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O Sindicato dos Bancários do ABC dá prosseguimento nesta terça, 11, às manifestações em agências do HSBC, em protesto às centenas de demissões promovidas pelo banco. As atividades na região começaram na última sexta-feira, 7 de novembro, quando foram paralisadas agências nas cidades de São Caetano (avenida Goiás) e São Bernardo (rua Marechal Deodoro). Nesta terça o protesto atinge agências de Diadema e São Caetano. Oito trabalhadores foram demitidos no Grande ABC.

Em todo o País foram anunciadas mais de 300 dispensas na quinta-feira, 6, mas o número total pode chegar a mais de 800 trabalhadores. O lucro do banco na América Latina antes dos impostos no terceiro trimestre deste ano foi de US$ 96 milhões. Apesar de o montante indicar queda na comparação anual, o lucro deste terceiro trimestre mostra um aumento de 50% em relação ao trimestre anterior.

[caption id="attachment_6999" align="alignnone" width="618"]DSC04151 Diretores Belmiro, Elaine e Genilson na agência do Centro de Diadema[/caption]   [caption id="attachment_7000" align="alignnone" width="618"]DSC04203 Teresa Cristina e Elisabeth na agência do Centro de São Caetano do Sul[/caption]

Manifestação nacional reivindica renovação do aditivo, mais contratações e melhores condições de trabalho; atividade atinge agências de São Bernardo e Diadema Após cinco rodadas de negociação sem avanços, os bancários do Santander fazem nesta terça, 11, um dia nacional de luta, para que o banco atenda à pauta de reivindicações específicas e efetive a renovação do acordo aditivo. Os trabalhadores reivindicam também o fim das demissões e das metas abusivas, mais contratações e a criação de um centro para realocar aqueles funcionários cujas agências foram fechadas.  No Grande ABC a atividade atinge agências nas cidades de São Bernardo (rua Marechal Deodoro) e Diadema (Serraria). Até setembro passado o Santander havia lucrado R$ 4,3 bilhões no Brasil, representando 20% do resultado global, participação idêntica à do Reino Unido, enquanto o desempenho na Espanha atingiu 14%. Mas os trabalhadores brasileiros não são valorizados. Com a falta de funcionários, somada à grande pressão para atingir metas abusivas, há sobrecarga de trabalho e adoecimento. Durante a atividade também foi distribuída carta aberta à sociedade esclarecendo sobre os problemas enfrentados pelos trabalhadores do Santander. [caption id="attachment_7003" align="alignnone" width="618"]DSC04113 Agencia Centro São Bernardo do Campo - Praça da Matriz[/caption] [caption id="attachment_7004" align="alignnone" width="618"]DSC04125 Agência Marechal Deodoro - Regional - São Bernardo do Campo[/caption] [caption id="attachment_7005" align="alignnone" width="618"]DSC04129 Agência Marechal Deodoro - Regional - São Bernardo do Campo[/caption] [caption id="attachment_7006" align="alignnone" width="618"]DSC04179 Serraria - Diadema[/caption]

