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Na manhã desta quarta-feira, 27, trabalhadores do HSBC e sindicalistas realizaram um ato em frente à sede do Banco Central em São Paulo. A atividade teve o objetivo de mostrar os riscos em relação à manutenção do emprego e dos direitos, caso a instituição inglesa deixe de atuar no Brasil. “Os trabalhadores estão apreensivos com tantos boatos sobre o banco e como ficarão seus empregos com a venda do HSBC que já foi, inclusive, anunciada pelo própria instituição”, disse Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco que participou da atividade.

O banco confirmou informação à imprensa sobre a possível venda da unidade brasileira e enviou comunicado interno, no entanto, não há menção aos interesses de seus trabalhadores, demonstrando total desrespeito com os funcionários “ O HSBC explorou a ´colônia` durante 18 anos enviando os lucros para a ´corte` e, agora, o emprego de milhares de brasileiros está em risco”, falou Belmiro durante o ato.

[caption id="attachment_8029" align="alignnone" width="1280"]IMG-20150527-WA0033 Belmiro fala durante ato em frente ao Banco Central na avenida Paulista[/caption]

[caption id="attachment_8014" align="alignright" width="174"]itamarfoto Itamar, do Sindicato, obteve 61 votos, assim como Jorge Beck[/caption] Presidente do Banesprev sugere revezamento entre os vencedores, Itamar José Batista, do Sindicato, e Jorge Beck A apuração das eleições do Comitê Gestor dos Planos I, III e IV, realizada na manhã desta terça, 26, na sede do Banesprev, apresentou um inesperado resultado: pela primeira vez na história da entidade, houve empate entre candidatos concorrentes a ocupar a vaga do Plano I no colegiado. O diretor do Sindicato Itamar José Batista, apoiado pela Afubesp, e Jorge Beck conquistaram 61 votos cada, enquanto o terceiro candidato, Alberto Maranho (também apoiado pela associação), recebeu 39 votos. Como não existem critérios de desempate pré-definidos no regulamento da eleição, o presidente do Banesprev, Jarbas di Biagi, propôs aos candidatos um revezamento para participação de ambos como titular e suplente nas reuniões do Comitê Gestor, que são realizadas trimestralmente. “A gente lembra que, no Banesprev, o suplente tem participação ativa nos colegiados, com direito a voz e, inclusive, registro de suas opiniões em ata”, ponderou Biagi. Caso contrário, apontou, terá que ser realizada nova eleição. Os candidatos têm dois dias para apresentar suas decisões ao Banesprev, para que depois sejam tomadas as medidas necessárias para a posse ou realização de nova eleição. No Plano III Antônio Sérgio foi eleito titular com 127 votos e Marco Melo ficou com a suplência, obtendo 93 votos. Nulos e brancos somaram 9 votos.   [caption id="attachment_8013" align="alignright" width="371"]banesprev Apuração no Banesprev, na manhã desta terça, 26[/caption]  

Banco confirmou informação à imprensa e enviou comunicado interno; no entanto, não há menção aos interesses de seus trabalhadores, demonstrando total desrespeito

O banco HSBC informou nesta sexta, 22, que pode vender sua unidade brasileira, após as demonstrações de interesse no negócio terem aumentado e o Santander Brasil ter informado que também consideraria a compra. Paralelamente, também divulgou no início da manhã um comunicado interno a seus funcionários, confirmando a possibilidade de venda e com 10 questões que tratam do tema, mas sem considerar os interesses dos trabalhadores.

Todas as perguntas e respostas estão relacionadas ao funcionamento do banco, e num único item (o sexto) os funcionários são citados, ainda que subjetivamente: ´(...) não haverá nenhum impacto imediato para vocês (os trabalhadores) nem para nossos clientes´. Classificando a possível venda como resultado de uma “revisão contínua”, o banco inclui no pacote a Losango e a Seguradora, mas não revela os nomes dos possíveis compradores. Segundo o HSBC nenhuma decisão sobre a transação foi tomada até agora.

“É um absurdo que o banco divulgue um comunicado a seus funcionários sem apresentar qualquer interesse pelo destino do emprego dessas pessoas. Um desrespeito total, já que também não houve qualquer iniciativa de diálogo com o Sindicato”, aponta Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC.

