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Próximas rodadas de negociação já foram marcadas para 24 e 29 de agosto, em São Paulo
Mais saúde, mais segurança e melhores condições de trabalho. Estes foram os temas das reivindicações apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nesta sexta-feira (19), em São Paulo, na segunda rodada de negociação da Campanha Nacional 2016, marcando a apresentação total da minuta da categoria aos bancos.
Bancários e bancárias convivem com um ambiente de trabalho adoecedor, desgastando a sua saúde física e mental ao longo de jornadas de trabalho extenuantes, sem pausas para descanso, com metas de produção inalcançáveis e cada vez mais crescentes, convivendo com riscos de assaltos e sequestros e tendo de dar conta de inúmeras tarefas. Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, explicou que os 128 artigos que integram a minuta da categoria já estão com os bancos desde a entrega da pauta, em 9 de agosto. Os trabalhadores esperam que a Fenaban não postergue as negociações e apresente propostas que contemplem as demandas dos trabalhadores o quanto antes. “Os bancos conhecem muito bem nossa minuta e queremos que apresentem suas propostas objetivamente, já que esgotamos o período de esclarecimentos e debates. Esta é a expectativa dos bancários e das bancárias. Chegou a hora do reconhecimento do nosso valor”, afirmou. "Como todo ano, os bancários vêm para a mesa de negociação preparados, com dados e toda a seriedade. Deixamos claro que mais empregos, o aumento real, a melhoria das condições de trabalho e o fim da desigualdade entre homens e mulheres são questões centrais. No dia 29 esperamos que venham para a mesa com proposta para resolver a campanha, sem enrolação", disse vice-presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. Saúde e condições de trabalho A última estatística divulgada pelo INSS, entre janeiro e março do ano passado, revelou que 4.423 bancários foram afastados do trabalho, sendo 25,3% por lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares e 26,1% por doenças como depressão, estresse e síndrome do pânico. Em relação à saúde e condições de trabalho, os representantes dos trabalhadores revindicam o fim das metas abusivas e do assédio moral. Há cinco anos, os bancários conquistaram instrumento de prevenção e combate ao assédio moral, previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Mas os dirigentes sindicais cobraram mais empenho dos bancos no combate ao problema. Foram detectadas várias falhas no trânsito das denúncias encaminhadas pelos sindicatos acordantes até o retorno a ser dado pelos bancos signatários do instrumento. O Comando Nacional também quer mudanças no processo de retorno ao trabalho. Nas mesas temáticas de saúde, durante o ano todo, já houve o aprofundamento do debate com a Fenaban para a mudança de nome da cláusula 44ª da CCT, hoje Programa de Reabilitação Profissional, para Programa de Retorno ao Trabalho. Os bancários reafirmam a reabilitação profissional é uma tarefa exclusivamente pública, atribuída ao Ministério da Previdência Social, que tem a responsabilidade de executá-la, e que os bancos devem assegurar condições de trabalho seguras e saudáveis para reinserção do trabalhador que retorna da licença-saúde. Em muitos casos, os bancos têm descontado de uma vez só o salário dos funcionários após afastamento por doença, além de transferirem, a análises dos atestados médicos para o gestor da agência, o que tem gerado grande revolta por parte dos funcionários. Segurança Por mais segurança nas agências, os bancários reivindicam permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. Um dos principais pontos debatidos na mesa de negociação foi a prevenção contra assaltos e sequestros. Os bancários querem que que os bancos estendam o atendimento médico e psicológico aos familiares das vítimas de sequestros e outros delitos, assumindo os custos de remédios e as despesas de todos os tratamentos. O Comando Nacional também destacou denúncias trazidas pelos bancários sobre constrangimentos e excessos dos gestores causados por revistas dos funcionários nas agências. Agenda As próximas rodadas de negociação com a Fenaban foram marcadas para o dia 24, quarta-feira da semana que vem, e também para o dia 29 de agosto. Com o Banco do Brasil, a primeira rodada de negociação está agendada para o dia 23 (terça-feira), em Brasília. No dia 24, tem nova negociação com a Caixa, em São Paulo. Principais reivindicações dos bancários Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real) PLR: 3 salários mais R$8.317,90 Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo) Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês. Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários. Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas. Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários. Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós. Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Reunião continua nesta sexta-feira, às 9h30, sobre saúde e condições de trabalho e segurança

