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Bancos privados têm até dez dias depois da assinatura para depositar a antecipação da PLR e o abono de R$ 3,5 mil. Na Caixa, tem de ser creditado até dia 20. Data do Banco do Brasil ainda não foi confirmada

O acordo para a nova Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários será assinado com a Fenaban na quinta-feira 13, bem como o aditivo específico com a direção da Caixa Federal. O específico do Banco do Brasil ainda não tem data. Com isso, os bancos têm até dez dias após a assinatura para creditar aos funcionários a antecipação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e o abono de R$ 3,5 mil. Na Caixa, será pago até dia 20. A PLR da Fenaban é formada pela regra básica mais a adicional. Na antecipação serão pagos, a título de regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco - o que ocorrer primeiro - apurado no primeiro semestre de 2016. A regra do adicional prevê 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016 dividido igualmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 2.183,53. A Caixa fará o pagamento, até dia 20, de 60% da PLR, mais diferenças salarias retroativas de setembro.

Itaú e HSBC – Os bancários do Itaú, junto com a primeira parcela da PLR e o abono, vão receber também a PCR. E os trabalhadores do HSBC – que teve suas operações no Brasil adquiridas pelo Bradesco – conquistaram o pagamento da PLR pelo Bradesco para os meses de julho, agosto e outubro, que será creditado a título de antecipação. Clique AQUI para ver o que foi aprovado da Fenaban

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A mais longa mobilização da categoria demonstrou uma força e uma extensão que surpreendeu aos banqueiros, que tiveram de rever suas ofertas Por Emir Sader Todo governo neoliberal, logo no seu começo, buscou acirrar o enfrentamento com o movimento sindical para demonstrar como a correlação de forças havia mudado, na perspectiva de dar uma “lição” de como seriam tratados os trabalhadores no novo governo. Na Itália, o governo de direita conseguiu, pela primeira vez, quebrar e derrotar uma greve na Fiat, a maior indústria e concentração de trabalhadores do país, antes de poder se consolidar e impor seu programa neoliberal. Na Inglaterra, Margareth Thatcher quebrou e derrotou uma greve dos trabalhadores do carvão, como prova da sua força para implementar o modelo neoliberal. Nos EUA foi uma greve dos controladores aéreos, duramente enfrentada e derrotada pelo governo de Ronald Reagan, que abriu o período neoliberal e lhe permitiu se consolidar como governo de direita. No Brasil, a primeira grande greve que buscou enfrentar o Plano Real de Fernando Henrique Cardoso foi dos trabalhadores petroleiros e o governo tomou o movimento como uma prova da sua força. Tratou não apenas de derrotá-lo, mas de desmoralizá-lo e de quebrar o sindicato, com altíssimas multas. Um ministro daquele governo – que hoje faz parte da esquerda – chegou a declarar que ia enfrentar os grevistas como faz na sua terra, “dando umas porradas, depois eles vêm negociar”. Foram sempre movimentos simbólicos que os governos neoliberais tentaram usar como escarmento, como punição para todos os trabalhadores e seus sindicatos. Foram momentos de virada na correlação de forças e na luta de classes, que apontaram para um período de defensiva e de quebra de direitos fundamentais dos trabalhadores. O governo golpista de Michel Temer nunca escondeu seus objetivos de atacar a direitos fundamentais dos trabalhadores, seja na jornada de trabalho, seja nos salários e no nível de emprego. A própria Consolidação Geral do Trabalho (CLT) é questionada, quando se tenta impor o acordado sobre o legislado. A própria nomeação de um personagem sinistro como ministro do trabalho, o deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), confirma a decisão do governo golpista de aprofundar as condições de exploração da força de trabalho como um dos seus maiores objetivos. Baseiam-se na falsidade absoluta de que a recessão econômica é resultado do preço supostamente alto para a contratação da força de trabalho, o que seria combatido retirando direitos dos trabalhadores, um artifício que soaria como incentivo aos investimentos. Mentira que foi denunciada já nos governos Collor e FHC, quando a maior parte dos trabalhadores deixou de ter carteira assinada, mas nem assim aumentaram os investimentos dos empresários. A mais longa greve geral dos bancários apontava para um primeiro grande enfrentamento entre o capital e o trabalho no país depois da instalação do governo golpista. A própria resistência dos banqueiros – os que mais ganham no Brasil de hoje – fazia prever sua vontade de ir para um enfrentamento em que acreditavam que poderiam impor uma grande derrota às organizações dos bancários. Para isso contavam com o governo golpista. Mas a greve demonstrou uma força e uma extensão que surpreendeu aos banqueiros, que tiveram de ir revendo suas ofertas, retomando as negociações, ao contrário da sua disposição inicial. Até que o movimento, depois de se tornar a mais longa greve da categoria, conseguiu obter condições melhores, com a recuperação em 2017 do que não se obtém este ano, com outras conquistas mais, incluído o pagamento dos dias parados. Aquilo que o governo golpista e suas políticas neoliberais pretendia que fosse uma derrota, um escarmento e um aviso para todos os trabalhadores, tornou-se seu oposto. Os bancários, seus dirigentes e suas organizações, conseguiram dobrar o braço dos banqueiros e sair vitoriosos da primeira grande greve no governo golpista. Serve como lição de como, com grande mobilização, capacidade de negociação e combatividade, se podem manter os direitos dos trabalhadores e seguir na luta, mesmo nas difíceis condições atuais. Fonte- Rede Brasil Atual

