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A holding encerrou o ano com 80.871 empregados no país, um corte de 2.610 postos de trabalho, na comparação com o ano anterior

O Banco Itaú lucrou R$ 22,2 bilhões em 2016, uma redução de 6,8% em relação à 2015. A holding encerrou o ano com 80.871 empregados no país, um corte de 2.610 postos de trabalho, na comparação com o ano anterior. No mesmo período foram abertas 41 agências digitais e fechadas 168 agências físicas no país no ano. O total de agências no Brasil e exterior encerrou 2016 em 4.985.

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O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 20,3%, representando uma queda de 3,6 p.p. em relação ao ano anterior. Esses são os primeiros resultados anuais apresentados pelo banco após a aquisição do CorpBanca.

O total da Carteira de Crédito do banco decresceu 11% em doze meses e atingiu R$ 598,4 bilhões (no trimestre houve retração de 1,1%). Excluindo o efeito da variação cambial do período, a carteira de crédito teria uma variação negativa em doze meses de -6,4%. As operações com pessoas físicas recuaram 2,2% em relação a 2015, chegando a R$ 183,4 bilhões (com variação positiva de 0,5% no trimestre). Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 243,1 bilhões e apresentaram redução de 17,3% no período (com queda no trimestre, de 0,5%). Na América Latina, houve queda de 14,8%, chegando a R$ 135,5bilhões.

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias no Brasil apresentou alta de 0,3 p.p. no período, ficando em 4,2%. Devido ao aumento da inadimplência, a despesa de provisão para devedores duvidosos também subiu (41,7%), totalizando ao final do período em R$ 17,789 bilhões.

A redução das receitas com Títulos e Valores Mobiliários (TVM) foi diretamente influenciada pela relativa estabilização na taxa Selic e pela redução nos índices de preços, apresentando uma queda de 17,5%, totalizando R$ 53,5 bilhões. A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias apresentou crescimento de 7,8% no período, totalizando R$ 33,2 bilhões. As despesas de pessoal subiram 14,5%, atingindo R$ 21,4 bilhões, tendo como principal destaque o aumento de despesas com processos trabalhistas e desligamento de funcionários que variou 77% em relação a 2015, perfazendo um montante de R$ 3,5 bilhões. Em 2016, a cobertura da despesa de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 155,1%.

Fonte: Contraf-CUT

Os dirigentes sindicais aproveitaram a oportunidade para reivindicar a antecipação do pagamento da segunda parcela da PLR

contraf-cut-assina-acordo-da-pcr-do-itau_2ae7efe9de62a439de1406e23df8274bA Contraf-CUT assinou, nesta segunda-feira (6), os Acordos Coletivos de PCR 2017/2018 e Ponto Eletrônico com o Banco Itaú. A proposta para renovação do acordo do Programa Complementar de Resultados (PCR) do Itaú segue os reajustes da Campanha Nacional fechados com a Fenaban.

O valor sobre o qual o reajuste será calculado vai variar de acordo com a rentabilidade do banco, a ROE (retorno sobre o patrimônio líquido). Se a ROE for até 23%, o PCR será de R$ 2.468 mais INPC e 1% de aumento real. Se a ROE for maior que 23%, o valor passa a R$ 2.587,00 mais INPC e 1% de aumento real. Esse acordo é extensivo aos financiários da holding Itaú, Luizacredi e Microinvest.

“Fechamos um ciclo por dois anos de negociação da PCR, que é um programa de remuneração complementar linear, o qual consolidamos com o passar do tempo”, explicou roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Contraf-CUT reivindica antecipação da PLR

Na mesma oportunidade, os dirigentes sindicais reivindicaram a antecipação do pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Nesta terça-feira (7), o Banco Itaú-Unibanco S.A. divulga o balanço referente ao exercício do ano de 2016.

“A Contraf-CUT reivindica a antecipação pois os bancários aguardam com expectativa o recebimento o mais breve possível da segunda parcela da PLR, tendo em vista inclusive, diversas obrigações financeiras que pesam no orçamento familiar no início de ano”, completou Roberto von der Osten.

Fonte: Contraf-CUT

Banco faturou R$ 16 bilhões entre janeiro e setembro, período em que demitiu mais de 1,7 mil; Bradesco, BB, Santander e BTG Pactual também estão entre os 20 primeiros em ranking da consultoria Economatica
 
 
O Itaú é a empresa brasileira que mais lucrou em 2016. Levantamento da consultoria Economatica aponta que o banco faturou R$ 16,1 bilhões entre janeiro e setembro deste ano. Bradesco (3ª), BB (6ª), Santander (8ª) e BTG Pactual (12º) também figuram entre as 20 empresas com melhores resultados no período.E assim como os demais bancos, que integram o setor com maiores lucros no Brasil, o Itaú segue demitindo: eliminou mais de 1,7 mil postos de trabalho nos nove primeiros meses deste ano. No geral, entre janeiro e outubro, já são 10.009 bancários a menos no setor financeiro. O corte de postos de trabalho no setor financeiro sobrecarrega bancários e leva estes trabalhadores ao adoecimento. Somente em 2013 (ano com as estatísticas mais recentes), 18.671 bancários foram afastados em todo o Brasil. Do total de auxílios-doença concedidos pelo INSS 52,7% tiveram como causas principais transtornos mentais e doenças do sistema nervoso.

