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Sindicato fecha todas agências do Mercantil na Região para exigir melhores condições de trabalho
Banco tem estrutura de atendimento e segurança deficientes, penalizando funcionários e clientes
Diretores do Sindicato realizaram nesta terça, 23, atividades nas agências do Mercantil para alertar e cobrar providências sobre os problemas enfrentados por funcionários e clientes. A manifestação foi marcada pelo fechamento, durante todo o dia, das unidades que operam no Grande ABC – o banco está presente em seis das sete cidades da região, com exceção de Rio Grande da Serra. Durante o protesto foram distribuídos boletins informativos para esclarecer a população.
Os bancários do Mercantil estão sobrecarregados de trabalho e convivem diariamente com a falta de segurança, assim como os usuários. “O banco promoveu demissões nacionalmente no ano passado, e a situação, que já não era boa, ficou ainda pior”, aponta o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, lembrando que com isso ocorre desvio de função e os clientes – muitos deles aposentados ou pensionistas - são penalizados com longas filas. Os funcionários do banco também denunciam pressão e assédio moral.
Insegurança - A questão da segurança é gravíssima, e já levou o banco a ser multado no começo desse ano. A área de autoatendimento fica sempre lotada e, sem estrutura de atendimento eficiente, vira uma bagunça que favorece os golpistas. O excesso de clonagem de cartões até levou o Mercantil a fechar o autoatendimento das 18h às 8h. Outro exemplo é a forma incorreta de abastecimento dos caixas, o que acaba colocando todos em perigo. “Os clientes precisam saber que correm riscos e que o péssimo atendimento não é culpa dos bancários, mas da ganância do Mercantil”, alerta o presidente do Sindicato. O movimento sindical tem reivindicado providências e denunciado a situação aos órgãos competentes.
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Mercantil se nega a pagar participação nos resultados aos funcionários
A reivindicação havia sido encaminhada pelas entidades sindicais logo após o fechamento da Campanha Nacional dos Bancários 2014, uma vez que o banco mineiro apresentou prejuízo de R$ 93 milhões no primeiro semestre de 2014, o que o desobriga a pagar a antecipação da PLR.
Discriminação
No entanto, mesmo tendo registrado prejuízo, o BMB confirmou que irá pagar neste mês de novembro os valores do programa próprio que mantém para a área de negócios do banco.
Essa negativa de pagar qualquer valor ao conjunto dos funcionários soa como provocação. Não se trata de dizer que é injusto pagar o que havia sido anunciado anteriormente aos gerentes. O que é injusto é pagar 'somente' aos gerentes.
Alguns gerentes se manifestaram inclusive constrangidos diante da falta de um pagamento aos demais funcionários.
Na negociação, os dirigentes sindicais esclareceram que a proposta apresentada ao BMB nos moldes da conquistada junto ao HSBC - que também não apresentou lucro no primeiro semestre deste ano, mas negociou e vai pagar R$ 3 mil a todos os seus funcionários - era apenas uma referência e que os sindicatos estavam abertos a construir uma proposta que dialogasse com as condições específicas do BMB.
Mesmo assim o banco negou qualquer pagamento, como uma forma de valorizar e reconhecer os esforços dos funcionários, mesmo com o resultado contábil apurado no balanço.
As entidades sindicais vão analisar a possibilidade de denunciar ao Ministério Público do Trabalho (MPT) esse tipo de prática discriminatória no banco.
Aumento da PDD não se justifica e reduz o lucro
Conforme análise dos últimos balanços do BMB, feita da Subseção do Dieese na Contraf-CUT, o que chama a atenção é uma evolução muito expressiva das provisões para devedores duvidosos (PDD). Em 2012 foi contabilizado o valor de R$ 471,45 milhões. Em 2013, o montante pulou para R$ 664,32 milhões. Somente no primeiro semestre de 2014 o banco lançou R$ 409,22 milhões.
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As entidades sindicais indagaram o banco sobre esse comportamento porque a PDD é uma conta de despesa e reduz o lucro líquido das empresas e estranharam porque a carteira de crédito do banco vem se mantendo estável, em torno de R$ 9 bilhões, em queda, o que não ensejaria o aumento dessas provisões. O nível de inadimplência no sistema financeiro também se encontra muito baixo. O banco apresentou algumas justificativas para essa contabilização, inclusive a inadimplência em sua carteira de pessoa jurídica.
