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A Caixa Econômica Federal não apresentou nesta quinta-feira (29) qualquer contraproposta para solucionar demandas em relação à contratação de pessoal, carreira e isonomia de direitos entre novos e antigos empregados, durante a terceira rodada de negociação da pauta específica da Campanha 2013 com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), realizada em Brasília.
Desde a primeira rodada, em 9 de agosto,a categoria aprosentou propostas detalhadas para cada reivindicação da pauta específica e tinha a expectativa de que os negociadores da Caixa trouxessem soluções para itens como isonomia, contratação de mais empregados, Saúde Caixa, condições de trabalho, carreira, jornada/Sipon, segurança bancária e questões relativas à Funcef, entre as quais a incorporação do REB pelo Novo Plano e a extensão do auxílio e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas. A Caixa se limitou a afirmar que irá esperar os resultados da negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban na próxima quinta-feira, dia 5 de setembro, para só depois apresentar uma proposta global aos trabalhadores da empresa. Desta forma, o resultado da negociação da quinta-feira foi mesmo frustrante, sobretudo por não registrar nenhum avanço para os empregados. No início da reunião, a Caixa comunicou ao Comando Nacional que o acordo aditivo à convenção coletiva fica prorrogado até a data de 30 de setembro, com a expectativa de que, até lá, a campanha deste ano esteja concluída. Contratação de pessoal Os primeiros pontos discutidos foram relacionados à contratação de pessoal. Os dirigentes sindicais voltaram a cobrar maior rapidez no processo de convocação de concursados para melhorar as condições de trabalho, principalmente na rede de agências. Foi lembrado, por outro lado, que a empresa continua insistindo com a política de abrir unidades sem estrutura adequada e com número insuficiente de trabalhadores, situação essa que vem sobrecarregando o pessoal lotado nas unidades. Os dirigentes sindicais criticaram o fato de o nível de contratações não vir acompanhando o ritmo de abertura de novas agências em todo o país, estrangulando a saúde dos trabalhadores. Para resolver situações esdrúxulas provocadas pela carência de pessoal, o Comando Nacional propôs na mesa de negociação, entre outras medidas, a contratação de novos empregados, chegando ao quantitativo de 120 mil bancários até o final de 2014. Foi reivindicada ainda quantidade mínima de 20 empregados por agência, além de reposição de empregado no caso de afastamento por mais de seis meses, sem prejuízo deste no seu retorno. Foram feitas também duas outras cobranças: a contratação permanente para reposição de empregados aposentados, demitidos ou afastados e o fim das discriminações no estágio probatório, tendo em vista que muitos empregados são desligados compulsoriamente tão logo esse processo esteja concluído. A empresa, no entanto, negou o atendimento dessas reivindicações. Alegou, para isso, a necessidade de respeitar os limites impostos pelo controlador. Até o fim de 2013, a autorização é para que o quantitativo de empregados chegue a 103 mil, podendo alcançar o patamar de 105 mil até dezembro de 2014. Para 2015, a meta é de 112 mil trabalhadores, no máximo. Hoje, chega a 99.024 o número total de empregados. No tocante à reposição de empregados em unidades com carência de mão de obra, a Caixa argumentou que esse trabalho já está sendo feito, principalmente nas agências em estado de maturação, cujo tempo é de dois anos por unidade. Nesse caso, segundo a empresa, o redimensionamento ocorre seis meses depois de abertura da agência. A Caixa informou ainda que, hoje, é de 9,1 a média de empregado nas unidades que estão sendo abertas. Isonomia O Comando Nacional cobrou equiparação de direitos de todos os empregados em relação à licença-prêmio e ao Adicional por Tempo de Serviço (ATS). Ambas as reivindicações foram consideradas complexas pela Caixa, que alegou duas razões para não atendê-las: dificuldades orçamentárias e resistência por parte do controlador. Há hoje, segundo o banco, apenas 28 mil empregados que ainda usufruem do benefício do ATS. Houve protesto contra a recusa da Caixa. O Comando Nacional argumentou que a tabela salarial na empresa está muito distante da remuneração global. Para fazer frente a essa defasagem, os empregados estão correndo atrás de novas saídas. Nesse caso, a Caixa precisa urgentemente encerrar o ciclo vicioso dos anos 90.
Carreira/PSI Os representantes dos trabalhadores cobraram ajustes no formato do Processo Seletivo Interno (PSI). Há o reconhecimento sobre a importância desse instrumento para o encarreiramento, mas a reivindicação é de que haja transparência nos critérios e universalização das participações. Uma das reivindicações mais urgentes é a criação de Comitê de Acompanhamento dos PSIs e do Banco de Oportunidades (Bancop), com participação dos empregados e um membro da Gipes. Dois outros itens reivindicados foram a criação de função gratificada de assistente no Atendimento Social, para quem trabalha no setor social da empresa, e criação de banco de reserva de avaliadores de penhor, na medida de 50% das funções existentes. Foi cobrada ainda a valorização da função de avaliadores de penhor, com revisão do piso do mercado. Os dirigentes sindicais criticaram o fato de a Caixa não deixar claro para os trabalhadores os critérios utilizados para descomissionar. Ocorre que essa medida vem sendo adotada de forma unilateral, deixando a cargo do gestor a retirada da função. O Comando Nacional cobrou também atenção especial para a área de tecnologia, com criação de cargos e funções específicas de TI com remuneração compatível com o mercado e outros órgãos públicos, além de implantação da proposta de carreira de TI que mantenha a possibilidade de seis horas nas funções técnica e técnico-gerencial. Ainda nesse quesito, outra reivindicação é a migração para as novas funções sem PSI. A empresa informou que continua desenvolvendo uma proposta de reestruturação da carreira de TI, mas não estabeleceu um prazo para a conclusão desse trabalho. Eleições para representante no Conselho de Administração O banco informou ainda aos dirigentes sindicais que serão feitas as alterações necessárias no estatuto da Caixa, com publicação do edital do calendário eleitoral em novo formato, o que significará a efetivação do fim das restrições para participação de qualquer empregado na escolha do representante dos trabalhadores no Conselho de Administração. Nesse sentido, segundo os negociadores da empresa, a nova redação do estatuto assegurará a exclusão do requisito da experiência gerencial para as candidaturas de conselheiro representante, que impedia a participação de 80% do quadro dos empregados. Com isso, ficará permitida a inscrição de qualquer bancário. Não ficou estabelecido, porém, nenhum prazo para que isto ocorra, ficando a discussão sobre o assunto para os próximos dias. Por outro lado, o movimento sindical bancário ficou de indicar os nomes de seus representantes para compor a comissão eleitoral para o Conselho de Administração. Avaliação O Comando Nacional avalia que a ausência de proposta decente, para o desfecho das negociações específicas da Campanha 2013, deve ser respondida com mobilização. Isto é visto como fundamental para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às suas reivindicações específicas como quanto aos itens gerais tratados na mesa da Fenaban. Os empregados estão dispostos a seguir com a luta na campanha deste ano, não só por aumento real e PLR digna, mas também por valorização do piso, isonomia, contratação de pessoal, saúde e condições de trabalho, Funcef/Prevhab, tíquete dos aposentados, respeito à jornada de seis horas, Sipon e por medidas efetivas de segurança bancária. O momento é de mostrar a força dos trabalhadores. Nova rodada Os temas pertinentes à Funcef, jornada e Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) serão tratados em nova rodada de negociação na próxima terça-feira, dia 3 de setembro, às 15h, em Brasília. Calendário de luta Agosto 30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Setembro 3 - Quarta rodada de negociação específica entre Comando e Caixa 3 e 4 - Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC da Câmara - Quarta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Passeata percorre centro financeiro de Santo André

