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A Contraf-CUT e a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa enviaram ofício à direção do banco nesta terça-feira (2) para pedir esclarecimentos sobre os procedimentos relativos às paralisações dos dias 15 e do dia 28, realizadas em conjunto com diversas categorias profissionais e que tiveram forte adesão em todo o país.  No ofício, também é solicitado o agendamento imediato  de reunião da mesa de negociação permanente, para buscar respostas e soluções aos debates anteriores (verticalizaçao, RH 184, trabalhados em dia de repouso semanal remunerado, dentre outros).

Greve legítima

No dia 27, a Contraf-CUT informou a Caixa sobre a greve geral do dia 28, quando reafirmou que se trata movimento nacional, que visa a defesa dos trabalhadores em face das reformas trabalhista e previdenciária, em andamento no Congresso Nacional e também em defesa da Caixa 100% pública.

Prossegue até 5 de maio o prazo para inscrições de delegados sindicais na Caixa, cujas eleições serão realizadas de 8 a 10 de maio. São eleições extraordinárias, que não interferem no mandato dos eleitos no ano passado, e que têm como objetivo atingir locais de trabalho que ainda não contam com esse representante. A inscrição deve ser feita no Sindicato. A função do Delegado Sindical é fiscalizar as condições de trabalho, propor soluções e atuar junto ao Sindicato para garantir e ampliar direitos da categoria bancária. Justamente por isso, nesse momento em que há grande ataque aos direitos dos trabalhadores e do banco público é fundamental ampliar o quadro de delegados sindicais na Caixa. O mandato será encerrado junto com o dos delegados sindicais já eleitos, em 29 de julho de 2017. Há garantias de emprego (até um ano após o fim do mandato) e de que o delegado só será transferido do local onde foi eleito se concordar. Para ser candidato é preciso ser sócio do Sindicato e ter cumprido o prazo de experiência contratual na empresa. Para mais detalhes acesse o boletim específico sobre a eleição clicando aqui.

Termo destacado por Gilberto Occhi representa na prática a diminuição de empregados, corte de direitos, privatizações e fim do papel social do banco. Mobilização dos trabalhadores é cada dia mais essencial

Melhorar a eficiência. Com esse discurso, o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, vem tentando associar a redução dos lucros do banco ao crescimento dos gastos com pessoal e despesas administrativas, cuja alta ano passado seria de, respectivamente, 6,3% e 5,6%. O que Occhi não diz claramente é que essa “eficiência” representa na prática cortes de direitos e de empregados, privatizações e uma Caixa totalmente desvinculada de seu papel promotor do desenvolvimento social do Brasil.

“A cada dia fica mais evidente a diferença entre dois modelos de Caixa. Um, iniciado em 2002, tem como foco o investimento na habitação e na infraestrutura do país, entre outros programas sociais. Outro, que limita o crédito, enxuga o quadro de pessoal e unidades do banco e diminui o tamanho da empresa, inclusive com privatizações”, compara a diretora do Sindicato Maria Rita Serrano, que também é representante eleita dos empregados no Conselho de Administração do banco e que participou, nesta quarta-feira (19) de reunião do CA, em Brasília (DF). Atualmente suplente, Rita deve assumir a titularidade do cargo no CA no mês de maio.

Ela, que também coordena Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, lembra que o maior patrimônio da Caixa hoje é o compromisso dos empregados com o atendimento da população, que faz com que banco figure entre as marcas mais lembradas pelos brasileiros (Top of Mind - Instituto Datafolha, 2016). “Com a tal ‘eficiência’ traduzida em ações, o impacto já é sentido em duas frentes. A primeira, na redução dos investimentos sociais. Em habitação, por exemplo, a tendência de crescimento elevado verificada em exercícios anteriores se alterou em 2015 e mais acentuadamente no ano passado. O crescimento esperado, entre 7% e 10%, resume-se a 5,6%. É a Caixa mais distante dos brasileiros”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

A outra frente impactada por esse modelo está diretamente vinculada aos direitos dos trabalhadores. Mudanças negativas já foram anunciadas para o Saúde Caixa, um PDVE foi aberto e de 100 a 150 unidades do banco poderão ser fechadas. “A nova gestão também endureceu no relacionamento com os empregados e suas entidades representativas, impondo desconto de dias em que ocorreram paralisações para defender o banco público. O que se vê é uma volta aos anos 1990, ao modelo neoliberal, tanto no interesse pela privatização quanto nos processos negociais com as entidades que representam a categoria”, afirma Rita Serrano.

