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As negociações coordenadas pela Contraf-CUT entre as entidades representativas do funcionalismo e o Banco do Brasil sobre a Cassi começam nesta terça-feira, dia 12 de maio.

O banco respondeu ao ofício enviado pela Contraf-CUT, confirmando a instalação da mesa específica para tratar dos problemas relativos à Caixa de Assistência dos Funcionários. 

A Cassi vem apresentando resultados negativos em suas contas ao longo dos últimos anos e há projeção de novo déficit em 2015.

Os dirigentes eleitos têm feito alertas ao funcionalismo desde o ano passado acerca dos problemas enfrentados na Cassi. A Contraf-CUT e outras entidades representativas dos funcionários vêm debatendo com os funcionários da ativa e aposentados sobre a situação da Caixa de Assistência. 

Fonte: Contraf-CUT

Empresa inicia projeto-piloto em que trabalhador tem de ficar à disposição todos os dias da semana e em tempo integral

A direção do Banco do Brasil mais uma vez está inovando no que se refere à exploração do funcionalismo. Isso porque, na última semana de abril, a instituição financeira iniciou projeto-piloto para serviço de home office em áreas administrativas, no qual os trabalhadores envolvidos têm de estar disponíveis 24 horas por dia nos sete dias da semana. 

A medida começou em caráter experimental com nove funcionários lotados em São Paulo e em Brasília. A intensão da empresa é de que ainda neste primeiro semestre sejam pelo menos mais 100 trabalhadores envolvidos. Pelo projeto, arquitetado pelo gestor Carlos Netto, a pessoa faz o serviço de sua residência, devendo cumprir a jornada de trabalho. No entanto, é obrigado a permanecer com o celular disponível e checar, a todo momento, seus e-mails. Na prática, a pessoa fica a serviço da instituição 24 horas por dia nos sete dias da semana. Fica sem vida pessoal. Fora isso, esses funcionários têm metas acrescidas em 15% em relação aos demais.

"Apesar de que em nossa base esse projeto ainda não está sendo testado, o Sindicato vê essa situação com apreensão, porque é um absurdo, o funcionário fica sem vida pessoal", disse Otoni Lima, diretor do Sindicato e funcionário do BB.

Reestruturação – Esse home office integra plano maior de reestruturação em curso no BB. A Ditec (Diretoria de Tecnologia), por exemplo, passa por nova reestruturação, atingindo cerca de 300 trabalhadores em todo o país. Estão sendo pressionados a migrar da jornada de oito horas para seis horas, com redução nos salários. Nesse setor, em 2013, diversos funcionários passaram por situação idêntica devido ao PFG (Plano de Funções Gratificadas).

Os associados da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil aprovaram por 46,89% dos votos válidos o Relatório Anual 2014 da Cassi, em votação que foi de 27 de abril a 4 de maio. O Sindicato orientou os associados a aprovarem o relatório. 

Votaram pela aprovação do Relatório Anual 28.652 associados, contra 13.034 que rejeitaram, 15.012 que votaram em branco e 19.413 que anularam o voto. Participaram da votação 76.111 associados.

Os trabalhadores defenderam a aprovação do Relatório Anual porque na gestão compartilhada da Cassi, o que é uma conquista dos associados, os dirigentes eleitos, junto com os indicados pelo banco, fizeram uma gestão honesta e competente que não pode ser confundida com o déficit do Plano de Associados em 2014, que é resultado de uma série de fatores, como o aumento das despesas assistenciais acima das receitas, a inflação médica bastante superior à inflação da economia como um todo e a diminuição de entrada de receitas com o fim do BET. Esse déficit será discutido com o BB pelos dirigentes eleitos na Cassi e pelas entidades representativas do funcionalismo, que defendem uma mesa de negociação urgente sobre o tema.

Clique aqui para ver os Boletins Prestando Contas da Cassi

Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT assessorada pela COE- Comissão de Organização dos Empregados iniciou na terça-feira 5 e prosseguiu ontem, dia 6, em Brasília, a campanha pela preservação dos empregos no HSBC, ameaçados desde que surgiram rumores na imprensa de que o banco possa sair do Brasil. Os dirigentes visitaram o Congresso Nacional, conversaram com deputados e senadores e entregaram documento mostrando o impacto que o fim das operações do banco pode trazer para seus 21 mil empregados e para economia das regiões onde atua. 

Os dirigentes foram recebidos pelos deputados Valmir Prascidelli PT/SP Erika Kokay PT/DF, Enio Verri PT/PR, Daniel Almeida PCdoB/BA, Vander Loubet PT/MS, Zeca do PT/MS Ivan Valente PSOL/SP, Rubens Bueno PPS/PR, Zé Geraldo PT-Pará, Zeca Dirceu PT-PR, Davidison Magalhães PCdoB-BA, Jorginho Mello PR/SC, Jandira Feghali PCdoB-RJ, Caetano PT/BA, e pelos senadores Senador Lindberg Farias PT/RJ, Gleisi Hoffmann PT/PR, Roberto Requião PMDB/PR, Ana Amelia PP /RGS, Randolfe Rodrigues Psol/AP.

