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Aprovada no Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados, minuta específica apresenta prioridades apontadas pelos bancários

coe-do-bradesco-cobra-manutencao-do-emprego-em-entrega-de-mi_c947421dc2c50da92b22dddb64a2cc77A defesa do emprego foi o ponto principal da reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco com os representantes do banco, que ocorreu na tarde desta quinta-feira (9), na Cidade de Deus, em São Paulo, na sede do Bradesco.

A pauta de reivindicações especificas dos funcionários do Bradesco foi aprovada no Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados com o destaque na manutenção do emprego. Entre outras prioridades aprovadas pelos bancários destacam-se auxílio-educação, adiantamento de férias, plano de cargos e salários, remuneração total, segurança bancária, plano de saúde e seguro saúde, fim do assédio moral e metas abusivas.

“O banco foi duramente criticado pela onda de demissões e pela falta de contrações que aterroriza os bancários e bancárias de todo o território nacional. Não podemos compactuar com este aumento assustador de corte de postos de trabalho. Em ano olímpico não deixaremos que a chama do emprego apague”, destacou o coordenador da COE do Bradesco e diretor do Sindicato, Gheorge Vitti.

Na ocasião, o banco negou a onda de demissões, alegando que as demissões são de ordem natural, ou seja, de troca qualitativa ou relacionadas ao desempenho, pedidos de demissões e aposentadorias.

Demissões

No primeiro trimestre de 2016, o banco Bradesco teve lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões, equivalente a uma redução de 3,8% em relação ao mesmo período de 2015. Mesmo fechando o início do ano com lucro, o banco manteve sua política de corte de postos de trabalho. Em apenas um ano, de março de 2015 a março de 2016, foram 3.581 empregos a menos no segundo maior banco privado do país. Somente de dezembro de 2015 a março deste ano, foram extintas 1.466 vagas de trabalho.

Também houve redução no número de agências. São 152 unidades a menos em março de 2016, na comparação com março de 2015.

“O banco mais demitiu do que contratou em todo o território nacional. Por isso, a nossa luta se intensifica e cobraremos do Bradesco o seu compromisso social. Não aceitaremos retrocesso na luta pela defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores”, alegou a vice-presidenta da Contraf-CUT e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.

Os dirigentes sindicais reivindicaram que na próxima reunião o banco apresente os números de contratações feitas em todo o país.

HSBC

Outro ponto abordado na reunião foi a aquisição de 100% do capital do HSBC Brasil pelo Bradesco. Em virtude da concretização desta compra, os dirigentes sindicais afirmaram que vão ficar de olhos abertos na questão do emprego e nos direitos dos trabalhadores do HSBC.

De acordo com o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, mais uma vez, o banco se esquivou em suas respostas. “A minuta que entregamos ao Bradesco foi muito eloquente: começou com a palavra ‘emprego’. Dissemos ao banco que tínhamos muitas expectativas quanto à manutenção dos postos de trabalho no processo de aquisição do HSBC, cuja concordância do CADE foi ontem (8) e que, infelizmente, não determinou salvaguardas relativas às relações trabalhistas. Cobramos veementemente que o banco pare com as demissões que aumentaram a quantidade neste início de 2016 em relação ao primeiro trimestre de 2015. O banco negou que esteja praticando qualquer tipo de reestruturação frente à futura incorporação do pessoal do HSBC, mas não mostrou dados estatísticos. Por conta destas demissões, os sindicatos vêm cumprindo uma agenda de atos de protestos nos locais de trabalho. O banco esquivou-se de falar sobre seus planos para o HSBC dizendo ter sido muito recente a autorização e que ainda não assumiram efetivamente a rede, mas pré-agendamos outra reunião para o dia 22. Lá teremos algumas respostas”.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Elias Jordão, que participou da reunião, o RH do Bradesco alegou não ter respostas, neste momento, para os empregados do HSBC, pois o processo que transcorria no Cade proibia o banco de ter acesso às informações sobre qualquer área, até a concretização final do negócio. "Quando questionamos sobre o futuro dos trabalhadores do HSBC e do Bradesco, o RH do bancou replicou a frase do presidente, segundo a qual, o Bradesco não estaria apenas comprando um banco ou um negócio, mas assumindo pessoas e um capital humano. Infelizmente, esta resposta não nos basta. Sobretudo se considerarmos que fusões anteriores sempre trouxeram resultados negativos para os trabalhadores", afirmou.

Foi proposto pelos representantes dos trabalhadores que a próxima reunião para tratar deste assunto seja o mais breve possível, para que o banco apresente os números sobre a questão da compra que envolve a fusão. O próximo encontro ficou pré-agendado para o dia 22 de junho. Data a confirmar.

