Área restrita

O novo presidente do Conselho de Administração (CA) da Caixa, em mandato que prossegue até 23/03/2017, é Marcelo Barbosa Saintive. Sua designação foi publicada no Diário Oficial da União na quinta passada, 14 de janeiro. No começo deste mês, Saintive foi anunciado como novo secretário do Tesouro pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele ocupou o cargo de subsecretário de Finanças do Estado do Rio de Janeiro quando Levy era secretário da Fazenda. Também comandou a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda entre 2006 e 2007. Comando -  Já as mudanças nos comandos do Banco do Brasil, Caixa Federal e BNDES só deverão ser anunciadas em fevereiro. A decisão estava inicialmente prevista para o final deste mês, mas foi adiada.

Conquista é da campanha salarial de 2014, válida para todos os PCS vigentes; ACT 2014/2015 também garante sistemática de promoção por mérito neste ano, com as consequentes promoções em 2016 A partir deste mês de janeiro todos os empregados da Caixa Econômica Federal com no mínimo 180 dias de efetivo exercício no ano passado e sem ocorrências restritivas receberão um delta a título de promoção por mérito. Essa é mais uma conquista da campanha salarial de 2014, garantida na cláusula 48º do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015 e válida para os que estão vinculados ao Plano de Cargos e Salários (PCS). Os reflexos já estarão na folha salarial de janeiro, com crédito dos pagamentos no dia 20. Cada delta significa, em média, 2,34% de reajuste nas referências do PCS. “É uma conquista do acordo que veio após muita mobilização e negociação, contemplando todos os PCS vigentes”, destaca a diretora sindical e representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, Maria Rita Serrano. O delta e o reajuste salarial de 9%, concedido em setembro, acumulados, equivalem a um aumento de 11,55%. A última vez que toda a categoria teve ao menos um delta de merecimento foi em 2009. Em 2012, 18,4% dos empregados não foram contemplados. No ano seguinte, 10,4% não receberam nada. Após anos de sonegação desse direito pela Caixa, a promoção por mérito foi restabelecida em 2008. A reconquista deu-se com a forte mobilização dos empregados por um novo PCS, que resultou na unificação dos dois planos existentes até então, o de 1989 e o de 1998, e na recuperação de direitos que vinham sendo suprimidos, como as vantagens pessoais. Veja alguns exemplos dos reflexos no PCS do reajuste de 9% e do delta: Referência 201: R$ 2.025 (ACT 2013) – R$ 2.208 (+9%) – R$ 2.260 (+delta) Referência 212: R$ 2.600 (ACT 2013) – R$ 2.834 (+9%) – R$ 2.898 (+delta) Referência 224: R$ 3.418 (ACT 2013) – R$ 3.726 (+9%) – R$ 3.809 (+delta) Referência 236: R$ 4.497 (ACT 2013) – R$ 4.902 (+9%) – R$ 5.016 (+delta) Promoção por mérito em 2015 - Outra conquista da campanha salarial do ano passado foi a garantia de que a Caixa vai realizar sistemática de promoção por mérito em 2015, com as consequentes promoções em 2016. Os critérios de avaliação serão definidos em reunião da comissão paritária no final deste mês. Confira o que está estabelecido na 47ª cláusula do ACT 2014/2015: “A Caixa realizará sistemática de avaliação em 2015, para promoção por mérito em 2016, referente ao ano-base 2015, dos empregados ativos em 31 de dezembro de 2015, com no mínimo 180 dias de efetivo exercício em 2015, integrantes da parte permanente do quadro de pessoal, inclusive cedidos, requisitados, liberados para sindicatos e os licenciados sem suspensão do contrato de trabalho, conforme regras negociadas com as entidades representativas dos empregados’.

Bancários comemoram aniversário, mas rejeitam abertura do capital

A Caixa Econômica Federal completa 154 anos nesta segunda-feira (12) como instituição 100% pública. Embora haja muito a comemorar, tendo em vista o papel social que ela vem cumprindo, graças ao esforço e empenho de seus empregados, uma sombra paira sobre o seu futuro, desde o final do ano passado, quando surgiram notícias sobre a abertura do seu capital, o que é inaceitável.