Bancários também avaliaram acordos específicos do BB e Caixa; confira a relação do que ficou decidido
Seguindo orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, a grande maioria das assembleias realizadas na noite de quinta-feira (6), em todo o País aprovou a proposta da Fenaban e os acordos específicos do Banco do Brasil e da Caixa, encerrando a greve de 31 dias. O acordo de dois anos prevê 8% de reajuste mais abono de R$3,5 mil em 2016. No vale-alimentação o reajuste proposto é maior, de 15%. No vale-refeição e no auxílio creche/babá é de 10%. Para 2017, a Fenaban aceitou repor integralmente a inflação (INPC/IBGE) mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas. Acompanhe o balanços das assembleias realizadas até agora: FETEC SP 1- ABC (aprovadas as propostas para bancos privados/ BB/CEF) 2 - Assis (Privados/ BB/CEF) 3 -Limeira (Privados/ BB/CEF) 4- Taubaté (Privados/ BB/CEF) 5- Jundiai (Privados/ BB/CEF) 6- São Paulo (Privados/ BB/ CEF - Não aprovou) 7- Catanduva (Privados/ BB/CEF) 8 - Presidente Prudente (Privados/ BB/CEF) 9 - Mogi das Cruzes (Privados/ BB/CEF- Não) 10 - Araraquara (Privados/ BB/CEF) 11- Bragança Paulista (Privados/ BB/CEF) 12 – Guarulhos (Privados/ BB/CEF) 13 – Vale do Ribeira (Privados/ BB/CEF) FETEC CN 1 - Roraima  (Privados/ BB/CEF) 2 - Pará (Privados/ BB/ CEF) 3 - Brasília (Privados) 4 - Rondônia (Privados/ BB/CEF) 5- Rondonópolis (Privados/ BB/CEF- não) 6- Dourados (Privados/ BB/ CEF) 10 – Campo Grande (Privados/ BB) 11 – Mato Grosso (Privados/ BB/CEF) 12 – Amapá – Rejeitou Fenaban e CEF aprovou BB 13 – Acre (Privados/ BB/CEF) 14 – Barra do Garça (Privados/ BB/CEF) 15 – Sintraf – Ride (Privados/ BB/CEF) FETEC NE 1 – Ceará (Privados/ BNB/ BB/ CEF) 2 – Campina Grande (Privados/ BNB/ BB/ CEF) 3 – Alagoas (Privados/ BB/CEF) 4 – Paraíba (Privados/ BB/CEF) 5 – Piauí (Privados/ BB/CEF) 6 – Pernambuco (Privados/ BB/CEF/ BNB) FETRAFI MG 1- Teofilo Otoni (Privados/ BB/CEF) 2 - Divinópolis - (Privados/ BB/CEF) 3 – Uberaba - (Privados/ BB/CEF) 4 – Belo Horizonte (Privados/ BB/CEF) 5 – Cataguazes (Privados/ BB/ CEF) 6 – Ipatinga (Privados/ BB/CEF) 7 – Juiz de Fora (Privados/ BB/CEF) 8 – Pato de Minas (Privados/ BB/CEF) FETEC PR 1 - Arapoti (Privados/ BB/CEF) 2 - Cornélio Procópio (Privados/ BB/CEF) 3 - Londrina (Privados/ BB/CEF) 4 - Paranavai (Privados/ BB/CEF) 5 - Toledo (Privados/ BB/CEF) 6- Curitiba (Privados/BB/CEF) 7 - Campo Mourão (Privados/ BB/CEF) 8 – Apucarana (Privados/ BB/CEF) 9 – Guarapuava (Privados/ BB/CEF) 10 – Umuarama (Privados/ BB/CEF) FETRAFI RJ/ES 1- Rio (Privados - OK Rejeitou CEF) 2 - Sul Fluminense (Privados/ BB/CEF) 3 - Itaperuna (Privados) 4 – Campos (Privados/ BB/CEF) 5 – Niterói (Privados/ BB/CEF - não) 6 – Teresópolis (Privados/ BB/CEF) 7 – Baixada Fluminense (Privados/ BB/CEF - não) 8 – Angra dos Reis (Privados/ BB/CEF- não) 9 – Petrópolis (Privados/ BB/CEF) FETRAFI RS 1 - Alegrete (Privados/ BB/CEF/Banrisul) 2 - Camaquã (Privados/ BB/CEF/Banrisul) 3 - Litoral Norte (Privados/ BB/CEF) 4 - N. Hamburgo (Privados/ BB/CEF) 5 - Rio Grande (Privados/ BB- NF/CEF - NF) 6 - Santa Rosa (Privados/ BB/CEF) 7 - Vacaria (Privados/ BB/CEF) 8 - Caxias do Sul (Privados/ BB/CEF) 10 - Santiago (Privados/ BB/CEF) 11 – Vale do Cai (Privados/ BB/CEF) 12 – Porto Alegre (Privados/ BB/CEF) 13 – Vele do Paranhana (Privados/ BB/CEF) 14 – Cruz Alta (Privados/ BB/CEF) 15 – Bagé (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 16 – Bento Gonçalves (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 17 – Cachoeira do Sul (Privados/ BB/CEF- não/ Banrisul- não) 18 – Carazinho (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 19 – Erechim (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 19 – Frederico W. (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 20 – Guaporé (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 21 – Horizontina (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 22 – Ijuí (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 23 – Lajeado (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 24 – Nova Prata (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 25 – Passo Fundo (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 26 – Pelotas  (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 27 – Rio Pardo (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 28 – Rosario do Sul (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 29 – Santa Cruz (Privados/ BB/CEF- não) 30 – Santa Maria (Privados/ BB/CEF - não) 31 – Santana do Livramento (Privados/ BB/CEF/ Banrisul - não) 32 – Santo Ângelo (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 33 – São Borja (Privados/ BB/CEF- não) 34 – São Gabriel (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) 35 – São Luiz Gonzaga (Privados/ BB/CEF/ Banrisul) FETEC SC 1- Criciuma (Privados/ BB/CEF) 2 - Florianóplolis (Privados/ BB/CEF) 3- Araranguá (Privados/ BB/CEF) 4- Chapecó (Privados/ BB/CEF) 5 – Videira (Privados/ BB/CEF) FILIAÇÃO DIRETA 1 - Piracicaba  (Privados/ BB/CEF) 2- Guaretinguetá (Privados/ BB/CEF) 3- Rio Claro (Privados/ BB/CEF) 4 - Campinas (Privados/ BB/CEF) FEEB BA/SE 1 – Feira de Santana (Privados/ BB/CEF) 2 – Jequié (Privados/ BB/CEF) 3 – Salvador (Privados/ CEF - não) 4 – Extremo Sul (Privados/ BB/CEF)