Fonte: Contraf-CUT

Durante terceira rodada de negociação banco se comprometeu a fazer levantamento do sistema de avaliação para torna-lo mais justo

 Na terceira rodada de negociação entre representantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e do Santander, nesta quarta, 8,um dos pontos centrais de discussão foi o sistema de modelo de gestão denominado AQO - Avaliação de Qualidade Operacional, que faz uma espécie de sistematização das reclamações dos clientes e tem dificultado o recebimento da variável nas agências. Já em relação à renovação do acordo aditivo o banco reafirmou a disposição em assinar, mas não avançou em nenhum dos temas propostos.

Pelo modelo da AQO uma simples reclamação (justa ou não) pode ocasionar o desconto de pontos de toda a equipe para o recebimento da variável. E um erro individual pode impactar na premiação de toda a equipe. Há também casos como reclamação referente a cartão de crédito que, nada tendo a ver com o atendimento nas unidades, é colocada em questão para o desconto dos pontos. Todas essas condições foram relatadas aos representantes do Santander.

Segundo o banco, a AQO existe apenas para garantir que as normas regulatórias e os procedimentos sejam cumpridos. O objetivo do modelo, portanto, é diferente do alcance das metas, até porque 95% das agências estão com o índice positivo. Após o exposto na reunião, ficou acertado que o Santander fará um levantamento dos casos apontados para tentar deixar a avaliação mais justa.

Aditivo - Para tratar das cláusulas de saúde e condições de trabalho do acordo aditivo, o banco pretende que a discussão se dê em fóruns específicos. Mas os representantes dos trabalhadores estão cansados da ausência de avanço nesses quesitos ao longo dos anos. “Queremos garantir avanços e que estes sejam compromissados no acordo aditivo, como por exemplo a revisão da política de metas”, aponta o diretor do Sindicato Ageu Ribeiro.

Bancários aprovaram oito prioridades na minuta específica, que será entregue pela COE do Bradesco em reunião nesta quinta-feira (9)

emprego-e-a-principal-reivindicacao-dos-bancarios-do-bradesc_06048ca305a1cab262cb749afeed2aa9Durante o Encontro Nacional dos Funcionários do Bradesco, que terminou nesta quarta-feira (8), em São Paulo, os 120 delegados (89 homens e 31 mulheres) apontaram que a manutenção do emprego é uma questão prioritária na pauta de reivindicações específicas para os bancários do Bradesco.

Na ocasião, foram aprovadas oito prioridades na minuta específica dos funcionários do Bradesco, entre elas estão: emprego; auxílio-educação; adiantamento de férias; plano de cargos e salários; remuneração total; segurança bancária; plano de saúde e seguro saúde; fim do assédio moral e metas abusivas; promoção.

“Discutimos as questões práticas dos locais de trabalho e vamos dialogarmos junto com os trabalhadores para podermos avançar e transformar as nossas reivindicações em realidade”, avaliou o coordenador da COE do Bradesco e diretor do Sindicato, Gheorge Vitti.

Para a diretora da Fetec-CUT/SP, Maria de Lourdes (Malu), “a organização e a mobilização dos trabalhadores do ramo financeiro vão garantir a unidade na luta e uma forte campanha nacional dos bancários”.

Emprego

Sobre as questões que envolvem o tema emprego, os bancários cobram do Bradesco medidas que visem aumentar o número de empregados, adequando o seu quadro funcional a praça e ao porte das agências para que não ocorra sobrecarga de trabalho e que o tempo de espera no atendimento dos clientes e usuários seja de, no máximo, 15 minutos e com ampliação do horário de atendimento com a realização de dois turnos de trabalho.

Entre outras medidas, os bancários também reivindicam que as agências tenham no mínimo 4 caixas para atendimento ao público.

Segundo o secretário de Saúde da Contraf-CUT e funcionário do Bradesco, Walcir Previtale, outro grande desafio na atual conjuntura, além da luta pela manutenção do emprego é a batalha pela garantia de direitos. “Não podemos compactuar com a política de demissões e a falta de contratações. Além disso, precisamos avançar nas questões que afetam o dia a dia dos trabalhadores nos locais de trabalho, bem como o fim do assédio moral e as metas abusivas”.

De acordo com Gheorge vale lembrar que nesta quarta-feira (8) o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a aquisição de 100% do capital do HSBC Brasil pelo Bradesco. “Isso significa que o risco de cortes de postos de trabalho aumenta ainda mais a partir de hoje. Por isso, a nossa preocupação é pertinente e estaremos mais mobilizados na luta pela defesa do emprego”, concluiu.

Implantação do Plano de Carreira, Cargos e Salário - PCCS

Entre os principais pontos discutidos, os dirigentes sindicais também reivindicam que o banco inicie tratativas junto ao movimento sindical bancário visando à criação e implementação do Plano de Carreira, Cargos e Salário - PCCS com critérios claros, conforme termos da proposta da minuta geral da categoria.

Melhorias no plano de saúde

Entre as cláusulas debatidas que envolvem melhorias no plano de saúde, estão a inclusão dos pais no plano de saúde, sem a comprovação de dependência na Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física – IRPF; garantia de aposentadoria com plano de saúde; ampliação da rede de atendimento do plano de saúde e odontológico, entre outros.