Os bancários irão estudar a possibilidade de recorrer ao Banco Central para buscar maior detalhamento desses registros, uma vez que é o BC que regulamenta a questão da PDD nos bancos, classificando os créditos em atraso, definindo entre zero a 100 o nível de constituição de garantias de acordo com o período de vencimento da operação financeira, definindo os valores mínimos para a constituição das reservas.
Fonte: Contraf-CUT
Bancários do Mercantil cobram pagamento de participação nos resultados
Em negociação realizada nesta terça-feira (14) com o Mercantil do Brasil, a Contraf-CUT, a Fetraf-MG e o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte reivindicaram o pagamento de Participação nos Resultados (PR) no valor de R$ 3 mil, sendo um adiantamento de R$ 2 mil no mês de outubro e R$ 1 mil em fevereiro de 2015. A reunião ocorreu na sede do banco, na capital mineira.
Na mesa de negociação, os dirigentes sindicais exigiram com veemência que o banco reconheça o esforço e a dedicação dos funcionários.
Os trabalhadores reforçaram que o resultado negativo do primeiro semestre é consequência, em grande parte, do aumento desproporcional do provisionamento de devedores duvidosos (PDD) realizado pelo Mercantil e que, portanto, os trabalhadores não podem ser responsabilizados.
O Mercantil do Brasil, de forma intransigente, negou o atendimento da reivindicação, alegando falta de condições financeiras. Além do resultado operacional negativo de R$ 93 milhões no primeiro semestre de 2014, o banco disse que terá despesa extra de R$ 5 milhões mensais na folha salarial.
Os representantes dos bancários insistiram que o Mercantil do Brasil tem obrigação de valorizar o empenho de bancárias e bancários e atender aos seus anseios por melhores condições de trabalho.
Foi deixado claro que os bancários do Mercantil estão mobilizados e continuarão lutando por respeito e reconhecimento por parte do banco. Os trabalhadores fizeram sua parte e, agora, esperam a contrapartida do Mercantil do Brasil, que é o pagamento da participação nos resultados.
Uma nova rodada de negociação sobre o tema foi agendada para o dia 4 de novembro. Até lá, os sindicatos continuarão mobilizados para a realização de um Dia Nacional de Luta por valorização e melhores condições de vida e emprego para os funcionários do Mercantil do Brasil.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb BH
Reestruturação no Mercantil é cancelada pela força dos bancários
A reestruturação do Banco Mercantil do Brasil que estava em curso e que foi responsável pelo fechamento de algumas agências, mudança de perfil de outras e a demissão de bancários por todo o país, foi cancelada graças a força e mobilização dos trabalhadores. Essa informação foi dada pelo banco na segunda-feira, dia 3, em reunião realizada na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais.
Durante a reunião, os dirigentes sindicais cobraram transparência da direção do Mercantil em relação à situação de seus funcionários e mais respeito para com os milhares de correntistas prejudicados pelo encerramento das atividades nas agências atingidas pela reestruturação.
Apesar de ter anunciado o fim da reestruturação, o Mercantil alegou que ainda será necessário o fechamento das agências Carioca e Cinelândia, no Rio de Janeiro. O banco garantiu que não realizará demissão em massa e que seu objetivo agora é ampliar o número de agências, principalmente as de uso exclusivo para beneficiários do INSS.
No entanto, segundo os trabalhadores, o anúncio do banco ainda não traz tranquilidade aos bancários e clientes da instituição, pois ainda se espera outras atitudes do Mercantil do Brasil, como mais contratações e mais transparência nas relações com os trabalhadores e sindicatos, com o fim de projetos mirabolantes que tanto aterrorizam clientes e funcionários.
A pressão dos trabalhadores, sindicatos e da Contraf-CUT foram fundamentais para o recuo do banco em relação ao processo de reestruturação e demissão em massa, mas os funcionários devem continuar mobilizados e atentos em relação à extrapolação da jornada de trabalho e à cobrança por metas absurdas devido à redução de funcionários nas dependências atingidas.
Contraf-CUT avisa Fenaban sobre o fim das negociações pela PLR do HSBC
Agora, as entidades sindicais poderão ingressar com medidas jurídicas a fim de restabelecer o direito desta parcela dos trabalhadores