Venda -  O presidente-executivo do Santander Brasil, Jesus Zabalza, disse nesta semana que estava estudando os termos de compra do HSBC, apesar de ter declarado que pretendia saber mais detalhes antes de tomar uma decisão. Além do Santander Brasil, também houve interesse de Bradesco, do BTG Pactual, do canadense Bank of Nova Scotia e do chinês ICBC. O Itaú também declarou seu interesse há três dias.

O HSBC deve selecionar um comprador preferencial para sua unidade brasileira a partir do mês que vem, segundo informou a agência de notícias Reuters no último dia 13. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, as ofertas podem não ultrapassar o valor contábil do banco, estimado em cerca de 3,3 bilhões de dólares.

Fontes: UOL/Reuters, com Redação

Foi realizada nesta terça-feira (19) em Brasília, a segunda rodada de negociação sobre a sustentabilidade da Cassi entre o Banco do Brasil e os representantes de entidades dos funcionários do BB, da ativa e aposentados.

No início da reunião, os representantes das entidades reiteraram que concordam com a proposta de ações estruturantes apresentadas pelos dirigentes eleitos da Cassi com base em estudos acompanhados por técnicos do Banco. Insistiram na necessidade do aporte solicitado pelos eleitos. O BB repetiu que descarta a hipótese de aporte extraordinário. 

Em seguida foram discutidas algumas premissas que devem nortear a busca de soluções para a Caixa de Assistência. O Banco concorda com os negociadores que representam o funcionalismo que o Modelo de Atenção Integral à Saúde, por intermédio da Estratégia de Saúde da Família, é a maneira mais adequada de garantir a saúde das pessoas, com ênfase na prevenção e não na cura. Os dois lados da mesa também concordaram que é preciso aperfeiçoar a gestão do modelo, o que envolve tanto os dirigentes indicados pelo Banco quanto os eleitos pelos associados.

Outro ponto que gerou consenso foi que nenhum associado, seja da ativa ou aposentado, pode ficar desamparado. As soluções que forem encontradas deverão atender estas premissas.

Os negociadores que representam os associados também reiteraram que a solidariedade é um princípio fundamental, pelo qual cada um contribui de acordo com sua capacidade e utiliza o plano de acordo com suas necessidades. O Banco argumentou que a solidariedade deve ser aperfeiçoada, esclarecendo que deve detalhar a que aperfeiçoamento se refere no decorrer das reuniões.

O diretor Carlos Neri apresentou a proposta do BB, dividindo-a em três partes:

A) na primeira parte, o Banco propõe repassar para a Cassi os R$ 5,830 bilhões que estão provisionados no balanço do BB como compromisso com o pós-laboral, ou seja, com os aposentados. Segundo o BB, este valor está construído sobre bases atuariais que garantem que seja suficiente para honrar com a contribuição do Banco de 4,5% do salário bruto dos funcionários ativos e aposentados de hoje. Este valor seria depositado numa conta em nome da Cassi, num fundo da BBDTVM, com regulamento próprio aprovado em conjunto com os associados, e somente poderia ser utilizado para arcar com as contribuições hoje de responsabilidade do BB para os aposentados. Além disso, o BB acrescentaria mais 0,99% a sua contribuição sobre os salários brutos mensais dos ativos, que também seria direcionado ao mesmo fundo na BBDTVM, que, segundo o BB seria suficiente para arcar com o valor equivalente a contribuição de 4,5% para os futuros aposentados. Com estas medidas, o Banco deixaria de contribuir para os aposentados, deixando de ser obrigado a fazer as provisões previstas pela CVM 695/2012;

B) o BB argumenta que, com os R$ 5,830 bilhões passando para o nome da Cassi, as atuais reservas obrigatórias mantidas pela Caixa estariam liberadas. Sendo assim, os valores hoje existentes nestas reservas poderiam ser utilizados no custeio da entidade, inclusive cobrindo os déficits existentes e possibilitando a implantação das ações estruturantes propostas pelos dirigentes eleitos da Cassi, que, com um investimento estimado em R$ 150 milhões, preveem a diminuição das despesas da Cassi ao longo dos próximos anos;

C) em caso de déficits futuros, o BB propõe que os estes sejam rateados somente entre os associados, a serem pagos no ano seguinte, em 12 parcelas mensais. O Banco propõe que nos critérios de rateio sejam utilizados fatores como idade do associado, grupo familiar (número de dependentes) e utilização do plano. 

