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A reunião na Suíça faz uma avaliação da agenda política mundial de 2015 e define novas ações sindicais e calendários até o V Congresso da UNI, em 2018

A preocupação dos bancários brasileiros com o plano mundial do HSBC de efetuar 51 mil demissões foi um dos destaques da abertura da 18ª reunião do Comitê Executivo Mundial da UNI Global Union, que aconteceu na quarta-feira (11), em Nyon, na Suíça. O sindicato global reúne entidades de diversas categorias profissionais de 140 países. A reunião na Suíça faz uma avaliação da agenda política mundial de 2015 e define novas ações sindicais e calendários até o V Congresso da UNI, que será realizado em Liverpool, na Inglaterra, em 2018.

O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, sugeriu, durante o primeiro dia de debates, que a UNI interpele o governo britânico sobre o HSBC. “No Brasil, denunciamos que 21 mil famílias estão inseguras e que o HSBC recebeu um banco saneado, agiu e lucrou por 18 anos e, por decisão burocrática da sua estratégia global, resolveu abandonar o País”, lembrou.

Phillip Jennings, secretário-geral da Uni Global UNION, disse que a organização fez uma reunião de staff há duas semanas sobre o tema e que já está marcada, para janeiro de 2016, outra grande reunião, que contará com sindicatos e representantes dos funcionários do HSBC de todo o mundo. A Contraf-CUT participará da reunião e levará informações sobre as negociações com o banco no Brasil.

Além do presidente da Contraf-CUT, também participam do encontro na Suíça, o secretário de Relações Internacionais da Confederação, Mario Raia, a presidenta da UNI Finanças e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa e Neiva Ribeiro, também diretora do Sindicato e membro do Comitê Mundial de Mulheres.

Ações para o triênio 2015-2018

Depois da abertura oficial do evento, os presentes realizaram uma avaliação do IV Congresso Mundial, realizado em dezembro de 2014, na África do Sul e definiram e as perspectivas para o próximo Congresso Mundial da UNI, em 2018. O 4º Congresso Mundial da UNI adotou quinze resoluções que determinarão as ações da UNI até Liverpool.

As três principais áreas são: A) Romper barreiras, plano estratégico aprovado no Congresso Mundial de 2010, em Nagasaki, que prevê a criação do Fundo de Organização da UNI. O objetivo é aumentar a quantidade de alianças e membros da entidade e criar negociações e acordos globais. Uma análise de progressos a nível mundial, nas regiões, setores e grupos internacionais. B) Programa político mundial. O ano de 2015 é um ponto de mudança das prioridades das instituições globais por todo o planeta, pelo desenvolvimento do Milênio Sustentável, adotado em setembro, e pela Conferência sobre Alterações Climáticas, que será realizada em dezembro de 2015. Além disso, a ação política global vai se concentrar em desigualdade, corrente global de fornecimento, comércio, empresas e direitos humanos, novo pensamento econômico para enfrentar austeridade e paz. C) O futuro do trabalho, a ênfase será sobre a resposta sindical à revolução digital tanto global como localmente.

Campanhas de sindicalização

A presidenta da UNI Finanças, Rita Berlofa, defendeu uma regulação mais eficiente do setor financeiro, que considere as diferenças regionais e promova a diversidade, com o fomento de mais cooperativas, bancos regionais e de crédito.

Rita destacou campanha de sindicalização dos bancários norte-americanos, resultado de uma aliança entre a Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários de São Paulo e a CWA dos Estados Unidos, que representa trabalhadores de vários segmentos de serviços dos EUA, Canadá e Porto Rico, além da La bancária, da Argentina.

Os bancários norte-americanos sofrem com a ausência de representação sindical, em função das práticas antissindicais adotas pelos bancos e pelo governo dos EUA. O país tem 1,7 milhão de bancários, representando 1/3 do total do planeta, mas 30% vivem abaixo da linha da pobreza e 70% destes 30% têm necessidade de receber ajuda do governo para se alimentar.