Fonte: Contraf-CUT

 

assembleia-aprovaNesta quinta-feira (06/10), reunidos na sede do Sindicato do ABC, os bancários aprovaram a proposta apresentada pela Fenaban de forma unificada. A medida colocou fim na greve que durou 31 dias, fechando quase 100% das agências da Região.

“A greve forte que realizamos levou os bancários a quebrar a resistência dos bancos que queriam impor uma derrota para a categoria.  Os bancários demonstraram seu poder de mobilização e mesmo num cenário de recessão saem vitoriosos dessa Campanha Nacional”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e membro do Comando Nacional.

Bancos públicos - Foram realizadas também, logo após a assembleia geral, assembleias específicas da Caixa e do BB na qual foram aprovadas pelos presentes as propostas específicas de cada banco.

Veja abaixo a proposta aprovada na assembleia dessa quinta-feira:

Proposta dos bancos

Reajuste de 8% e abono de R$ 3.500,00 em 2016.

Reposição integral da inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real em 2017 para os salários e todas as verbas.

PLR 2016 - PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.183,53 limitado a R$ 11.713,59. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.769,88

PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07.

Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Regra básica –  54% do salário reajustado em setembro de 2016, mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.183,53.

PLR 2017 - Para PLR e antecipação da PLR- mesmas regras, com reajustes dos valores fixos e limites pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%, com data de pagamento de pagamento final até 01/03/2018.

Pisos 2016

Piso portaria após 90 dias – R$ 1.487,83.

Piso escritório após 90 dias – R$ 2.134,19.

Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.883,01 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

Vales e Auxílios 2016

Auxílio-refeição – R$ 32,60.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 565,28.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 434,17.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 371,43.

Gratificação de compensador de cheques – R$ 165,65.

Requalificação profissional – R$ 1.457,68.

Auxílio-funeral – R$ 978,08.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 145.851,00.

Ajuda deslocamento noturno – R$ 102,09.

Vale-Cultura, valor de R$50,00, mantido até 31/12/16.

2017 – Os valores vigentes em 31/08/2017 serão reajustados pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%.

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Assembleia começa às 17h30 na sede social do Sindicato
 

Com 30 dias de greve histórica e grande mobilização nacional da categoria bancária, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nesta quarta-feira (5), em São Paulo, uma nova proposta para o Comando Nacional dos Bancários. O acordo de dois anos prevê 8% de reajuste mais abono de R$3,5 mil, em 2016. No vale-alimentação o reajuste proposto é maior, de 15% e no vale-refeição e no auxílio creche/babá é de 10%. Para 2017, a Fenaban aceitou repor integralmente a inflação (INPC/IBGE) mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas. O Comando Nacional dos Bancários orienta aprovação da proposta e os sindicatos realizam assembleias nesta quinta-feira (6) em todo o País.

No Grande ABC a assembleia começa às 17h30 na sede social do Sindicato, à rua Xavier de Toledo 268, no centro de Santo André. "É fundamental a participação dos bancários, pois esse é um momento decisivo da campanha 2016", destaca o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira. Para o Comando Nacional dos Bancários, os bancários saem vitoriosos  de uma das campanhas mais difíceis dos últimos anos, impactada pela conjuntura  política e econômica do País, porque a primeira proposta de Fenaban, que reajustava os salários em 6,5%, foi apresentada no dia 29 de agosto, em plena efervescência política do processo de impeachment, que aconteceria dois dias depois. A greve foi iniciada nesta novo governo, que estabeleceu medidas e ajustes que prejudicaram as reivindicações, e os banqueiros insistiram em um modelo aplicado nos anos 90, na Era FHC, de reajustar salários abaixo da inflação e conceder abono.

