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Depois do Bradesco e do Citibank, que já fizeram o pagamento, será a vez de o Santander antecipar na folha de pagamento desta quinta-feira 20 o depósito da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS).

O Santander informou na sexta-feira (14) a Contraf-CUT os valores da segunda parte da PLR e do PPRS, além dos programas de remuneração variável referentes ao segundo semestre de 2013.

A distribuição da regra básica da PLR prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ficou abaixo de 5% do lucro líquido de R$ 5,7 bilhões, alcançado pelo banco espanhol em 2013.

Segundo informações do Santander, os funcionários terão uma majoração de 12,75%. Desta forma, os trabalhadores que ganham até R$ 2.500 ganharão 1,97 salário de PLR; entre R$ 2.501 e R$ 5 mil receberão 1,78 salário; de R$ 5.001 a R$ 8 mil terão 1,4 salário, e acima de R$ 8.001 perceberão menos de 1,4 salário. O teto de pagamento da regra básica será de R$ 10.246,10.

Desses valores da regra básica, será deduzida a antecipação da primeira parte da regra básica da PLR, paga no ano passado, e que correspondeu a 54% do salário mais R$ 1.016.

Os empregados também receberão o crédito da parcela adicional da PLR, que será de 2.534. No entanto, haverá o desconto do adiantamento de R$ 1.354, feito em 2013.

PPRS

Além da regra básica e da parcela adicional da PLR, ocorrerá o crédito do PPRS, previsto em acordo aditivo do Santander com as entidades sindicais, assinado em 2012. O PPRS será de R$ 1.720, que representa o reajuste de 7,5% da Campanha Nacional de 2012 sobre o valor pago de R$ 1.600 em 2013.

No PPRS não haverá desconto da PLR dos bancários, como ocorre em outros bancos. O valor somente será compensado com os programas de remuneração variável, cujo pagamento também ocorre no dia 20.

Por exemplo, caso o funcionário tenha direito a receber R$ 3 mil de renda variável, ele não terá o crédito do PPRS de R$ 1.720, pois esse valor é inferior. No entanto, se o valor da remuneração variável for de R$ 1.500, ele receberá R$ 220 de PPRS, completando R$ 1.720.

Os bancários têm direito à isenção de imposto de renda para quem recebe até R$ 6.270 de PLR. Os valores maiores terão alíquotas menores.

Mudança de gestão

Mais uma vez, o Santander pagará PLR abaixo do teto previsto na convenção coletiva. Isso não é culpa dos funcionários, que trabalham com muito empenho e dedicação. O problema é a gestão equivocada do banco, que demite, corta empregos, pratica alta rotatividade e assédio moral, e não garante condições adequadas de trabalho para melhorar o atendimento aos clientes.

Fonte: Contraf-CUT

Ao contrário dos outros bancos que já estão cadastrando seus funcionários para receberem o vale-cultura a partir deste mês, o HSBC aprontou mais uma vez e anunciou que atrasará este novo benefício e pagará só em março.

O banco alegou que não teve tempo suficiente para adaptar o sistema, mas que pagará o valor retroativo aos meses anteriores. “Enquanto outros bancos já disponibilizaram o vale-cultura o HSBC precisa de seis meses para cumprir com um direito conquistado pelos bancários”, disse Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco. “Como sempre o banco tem uma nova surpresa para seus empregados entre tantas outras durante o ano, como o não pagamento da PLR por exemplo”, completa Belmiro.

Com a regularização a partir de março, o crédito deverá ser retroativo a janeiro de 2014. O banco vai disponibilizar via sistema a adesão ao Vale-cultura e todos os bancários com o vencimento até cinco salários mínimos poderão aderir ao programa.

O vale-cultura é uma das importantes conquistas da Campanha Nacional e entrou em vigor no dia 1º de janeiro. Corresponde ao valor mensal de R$ 50 a serem utilizados na compra de bens culturais, como livros, CDs, ingressos para shows, teatro e cinema, cursos de arte, entre outros produtos.

Inicialmente, o direito será exercido por trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos – o que agora soma R$ 3.620 por mês. Desta forma, quase 200 mil bancários já serão beneficiados.

O vale-cultura é um projeto do governo da presidenta Dilma Rousseff, garantido pela Lei nº 12.761/2012 e devidamente regulamentado. Os R$ 50 serão creditados mensalmente em um cartão magnético com validade em todo o território nacional.

O vale-cultura é cumulativo. Portanto, fica a critério do trabalhador qual a melhor forma e momento para utilizá-lo. Por esse motivo não é necessário usá-lo no próprio mês em que o crédito é efetivado. Ele pode ser somado e utilizado futuramente em produtos e serviços de maior valor.

Pela primeira vez o vale-cultura faz parte de uma convenção coletiva de trabalho no Brasil. Isso permitirá que mais trabalhadores tenham acesso à literatura, ao cinema, ao teatro, aos espetáculos de música, valorizando a cultura em todo o país.