A Contraf-CUT e a Fenae, junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical e a CSP-Conlutas, protocolaram ofícios no dia 23 de dezembro, solicitando audiências com o governo federal. Os documentos foram encaminhados também à presidenta Dilma Rousseff, aos ministros da Secretaria-Geral e da Fazenda e ao atual presidente da Caixa, Jorge Hereda. 

"Os mais de 100 mil empregados estão apreensivos. Não apenas a categoria, mas toda a sociedade foi surpreendida. Sobretudo, porque V. Excelência se comprometeu, em Carta Aberta aos trabalhadores dos bancos públicos federais, divulgada no dia 23 de outubro, a fortalecer as nossas instituições", afirmam as entidades na carta para Dilma.

Terceiro maior banco do país

Criada em 1861, por decreto de Dom Pedro II, como o maior banco público do Brasil, a Caixa é hoje a terceira maior instituição financeira do país em ativos totais. Em setembro de 2014, a empresa tinha R$ 1 trilhão em ativos, segundo dados do Banco Central, atrás somente do também público Banco do Brasil, com R$ 1,3 trilhão, e do privado Itaú com R$ 1,1 trilhão.

Segundo balanços da Caixa publicados entre 2008 e 2013, a carteira de crédito passou de R$ 80,1 bilhões para R$ 494,2 bilhões, aumento de 517%. O lucro líquido aumentou 72%, passando de R$ 3,9 bilhões para R$ 6,7 bilhões. Além disso, os programas de transferência de renda distribuíram cerca de R$ 26,5 bilhões em 2013, totalizando 181,2 milhões de benefícios pagos. 

O Minha Casa Minha Vida, apenas em 2013, destinou R$ 49 bilhões para a construção de 692,9 mil unidades habitacionais. Dessas, 48,8% foram destinadas aos trabalhadores com renda mensal de R$ 1,6 mil. Somente o Bolsa Família pagou cerca de 159,7 milhões de benefícios ou R$ 24 bilhões, alta de 18,2% em relação a 2012. Os programas voltados ao trabalhador pagaram 169 milhões de benefícios.

Não à abertura do capital

Com essa história que se confunde com o desenvolvimento econômico e social do Brasil, a Contraf-CUT rejeita a abertura do capital e defende a manutenção da Caixa como empresa 100% pública.

"Neste aniversário de 154 anos, cumprimentamos os empregados e as empregadas da Caixa por mais um ano de muito esforço e dedicação. A possibilidade aventada de abertura de capital provoca grande apreensão, na medida em que pode representar o seu enfraquecimento, comprometer profundamente o desempenho do seu papel social e afetar o emprego e as condições de trabalho", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Para ele, os bancários devem se engajar para promover uma nova jornada de luta em defesa da Caixa, mostrar a importância da empresa para a sociedade e combater os interesses do mercado financeiro, que quer abocanhar um patrimônio que é de todos os brasileiros.

"Queremos que a Caixa prossiga 100% pública. Do contrário, como já vimos acontecer com outros bancos públicos que abriram o seu capital, haverá pressão dos acionistas para aumentar os lucros, a fim de gerar mais dividendos, piorando as condições de trabalho e colocando em segundo plano o importante papel social da empresa", alerta o dirigente da Contraf-CUT. 

Patrimônio do povo brasileiro

"A Caixa é um patrimônio do povo brasileiro. A história do banco está diretamente ligada, sobretudo nos últimos anos, ao desenvolvimento social do país. Por isso, a sociedade, os milhares de empregados e as entidades representativas reforçam que não há motivo para a abertura de capital da empresa. É fundamental para todos que a Caixa continue 100% pública, com esse forte papel social, atuando todos os dias para a melhoria das condições de vida dos brasileiros", reforça o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), Fabiana Matheus, a Caixa é o que é hoje graças ao empenho dos empregados que dedicaram ou dedicam parte de suas vidas à empresa. "Atualmente são pouco mais de 100 mil empregados. Mas esse número é ainda insuficiente para atender o aumento da demanda e do volume de operações. É preciso que o ritmo de contratações seja acelerado. Temos obtido conquistas importantes nas negociações dos últimos anos. E nos itens em que faltam avanços, a luta continua diariamente".