Nos últimos anos, a Caixa teve forte expansão no número de agências e postos de atendimento, passando de 2,3 mil unidades em 2010 para 4,2 mil. Mas este é um crescimento plenamente justificável quando se observa a importância do banco na vida de milhões de brasileiros, desde pequenas cidades desprovidas de atendimento bancário até as grandes concentrações que recebem diariamente clientes e usuários de programas sociais - tais como, nesse momento, a retirada de contas inativas do FGTS, que movimenta não só um vultoso volume de dinheiro como milhares de empregados do banco.

“Há uma recessão agudizada no país, e não são os empregados que causaram queda no lucro da Caixa, como aponta Occhi. É preciso entender que a realidade mudou e o que se propõe para o banco hoje descaracteriza seu papel e propicia seu desmonte. São mudanças que vêm ocorrendo rapidamente, por isso temos que resistir e participar de manifestações como a de hoje, em defesa dos bancos públicos brasileiros, e nos preparar para a greve geral do dia 28. Os empregados da Caixa têm uma rica história de lutas, e vamos conseguir vencer novamente”, destaca a representante dos empregados no CA da Caixa.

Fontes: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas/Fenae

Vote na Chapa 1 - Nossa Luta, Resistir e Avançar
Nesta quarta, 19, tem eleição na Apcef-SP, e é fundamental que os associados exerçam seu direito ao voto. O Sindicato e a representante dos empregados eleita para o CA da Caixa, Rita Serrano, apoiam e indicam o voto na Chapa 1 – Nossa Luta, Resistir e Avançar. Os integrantes da Chapa 1 defendem a Caixa 100% pública e os direitos dos empregados do banco. Entre eles estão dois representantes do Grande ABC: a diretora sindical Inez Galardniovic, da agência Senador Fláquer, em Santo André (para ocupar a secretaria de Mulheres Trabalhadoras) e o delegado sindical Benedito Pereira de Matos (Benê), da agência Matriz, em Mauá (Conselho Deliberativo – suplência). [caption id="attachment_13183" align="alignright" width="300"]benecandidato Benê[/caption] [caption id="attachment_13152" align="alignright" width="199"]inez Inez[/caption] A presença de representantes da região é fundamental, já que a Apcef-SP está entre as parceiras do Sindicato na mobilização contra os desmontes dos bancos públicos. As urnas estarão disponíveis nas agências da Caixa.  

             Eleições na Apcef-SP serão realizadas nesta quarta, 19

 

  • [caption id="attachment_13152" align="alignright" width="199"]inez Inez[/caption] [caption id="attachment_13183" align="alignright" width="300"]benecandidato Benê[/caption] Aberto prazo para inscrição de delegado sindical

 

  • Ato nacional contra privatização e retirada de direitos acontece no dia 20

 

