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Os trabalhadores da Losango de Santo André se reuniram em assembleia na Sede do Sindicato na sexta-feira, 23 e ratificaram por unanimidade o acordo judicial que os reconheceu como bancários.

Além de ratificar o acordo, os novos bancários também assinaram termo de adesão com indenização pelo período em que trabalharam como comerciários.

“Essa vitória da classe trabalhadora reforça a importância de ser sindicalizado, pois é a força do movimento sindical que garantiu essa conquista importante para os funcionários da Losango que, a partir de agora, terão melhores salários e todos os benefícios que os bancários têm conquistados com muita luta”, explica Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC.

assembleia losango

Na terceira rodada de negociação específica, ocorrida nesta terça-feira (18) com a Contraf-CUT, Fetec-PR, Feeb-SP/MS e Sindicatos dos Bancários de Curitiba e São Paulo, o HSBC assumiu o compromisso com o movimento sindical de que não realizará mais demissões em 2014. 

Além disso, o banco inglês ficou de revisar, por meio de uma comissão paritária (banco e entidades sindicais), e reintegrar os demitidos irregularmente (bancários em estabilidade pré-aposentadoria, grávidas, afastados por motivos de saúde ou portadores de doenças crônicas). 

Já aos funcionários desligados, além dos direitos assegurados, o banco garantiu um adicional de três meses da cesta-alimentação e a extensão do plano de saúde em três meses além do prazo previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Essa regra valerá até abril de 2015, com o objetivo de encarecer as demissões e proteger o emprego.

A força da mobilização garantiu avanços nas negociações, mostrando a importância da atuação do movimento sindical na defesa dos direitos dos trabalhadores. O banco precisa entender que toda demissão tem um ônus que vai muito além das questões financeiras domésticas. É preciso ter responsabilidade também com os impactos sociais e econômicos quando se trata de demissão em massa.

"Após essas  três reuniões que aconteceram em São Paulo, o HSBC garantiu investimentos no Brasil e informou que pretende fazer novas contratações que atendam ao seu novo perfil estratégico. Estamos atentos e observando a postura do banco no que se refere ao emprego. E, se preciso for, iremos à  luta novamente", disse Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

Histórico 

No último dia 6, o HSBC iniciou um processo de demissões em massa em todo o país. No dia seguinte, os bancários de Curitiba reagiram e iniciaram protestos e paralisações de agências e centros administrativos em toda capital paranaense e se estenderam para outras cidades do Paraná e de outros estados nas bases territoriais de sindicatos filiados à Contraf-CUT.

Foram precisos quatro dias de paralisação para o banco inglês abrir o canal de diálogo com o movimento sindical. A primeira conversa se deu em Curitiba, no dia 12 de novembro, em uma audiência pública mediada pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR). Contudo, a suspensão das paralisações só ocorreu na sexta-feira (14), após a primeira rodada, quando o banco suspendeu as demissões enquanto durarem as negociações.

Diante dos inúmeros boatos que surgiram, a direção do banco afirmou que não existe a intenção de cortar 20% do quadro de funcionários, nem substituir bancários por terceirizados. Eles também negaram que o HSBC cogita deixar o Brasil.

Veja o que ficou garantido nas negociações:

- suspensão das demissões ate o final de 2014;

- reintegração dos trabalhadores em casos a serem analisados por comissão constituída entre sindicatos e HSBC (saúde, pré-aposentadoria, gravidez etc.);

- aos funcionários desligados, além dos direitos assegurados, ficou restabelecido um adicional de 3 meses da cesta alimentação e extensão do plano de saúde em 3 meses além do garantido na CCT, com validade até abril de 2015; e

- o HSBC ainda garantiu investimentos no Brasil e assegurou que pretende realizar contratações de novos empregados dentro do seu "perfil estratégico".


Fonte: Contraf-CUT 

Reivindicação do movimento sindical é suspensão das demissões e reversão das já ocorridas “Nossa principal luta é pela manutenção do emprego, é pelas pessoas. Não vamos nos omitir em realizar qualquer tipo de manifestação em defesa do emprego, e nenhum instrumento utilizado pelo banco vai nos impedir de fazer nosso papel”. Assim o diretor sindical Belmiro Moreira, funcionário do HSBC, define os protestos que vêm sendo promovidos pelo movimento sindical cutista contra as centenas de dispensas promovidas pelo banco inglês desde o último 6 de novembro, que, segundo informações extraoficiais, podem atingir mais de 800 trabalhadores. No Grande ABC, onde ocorreram oito dispensas, várias agências foram paralisadas, com a distribuição de carta aberta a clientes e usuários esclarecendo sobre a situação dos trabalhadores do HSBC. Como resultado das manifestações nacionais, houve encontro no Ministério Público do Trabalho do Paraná (em Curitiba), que orientou ao diálogo, e uma primeira negociação na tarde de ontem (13), entre representantes da empresa e da Contraf-CUT e dos sindicatos dos bancários de Curitiba e São Paulo. Nela, a direção do HSBC concordou em suspender as demissões enquanto durarem as negociações. A reunião continua nesta sexta-feira (14). Os representantes do banco afirmaram para os dirigentes sindicais que não existe intenção de cortar 20% do quadro de funcionários, nem substituir bancários por terceirizados. Também negaram boatos de que o HSBC cogita deixar o Brasil, ressaltando que a matriz fez recentemente capitalização de R$ 1 bilhão na filial brasileira, demonstrando interesse em permanecer no País. O movimento sindical reivindica não só a suspensão das demissões como a reversão das já ocorridas.

