Diretores do Sindicato fecharam três agências do Santander nesta quarta-feira, 9, para protestar contra o descumprimento de um acordo que deveria representar um avanço nas relações de trabalho na Regional São Bernardo, mas não está sendo cumprindo. A manifestação dessa quarta acontece em uma agência em Diadema e duas em São Bernardo do Campo como forma de denunciar o problema à sociedade e exigir providências.
As agências dessa Regional são exemplo de como não deve ser um ambiente de trabalho. Apesar de o banco ter como referência na relação com seus trabalhadores o Termo de Compromisso de Relações Laborais - Boas Práticas, seus itens não são cumpridos nessas agências.
Pelo que estabelece o “Boas Práticas” um funcionário não pode ser exposto nem submetido a castigos ou brincadeiras. Os gestores devem evitar o tom de cobrança e priorizar o estímulo e a motivação. A exposição de ranking, divulgação de resultados por e-mails citando funcionário por baixa performance e cobrança por resultados no telefone particular também são ações terminantemente proibidas pelo acordo. Mas o que vem acontecendo, denunciam os trabalhadores, é pura humilhação, com a exposição dos bancários submetidos a atitudes grosseiras. É assédio moral, que deve ser coibido em qualquer local.
Aliás, questiona o diretor sindical Ageu Ribeiro, se o próprio banco condena o assédio fica difícil entender por que alguns gestores insistem em praticá-lo. Outros problemas presentes são a extrapolação da jornada de trabalho, a discriminação aos que retornam de licença médica e a falta de orientação adequada. “O acordo representou um avanço nas relações de trabalho, com efeito muito positivo para os bancários. No entanto, se é desrespeitado, não cumpre sua função, que é a de propiciar um bom ambiente de trabalho. E um bom ambiente de trabalho é indispensável tanto para o bem-estar do funcionário quanto o de usuários e clientes do Santander”, conclui Ageu.