Auxílio Educacional

Na questão educacional, os bancários reivindicam que o banco Bradesco e o movimento sindical estabeleçam programa de concessão de auxílio-educação aos funcionários que ingressarem ou que já estejam cursando o ensino médio, graduação e pós-graduação, em todas as áreas do conhecimento.

Esse auxílio-educação atenderá todos os funcionários em âmbito nacional, conforme minuta geral da categoria bancária.

Reunião

Nesta quinta-feira (9), às 14h, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reúne com os representantes do banco, na Cidade de Deus, em São Paulo, na sede do Bradesco.

Na ocasião, os representantes dos trabalhadores vão entregar a pauta de reinvindicações dos funcionários do Bradesco e discutir o tema emprego.

Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancários

Encontro Nacional reuniu funcionários de todo o Brasil e definiu pauta que será entregue ao banco

Reunidos no Hotel Excelsior, na capital paulista, nesta terça (7) e quarta-feira (8), 150 delegados(as), sendo 96 homens e 54 mulheres, construíram a pauta de reivindicações específicas dos funcionários do Itaú, da Campanha Nacional 2016. Na minuta, que será entregue ao banco, estão reivindicações de emprego, saúde, remuneração, condições de trabalho, previdência privada, segurança e igualdade de oportunidades.

Desde 2011 o Itaú já fechou 21 mil postos de trabalho, de acordo com levantamento do Dieese, e o grande número de demissões gera preocupação entre os trabalhadores.

O balanço do banco, referente ao primeiro trimestre de 2016, mostra que a holding encerrou março com 82.871 empregados no país, com redução de 2.902 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015. Foram abertas 74 agências digitais e fechadas 154 agências físicas no país entre março de 2015 e março de 2016, totalizando, ao final do período, 3750 agências físicas e 108 digitais.

O fechamento de agências físicas e ampliação das digitais vêm promovendo a eliminação de postos de trabalho e sobrecarregando quem permanece no emprego. O Itaú está estendendo as transações pelos canais digitais em todo o Brasil.

Nesta quinta-feira (9), a Comissão de Organização dos Empregados (COE) já tem reunião com o banco, dentro GT (Grupo de Trabalho) de Saúde e Condições de Trabalho. Conquistado neste ano, representantes dos trabalhadores e do banco formalizaram um calendário periódico de reuniões de 15 em 15 dias.

Principais reivindicações dos funcionários do Itaú:

Emprego

Fim das demissões e mais contratações

Fim da terceirização

Número mínimo de funcionários e caixas por agência

Combate ao desvio de função

Reativação da Central de Realocação de Funcionários

Cumprimento da Convenção 158 da OIT, que proíbe demissões desmotivadas

Cumprimento da jornada de trabalho de 6 horas

Criação de dois turnos de trabalho para agências de horário estendido

Remuneração

Ampliação do valor da PCR (Participação Complementar nos Resultados)

Discussão com o movimento sindical sobre o AGIR (Programa de Ação Gerencial Itaú Resultados)

Pagamento proporcional da PR, PLR e Adicional aos funcionários desligados, conforme legislação

Pagamento de Auxílio educação integral e ampliação para mestrado

Participação do Movimento Sindical na elaboração de um PCS (Plano de Cargos e Salários) para todos

Previdência complementar para todos

Vale cultura para todos

Discussão sobre parcelamento do pagamento das férias

Saúde, condições de trabalho, e igualdade de oportunidades

Cumprimento da emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)

Implementação da cláusula 57 da CCT (melhoria das relações de trabalho)

Combate ao assédio moral

Fim das metas abusivas

Participação do movimento sindical no PCMSO (Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional)

Parcelamento mensal e não o desconto total do débito referente a benefícios previdenciários

Novo programa de retorno ao trabalho com participação sindical

Cumprimento da cota de PCD por região e apresentação de relatório sobre contratações

Segurança

Mais segurança nas agências

Abertura e fechamento das agências por controle remoto

Aumento do número de vigilantes

Adoção do projeto-piloto de segurança em todas as agências

Para o coordenador da COE Itaú e diretor da Contraf-CUT, Jair Alves, o Encontro Nacional refletiu o dia a dia dos bancários e os problemas em cada base.

“São muitas demissões, bancários adoecidos, agências com falta de funcionários, cobranças de metas abusivas, assédio moral. O encontro nacional trouxe à tona o que os bancários do Itaú enfrentam atualmente, e muita coisa precisa mudar com urgência”, afirma Jair.

“O encontro deste ano reafirma uma pauta de luta que visa assegurar melhores condições de trabalho, entre outras prioridades. Os dirigentes sindicais têm desafios importantes pela frente na construção na nossa campanha nacional e nos locais de trabalho”, completa Mauri de Souza, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.

Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancários

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