Dentro da Campanha Nacional deste ano, a defesa do emprego está entre as prioridades, sendo tema constante de debate com a Fenaban.  Assim, a negociação conquistou a instalação de um Centro de Realocação e Requalificação Profissional nos bancos. Com participação bipartite, o projeto vai buscar realocar os funcionários ameaçados pela reestruturação em um determinado local, criando possibilidades de serem transferidos para outras áreas da própria instituição e assim evitar demissões. Sobre os dias parados durante a greve, a Fenaban insistia na compensação de todos, sem prazo limite.  Mas o Comando Nacional não aceitou a postura dos banqueiros e conseguiu arrancar, na mesa de negociação, o abono total dos dias parados. A Fenaban disse, porém, que a proposta só vale até as assembleias desta quinta-feira (6),  com retorno ao trabalho na sexta feira (7).

O debate de um modelo diferente, que garantisse que aquela velha fórmula não voltaria em 2017 apareceu no cenário e foi considerado importante pelo Comando. A presença dos bancos públicos na CCT de 2017 e a garantia de reajuste acima da inflação para todos era fundamental.  Também foram garantidos avanços no VA, VR e Auxílio-creche/Babá, além da extensão dos direitos e valores para todos os bancos públicos, diferentemente dos anos 1990. Os bancos concordaram ainda em implantar a licença-paternidade de 20 dias, conforme lei sancionada neste ano, durante o governo Dilma Rousseff.

Proposta dos bancos

Reajuste de 8% e abono de R$ 3.500,00 em 2016.

Reposição integral da inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real em 2017 para os salários e todas as verbas.

PLR 2016 - PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 2.183,53 limitado a R$ 11.713,59. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.769,88

PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07.

Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Regra básica -  54% do salário reajustado em setembro de 2016, mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.183,53.

PLR 2017 - Para PLR e antecipação da PLR- mesmas regras, com reajustes dos valores fixos e limites pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%, com data de pagamento de pagamento final até 01/03/2018.

Pisos 2016

Piso portaria após 90 dias - R$ 1.487,83.

Piso escritório após 90 dias - R$ 2.134,19.

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.883,01 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

Vales e Auxílios 2016

Auxílio-refeição - R$ 32,60.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 565,28.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 434,17.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 371,43.

Gratificação de compensador de cheques - R$ 165,65.

Requalificação profissional - R$ 1.457,68.

Auxílio-funeral - R$ 978,08.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 145.851,00.

Ajuda deslocamento noturno - R$ 102,09.

Vale-Cultura, valor de R$50,00, mantido até 31/12/16.

2017 - Os valores vigentes em 31/08/2017 serão reajustados pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%.

Fonte: Contraf-CUT. com edição

A federação dos bancos (Fenaban) apresentou proposta de reajuste para 2016 de 8% mais abono de R$ 3.500. O abono seria pago até 10 dias após assinatura da CCT. 

Comando conquista abono total dos dias parados, mas Fenaban diz que só vale até as assembleias desta quinta.

No vale-alimentação o reajuste seria de 15% e de 10% no vale-refeição e no auxílio creche-babá.

Licença-paternidade passaria para 20 dias. Sobre emprego, seria criado um centro de realocação e requalificação.

Para 2017, a proposta prevê reajuste de acordo com a inflação (INPC) mais 1% de aumento real para os salários e em todas as verbas.

A PLR seria reajustada pelos índices 8% em 2016 e inflação mais 1% de aumento real em 2017.

Em andamento - Seguem as negociações da Caixa, Banco do Brasil e BNB. Em breve, mais informações.