remuneracao-igualdade-de-oportunidades-e-emprego-sao-os-tema_891a5017ccc4da3d4b1c757bf420a3deRemuneração, igualdade de oportunidades e emprego foram os temas do primeiro dia de negociações da Campanha Nacional 2016, entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada nesta quinta-feira (18), em São Paulo.

Em remuneração, os bancários reivindicam reposição da inflação mais ganho real de 5%, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90. Para vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá, o valor é de R$880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional). Outras reivindicações abordadas foram vale-cultura, vale-refeição durante o auxílio maternidade e parcelamento das férias.

Já no tema igualdade de oportunidades, o destaque ficou para o fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulhere. "O ambiente bancário ainda está longe de ser democrático. Os bancos continuam discriminado as pessoas com deficiência, a população LGBT, os negros e as mulheres. As mulheres ganham menos que os homens. A remuneração dos trabalhadores negros também é menor", disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e membro do Comando Nacional dos Bancários.

Em emprego, os representantes dos trabalhadores lembraram também que, entre 2012 e 2015, mais de 34 mil postos de trabalho foram reduzidos. Por isso, pedem o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas. A preocupação com as agências digitais também foi abordada pelos bancários.

Os temas da reunião desta sexta-feira (19), às 9h30, serão saúde e condições de trabalho e segurança.

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Fonte: Contraf-CUT

 

A Campanha Nacional 2016 já está nas ruas e o Comando Nacional dos Bancários inicia as negociações com a Fenaban nesta quinta-feira (18), e na sexta-feira (19) em São Paulo. A pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no último dia 9, tendo sido aprovada durante a 18º Conferência Nacional dos Bancários, entre os dias 29 e 31 de julho, na capital paulista. A data-base dos bancários é 1º de setembro, e nessas duas primeiras reuniões os representantes dos trabalhadores tratarão de reivindicações gerais da categoria. Os eixos centrais da campanha são: reajuste de 14,78%, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas e ao assédio moral, fim da terceirização. Além da defesa do emprego, das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, ameaçados pelo governo interno de Michel Temer. O lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016 chegou a R$ 29,7 bilhões. A primeira rodada de negociação com a Caixa já ocorreu na quarta-feira (17) em Brasília (confira a matéria no site do Sindicato). Com o Banco do Brasil está marcada para 23 de agosto.   Principais reivindicações  Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real) PLR: 3 salários mais R$8.317,90 Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo) Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês. Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários. Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas. Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários. Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós. Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).   Fonte: Contraf-CUT

_da9384cb47ec3410f21f87a571def3ec Iniciada nesta segunda, 15, caravana inclui principais cidades e regiões do Estado com o objetivo de informar, mobilizar e conscientizar a categoria e a sociedade A caravana da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (Fetec-CUT/SP) deverá ser realizada no Grande ABC no próximo dia 30. A passagem da caravana, já tradicional no lançamento da campanha nacional da categoria bancária, contribui para fortalecer a mobilização e conscientizar novos trabalhadores do setor, além de informar a sociedade. Ela prossegue até o início de setembro, visitando as principais cidades e regiões do Estado. O roteiro começou na última segunda, 15, em Limeira, incluiu Jundiaí no dia seguinte; Bragança, ontem, e, nesta quinta, Registro. Confira, abaixo, o roteiro da caravana a partir da próxima semana:   Calendário da caravana da FETEC-CUT/SP 22/08 – Presidente Prudente 23/08 – Assis 24/08 – Barretos 25/08 – Catanduva 26/08 – Araraquara 29/08 – Taubaté 30/08 – ABC 31/08 – Mogi das Cruzes 01/09 - Guarulhos   Fonte: Fetec-CUT-SP

