Área restrita

Campanha “Se é público, é para todos” agora é internacional

Banco do Brasil
Tipografia

 ritaargProposta apresentada pela coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano (foto), foi aprovada em encontro da UNI Americas Finanças na Argentina, que discutiu a importância dos bancos públicos

Adotar uma campanha de conscientização de alto impacto, similar à “Se é público, é para todos”, lançada no início de junho no Brasil. Essa é uma das propostas resultantes do III Encuentro Alianza Latinoamericana en Defensa de las Bancas Públicas, organizado pela Uni Americas Finanças na Argentina nos últimos dias 26 e 27.

A ideia de internacionalizar a campanha criada no País foi apresentada pela coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, com o apoio da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Os representantes dos diversos países presentes aprovaram. Será uma campanha global em defesa do papel público das empresas e dos serviços públicos, em contraposição à ofensiva neoliberal que se fortalece em locais como Brasil, Argentina e outros”, explica Rita.

Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, o fato de a campanha ganhar corpo não só no Brasil, mas também na América Latina, expressa a preocupação dos trabalhadores destes países com os riscos às empresas públicas. “A campanha será adotada e adaptada à realidade de cada um, e esperamos que também possam contar com modelos de organização e mobilização positivos como ocorreu no Brasil”, afirma, lembrando que é preciso atenção o tempo todo frente à onda conservadora que se espalha pelo mundo e em especial nos países latino-americanos. A integração também é destacada pelo presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, que ressaltou a importância da participação das entidades brasileiras no encontro para fortalecer a luta em defesa dos bancos públicos.

Ao lado de palestrantes argentinos e do Uruguai, a coordenadora do comitê abordou o tema “Defesa dos Bancos Públicos após o golpe na Democracia”, falando sobre as mobilizações contra projetos privatistas (como o PLS 555/ PL 4918), o surgimento do comitê, a campanha em desenvolvimento e os riscos que correm as empresas e serviços públicos nesse momento, com o governo golpista de Michel Temer. O golpe no Brasil também é destacado no documento final resultante do encontro, que pode ser conferido na seção de downloads do sitewww.diganaoapl4918.com.br, assim como a apresentação da coordenadora.servicosarg

Outras propostas aprovadas no encontro foram a luta contra acordos internacionais que estabelecem práticas neoliberais, como o Tisa (Trade in Services Agreement, na sigla em inglês) e o TPP (Acordo de Cooperação Trans-Pacífico), e a difusão do documento final, que destaca a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento dos países e suas sociedades. Além do comitê, Contraf-CUT e Fenae, também participaram do evento a representante da UNI Finanças Mundial, a brasileira e bancária Rita Berlofa, e integrantes de sindicatos bancários.

“Foi muito gratificante a troca de experiências e debates. Além disso, tornar a campanha “Se é público, é para todos” internacional fortalece nossa iniciativa e impulsiona ações futuras. Vamos promover lançamentos também nos estados brasileiros e intensificar a mobilização, pois mesmo o PLS 555 tendo sido aprovado há muitos outros projetos que ameaçam os trabalhadores e a sociedade brasileira”, aponta Rita Serrano.

BLOG COMMENTS POWERED BY DISQUS