Leia nota sobre a importância da manutenção da Caixa como banco público, assinada pela Contraf-CUT e Fenae "A Caixa Econômica Federal é uma referência primordial para a história do desenvolvimento econômico e social do Brasil. Difícil encontrar um cidadão que não tenha alguma relação com o banco, seja por causa do PIS, FGTS, casa própria, poupança, operações de penhor e de políticas de desenvolvimento urbano. Isso leva a que as ações da Caixa, na condição de banco estatal, público e múltiplo, estejam voltadas para atender às demandas sociais de infraestrutura do país. "Nesse contexto, a notícia de que o governo federal estuda abrir o capital da Caixa, divulgada nos últimos dias, faz parte de mais um capítulo da narrativa conservadora, que sempre desdenhou da dinâmica vigorosa dos bancos públicos federais. Diante desse cenário, cujo objetivo é não permitir que o Brasil repactue o seu futuro, as entidades representativas dos empregados do banco acendem o sinal amarelo, tendo a consciência de que a manutenção da Caixa como banco 100% público e com forte papel social é não só necessário, mas fundamental para um país mais forte e justo. "É verdade que a informação da abertura de capital da Caixa não apresenta detalhes e já foi prontamente negada pelo Palácio do Planalto. Mesmo assim, convém intensificar o alerta, para que as políticas e os investimentos dos últimos 12 anos, que mudaram a fronteira da produção e do consumo no país, não corram o risco de rompimentos caducos e indevidos. "Fundamental, para isso, é o governo seguir decididamente com a diretriz de fortalecimento das instituições financeiras públicas. Esse compromisso está expresso na declaração da presidenta Dilma Rousseff, para quem esses bancos são indispensáveis para a economia brasileira e atuam como um patrimônio da sociedade. A manifestação de Dilma, reeleita em segundo turno ocorrido em 26 de outubro, está registrada em carta aberta a todos os trabalhadores dos bancos públicos, em resposta a documento da CUT, Fenae e Contraf/CUT. "Como a Caixa passou novamente a ser alvo de fortes e persistentes ataques, embutidos na proposta de abertura de capital, como parte do desmonte do patrimônio público, o movimento nacional dos empregados vem a público para cobrar do governo federal que honre os compromissos assumidos no documento entregue a Dilma em 15 de outubro. Isto tem relação direta com a valorização de todos os empregados do banco, podendo ajudar o Brasil a reinventar-se na perspectiva de mais democracia e mais participação popular". Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) Fonte: Contraf-CUT e Fenae

Na quinta rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2014 com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, ocorrida nesta quinta-feira (6) em São Paulo, o Santander frustrou as expectativas ao fazer uma proposta insuficiente para atender a pauta de reivindicações dos funcionários. Nova rodada foi agendada para a próxima quinta-feira (13), quando também será discutido o Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS).

Após a negociação, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) indicou para as entidades sindicais a realização de um dia nacional de luta na próxima terça-feira (11), visando pressionar o banco a apresentar uma proposta decente para os trabalhadores.

O Santander reafirmou a proposta feita nas rodadas anteriores que traz somente adequações em cinco cláusulas do aditivo vigente. A única novidade foi a mudança na concessão das 2.500 bolsas de estudo para primeira graduação e pós. 

Após a pressão dos dirigentes sindicais, o banco recuou do congelamento das bolsas e aceitou a aplicação do reajuste da categoria no valor de 50% da mensalidade, hoje limitada a R$ 442,80, o que vinha sendo feito ano a ano, exceto em 2013.

Os dirigentes sindicais cobraram também a melhoria da cláusula de igualdade de oportunidades, visando garantir que haja um grupo de trabalho, com reuniões em abril e novembro, para acompanhar o combate às práticas discriminatórias de gênero, raça, idade, orientação sexual e em relação às pessoas com deficiência. O banco ficou de analisar.

A proposta do banco nada possui para ampliar e proteger o emprego e melhorar as condições de trabalho, nem avanços na saúde e na previdência complementar, além de não atender às demais reivindicações econômicas e sociais dos funcionários. Nem a folga-aniversário, independente da folga-assiduidade prevista na convenção coletiva, o banco concorda em conceder.

Os representantes dos trabalhadores ressaltaram a necessidade de o banco parar com as demissões, a rotatividade e as terceirizações, e fazer mais contratações e criar um centro de realocação para evitar dispensas em caso de fechamento de agências. 

Há falta de funcionários, metas abusivas, sobrecarga de serviço e assédio moral, causando estresse, adoecimentos, uso de remédio tarja preta e afastamentos do trabalho. 

Para garantir avanços no aditivo, os dirigentes sindicais defendem o atendimento das reivindicações da pauta específica, tais como:

- fim das metas abusivas;
- fim das reuniões diárias para cobrança de metas;
- fim das metas para a área operacional;
- manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na ativa;
- realização de eleições democráticas e transparentes no SantanderPrevi;
- PLR para funcionários afastados por licença médica;
- isenção de tarifas e a redução das taxas de juros para funcionários e aposentados;
- auxílio moradia;
- empréstimo de um salário nas férias com desconto em 10 vezes sem juros, a exemplo dos funcionários oriundos do Banespa;
- auxílio academia para todos;
- licença remunerada à mulher vítima da violência;
- mudança nos procedimentos da auditoria interna e externa;
- licença não remunerada para fins de estudo;
- ampliação das informações funcionais, a exemplo da Espanha.


