Avanço tecnológico é inevitável, mas direitos não podem ser atingidos
O Itaú Unibanco planeja fechar cerca de 200 agências até o fim do ano, para se adaptar à digitalização dos serviços bancários. A notícia foi divulgada pelo jornal Valor Econômico, a partir de informação de uma fonte próxima à instituição, segundo a reportagem. Outras fontes, porém, revelaram à revista Exame que o fechamento pode atingir 400 agências. Se forem 200, o número representa 4% da base total de agências do Itaú, que era de 4,934 mil no fim de março. Desse total, 3,527 mil correspondiam às agências físicas do banco no Brasil, e outras 195 eram agências digitais. O restante eram postos de atendimentos no País e agências na América Latina.
O banco já vem substituindo agências tradicionais pelas digitais, mas a tendência é que o processo ganhe velocidade. Por meio de nota, o Itaú não informou o total de agências que serão fechadas, mas confirmou que “a redução do número de unidades físicas é um movimento de reposicionamento da rede de agências, coerente com as novas necessidades dos clientes e o aumento da procura por atendimento em outros canais como internet, celular e agências digitais”.
O Sindicato acompanha essa situação no Itaú e demais bancos, com ênfase à manutenção do emprego e qualidade dos serviços prestados. “Não há como impedir o avanço tecnológico, mas não podemos aceitar retrocessos em nossos direitos”, destaca o presidente Belmiro Moreira.