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Internet faz comparativo entre primeiras medidas de Bolsonaro e Lula na presidência

Lula x BolsonaroA semana que passou foi marcada pelo discurso de Jair Bolsonaro no fórum de Davos e denúncias do envolvimento de seu filho, Flávio, com milicianos que podem estar ligados à morte da vereadora Marielle Franco (veja mais sobre o assunto acima). É só o primeiro mês deste novo governo, repleto de anúncios, bravatas, recuos e desentendimentos da equipe.

Bolsonaro comendo sozinho num encontro de líderes mundiais deixa claro: não, ele decididamente não é o cara, como foi classificado o então presidente Lula por Barack Obama no encontro do G20, em Londres, no ano de 2009. Suas primeiras medidas, via Medida Provisória 870, excluem iniciativas e ações relacionadas aos direitos humanos, relações
étnico-raciais, diversidade, segurança alimentar. A mais alardeada, que por certo ficará para a história como a principal desse curto período, foi a flexibilização da compra de armas.

Com isso, foram inevitáveis as comparações entre esse início de 2019 e o de 2003, na posse de Lula, e os posts lotaram a internet. Entre janeiro e fevereiro de 2003 Lula instituiu a celebração da consciência negra no calendário escolar, criou secretarias específicas (caso da Aquicultura e Pesca, por exemplo) e, como medida para figurar na história, implantou o Programa Fome Zero, que ajudou a tirar o Brasil do mapa da fome.

“São apenas exemplos para reflexão. Estamos todos no mesmo barco hoje, e precisamos ter conhecimento, clareza e crítica para avaliar para onde vamos e o que está sendo priorizado. Num único mês choveram denúncias graves contra os Bolsonaro, relacionadas até a um assassinato”, aponta o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira.

A divulgação da “Agenda de 100 dias de Governo” feita também na semana passada pelo ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni segue na mesma linha do primeiro mês de Bolsonaro no que diz respeito aos direitos humanos: no documento não há nenhuma ação voltada às comunidades indígena, negra ou LGBT.

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