A presidenta da UNI Finanças também apresentou um balanço de outras ações e atividades a partir do 3º Congresso Mundial da UNI em Nagasaki, no Japão, ocorrido em 2010. “Nas Américas, principalmente em El Salvador, temos discutido a sindicalização com Bancolombia e Banco Agrícola. Também criamos um a nova federação no Peru. No norte da África e no Oriente Médio também estamos fazendo um trabalho de sindicalização, conseguimos criar uma aliança sindical. No Nepal os trabalhadores já conseguiram se organizar em 11 multinacionais e temos trabalhado junto aos bancários. Já são vários acordos assinados, com outros bancos, como BNP, Societe General, Crédite Agricole, Barclays, AmroBank, desde o Congresso de Nagasaki”, informou Rita.

Igualdade de oportunidades

Na terça-feira (10), foi realizada a reunião do Comitê Mundial de Mulheres da UNI, com representantes das Américas, Europa, África e Ásia. O encontro tratou do desenvolvimento de ações discutidas recentemente no congresso de Mulheres da UNI, na África do Sul em novembro passado.

A diretora do sindicato dos Bancários de São Paulo e integrante do Comitê Mundial de Mulheres, Neiva Ribeiro, levou as experiências brasileiras no combate à violência de gênero e às desigualdades no trabalho, em especial no setor financeiro.

A sindicalista brasileira socializou as ações e experiências do Brasil com a implementação da Lei Maria da Penha, seus avanços e o desafio do movimento sindical no combate a essas agressões em todas as esferas.

Fonte: Contraf-CUT

Direito-de-GreveA cada ano somos surpreendidos como novas peripécias dos bancos para tentar impedir a paralisação dos trabalhadores. Neste ano, a novidade veio do banco HSBC.

O banco está mandando alguns trabalhadores fazerem uma declaração de próprio punho, de que a sua agência está em greve, estando impedido de entrar. O banco fala para o empregado que isso irá garantir o pagamento das horas daquele dia.

O que os trabalhadores não sabem é que o banco está utilizando essas declarações em ações na Justiça contra a nossa greve.

Essas ações de interdito são feitas pelo banco para tentar acabar com a greve, enfraquecendo o movimento. Com isso, a pressão diminui e as negociações ficam mais difíceis.

Essa estratégia do banco representa uma afronta ao direito de greve. A Lei de Greve é muito clara quando diz que “é vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.”

O que o banco está fazendo é vendendo ilusão, pois nada garante que o dia destes trabalhadores será pago. Além disso, esconde suas reais intenções, que é de enfraquecer o movimento e prejudicar o próprio trabalhador.

Não caiam nesta armadilha! Denuncie essa prática antissindical do banco. A greve somente trará benefícios se estivermos unidos contra a exploração, que não tem perdão!!!

Sem título-1

O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) entrou com uma ação com pedido de liminar contra os bancos HSBC e Bradesco. A ação resulta de uma série de negociações com o HSBC por conta de demissões em massa ocorridas no ano passado e da atual negociação de compra do banco pelo Bradesco, visando garantir a manutenção de direitos trabalhistas dos empregados após a transação.

O primeiro inquérito foi instaurado após denúncias do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Maringá e Região, em novembro passado, de que o banco estaria promovendo dispensas em massa, totalizando em torno de mil casos desde o início de 2014. O sindicato realizou tentativas de negociação, negadas pelo banco.

O MPT-PR entrou então como mediador das negociações, com o objetivo de suspender as dispensas coletivas. O inquérito foi arquivado no final de novembro quando se teve notícia de que as demissões foram suspensas e que uma negociação coletiva foi iniciada.

Entretanto, em maio de 2015 houve um pedido de desarquivamento do inquérito após a notícia de que o HSBC encerrava as atividades no Brasil. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região pleiteou junto ao banco a inclusão de cláusulas que garantissem os direitos dos trabalhadores na negociação.

Em investigações realizadas desde então, concluiu-se que as dispensas em massa ainda seriam um risco aos trabalhadores, visto que nada havia sido estabelecido quanto a demissões futuras no banco. Não há qualquer garantia de manutenção dos empregos dos funcionários pelo HSBC e pelo comprador Bradesco em procedimento oficial junto ao MPT-PR, apesar de ser veiculado na imprensa a informação de que não haverá demissões.