Encontro será na tarde desta quinta (13), em São Paulo Os protestos no Grande ABC contra as demissões promovidas pelo HSBC atingem nessa quinta-feira, 13, agências do banco nos bairros Jardim, Centro, Utinga e Parque das Nações, em Santo André. Os diretores sindicais distribuem carta aberta esclarecendo a clientes e usuários os motivos da atividade. O HSBC demitiu mais de 300 trabalhadores na última semana, e o número total pode ultrapassar 800. Na região, oito pessoas perderam o emprego. Desde o anúncio das dispensas o movimento sindical cutista vem realizando protestos diários em todo o País. A reação resultou na realização de audiência na tarde de ontem (12/11) no Ministério Público do Trabalho do Paraná, com a presença de representantes do banco e do Sindicato dos Bancários de Curitiba, que solicitou a mediação. O procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto orientou o banco inglês a suspender as dispensas e iniciar negociação com os representantes dos trabalhadores. Também estabeleceu prazo de cinco dias consecutivos, até segunda-feira (17), para que o HSBC se manifeste a respeito das providências a serem adotadas. Diante dos questionamentos realizados pelo Sindicato sobre o número exato de demissões já concretizadas e dos critérios utilizados nos desligamentos, o banco informou que não havia levado dados precisos para a audiência. Segundo a assessoria jurídica do HSBC foram realizadas cerca de 180 demissões em Curitiba na última semana e outras 180 no restante do País. No entendimento da direção do HSBC as demissões não caracterizam dispensa coletiva nem redução de postos, mas processo ´normal´ de desligamentos acumulados nos meses de setembro e outubro, quando aconteciam as negociações da Campanha Nacional. O Sindicato contestou a informação posição e relatou que de janeiro a setembro de 2014 foram desligados 211 bancários da base de Curitiba e região, dado que contrasta com as 180 demissões realizadas em apenas uma semana. A reivindicação é que as demissões sejam suspensas. O HSBC solicitou que os protestos e paralisações sejam suspensos. O Sindicato se prontificou a encerrar a paralisação assim que o banco suspender o processo de demissão. São Paulo - Uma reunião de negociação entre o HSBC, a Contraf-CUT e os sindicatos de Curitiba e São Paulo foi marcada pelo banco para ocorrer na tarde desta quinta-feira (13), na capital paulista. O encontro foi agendado um dia após o ofício enviado pela Contraf-CUT ao HSBC cobrando negociação para discutir o fim das demissões, a reintegração dos demitidos e uma política permanente de emprego.

Os protestos contra as demissões no HSBC prosseguem hoje e, na região, são realizados na cidade de São Caetano. A Contraf-CUT enviou ontem (11/11) um ofício à direção do banco cobrando o agendamento de negociação urgente para discutir o fim das demissões, a reintegração dos demitidos e uma política permanente de emprego. Desde a última quinta-feira (6) estão ocorrendo dispensas em todo o Brasil, que podem chegar a mais de 800 funcionários, segundo informações extraoficiais. O banco não confirma o número de demitidos, mas também não nega nem divulga qualquer informação oficial sobre os cortes. Com as demissões, os bancários vêm paralisando desde sexta-feira (7) centros administrativos e várias agências em Curitiba, onde fica a sede do banco, bem como diversas unidades no interior do Paraná e em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Mato Grosso, entre outras. No Grande ABC, onde oito trabalhadores foram demitidos, já aconteceram protestos em várias agências. Audiência no MPT nesta quarta - Nesta quarta-feira (12) também ocorre a primeira audiência de mediação entre o Sindicato dos Bancários de Curitiba e o HSBC no Ministério Público do Trabalho (MPT) do Paraná, na capital paranaense, para discutir as demissões. O funcionário do HSBC e secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Alan Patrício, estará presente, representando a entidade dos bancários de todo o Brasil. Da Redação, com Contraf-CUT

Intermediação foi solicitada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba. Protesto contra centenas de dispensas prossegue nesta terça, 11 
O Ministério Público do Trabalho (MPT) de Curitiba marcou audiência para intermediar negociação entre representantes dos funcionários e da direção do HSBC para discutir as demissões em massa realizadas pelo banco inglês. A reunião, solicitada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, ocorre nesta quarta 12, às 15h, na capital paranaense. Bancários do HSBC em todo o País prosseguiram nesta terça 11 os protestos contra as demissões, que podem ultrapassar 800. No Grande ABC, onde oito bancários foram dispensados, as manifestações atingiram agências de São Caetano e Diadema nesta terça, dando continuidade às manifestações iniciadas na semana passada.
 

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