Conselheiros eleitos cobram diálogo com governo 

Os representantes eleitos pelos empregados ao Conselho de Administração, Fernando Neiva (titular) e Maria Rita Serrano (suplente), também comemoram o aniversário da Caixa, mas expressam o seu profundo descontentamento com a abertura do capital. Ambos publicaram um artigo, onde reforçam que o governo abra o diálogo com os empregados e com a sociedade sobre qualquer mudança no papel da Caixa.

Clique aqui para ler o artigo de Neiva e Maria Rita. 

"A Caixa Federal é hoje o principal banco público do País, onde estão centralizados serviços essenciais de desenvolvimento da sociedade, como os programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, entre outros. Sua atuação como banco social beneficia milhões de brasileiros. Não podemos admitir, portanto, a possibilidade de que essa rota seja alterada sem que haja um amplo debate com a população e os empregados do banco", enfatizaram.

Extensão do benefício foi uma das conquistas da campanha salarial 2014, e quem quiser receber o valor de R$ 50 ainda em janeiro deve fazer a opção no SISRH até amanhã, 9 de janeiro
Está em vigor desde o dia 1º de janeiro a extensão do vale-cultura para os empregados da Caixa Econômica Federal que ganham remuneração base de até oito salários mínimos (R$ 6.304). A opção deve ser feita por meio do autoatendimento do SISRH (opção 4.1), item ‘solicita/cancela vale-cultura’. Para recebimento ainda este mês, o procedimento deve ser realizado até a próxima sexta-feira (9). “Essa foi uma das conquistas da campanha salarial 2014, que só veio graças à mobilização e à unidade da categoria. Entre os grandes bancos, a reivindicação só avançou na Caixa. O limite para recebimento do benefício era de cinco salários mínimos, o que contemplava cerca de 23 mil trabalhadores. Agora, mais de 52 mil poderão pleitear o vale-cultura”, diz Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa-Contraf/CUT) e também diretora de Administração e Finanças da Fenae. O valor mensal de R$ 50 é fornecido por cartão eletrônico e pode ser usado em mais de 7.500 estabelecimentos no país. O acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015 prevê a participação do empregado no custeio. São cinco faixas de desconto, que será feito em folha de pagamento. A contribuição do trabalhador será de R$ 3 (2 a 3 salários mínimos), R$ 4 (3 a 4 SM), R$ 5 (4 a 5 SM), R$ 10 (5 a 6 SM) e R$ 17,50 (6 a 8 salários mínimos). Quem ganha R$ 4 mil, por exemplo, vai participar com R$ 10 dos R$ 50 recebidos todo mês. “O vale-cultura é um benefício do governo federal que tem ampliado o acesso a itens culturais por trabalhadores formais de todo o país. Entre os empregados da Caixa já contemplados, o maior consumo tem ocorrido nas livrarias e nos cinemas”, destaca Moacir Carneiro, diretor de Cultura da Fenae. O crédito mensal de R$ 50 também pode ser usado em teatros, museus, shows, circos, espetáculos e cursos em diversas áreas, bem como para a compra de CDs, DVDs, revistas, jornais e instrumentos musicais.
Fonte: Fenae Net

Objetivo é cobrar esclarecimentos sobre abertura do capital da Caixa A Contraf-CUT e a Fenae, junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical e a CSP-Conlutas protocolaram na última terça-feira (23) ofícios solicitando audiência com o governo federal já no início de janeiro de 2015. O objetivo é receber esclarecimentos sobre a informação veiculada pela imprensa de que a presidenta Dilma Rousseff pretende abrir o capital da Caixa. Os documentos foram encaminhados pelas duas entidades e pelas quatro centrais sindicais à própria presidenta da República, aos ministros da Secretaria-Geral e da Fazenda e ao presidente da Caixa, Jorge Hereda. "Os mais de 100 mil empregados da Caixa Econômica Federal estão apreensivos. Não apenas a categoria, mas toda a sociedade foi surpreendida", afirmam os textos. Os ofícios lembram que Dilma se comprometeu, na Carta Aberta aos Trabalhadores dos Bancos Públicos Federas, divulgada em 23 de outubro, a fortalecer essas instituições. E reforçam: "Em 12 de janeiro, a Caixa completará 154 anos a serviço dos brasileiros. Essa história está atrelada, com destaque para a última década, ao desenvolvimento econômico e social do País. (...) A manutenção da Caixa Econômica Federal como 100% pública é fundamental para um Brasil mais forte e justo", acrescentam as entidades. Fontes: Contraf-CUT/Fenae