Por essa razão, uma ação com pedido de liminar foi instaurada, solicitando à Justiça do Trabalho que os réus se abstenham de realizar demissões em massa sem prévia negociação coletiva; que mantenham o pagamento do vale alimentação e do seguro-saúde por cinco anos a partir da dispensa; que ofertem cursos de qualificação profissional e auxílio na busca de novos postos de trabalho aos empregados dispensados; que concedam a preferência aos empregados dispensados em casos de recontratação e que compensem todos os trabalhadores dispensados com o pagamento de um salário bruto para cada ano de serviço prestado.

No caso de descumprimento das obrigações, a procuradora do trabalho Margaret Matos de Carvalho pleiteia multa de R$ 20 mil por empregado demitido por dia. Além disso, o MPT-PR solicita a concessão de medida cautelar para bloqueio de R$ 250 milhões do banco. A multa solicitada por dano moral coletivo é de R$ 10 milhões. 

Atividade coleta assinaturas em agências e no centro de Santo André

O Sindicato promoveu nesta segunda, 27, atividade em defesa do emprego no HSBC. Os diretores sindicais levaram abaixo-assinado que reivindica a manutenção do emprego a agências da região central de Santo André. Também montaram posto fixo para coleta de assinaturas na rua Oliveira Lima. O abaixo assinado também pode ser acessado pelo site do Sindicato (www.bancariosabc.org.br). A ideia é que todos participem para evitar a ocorrência de demissões com a venda do banco. As últimas notícias informam que o HSBC deverá ser vendido para o Bradesco, mas até o fechamento desta edição o anúncio não havia sido feito oficialmente. O presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, lembra que várias ações vêm sendo promovidas para garantia do emprego no banco inglês. “Além das manifestações e abaixo assinado já foram realizados encontros com representantes da política e economia nacional e com entidades internacionais que apoiam nossa luta”, destaca. Você também pode tirar cópias do abaixo-assinado clicando aqui.

