airton Malaski foi punido com a perda da função devido a ter sido testemunha em ação perpetrada por uma bancária aposentada. A Caixa ficou de apurar a denúncia, alegando que tal procedimento não possui amparo nos normativos da empresa.
Foram pontuados ainda os problemas vivenciados pelos dirigentes sindicais liberados e a empresa ficou de retornar com uma posição.
Vale-Cultura
A representação nacional dos empregados reivindicou a concessão do vale-cultura a todos os trabalhadores. O benefício é uma conquista da Campanha 2013, mas contempla apenas os empregados que recebem até cinco salários mínimos, o que representa menos de 25% do quadro total de empregados do banco.
A proposta do Comando prevê, no entanto, desconto zero para quem ganha até cinco salários mínimos e desconto variando de 10% a 60% para faixas salariais acima desse valor. A Caixa ficou de analisar essa proposta.
Avaliação
O Comando avalia que a Caixa precisa apresentar uma proposta decente para o desfecho das negociações específicas da Campanha 2014. Isto é visto como fundamental para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às reivindicações específicas como quanto às demandas gerais tratados na mesa única de negociações da categoria com a Fenaban.
Novas rodadas
Nas próximas rodadas, que ocorrerão nos dias 8 e 12 de setembro, serão negociados os temas segurança bancária e terceirização, que seriam discutidos na reunião desta sexta-feira. Nessas ocasiões, haverá ainda debates sobre carreira, contratação de pessoal, condições de trabalho, jornada de trabalho/Sipon e organização do movimento.
Mobilização
O Comando reforça a orientação às entidades sindicais de todo o país para que intensifiquem a mobilização e realizem na próxima semana em todos os locais de trabalho o plebiscito popular sobre o sistema político, que acontecerá de 1º a 7 de setembro.
Uma das formas de garantir a participação dos empregados é a utilização pelos sindicatos das mesmas urnas e dos mesmos roteiros usados por ocasião das eleições sindicais.
Fonte: Contraf-CUT
Comando faz nova rodada de negociação específica com BB nesta segunda
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, realiza nesta segunda-feira (1º), em Brasília, a segunda rodada das negociações específicas com a direção do BB, desta vez para discutir as reivindicações sobre segurança bancária e igualdade de oportunidades. Será às 10h, no Edifício Sede I do BB.
Segundo Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, esses temas são de grande interesse pois afetam o cotidiano dos trabalhadores: "Os funcionários têm sido vítimas da violência, de assaltos e sequestros e reivindicam ações preventivas para proteger a vida e garantir mais segurança nos locais do trabalho".
Com relação às reivindicações de igualdade de oportunidades o dirigente destaca a questão da isonomia e da inclusão. "Vamos discutir a questão da isonomia de direitos dos funcionários pós 98 e dos egressos de bancos incorporados. Também vamos discutir a inclusão e a garantia de oportunidades iguais para as pessoas com deficiência", destaca.
Calendário de negociações específicas
O A próxima rodada de negociação será no dia 12 de setembro, onde será debatido os tema remuneração.
Ao longo do processo negocial, novas rodadas poderão ser marcadas.
Como foi a primeira rodada de negociação específica com o BB
Veja abaixo como foi a primeira rodada de negociação, realizada no dia 22 de agosto em Brasília.
Novas contratações
Os dirigentes sindicais cobraram do BB mais contratações, uma vez que nos últimos anos o banco tem reduzido o número de funcionários, o que tem gerado sobrecarga de trabalho em praticamente todas as unidades.
Dados retirados no mesmo dia da negociação do Sistema de Informações do Banco do Brasil (SISBB) apontam que há no país cerca de 5.600 vagas em aberto.
O Comando reivindicou do banco a reposição desses postos de trabalho, uma vez que o banco já abriu e ainda inaugurará novas agências. "Não faz sentido todas as unidades reclamarem da falta de funcionários, o banco não contratar e ainda abrir 86 agências reduzindo o quadro de pessoal", afirma Wagner Nascimento.
Gedip
Os representantes dos funcionários cobraram também do BB uma solução para o aprimoramento dos processos envolvendo o GEDIP - a apuração de falhas em serviço, que tem sido feito em rito sumário, responsabilizando os bancários e muitas vezes colocando o risco do negócio para os trabalhadores, quando é responsabilidade do banco.