Os bancos poderão deduzir o vale-cultura em 1% do imposto de renda e o desconto para os trabalhadores varia entre R$ 2 a R$ 5. Para fins fiscais, o valor do vale-cultura não integra o salário, sendo isento de cobrança do imposto de renda. Além disso, não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do FGTS.

A conquista do vale-cultura irá gerar incremento mensal de R$ 9,4 milhões, totalizando R$ 113 milhões ao ano, segundo estimativa do Dieese.

caixascsNesta sexta-feira, 14, os funcionários da agência Centro de São Caetano do Sul da Caixa paralisaram suas atividades por falta de condições de trabalho. Como vem ocorrendo em várias outras agências do banco, nesta também o ar-condicionado não está funcionando dificultando a circulação de ar e, consequentemente, não dando condições para o atendimento dos clientes e usuários.

Os funcionários pararam para chamar a atenção da Caixa. “Depois de várias tratativas com o banco para resolver esses problemas, não obtivemos êxito e, por isso, mais uma agência da Caixa fica paralisada por falta de manutenção no sistema de refrigeração”, disse Furlan, diretor do Sindicato e funcionário da Caixa.

Após essa paralisação o problema foi resolvido e o ar-condicionado dessa agência foi consertado. Essa semana já houve paralisações em outras agências da Caixa da Região: Rudge Ramos, Av. Kennedy e Rua Senador Vergueiro, todas em São Bernardo do Campo. “Nas quatro agências o problema já foi solucionado, pelo menos momentaneamente. Esperamos que isso perdure, no entanto o Sindicato está atento, mas contamos com a participação dos bancários para denuncias, pois mais uma vez ficou provado que com a união e mobilização da categoria, muita coisa pode ser resolvida e as condições de trabalho melhoradas”, finaliza Furlan.

Os trabalhadores esperam que a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado neste ano seja constante e melhor do que foi no ano passado para que no próximo verão não aconteça esse problema.

agendaitauNão constitui novidade histórica a intensa participação dos banqueiros e seus bancos privados no golpe de Estado que depôs em 1964 o presidente constitucional João Goulart. Nem o financiamento do aparato repressivo de tortura, morte e desaparecimentos forçados, por parcela expressiva de donos de instituições financeiras, nas décadas de 1960 e 70. O que é incrível, a julgar pela agenda 2014 distribuída pelo Itaú a clientes, é que o tempo pareça ter congelado. No dia 31 de março, a agenda registra o "aniversário da revolução de 1964″. Como reconhecem as consciências dignas, não houve uma "revolução'' meio século atrás, e sim um golpe desferido com as armas da sociedade golpista entre segmentos militares e civis, como os banqueiros (alguns viraram ministros). "Revolução'', em referência à instauração da ditadura, é palavra consagrada na boca de marechais e generais como Castello Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo, os presidentes-ditadores do ciclo encerrado em 1985. Quem falava "revolução'' eram torturadores como o delegado Fleury, o policial Borer e o então major Ustra - este, vivo, fala até hoje. A agenda do Itaú também reproduz a data da versão golpista, 31 de março, mas Goulart ainda estava no Palácio Laranjeiras no começo da tarde de 1º de abril. O golpe foi mesmo em 1º de abril, o dia da mentira - os golpistas diziam salvar a democracia. Pior ainda, o "aniversário da revolução de 1964″ está na agenda no mesmo contexto festivo de outras datas: deveria ser celebrado, feito o dia internacional do livro infantil (2 de abril) e o dia do obstetra (12 de abril). Já se passaram 50 anos. Passaram mesmo? Outro lado - Na tarde da última quinta-feira, a pedido do blog  (do Mário Magalhães), o Itaú se pronunciou sobre o post acima. Eis a íntegra: "O Itaú Unibanco informa que a agenda distribuída aos clientes conta com informações sobre datas relevantes ao longo do ano. O banco é apartidário e, em hipótese alguma, pretende defender uma posição política no conteúdo entregue aos correntistas." Banco do Brasil – O Banco do Brasil também já deu suas “escorregadas”. Em julho de 2012, o Sindicato dos Bancários de SP realizou ato em repúdio ao trecho de uma apostila do curso de formação de segurança do BB, que distorcia e criminalizava a luta realizada pelos movimentos de esquerda no combate à ditadura militar – ou melhor, civil-militar, já que teve o apoio de diversos setores da sociedade, caso das instituições financeiras. Fontes: Blog do Mário Magalhães / Contraf-CUT e Seeb SP/Redação  

O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 15,758 bilhões em 2013, com alta de 29,1% em relação a 2012, rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio de 22,9% e R$1,3 trilhão em ativos, superando o Itaú e conquistando o melhor resultado da história do sistema financeiro nacional. No entanto, mesmo abrindo 88 novas agências, fechou 1.966 postos de trabalho no ano passado.

O desempenho do lucro contábil inclui resultados não recorrentes ou extraordinários, a exemplo dos ganhos de R$ 9,82 bilhões com a venda de ações do BB Seguridade.