Os parlamentares se mostraram bastante sensibilizados com os esclarecimentos dos dirigentes e se dispuseram a colaborar para que mudanças no banco não signifiquem corte de empregos. 

A ação foi muito positiva e já repercute internamente entre os parlamentares. Nesta quinta-feira 7 será encaminhado pela deputada Érica Kokay pedido de audiência pública sobre o HSBC.

As atividades em defesa do emprego no HSBC vão continuar nas próximas semanas, com ampliação ações no parlamento, reuniões no Banco Central, Ministério do Trabalho e Cade - Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

Fonte: Contraf-CUT

[caption id="attachment_7894" align="alignnone" width="448"]155618556 Trabalhadores entregaram documento aos deputados mostrando o impacto que o fim das operações do banco pode trazer para os funcionários[/caption]

O Itaú, maior banco privado brasileiro, anunciou nesta terça-feira 5 lucro líquido recorrente de R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre do ano, uma alta de 28,2% em relação aos primeiros três de 2014, o que representa o maior resultado já apresentado por um banco no Brasil neste período. 

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado foi de 24,5%, com alta de 1,9 pontos percentuais - mais que o dobro da média do sistema financeiro internacional. 

Mesmo assim, o Itaú fechou 2.248 postos de trabalho nos últimos 12 meses. O número de empregados da holding ao final do trimestre foi de 85.773 e teve redução de 2,6% . A rede de atendimento do Itaú passou a contar com 22 novas agências no período, entretanto, foram fechados 19 PA's e abertos 1.043 novos correspondentes. 

O balanço

O lucro líquido recorrente do Itaú de R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre significa uma alta de 28,2% em relação ao mesmo período de 2014. Uma alta de 1,99 pontos percentuais em doze meses, segundo análise do Dieese. 

A carteira de crédito do banco cresceu 13,8% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 578,6 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 11,3% em 12 meses, chegando a R$ 187,3 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 304,4 bilhões, com elevação 10,7% em comparação a março de 2014.

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,5 ponto percentual no ano, ficando em 3,0% no 1º trimestre do ano. Apesar da inadimplência estar baixa e em queda o Itaú aumentou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 29,4% em relação a março de 2014, totalizando R$ 5,5 bilhões. 

O aumento nas chamadas PDDs pode estar relacionado a uma expectativa de aumento futuro da inadimplência em decorrência do aumento das taxas de juros que afeta negativamente a capacidade de pagamento do empréstimos.

As receitas com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 14,4 % em relação a 2014, subindo para R$ 7,4 bilhões, enquanto as despesas de pessoal subiram 17,1%, passando para R4,4 bilhões. Com isso, a cobertura das receitas em relação a essas despesas chegou a 167,31% em março de 2014. Ou seja, o banco cobriu totalmente a folha de pagamento com estas receitas secundárias e e ainda teve uma "sobra" equivalente a quase 70% do valor da folha. 

Veja aqui os principais dados do balanço analisados pelo Dieese. 

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE ) do HSBC, que assessora a Contraf-CUT,  discutiu a conjuntura atual com os rumores de que o banco possa sair do Brasil e o impacto disso para futuro dos funcionários. A notícia sobre a venda da operação de varejo e de parte do banco de investimento no Brasil foi veiculada em primeira mão pelo jornal Financial Times, no dia 17 de abril e, após essa reunião, solicitou com a direção do banco para pedir esclarecimentos sobre as informações que estão sendo veiculadas na imprensa e sobre a real situação do banco nesse momento. 

Avaliação da COE é de que o momento é bastante delicado e que o clima nos locais de trabalho é de muita tensão, por conta dos boatos que surgem a todo o momento. "Não podemos aceitar que as mudanças que possam vir a ocorrer no banco prejudiquem os trabalhadores", afirmou Cristiane Zacarias, funcionária do banco em Curitiba e coordenadora da COE HSBC. 

Preocupação é preservar empregos

A Contraf-CUT decidiu pela formação de uma força-tarefa para ir  a Brasília dialogar com parlamentares, com o Banco Central e com o governo , para que os funcionários não fiquem alijados do processo de mudança de destino do banco. Também está encaminhando ofícios aos agentes envolvidos para agendar esses encontros. 

A maior preocupação dos bancários é com o emprego que já viveram uma situação parecida quando o Bamerindus foi comprado pelo HSBC. "Nós nos adiantamos, conversamos com todas as autoridades envolvidas e isso contribuiu para que o processo não significasse demissão em massa dos bancários. Vamos fazer o mesmo agora", afirma Sergio Siqueira, funcionário do banco e da direção da Contraf-CUT.

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