A Caravana da Federação dos Bancários do Estado de São Paulo (FETEC), invadiu as ruas do Centro de Santo André na manhã desta quinta-feira (29/8). A iniciativa, que teve como objetivo divulgar e mobilizar a categoria para a Campanha Nacional dos Bancários 2013, contou com a participação da diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC e de outras cidades do Estado, além da animação da Bateria da Escola de Samba Palmares e da ARCA (Associação Ribeirãopirense de Cidadãos Artistas). Durante o trajeto, os bancários percorreram as ruas Correia Dias, Senador Fláquer, Luiz Pinto Fláquer e Xavier de Toledo. E acompanhando a manifestação, que parou em frente às agências bancárias, alguns diretores entregavam informativos e conversaram com os clientes e funcionários, enquanto outros discursavam sobre as reivindicações da categoria e atual situação nos bancos. “Os bancários de todo o Estado estão nas ruas neste mês com a Caravana da Fetec divulgando a Campanha Nacional. É importante que todos saibam desta nossa luta, que contempla reivindicações não só para a categoria, como melhores condições de trabalho, mas também aos usuários dos bancos a partir de mais contratações nas agências, proporcionando melhor atendimento”, ressaltou Eric Nilson, presidente do Sindicato. Nilson também lembrou que no dia 5 de setembro será apresentada pela Fenaban uma "proposta global" para a pauta geral de reivindicações dos bancários. “Estamos aguardando este momento, pois já se passaram três negociações, todas com respostas negativas. Os bancos deverão atender nossas reivindicações contidas na minuta, já que todos os pontos levantados são fundamentais”, pontuou. Entre as reivindicações da categoria estão: Reajuste Salarial - 11,93% (5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%); PLR - 3 salários + R$ 5.553,15; Verbas - Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional); Piso R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese); Saúde e Condições de Trabalho -Melhores condições com o fim das metas individuais e abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;Emprego - Fim das demissões em massa, ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate ao PL 4330, que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada); Carreira - Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários; Auxílio-educação - Pagamento para graduação e Pós-Graduação; Segurança - Mais segurança e proibição do porte das chaves de cofres e agências por bancários; Igualdade de oportunidades -Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes; Pauta geral - Fim do fator previdenciário, contra o PL 4330, pela reforma política, reforma tributária, pela democratização dos meios de comunicação, mais investimentos para a Saúde, para a Educação e transporte público de qualidade, além da regulamentação do Sistema Financeiro Nacional. Calendário de luta Agosto 30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Setembro 3 e 4 - Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC da Câmara – Apresentação de contra-proposta por parte da Fenaban