O BB registrou 112.216 funcionários em 31 de dezembro de 2013, com o desligamento de 1.966 trabalhadores (uma redução de 1,72% em doze meses), seguindo a tendência dos bancos privados. Apesar da queda no emprego, foram abertas 88 novas agências bancárias em 2013, que totalizaram 5.450 unidades.

No acordo coletivo de trabalho de 2013, o BB se comprometeu a contratar três mil funcionários até agosto deste ano. O movimento sindical vai exigir o cumprimento desse compromisso.

O balanço que o banco foi importante no financiamento imobiliário e no agronegócio, mas ainda está longe do ideal quando se fala da agricultura familiar, pois R$ 8 bilhões é muito pouco pela importância desse setor, que é responsável pela alimentação do povo brasileiro.

Outro fator que chama a atenção é o banco pôr em risco, a todo instante, anos e anos de especialização de nossos trabalhadores e know how nas áreas de cadastro, crédito e cobrança, bem como na prospecção e gerenciamento de oferta de crédito adequado a cada cliente e empresa brasileira. A direção do banco segue com seus projetos absurdos de terceirização e precarização dos direitos e do atendimento à sociedade. Em 2013 o banco aumentou a terceirização na área de recuperação de crédito. Agora a direção está terceirizando o importante trabalho de microcrédito.

Expansão da carteira de crédito 

Os ativos do BB em 2013 totalizaram R$ 1,3 trilhão, com alta de 13,5% em relação a 2012, decorrente da expansão da carteira de crédito. Com esse resultado, o BB manteve a liderança em ativos entre as empresas do setor financeiro da América Latina. A carteira de crédito ampliada, que inclui Títulos e Valores Mobiliários (TVM) privados e garantias prestadas, atingiu R$ 692,9 bilhões, com alta de 19,3% no ano.

Os destaques foram o financiamento imobiliário, crédito ao agronegócio e às empresas, que tiveram, respectivamente, crescimento anual de 87,2%, 34,5% e 19,5%. O BB detém a maior participação no crédito do sistema financeiro nacional, ao atingir 21,1% de participação de mercado.

O índice de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) representou 1,98% da carteira de crédito no ano, índice menor do que a média do sistema financeiro, que foi de 3,0% no período. Apesar da trajetória de queda da inadimplência, as despesas com provisões de crédito totalizaram R$ 15,6 bilhões, com alta de 6,5% no ano.

As receitas de serviços e tarifas totalizaram R$ 23,3 bilhões, com alta de 10,6%, enquanto as despesas de pessoal foram de R$ 17,1 bilhões (crescimento de 8,5% no período), o que resultou num índice de cobertura de 136,07% no ano.

Veja aqui análise do balanço realizada pelo Dieese. Fonte: Contraf-CUT

Direção do banco confirmou valores da segunda parcela e do programa próprio a serem pagos aos trabalhadores no dia 20 de fevereiro

A segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados a ser creditada aos funcionários do Santander será majorada. Isso porque a distribuição da regra da PLR estabelecida na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ficou inferior a 5% do lucro líquido de R$ 5,7 bilhões obtido pelo banco no ano passado.

Assim, no dia 20 de fevereiro, os trabalhadores que ganham até R$ 2.500 receberão 1,97 salário de PLR; entre R$ 2.501 e R$ 5 mil recebem 1,78 salário; de R$ 5.001 a R$ 8 mil o valor de 1,4 salário, e acima de R$ 8.001 até 1,4 salário. O teto de pagamento será de R$ 10.246. Desses valores, no entanto, será descontada a antecipação da primeira parcela paga no ano passado e que correspondeu a 54% do salário mais R$ 1.016.

Os empregados também ganham a segunda parcela do valor adicional. Do montante a ser pago haverá o desconto da antecipação de R$ 1.354, feita em 2013.

PPRS: Além da PLR e do valor adicional, ocorrerá o crédito do Programa de Remuneração nos Resultados Santander (PPRS) de R$ 1.720.

No PPRS não há desconto da PLR da categoria, mas há incidência da remuneração variável. Ou seja, caso o funcionário faça jus a R$ 2 mil de remuneração variável não recebe o PPRS de R$ 1.720. Mas se tiver direito a R$ 1 mil de remuneração variável terá garantido a diferença de R$ 720 a título de PPRS.

Os funcionários do Santander são os únicos a ter acordo aditivo que impede o desconto desse programa próprio da PLR da categoria. Isso é uma conquista importante. Os trabalhadores são extremamente dedicados e teriam valores bem maiores não fosse a gestão equivocada do banco que aposta em demissões, mantém alta rotatividade de mão de obra e penaliza funcionários mais antigos.

É bom lembrar que os bancários têm direito à conquista da PLR sem IR. Os trabalhadores que receberem até R$ 6.270 de participação nos lucros, estão isentos da cobrança do imposto.

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