O grupo fechou a minuta de reivindicações específicas
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Bancários do BMB ressaltam importância do Encontro Nacional
Na área social, as reivindicações são para a inclusão dos dependentes nos programas de vacinação contra a H1N1 e a inclusão do cônjuge no plano de saúde
Mobilização traz conquistas no Mercantil
Paralisação de agências da região resultou em mudanças no abastecimento e contratações
Sindicato negocia com Mercantil no próximo dia 10
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Sindicato fecha todas agências do Mercantil na Região para exigir melhores condições de trabalho
Banco tem estrutura de atendimento e segurança deficientes, penalizando funcionários e clientes
Diretores do Sindicato realizaram nesta terça, 23, atividades nas agências do Mercantil para alertar e cobrar providências sobre os problemas enfrentados por funcionários e clientes. A manifestação foi marcada pelo fechamento, durante todo o dia, das unidades que operam no Grande ABC – o banco está presente em seis das sete cidades da região, com exceção de Rio Grande da Serra. Durante o protesto foram distribuídos boletins informativos para esclarecer a população.
Os bancários do Mercantil estão sobrecarregados de trabalho e convivem diariamente com a falta de segurança, assim como os usuários. “O banco promoveu demissões nacionalmente no ano passado, e a situação, que já não era boa, ficou ainda pior”, aponta o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, lembrando que com isso ocorre desvio de função e os clientes – muitos deles aposentados ou pensionistas - são penalizados com longas filas. Os funcionários do banco também denunciam pressão e assédio moral.
Insegurança - A questão da segurança é gravíssima, e já levou o banco a ser multado no começo desse ano. A área de autoatendimento fica sempre lotada e, sem estrutura de atendimento eficiente, vira uma bagunça que favorece os golpistas. O excesso de clonagem de cartões até levou o Mercantil a fechar o autoatendimento das 18h às 8h. Outro exemplo é a forma incorreta de abastecimento dos caixas, o que acaba colocando todos em perigo. “Os clientes precisam saber que correm riscos e que o péssimo atendimento não é culpa dos bancários, mas da ganância do Mercantil”, alerta o presidente do Sindicato. O movimento sindical tem reivindicado providências e denunciado a situação aos órgãos competentes.
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Mercantil se nega a pagar participação nos resultados aos funcionários
A reivindicação havia sido encaminhada pelas entidades sindicais logo após o fechamento da Campanha Nacional dos Bancários 2014, uma vez que o banco mineiro apresentou prejuízo de R$ 93 milhões no primeiro semestre de 2014, o que o desobriga a pagar a antecipação da PLR.
Discriminação
No entanto, mesmo tendo registrado prejuízo, o BMB confirmou que irá pagar neste mês de novembro os valores do programa próprio que mantém para a área de negócios do banco.
Essa negativa de pagar qualquer valor ao conjunto dos funcionários soa como provocação. Não se trata de dizer que é injusto pagar o que havia sido anunciado anteriormente aos gerentes. O que é injusto é pagar 'somente' aos gerentes.
Alguns gerentes se manifestaram inclusive constrangidos diante da falta de um pagamento aos demais funcionários.
Na negociação, os dirigentes sindicais esclareceram que a proposta apresentada ao BMB nos moldes da conquistada junto ao HSBC - que também não apresentou lucro no primeiro semestre deste ano, mas negociou e vai pagar R$ 3 mil a todos os seus funcionários - era apenas uma referência e que os sindicatos estavam abertos a construir uma proposta que dialogasse com as condições específicas do BMB.
Mesmo assim o banco negou qualquer pagamento, como uma forma de valorizar e reconhecer os esforços dos funcionários, mesmo com o resultado contábil apurado no balanço.
As entidades sindicais vão analisar a possibilidade de denunciar ao Ministério Público do Trabalho (MPT) esse tipo de prática discriminatória no banco.
Aumento da PDD não se justifica e reduz o lucro
Conforme análise dos últimos balanços do BMB, feita da Subseção do Dieese na Contraf-CUT, o que chama a atenção é uma evolução muito expressiva das provisões para devedores duvidosos (PDD). Em 2012 foi contabilizado o valor de R$ 471,45 milhões. Em 2013, o montante pulou para R$ 664,32 milhões. Somente no primeiro semestre de 2014 o banco lançou R$ 409,22 milhões.
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As entidades sindicais indagaram o banco sobre esse comportamento porque a PDD é uma conta de despesa e reduz o lucro líquido das empresas e estranharam porque a carteira de crédito do banco vem se mantendo estável, em torno de R$ 9 bilhões, em queda, o que não ensejaria o aumento dessas provisões. O nível de inadimplência no sistema financeiro também se encontra muito baixo. O banco apresentou algumas justificativas para essa contabilização, inclusive a inadimplência em sua carteira de pessoa jurídica.
Os bancários irão estudar a possibilidade de recorrer ao Banco Central para buscar maior detalhamento desses registros, uma vez que é o BC que regulamenta a questão da PDD nos bancos, classificando os créditos em atraso, definindo entre zero a 100 o nível de constituição de garantias de acordo com o período de vencimento da operação financeira, definindo os valores mínimos para a constituição das reservas.
Fonte: Contraf-CUT