  • Assembleia dia 19 tem como pauta a greve geral de 28 de abril
  A semana começa cheia de atividades para os empregados da Caixa. São eleições para fortalecer a representação e atos contra as tentativas de privatização do banco e retirada de direitos dos trabalhadores. Já nesta quarta, 19, tem eleição na Apcef-SP, e é fundamental que os associados exerçam seu direito ao voto. O Sindicato e a representante dos empregados eleita para o CA da Caixa, Rita Serrano, apoiam e indicam o voto na Chapa 1 – Nossa Luta, Resistir e Avançar.   Os integrantes da Chapa 1 defendem a Caixa 100% pública e os direitos dos empregados do banco. Entre eles estão dois representantes do Grande ABC: a diretora sindical Inez Galardniovic, da agência Senador Fláquer, em Santo André (para ocupar a secretaria de Mulheres Trabalhadoras) e o delegado sindical Benedito Pereira de Matos (Benê), da agência Matriz, em Mauá (Conselho Deliberativo – suplência).   A presença de representantes da região é fundamental, já que a Apcef-SP está entre as parceiras do Sindicato na mobilização contra os desmontes dos bancos públicos. As urnas estarão disponíveis nas agências da Caixa.   Delegado sindical – Também começam nesta segunda, 17, e prosseguem até 5 de maio, as inscrições para as eleições extraordinárias a delegado sindical na Caixa. O objetivo é tornar mais forte a representação dos empregados nas agências onde ainda não há delegados. O pleito acontece de 8 a 10 de maio e o mandato será encerrado na mesma data dos eleitos no ano passado, com posterior realização de nova eleição. Para se inscrever basta preencher a ficha e enviar ao Sindicato.   Dia de luta e assembleia – Além de ampliar sua presença nas urnas, os empregados da Caixa no Grande ABC deliberaram em plenária realizada no último dia 12 na sede social do Sindicato que participarão de Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos no próximo dia 20 e da greve geral programada para 28 de abril. O recado é claro: defender o banco público, a manutenção de direitos de todos os trabalhadores e impedir o retrocesso desejado pelo governo Temer. Assembleia - Uma assembleia na sede social do Sindicato nesta quarta, 19, a partir das 18h30, vai abordar as formas de participação do Grande ABC na greve do dia 28. A sede social fica na rua Xavier de Toledo 268, Centro, Santo André.

representantes-dos-empregados-dao-recado-a-caixa-nenhum-dire_76c06ac94a31a6780b5e124353591f93Nenhum direito a menos. Este foi o recado que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE), deu à Caixa Econômica Federal durante negociação, realizada na sexta-feira (7), em Brasília (DF). As representações dos trabalhadores protestaram veementemente contra os valores da segunda parcela da PLR pagos no dia 31 de março e a prática antissindical da empresa ao apontar a greve nacional de 2016 como uma das causas da queda nos lucros no ano passado. Foi exigido também mais transparência e respeito à categoria.

“Nós cobramos do banco esclarecimentos sobre os lucros de 2016 que ficou muito menor do que o projeto em setembro do ano passado e, analisando o balanço verificamos que o lucro aquém do esperado não tem relação com o resultado operacional do banco que, comparado ao de 2015, teve crescimento na ordem de 271,7%”, disse Jorge Furlan, diretor do Sindicato e funcionário do banco que participou da reunião.

Conforme os números divulgados pelo presidente do banco, Gilberto Occhi, em 28 de março, a empresa apresentou lucro líquido de R$ 4,1 bilhões no ano passado, o que representou uma queda de 41,8% em relação a 2015. Em setembro de 2016, foi projetado lucro anual de R$ 6,7 bilhões, o que serviu de base para calcular a antecipação da PLR e gerou toda uma expectativa entre os empregados.

A Comissão Executiva reivindicou que a Caixa reveja os valores da segunda parcela da PLR e faça uma nova distribuição com base no lucro recorrente, que foi de R$ 4,967 bilhões. Com isso, amplia-se a margem para pagamento tanto na regra básica quanto na parcela adicional e da PLR social, e representaria, para a maioria dos empregados, um ganho a mais de 20% em relação ao valor que receberam no dia 31 de março. “Diversos bancos já fizeram o pagamento nesses moldes, que estão dentro dos parâmetros do acordo coletivo, para reconhecer seus trabalhadores”, diz Dionísio.

Segundo simulações feitas pelo Dieese, tendo por base o lucro recorrente, o empregado com remuneração de R$ 2.748,00, receberia a mais de PLR R$ 1.108,10. Já quem recebe R$ 5 mil teria direito à diferença de R$ 1.350,11. Para os trabalhadores com remuneração de R$ 9.333, 81, a diferença a receber seria de R$ 1.815,84. Os representantes da empresa se comprometerem a encaminhar o pleito à direção.

Desmonte

A CEE/Caixa repudiou, na mesa de negociação, o processo de desmonte da Caixa e os ataques aos direitos dos trabalhadores. A Comissão cobrou dos interlocutores da empresa informações sobre o fechamento e fusão de agências anunciadas pelo presidente Gilberto Occhi na semana passada.

Os representantes da Caixa alegaram que não têm conhecimento de quais unidades e que critérios serão usados para fechá-las. “Isso demonstra total falta de transparência do banco e respeito com seus trabalhadores. Como Occhi diz à imprensa que vai fechar de 100 a 120 agências e não há nenhuma informação sobre esta medida? É no mínimo uma atitude irresponsável por parte do presidente”, destaca Fabiana Uehara, diretora da Contraf-CUT e integrante da Comissão Executiva.