O BB anunciou que na próxima negociação anunciará algumas mudanças já em andamento nesse processo.
Licença-saúde e descomissionamentos
Um grande mal que tem acometido os bancários do BB é o descomissionamento quando o funcionário fica mais de 90 dias em licença saúde. A norma interna prevê que entre 90 e 180 dias a prerrogativa de retirar a comissão referente ao cargo é de competência das unidades. Após 180 dia é automático.
Os dirigentes sindicais reivindicaram que seja criada uma forma de dar maior proteção aos trabalhadores em licença saúde quando do seu retorno.
PSO
Após cobrança do Comando, o banco informou que já tem debatido com as diretorias os temas sobre Plataforma de Suporte Operacional (PSO), que agrega caixa, gerente de serviço e tesouraria, e que apresentará propostas durante o decorrer do processo negocial.
Cassi e plano de saúde
A representação dos funcionários fez questão de afirmar ao BB que muitas propostas acerca das questões de saúde dos trabalhadores envolvem o convênio do banco com a Cassi, mas não necessariamente devam ser tratadas na Caixa de Assistência.
O banco sempre afirma que as questões de Cassi devem ser resolvidas na Cassi entre banco e eleitos.
"Quando falamos dos benefícios e auxílios previstos nos acordos e normativos, estamos falando de plano de saúde e não de Cassi, para que não haja discriminação aos funcionários oriundos de bancos incorporados", salienta Wagner.
"O que acontece muitas vezes é que o banco cria dificuldades para estender um benefício a um funcionário incorporado, pois o normativo exige que ele seja filiado à Cassi. Ao mesmo tempo, o banco não permite que ele se filie à Cassi. Outra questão importante é que melhorias na Cassi estão entre as reivindicações dos funcionários e vamos sim levar para a mesa de negociações e até constar em acordo assinado como em anos anteriores", ressalta o coordenador da Comissão de Empresa.
O diretor eleito da Cassi, William Mendes, participou da reunião como ouvinte, auxiliando os funcionários nas questões envolvendo a operacionalização do convênio BB/Cassi e o encaminhamento das propostas na Caixa de Assistência.
Expectativas
"Embora as respostas concretas, com mais profundidade, devem sair nos próximos debates, a nossa expectativa é de que possamos avançar ao longo de todo o processo de negociação. Os casos envolvendo a cobrança diária de metas, no nosso entender, têm causado adoecimentos e piorado significativamente as condições de trabalho. Por isso, o debate foi bastante intenso nas questões envolvendo licenças de saúde e proteção contra descomissionamento no retorno de licenças", avaliou Wagner do Nascimento.
Fonte: Contraf-CUT
Bancários criticam novo modelo de bônus em apresentação do HSBC
Em reunião ocorrida nesta terça-feira ( 26) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, em Curitiba, o HSBC fez uma apresentação detalhada do novo modelo de remuneração variável, chamado de bônus discricionário, que substitui o Programa Semestral Variável (PSV). Segundo o banco inglês, o novo pagamento leva em consideração não apenas a venda de produtos (indicadores financeiros), mas também indicadores não-financeiros e avaliação de comportamento.
"Teoricamente, a metodologia é adequada ao bom atendimento dos clientes, contudo, na prática, os gestores continuam priorizando as vendas. Além disso, a subjetividade tem sido utilizada para rebaixar as avaliações", critica Cristiane Zacarias, a nova coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.
Os bancários das áreas de Gerência PF e PJ, Canal de Atendimento e Central de Cobrança recebem nesta quarta (27) o primeiro bônus semestral referente ao desempenho nos primeiros seis meses de 2014.
Para Silvia Higa, do RH Performance do HSBC, que iniciou a apresentação, o novo modelo de remuneração variável está em sintonia com o realinhamento do banco no mercado financeiro, que passa a ter como foco o cliente. A partir deste pressuposto, segundo ela, os resultados deixam de ser fruto exclusivamente das metas e a bonificação passa a ser composta por novas variáveis que não unicamente a venda de produtos, como no PSV. Com isso, os gestores passam a interferir diretamente nas avaliações, com decisões que impactam na remuneração, destacou.