A COE do Itaú se reuniu com a direção banco nesta quarta-feira (30), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para debater a questão do emprego, entre outras pendências. A reunião aconteceu a pedido da Contraf-CUT, pois o banco havia se comprometido a discutir a questão do emprego a cada três meses.

Os representantes dos trabalhadores sugeriram a construção de uma agenda de reuniões para debater a minuta que foi entregue ao banco. Uma das apostas do banco é de que o mundo digital será um segmento que vai crescer em 2017. Por outro lado, o banco sinalizou que tem uma pauta de discussões para ser entregue durante o ano de 2017. Na ocasião, os representantes do banco apresentaram o ‘Turnover’, que significa a rotatividade dentro do banco, ou seja, demissões e contratações. Foram apresentados dados de janeiro a outubro de 2016, onde foram 6.768 desligamentos feitos no banco e 4.485 admissões. Outros destaques da reunião foram sobre o acesso às agencias digitais e sobre a central de realocação. A dificuldade maior dos dirigentes sindicais é conseguir o contato direto com o trabalhador. São oito agências digitais em São Paulo e uma agência no Rio de Janeiro. Em relação a esse acesso, o banco ficou de agendar uma visita com os representantes dos trabalhadores, na primeira quinzena de dezembro, em uma agência digital do Itaú. Sobre a central de realocação foi cobrado do banco respostas para as demissões que estão ocorrendo. Segundo Jair Alves foi questionado sobre o porquê da central só ter funcionado durante o início da fusão de 2009 a 2012. Os dirigentes sindicais cobraram do sobre a questão do PCR. O acordo deve ser firmado até o final de dezembro seguindo orientações legais.

Política do terror leva a advertência e aumenta chance de demissão

O banco Itaú, além de impor a venda de produtos aos clientes, também resolveu punir seus trabalhadores quando há desistência nessas transações. Se o cliente cancela a compra do produto em até quatro meses é o bancário quem sai perdendo, pois os pontos que obteve com essa venda serão retirados, e vão aumentar a meta do mês seguinte. O trabalhador também terá aumentadas suas chances de demissão.

“É inaceitável que o Itaú pratique esse tipo de política. Já cobra metas absurdas diariamente, reduziu o quadro de funcionários e agora ainda vem com esse terrorismo pra cima dos trabalhadores”, aponta a diretora sindical Elaine Cristina Meirelles. Ela lembra, ainda, que os bancários são obrigados a vender os produtos para tentar manter o emprego, e alguns clientes até aceitam a compra, mas, depois, pagando taxas altíssimas, acabam desistindo. “É a ganância do banco que cria essas situações. O Itaú aumentou em 20% sua rentabilidade, mas mesmo assim demitiu mais de 2.700 trabalhadores, e continua piorando as condições de trabalho”, aponta.

A política de advertências por cancelamento de produtos faz parte do programa de avaliação de desempenho (Agir), já questionado pelas entidades sindicais bancárias. Esse lado obscuro do banco, bem distante da “responsabilidade social” que tenta vender ao público, precisa ser conhecido pela sociedade, já que por trás de cada bancário estão famílias que dependem de um emprego digno.

Banco fechou 207 agências em doze meses

O Banco Itaú divulgou balanço do terceiro trimestre, nesta segunda-feira (31), em que apresenta lucro líquido de R$ 5,394 bi. Nos nove primeiros meses de 2016, o lucro líquido recorrente do banco foi de R$ 16,3 bilhões. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado foi de 20,0%, com redução de 4,5 pontos percentuais em doze meses. Mesmo com altíssimo patamar de rentabilidade - muito acima do que se verifica no sistema financeiro internacional - e lucrando muito em meio a profunda crise econômica que o país atravessa, o banco continua a fechar agências e a demitir funcionários. Nos últimos doze meses foram cortados e 2.753 postos de trabalho e 207 agências foram fechadas no período.

Segundo a análise do Dieese, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 151,2%. As receitas com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 8,8% em doze meses e somaram R$ 24,6 bilhões.

 O banco domina o mercado brasileiro, cresce internamente e na América Latina, sua rentabilidade é altíssima, conforme mais uma vez demonstrado no último balanço, mas reduz postos de trabalho nas agências de “tijolo” o que aumenta a pressão e piora as condições de trabalho. A decisão de investir em agências virtuais reduz o emprego, enquanto há sobrecarga de trabalho para os bancários e atendimento ruim para a população.

Veja aqui a integra da análise do Dieese do balanço do Itaú.

Fonte: Contraf-CUT

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