Unificação, em 1982, representou avanço e fortalecimento; nesta campanha, só a luta poderá evitar retrocessos O ano era 1982. O Brasil se ajoelhava ao FMI (Fundo Monetário Internacional) num período marcado por sucessivos governos militares, arrocho salarial, empobrecimento da população e intervenções nos sindicatos. A unificação da data-base da categoria bancária em 1º de setembro representava o crescimento das lutas por melhores condições de trabalho, melhores salários, mas, sobretudo, esboçava a construção da unidade dos bancários, crucial na conquista de novos direitos ano a ano. A tão sonhada unidade nacional da categoria foi conquistada a partir de intensas mobilizações históricas. Nascia, em junho de 1985, no Encontro Nacional dos Bancários, no Rio de Janeiro, a Comissão Nacional de Negociações, formada por sindicatos, federações e a Contec, que reunia as principais tendências políticas do movimento. Às vésperas da primeira grande greve nacional dos bancários, era fundado, no dia 6 de junho de 1985, o Departamento Nacional dos Bancários da CUT (DNB-CUT).  No avanço da unidade nacional, o DNB-CUT, em 1991, apresenta à Fenaban a Minuta Mínima Unificada, com as reivindicações dos bancários de todos os bancos e, no ano de 1992, assina a primeira Convenção Nacional dos Bancários. Exemplo de organização para trabalhadores brasileiros e de outros países, os bancários estão entre as poucas categorias, até hoje, que conseguiram conquistar uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional. Nos últimos 12 anos, unidade nacional e determinação asseguraram 20,83% de ganho real nos salários, 42,3% nos pisos e 26,3% nos vales. Entre tantas outras conquistas, como a primeira Convenção Nacional com a participação dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa, em 2005. ´Só a luta te garante´ - Os bancários de todo Brasil deram início à Campanha Nacional 2016 com a entrega da pauta de reivindicações aos bancos na semana passada, e mobilizações por várias partes do País. Para o presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten, a categoria está preparada para mais uma luta heroica, diante de tantos ataques e ameaças aos direitos dos trabalhadores, após a entrada do governo interino de Michel Temer. “Nossa categoria tem uma história de enfrentamento em várias frentes, mas este ano estamos surpreendidos com a voracidade do congresso. Querem transformar as leis em principais adversárias dos trabalhadores e modificar direitos conquistado há muito tempo. Os principais ataques desferidos pelo parlamento acontecerão durante as negociações, conflito e contratação com as empresas do ramo financeiro. Mas vamos resistir com nossa unidade e mobilização nacional”, afirmou. Com o mote “Só a Luta te Garante”, a categoria chama a atenção da população não só para as suas reivindicações, mas também para a conjuntura complicada sofrida pelo País e pela classe trabalhadora.  A Consulta Nacional 2016, realizada com os bancários para construção da pauta de reivindicações, revelou que, entre os mais de 40 mil trabalhadores que responderam à pesquisa, 76% são contrários à reforma da Previdência Social e 85% não querem a redução de direitos da CLT como está sendo proposto pelo governo interino de Michel Temer. A imagem principal de mídia deste ano é uma rosa, símbolo de luta em vários momentos históricos pelo mundo. Os bancários e as bancárias sempre responderam ao chamado dos sindicatos e a participação na Campanha Nacional sempre foi muito grande. E este ano mais uma vez estamos indo ao centro da ideia da luta de classes: dialogando com a necessidade de cada um doar uma parcela da sua coragem para a luta coletiva, deixando claro quem são os protagonistas da campanha “Só a luta te garante!”. Cada um de nós vai ajudar a construir a nossa história. Só essa luta coletiva vai ser capaz de enfrentar os banqueiros e barrar as maldades do Congresso. Nada mais nos garante a não ser a nossa luta”, conclui. Fonte: Contraf-CUT