Histórico
Em 2013, o HSBC implantou o bônus discricionário como projeto-piloto para cerca de 300 bancários. Em 2014, todos os demais funcionários, que eram remunerados pelo PSV, começam a receber a bonificação.
Nos primeiros seis meses do ano, o banco avaliou os indicadores financeiros, não-financeiros e comportamentais de todos os elegíveis. De 1º a 15 de agosto, o resultado foi encaminhado para Comitês de Calibração, que tem por objetivo equacionar possíveis distorções. Por fim, de 15 a 22 de agosto, os gestores deram um feedback das avaliações aos bancários.
O superintendente de Relações Sindicais e Trabalhistas do HSBC, Marino Roberto Rodilha, afirmou que o novo modelo de remuneração variável está em consonância com a política global do HSBC e que o banco está disposto, inclusive, a arcar com perdas financeiras para se realinhar no mercado.
Segundo ele, diferente do PSV, o bônus terá reflexos no 13º salário, nas férias e no FGTS. Ele apresentou ainda dados comparativos entre o primeiro semestre de 2013 (projeto-piloto) e 2014: no ano passado, de todos os elegíveis, 76% receberam a bonificação; já em 2014, o número caiu para 65%.
Avaliação
Após a apresentação do HSBC, os dirigentes sindicais expuseram a opinião sobre o bônus discricionário. Os principais questionamentos foram com relação à subjetividade imposta pelo novo modelo e a confiabilidade nos critérios que determinam o pagamento, além da situação de demitidos e afastados durante o processo de avaliação.
"Levando em consideração o número de bancários que já procuraram os sindicatos, fica claro que o HSBC não conseguiu dar transparência ao processo, pois, em alguns casos, nem mesmo os gestores sabem explicar se foram as vendas ou o comportamento que determinou o resultado", critica Cristiane.
Embora concordem com a desvinculação entre a remuneração variável e as metas abusivas, os representantes dos trabalhadores destacaram que, na prática, isso não tem acontecido. "O que observamos é que esse discurso e essa filosofia não se refletem no dia-a-dia do bancário. Pois, mesmo após seis meses deste novo modelo, as metas continuam imperando e o número de afastamentos por adoecimento do trabalho aumentou", destacou Alan Patrício, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.
Ele reforçou também que o novo modelo de bônus é exclusivo, quando não inclui entre os elegíveis cerca 15 mil bancários do HSBC e, entre os possíveis bonificados, deixa 35% sem pagamento. "Gostaríamos de ver um programa que buscasse satisfazer todos os bancários e não apenas determinado segmento do banco", acrescentou Alan.
Além disso, os dirigentes sindicais manifestaram preocupação com o pagamento do Programa Próprio de Remuneração Administrativo (PPR), que será efetuado em fevereiro, e também com a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
"Diante dos resultados do primeiro semestre, nós já conhecemos o discurso que normalmente o HSBC adota para rebaixar a PLR dos bancários. Por isso, reiteramos aqui a nossa preocupação com o seu pagamento. Não podemos aceitar que um banco que se diz global pague uma PLR vergonhosa para seus funcionários", alertou Valdecyr Pereira Rios, diretor da Fetec-CUT Centro-Norte.
Por fim, o HSBC ficou de levantar o custo total com o pagamento do bônus discricionário e o número de bancários que se enquadram neste novo modelo de remuneração variável.
Fonte: Contraf-CUT
HSBC realiza negociação nesta terça
O HSBC agendou uma negociação com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, que ocorrerá nesta terça-feira (26), às 9h, no Centro Esportivo dos Bancários, em Curitiba.
O banco ficou de fazer uma apresentação das regras referentes ao pagamento de bônus, bem como das regras de avaliação e PPR.
Não é de hoje que os bancários criticam a falta de transparência nos critérios de pagamento. O programa não foi negociado com o movimento sindical e só depois de muita mobilização por parte dos bancários o HSBC aceitou marcar uma negociação para explicar a metodologia usada para pagar essa remuneração.
Já o balanço do primeiro semestre do banco ainda não foi publicado no Brasil. É o único das seis maiores instituições financeiras que não divulgaram os seus resultados dos primeiros seis meses do ano.
Fonte: Contraf-CUT