Foi realizada nos dias 26 e 27 a última rodada de negociações entre os bancários e a Fenaban. Nesta rodada foi apresentado aos banqueiros as  reivindicações sobre remuneração da pauta geral e os bancos informaram que apresentarão no próximo dia 5, uma proposta global para as demandas da categoria.

"Nós deixamos claro para os banqueiros que a categoria tem a expectativa de que, além do aumento real, valorização do piso e melhoria da PLR, a proposta contemple as reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades", disse Eric Nilson, presidente do Sindicato e membro do Comando Nacional.

As principais reivindicações dos bancários sobre remuneração são:

* Reajuste salarial de 11,93% (reposição da inflação mais 5% de aumento real).

* PLR de três salários mais R$ 5.553,12 fixos.

* Piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

* Auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-refeição e 13ª cesta-alimentação: R$ 678,00 (salário mínimo nacional).

A exemplo das rodadas anteriores, os bancos não apresentaram nesta segunda-feira 26 nenhuma proposta para as reivindicações sobre remuneração apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, entre elas aumento real de salário, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários (PCS), adiantamento do 13º, salário do substituto e vale-cultura. A discussão sobre remuneração prossegue nesta terça 27, às 9h30, incluindo a PLR e os auxílios refeição, creche, cesta alimentação e educacional.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, abriu a terceira rodada de negociações, relatando os casos da morte de um bancário e uma vigilante durante assalto ao posto do Santander em Angra dos Reis (RJ) e o ataque a agência do Bradesco em Campo Grande. E reivindicou que os problemas com falta de segurança sejam solucionados ainda nessa campanha.

Em seguida o Comando Nacional cobrou resposta para as reivindicações feitas nas rodadas anteriores sobre saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades. Mas os negociadores da Fenaban ficaram em silêncio.