As entidades participantes da mesa de negociação vão avaliar a proposta apresentada pelo Banco, inclusive as premissas utilizadas para fundamentá-la. 

A proposta do banco nos traz algumas reflexões:  O BB na proposta quer se esquivar da responsabilidade sobre futuros déficits, ainda que seja ele banco que ao fim e ao cabo determine o montante das contribuições à CASSI, afinal é o banco que diminui nossa capacidade contributiva ao achatar nossos salários. "Na proposta, o banco, na prática, quer quebrar o principio da solidariedade, ora o fundamento de se contribuir a um plano de saúde é que através de aportes de um determinado grupo, todos os indivíduos tenham assegurado a assistência que for necessária a cada individuo, relativizar isso na prática significa dizer  - ´Ei seu plano pode ser mais barato hoje!` e esconder que quando você mais precisar, ele será mais caro", explica Otoni Lima, diretor do Sindicato e funcionário do banco. "O banco apresenta os aposentados como pesado ônus, o qual através da criação de um fundo livra-se do fardo de sustentar, esquecendo quem realmente construiu o maior banco do pais", conclui.

O Banco do Brasil apresentou lucro líquido de R$5,8 bilhões no primeiro trimestre de 2015, recorde para o período, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (14). O resultado significou um crescimento de 117,3% em relação ao mesmo período de 2014.

Segundo análise feita pelo Dieese, excluindo-se os efeitos extraordinários relativos à receita gerada pelo acordo de associação celebrado entre o BB Elo Cartões e a Cielo no ramo de meios eletrônicos de pagamento, o lucro líquido ajustado do banco foi de R$ 3,0 bilhões, com acréscimo de 24.2% em doze meses. O retorno sobre o Patrimônio Líquido ajustado (ROE) foi de 14,5%, com alta de 0,5 pontos percentuais, porém, com o efeito da receita do acordo, a rentabilidade sobe para 29,3%. 

Mesmo com o excelente desempenho o BB e com a abertura de 70 novas agências, o banco, além de não contratar ainda teve seu quadro reduzido em 560 postos de trabalho nos últimos doze meses.

O crescente lucro dos bancos e, especialmente do BB, atesta que há condições de atender as reivindicações da categoria. O resultado apresentado pelo BB  mostra que é possível pagar mais, contratar novos funcionários e melhorar substancialmente as condições de trabalho dos bancários, que muito contribuíram para que esse lucro acontecesse. 

Ampliação do crédito

A carteira de crédito ampliada cresceu 11,1% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 776,9 bilhões (alta de 2,1% no trimestre). As operações com pessoa física, no país, cresceram 7,1% em relação a março de 2014, chegando a R$ 182 bilhões, o que representa 23,4% do total das operações de crédito. 

Já as operações com pessoa jurídicas no país alcançaram R$ 359 bilhões, com elevação de 11,% em comparação ao 1º trimestre de 2014, totalizando 46,2% do total do crédito. O crédito voltado para o agronegócio, que representa praticamente 21% da carteira, cresceu 9% em 12 meses, correspondendo atualmente a 60,5% de participação no mercado. 

Apesar da inadimplência baixa, PDD dispara

O índice de inadimplência superior a 90 dias ficou praticamente estável com crescimento de 0,08 ponto percentual em doze meses, ficando em 2,05% em março de 2015.

Apesar da baixíssima inadimplência e da carteira de crédito não ter crescido muito, o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 35%, em 12 meses, bem acima do crescimento do volume da carteira, totalizando R$5,9 bilhões.
Impacto do aumento da taxa Selic 

O resultado com Títulos e Valores Mobiliários foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic, com crescimento de 92,3%, atingindo R$ 17,0 bilhões. 


Receitas de tarifas x despesas de pessoal

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 9,9% em 12 meses, enquanto as despesas de pessoal subiram 11%. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 105,9% em março de 2015.

Veja aqui a íntegra da análise do Dieese

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