A Contraf-CUT convoca as bancárias e os bancários de todo o Brasil a participar do Dia Nacional de Mobilização contra a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista, a Terceirização e por nenhum direito a menos, a ser realizada na próxima sexta-feira (31).
O ato, convocado pela CUT e pelas demais centrais sindicais, pode ser considerado o primeiro "esquenta" rumo à construção nacional da Greve Geral. Nesse calendário de lutas, que prossegue durante todo o mês de abril, os sindicatos realizarão assembleias, reuniões, plenárias e manifestações nas empresas, portas de fábricas e locais de trabalho para organizar o movimento.
Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, os bancários e as bancárias já conhecem a ameaça que paira sobre os nossos empregos. “O Congresso Nacional debate um conjunto de ‘reformas’ que são verdadeiras demolições nos direitos trabalhistas e na nossa aposentadoria. Temos que cobrar nas ruas que os deputados e senadores votem contra essas barbaridades. É legitima defesa.”
Segundo o presidente da Contraf-CUT, nenhuma destas reformas foi apresentada pelos sindicatos de trabalhadores, pelo contrário, faz parte de um pacote de maldades patrocinado pelas elites empresariais e pelos banqueiros, remetido ao Congresso como a salvação do Brasil. “Na verdade, é uma clara indicação de quem os empresários acham que deverá pagar o pato. O descaramento é grande, a propaganda das reformas é mentirosa e as premissas para reduzir direitos são equivocadas. Terceirização e flexibilização não criam empregos nem retomam o desenvolvimento da economia, pelo contrário, exterminam os empregos diretos, reduzem salários e reduzem o poder de compra de toda a sociedade. Empobrecem o mercado interno e reduzem contribuições para a Previdência Social e FGTS. O Brasil perde.”
Ele ainda lembrou que os estudos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que acompanhou durante anos modificações na legislação trabalhista de mais de cem países afirmam que “não existe significância estatística de ampliação de empregos em países que reduziram direitos trabalhistas”. “Ou seja, estamos assistindo reformas unilaterais que interessam apenas ao atrasado empresariado brasileiro e que visam apenas aumentar lucros e concentrar renda. O discurso de que a CLT é velha e atrasada não cola mais. Querem retroceder os direitos dos trabalhadores aos anos 30, antes da promulgação da Consolidação das Leis Trabalhistas. Com a mesma CLT nos anos 2000 o país melhorou, novos empregos foram criados, o desemprego caiu drasticamente. Vivemos hoje uma incompetência de gerenciamento de crise econômica.”
O presidente da Contraf-CUT ainda completou. “Convocamos todos os nossos sindicatos e federações filiadas a fazer este debate com os trabalhadores e trabalhadoras de suas bases e somar com a CUT no Dia Nacional de Mobilização – 31 de março – para construir uma greve geral.”
Confira as manifestações já confirmadas por todo o Brasil:
Acre
Convocando atos em todos os municípios
Alagoas
9 horas – Praça Deodoro, em Maceió
Amapá
16 horas – Ato na Praça Veiga Cabral, em Macapá
Bahia
7 horas – Manifestação em frente ao Iguatemi, na cidade de Salvador
9 horas – Ato Praça do Fórum Ruy Barbosa/Campo da Pólvora, também em Salvador
Ceará
15 horas – Ato na Praça das Bandeiras, em Fortaleza
Distrito Federal
Mobilização em 13 Cidades Administrativas
Final da Tarde Grande Panfletagem na Rodoviária
Espírito Santo
18 horas – Mobilização em frente à Gazeta
Goiás
9 horas - Concentração em Frente à Assembleia Legislativa com caminhada pelo centro de Goiânia
Maranhão
15 horas – Grande panfletagem no centro de São Luís
Minas Gerais
16 horas – Manifestação na Praça da Estação, em Juiz de Fora
17 horas – Ato na Assembleia Legislativa
17 horas – Mobilização na Praça Tiradentes, em Ouro Preto
Mato Grosso
9 horas – Ato na Câmara de Vereadores de Cuibá
Pará
8h30 –Duas concentrações em frente ao mercado de São Braz e na Almirante Barroso em frente do TJE com caminhadas parando na agência do BASA, SEAD e ato publico em frente ao TRT
Atos também em Marabá, Santarém e Altamira
Paraíba
15 horas – Mobilização em frente ao Lyceu Paraibano, em João Pessoa
Pernambuco
15 horas – Atividade na Praça do Diário, em Recife
Piauí
9 horas – Ato em frente ao TRT, no centro de Teresina
Paraná
18 horas – Manifestação na Praça Carlos Gomes, em Curitiba
Rio de Janeiro
16 horas – Ato na Candelária, centro do Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
14 horas – Ato em frente ao Shopping Midway (Natal) com Centrais Sindicais e Movimentos Sociais
Roraima
16 horas – Concentração em frente à Assembleia Legislativa com fala das Centrais e Sindicatos e Caminhada até a Praça Fabio Paracat (Boa Vista) onde se encerra o ato.
Rio Grande do Sul
17h – Atividade no Mercado Público de Pelotas
18 horas – Manifestação na Esquina Democrática (Porto Alegre)
Santa Catarina
17h30 – Ato vigília, acompanhamento da audiência publica e atividade noturna em Chapecó
Também terão atos em Joinville e Concórdia
Florianópolis terá assembleias dos trabalhadores da educação e saúde no dia 28 e audiência público com o senador Paulo Paim (PT-RS) no dia 3 de abril.
Sergipe
14 horas – Concentração na Praça General Valadão (Aracajú) com caminhada pelo centro da cidade
São Paulo
16 horas – Ato no MASP
Tocantins
17 horas – Panfletagem nas Feira Popular, no centro de Palmas
Assembleias em locais de trabalho em todo o estado