Fonte: Contraf-CUT

Banco promoveu na última quinta-feira mais de 300 dispensas em todo o Brasil

O Sindicato dos Bancários do ABC promove nesta sexta-feira, 7 de novembro, atividades de protesto e paralisação em agências do   HSBC nas cidades de São Caetano e São Bernardo. O motivo da manifestação é a demissão de mais de 300 trabalhadores do banco em todo o País, ocorrida inesperadamente na quinta-feira. No Grande ABC oito trabalhadores foram dispensados.

Embora não seja oficial, há boatos de que os cortes podem crescer nos próximos dias. O lucro do banco na América Latina antes dos impostos no terceiro trimestre deste ano foi de US$ 96 milhões. Apesar de o montante indicar queda na comparação anual, o lucro deste terceiro trimestre mostra um aumento de 50% em relação ao trimestre anterior. “Ao demitir sem qualquer possibilidade de negociação prévia com as entidades sindicais o banco demonstra total irresponsabilidade social”, afirma o diretor sindical Belmiro Moreira, que também é funcionário do banco.

As agências paralisadas nesta sexta-feira são as da avenida Goiás, em São Caetano, e da rua Marechal Deodoro, em São Bernardo. Manifestações contra as demissões organizadas pelo movimento sindical também ocorrem na capital e outros estados do País.

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A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta quinta-feira (6), às 10h30, as negociações com o Santander, em São Paulo, para a renovação do acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Trata-se da quinta rodada específica da Campanha Nacional 2014 e os dirigentes sindicais esperam que o banco espanhol apresente uma proposta satisfatória para a pauta de reivindicações dos funcionários.

Nas negociações anteriores, o banco trouxe uma proposta no dia 14 de outubro, porém limitando-se a fazer adequações em cinco cláusulas do aditivo vigente, frustrando a expectativa dos bancários.

O Santander Brasil lucrou R$ 4,3 bilhões até setembro deste ano, o que possibilita fazer uma proposta decente, que tenha avanços para ampliar e proteger o emprego, melhorar as condições de trabalho, saúde e previdência complementar, além de atender outras demandas importantes dos funcionários, responsáveis por 20% do lucro global do banco.

Principais reivindicações

Na última rodada, os dirigentes sindicais reafirmaram a necessidade de o banco parar com as demissões, a rotatividade e as terceirizações, e fazer mais contratações e criar um centro de realocação para evitar dispensas em caso de fechamento de agências. Há falta de funcionários, metas abusivas, sobrecarga de serviço e assédio moral, causando estresse, adoecimentos, uso de remédio tarja preta e afastamentos do trabalho. 

Os dirigentes sindicais insistiram muito na ampliação das atuais 2.500 bolsas de estudo para a primeira graduação, hoje no valor de 50% da mensalidade e limitadas a R$ 442,80. 

Foi discutida também a melhoria da cláusula de igualdade de oportunidades, visando garantir que não haja discriminações de gênero, raça, idade, orientação sexual ou para pessoas com deficiência. 

Os representantes dos trabalhadores defenderam ainda o atendimento das demais reivindicações da pauta específica, tais como:

- manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na ativa;
- realização de eleições democráticas e transparentes no SantanderPrevi;
- PLR para funcionários afastados por licença médica;
- isenção de tarifas e a redução das taxas de juros para funcionários e aposentados;
- auxílio moradia;
- empréstimo de um salário nas férias com desconto em 10 vezes sem juros, a exemplo dos funcionários oriundos do Banespa;
- auxílio academia para todos;
- licença remunerada à mulher vítima da violência;
- mudança nos procedimentos da auditoria interna e externa;
- licença não remunerada para fins de estudo.

Fonte: Contraf-CUT

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