Segundo reportagem de O Estado de S.Paulo, acordo deve superar R$ 12 bi; movimento sindical intensifica luta pelo emprego com abaixo-assinado O Bradesco passou para a fase final da disputa pelo HSBC Brasil e negocia o ativo com exclusividade, de acordo com fontes ouvidas pelo 'Broadcast', serviço em tempo real da 'Agência Estado'. O banco teria feito oferta vinculante, conforme as mesmas fontes, por toda a operação no País acima do patrimônio líquido do conglomerado, de cerca de R$ 12 bilhões. O anúncio oficial da venda deve sair até a semana que vem, segundo fonte com conhecimento no assunto. No meio sindical, as ações para defender os mais de 20 mil empregos no banco inglês no País também se intensificam. Um processo de recolhimento de assinaturas em todo o País como reação a uma eventual situação de demissão em massa com a venda do HSBC foi iniciado.. O objetivo é chamar a atenção dos órgãos reguladores, governo federal e congressistas para a ameaça. Nesta semana, diretores do Sindicato vão visitar agências bancárias para levar ao conhecimento dos bancários e sociedade o abaixo-assinado em defesa do emprego no HSBC. É muito importante que todos assinem o documento, pois a venda do banco deve ocorrer em breve e é fundamental garantir o emprego. Quem quiser fazer cópias e levar o abaixo assinado para seus colegas e familiares assinarem também pode acessar este link. Outra maneira de se engajar nessa luta é enviar e-mails para políticos e órgãos envolvidos no negócio. As assinaturas serão enviadas ao Congresso Nacional, ao governo federal e aos órgãos reguladores do Sistema Financeiro Nacional. Para enviar mensagens aos senadores cliqueaqui e, para os deputados federais, aqui.  Data final - O Goldman Sachs, que assessora a negociação entre os bancos, estipulou agosto como data final. Neste momento, executivos dos bancos negociam os detalhes da aquisição e a expectativa, conforme fontes, é de que o anúncio ocorra antes da divulgação de resultados do HSBC em Londres, dia 3 de agosto. O Bradesco deve levar toda a operação do grupo no Brasil e não apenas o varejo. Ao avaliar a operação, chamou a atenção do banco a plataforma de atacado do HSBC no País, em especial, a área de corporate sales, que responde pela área de derivativos, câmbio etc. Toda a unidade gera receitas anuais de US$ 1 bilhão, conforme fonte. Também atraiu o balcão de seguros, hoje, nas mãos da alemã HDI, e o quadro de talentos do banco, segundo executivos de mercado. O outro competidor, o Santander, teria ficado de fora da disputa por ter feito uma oferta apenas pelo segmento de varejo, uma vez que já possui a estrutura de corporate sales. Uma fonte, porém, garante que a proposta do espanhol era para todo o conglomerado. Além disso, outro indício de que o Santander teria ficado de fora, conforme outra fonte, é o fato de o banco ter cobiçado executivos de atacado de outras instituições, inclusive, do HSBC. No fim, teria contratado Mário Leão, do Morgan Stanley. Favorito - Na prática, o Bradesco foi tido como o favorito a levar o HSBC Brasil desde o início do processo de venda do banco no País. Fontes de mercado dizem que, antes mesmo disso, já existia uma negociação bilateral com o HSBC. As conversas não teriam ido para frente, porém, pelo fato de o Goldman Sachs ter oferecido assessoria financeira para tentar conquistar mais recursos pelo ativo. De acordo com fontes, esse esforço não teria sido bem-sucedido já que a negociação voltou para o ponto de partida. Com a venda do HSBC no Brasil, o banco inglês deve estruturar uma operação de atacado do zero, utilizando a mesma licença ou solicitando uma nova para atuar. Executivos da instituição que podem ficar na nova fase já foram sondados na semana passada, conforme uma fonte. Uma pequena lista foi feita com nomes de candidatos para ser apresentada ao comprador. Estratégia - Comprar o HSBC, com cerca de R$ 168 bilhões em ativos, segundo o Banco Central, significa para o Bradesco encostar em seu principal concorrente, o Itaú, em ativos, praticamente eliminando a distância erguida desde a fusão com o Unibanco. Se o comprasse, considerando dados do primeiro trimestre, ultrapassaria a cifra de R$ 1,2 trilhão, perto do R$ 1,295 trilhão do Itaú ao fim de março. Como em qualquer fusão ou aquisição (M&A, na sigla em inglês), um negócio só é dado como certo após a conclusão do processo de due diligence (investigação e auditoria das informações). Se algo der errado, o Santander ou um novo comprador pode ser requisitado. Desde o início da venda do HSBC Brasil, fontes dizem que o Itaú só levaria o ativo por um preço abaixo do patrimônio líquido. Procurados, o HSBC e o Goldman Sachs não se manifestaram. No Bradesco, ninguém foi encontrado para comentar o assunto. O Santander também preferiu não falar a respeito da disputa pelo HSBC. Fonte: O Estado de S.Paulo, com Redação

A Contraf-CUT e seus sindicatos convocam os trabalhadores de todo o Brasil para se mobilizar em defesa do emprego no HSBC. A data do anúncio do comprador se aproxima, por isso é hora de intensificar a luta. Uma boa maneira de se engajar nessa luta é enviar e-mails para políticos e órgãos envolvidos no negócio. Amigos e familiares também podem enviar, já que todos serão atingidos. Outra forma de mobilização é acessar o abaixo-assinado em apoio à luta dos funcionários do HSBC As assinaturas serão enviadas ao Congresso Nacional, ao governo federal e aos órgãos reguladores do Sistema Financeiro Nacional. [caption id="attachment_8364" align="alignright" width="301"]Print Camiseta com logo da campanha pelo emprego no HSBC desenvolvida pelo Seeb SP[/caption] Para enviar mensagens aos senadores clique aqui e, para os deputados federais, aqui.  Para acessar o abaixo-assinado clique neste link: EM DEFESA DOS EMPREGOS NO HSBC. Fonte: Contraf-CUT

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