Enquanto a decisão do Cade sobre a venda do HSBC não ocorre, o banco inglês vê crescerem os resgates em fundos de investimento e previdência. No ano passado o resgate líquido chegou a R$ 15,7 bilhões, o que equivale a 19% de seu patrimônio total, segundo dados da Anbima, que representa as instituições do mercado de capitais. De acordo com reportagem publicada nesta terça, 8, pelo jornal Valor Econômico, parte da saída de recursos foi causada por uma grande investida da concorrência. Vulnerável pelo processo de venda, sem o controle do novo dono (Bradesco), que ainda não pode assumir as operações, o HSBC vê sua carteira se deteriorar e sofre com o risco de uma eventual perda de clientes, o que naturalmente traria grande impacto para o emprego. Apesar desse quadro, o banco inglês limita-se a informar que o aumento de resgates ocorreu no primeiro semestre de 2015, mas normalizou-se no segundo e está em recuperação em 2016. “O banco insiste em usar como justificativa a inadimplência, mas a situação é bem mais complexa, e estamos acompanhando com muita atenção, para que os funcionários do banco não sejam prejudicados”, afirma o presidente do Sindicato, Belmiro Moreira. O HSBC ainda não divulgou os números referentes ao quarto trimestre do ano passado. Até setembro, o prejuízo acumulado era de R$ 209 milhões, e a carteira de crédito havia crescido 8,5%, enquanto a do Bradesco 15,3% no mesmo período. Ainda segundo a reportagem do Valor, a expectativa dos dois bancos é que a aprovação do Cade ocorra no mês que vem, mas em decorrência da integração e ajuste de sistemas tecnológicos a operação conjunta só deve ter início no segundo semestre deste ano.
Resgates crescem no HSBC; Sindicato está alerta para defesa do emprego no banco
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