Foram cobrados esclarecimentos também sobre a reestruturação. O argumento da Caixa é que não foi iniciada uma nova onda e que estão sendo feitas adequações em algumas filiais. Pressionada, o banco ficou de repassar mais detalhes sobre o processo.

A CEE/Caixa questionou sobre o pagamento de horas extras aos trabalhadores das agências que estão abrindo duas horas mais cedo ou que vão abrir aos sábados por conta das contas inativas do FGTS. A empresa não está pagando o adicional de hora de extra de 100%. A Comissão Executiva vai acrescentar a irregularidade à denúncia que já existe no Ministério Público do Trabalho.

A Comissão reivindicou que seja revista a convocação de empregados para trabalharem aos sábados no autoatendimento de agências que não irão abrir. Na avaliação da CEE, isso representa uma ameaça à segurança dos trabalhadores e dos próprios clientes. A Caixa rejeitou a reivindicação.

Os representantes dos trabalhadores defenderam ainda a retomada urgente das contratações. Os problemas nas agências de todo o país se agravaram com a liberação dos saques das contas inativas do Fundo de Garantia. A posição da empresa foi de total intransigência: não haverá novas contratações, nem mesmo para repor os empregados que estão saindo no Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE).

Conforme a Caixa, 4.519 trabalhadores aderiram ao programa, mas a empresa não tem o número exato de desligamentos, porque as demissões ainda estão sendo homologadas. O banco confirmou também que aceitou novas adesões fora do prazo, mais precisamente até o dia 31 de março, data- limite para desligamento.

Saúde Caixa

Na reunião desta sexta-feira, os representantes da Caixa propuseram discutir com as representações dos trabalhadores o provisionamento que o banco tem de fazer, por exigência do Banco Central, para cobrar despesas futuras com o plano de saúde, para fortalecer a base de capital da instituição.

“Queremos discutir o Saúde Caixa há muito tempo e a Caixa nos nega informação e participação na gestão. Pelos dados mostrados pelo banco, ele é superavitário até 2020 pelo menos. Temos um GT Saúde Caixa e o Conselho de Usuários que queremos que debatam a sustentabilidade do plano com dados reais e atuais. O banco tem uma questão financeira em seu balanço com uma exigência absurda feita pelo Bacen de provisionamento de valores que não tem relação com o custo assistencial. Antes de virem ameaçar os empregados com a elevação dos custos com sua saúde a direção do banco deve ir negociar com o governo”, ressaltou o coordenador da CEE/Caixa.

Outros pontos

Descomissionamento arbitrário - A Caixa informou que até o dia 24 de abril vai divulgar o normativo com as novas regras para descomissionamento, que foram definidas pelo grupo de trabalho paritário e homologada na mesa de negociação, no dia 24 de janeiro. Será divulgada também a cartilha com orientações aos empregados.

PSI - Os processos seletivos internos serão retomados até o final deste mês. Segundo a Caixa, os PSIs foram suspensos por conta de estudos de redimensionamento.

Avaliador de Penhor - A pedido da CEE, a Caixa prorrogou até 24 de maio o prazo para conclusão da pesquisa que as entidades sindicais estão fazendo sobre as condições de trabalho dos avaliadores de penhor. Com isso, o pagamento da adicional fica mantido até lá. Segundo Dionísio Reis, os trabalhadores que ainda não responderam o questionário devem procurar o sindicato de sua base. “Nosso objetivo é produzir um laudo sem expor os trabalhadores individualmente”, explicou.

Mobilização

A mobilização contra retirada de direitos será a resposta dos trabalhadores à Caixa Econômica Federal. A CEE está orientando os sindicatos e federações a organizarem plenárias para mobilizar os empregados a participarem do Dia Nacional em Defesa dos Bancos Públicos, programado para o dia 20 de abril, dialogando com a população e com os empregados nas unidades, e  da greve geral  de 28 de abril ,convocada pelas centrais sindicais contra a reforma da previdência e trabalhista.

Fonte: Fenae

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