[caption id="attachment_7262" align="alignleft" width="128"]fernandoneiva Fernando Neiva[/caption]

   Leia artigo de Maria Rita Serrano e Fernando Neiva, representantes dos empregados no CA da Caixa, sobre a possibilidade de abertura de capital do banco

[caption id="attachment_7263" align="alignleft" width="150"]mariaritafotoartigo Maria Rita Serrano[/caption]

   Por Maria Rita Serrano e Fernando Neiva

   A imprensa divulga nesta terça-feira (23) que a presidenta Dilma Rousseff anunciou a abertura de capital da Caixa Econômica Federal, a exemplo do que já ocorre em empresas como o Banco  do  Brasil e a Petrobras. Na prática, isso significa que o banco poderá vender suas ações na Bolsa de Valores e o controle do Estado deixa de ser integral. Segundo os jornais, Dilma não deu mais  detalhes sobre o processo, apenas que seria demorado. Mas a notícia já acende o alerta máximo para o movimento sindical e, em especial, para nós, representantes dos trabalhadores do banco no Conselho de Administração da Caixa. Até agora não recebemos nenhuma informação nesse sentido, e o primeiro passo, que adotamos desde já, é reivindicar do banco e dos órgãos governamentais os esclarecimentos necessários sobre o assunto. Tornar a Caixa Federal uma empresa ´de mercado´ é abrir brechas para a privatização. E dar espaço para o interesse privado, como já se viu em inúmeros exemplos, inclusive em instituições financeiras, traz como consequências a redução de direitos trabalhistas e precarização de serviços em nome do lucro dos acionistas. Além disso, a Caixa Federal é hoje o principal banco público do País, onde estão centralizados serviços essenciais de desenvolvimento da sociedade, como os programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, entre outros. Sua atuação como banco social beneficia milhões de brasileiros. Não se pode aceitar, portanto, a possibilidade de que essa rota seja alterada, mesmo porque o debate vitorioso na última eleição presidencial não admite essa mudança. De acordo com o jornal Valor Econômico, a venda das ações atingiria uma fatia de 20% a 25% do banco, e o processo seria visto ´com bons olhos por empregados de carreira para incentivar a profissionalização da gestão´. Ora, essa é uma argumentação sem fundamento, já refutada e que merece ser reforçada: 99,9% dos empregados da Caixa Federal são concursados. Apenas na presidência e nas 12 vice-presidências estão pessoas indicadas para ocupar os cargos. De que profissionalização se trata, então? Outro tema que merece atenção é a destinação do dinheiro que seria arrecadado com a venda destas ações: para reforçar a estrutura de capital do banco ou para melhorar o quadro fiscal? Hoje o Tesouro tem 100% do capital da Caixa; com a venda, ficaria com 75% a 80%, segundo projeções feitas pelo mesmo jornal. Como representantes dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa e cidadãos brasileiros não podemos deixar que essa possível venda de ações passe como um trator sobre nossos interesses e os do País. Fomos eleitos para defender um banco público competente, ativo, e que honra os direitos de seus empregados. E esse debate, fundamental para toda a sociedade, está apenas começando.   Maria Rita Serrano é representante dos empregados da Caixa Federal no Conselho de Administração e diretora do Sindicato dos Bancários do ABC (SP) Fernando Neiva é representante dos empregados da Caixa Federal no Conselho de Administração da Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte (MG)  

Mais Artigos...