Ao entrar no tema de remuneração, o Comando Nacional primeiro fez uma rápida análise de conjuntura do sistema financeiro, apresentando dados e fazendo avaliação sobre os lucros crescentes do sistema financeiro, a rentabilidade, a evolução do emprego e dos salários e a concentração de renda no setor, que é ainda maior que no resto da sociedade.

Os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre. Eles têm a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, mas fecham postos de trabalho e reduzem a média salarial da categoria com o mecanismo perverso da rotatividade, apesar do aumento da produtividade dos bancários. Por isso os trabalhadores exigem remuneração decente, que passa por aumento real de salário, valorização do piso e melhoria da PLR.

Produtividade cresce e salário médio cai

O Comando Nacional apresentou estudo do Dieese feito a partir dos balanços dos bancos mostrando que, enquanto o número de bancários por agência diminuiu 5% (de 24,15 para 22,95) entre junho de 2012 e junho de 2013, em razão do enxugamento de postos de trabalho, no mesmo período o lucro líquido por bancário aumentou 19,4%, a carteira de crédito por empregado cresceu 19,8% e o número de conta-corrente por trabalhador passou de 285 para 304 (crescimento de 6,9%).

Mas apesar do aumento da produtividade e dos ganhos reais da categoria com mobilizações e greves, que entre 2004 e 2011 foi de 13,94% no salário e 31,70% no piso, a remuneração média (salário mais verbas fixas) dos bancários diminuiu nesse período. Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, a remuneração média da categoria em 2004, deflacionado pelo INPC, era de R$ 4.817,12 . Em 2011 (último ano disponível pela Rais), o valor médio salarial do bancário caiu para R$ 4.743,59 - uma redução de 1,5% no poder de compra dos salários.

A luta é para desconcentrar renda

O Comando Nacional também apresentou aos representantes dos banqueiros estudo do Dieese com base no Relatório Social da Febraban mostrando que a distribuição do valor adicionado nos bancos entre acionistas, governo e trabalhadores vem se alterando desde 1999, aumentando a fatia do capital e reduzindo a participação do trabalho. Veja aqui o estudo comparativo.

A concentração de renda pode ainda ser medida por outro ângulo. Segundo trabalho do Dieese com base no Censo de 2010, os 10% mais ricos no país têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.

No sistema financeiro a concentração é ainda maior. No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 234,27 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 129,57 vezes.

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o caixa do Bradesco 9 anos.

Os bancos questionaram os dados apresentados pelo Comando Nacional. Disseram, por exemplo, que a produtividade cresce por causa das novas tecnologias e não em razão do aumento do trabalho bancário. Os dirigentes sindicais retrucaram que os dados são fornecidos pelos próprios bancos ao Caged do Ministério do Trabalho e Emprego, reclamando da falta de transparência das instituições financeiras. Foi definido fazer uma reunião com técnicos do Dieese e dos bancos para discutir os dados até a próxima semana.

Reajuste de 11,93% e piso do Dieese

Os representantes dos bancários defenderam o reajuste de 11,93%, que inclui a inflação do período mais 5% de aumento real, argumentando sobre a importância de recompor o poder de compra do salário e valorizar o piso salarial, conforme o salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21), diante dos lucros crescentes dos bancos e do aumento da produtividade. "Dissemos que essa é a prioridade das prioridades", destaca Carlos Cordeiro.

Os negociadores da Fenaban primeiro disseram que o reajuste sobre o piso esse ano será o mesmo que sobre as demais verbas, mas diante da argumentação do Comando afirmaram que levarão a demanda para os bancos.

PCS

A reivindicação dos bancários é que as empresas tenham critérios objetivos e transparentes para a ascensão profissional, o que inclui reajuste anual de 1% todas as verbas de natureza salarial e a partir do quinto ano completo de serviço o reajuste será de 2%.

Os bancários também reivindicam dos bancos a movimentação horizontal e/ou vertical de pelo menos um nível na tabela salarial a cada cinco anos na mesma função. E para os cargos das carreiras administrativas, operacional e técnica querem que o preenchimento seja feito por meio de seleção interna.

Os representantes da Fenaban disseram que a reivindicação é uma maneira disfarçada de pedir anuênio e não querem discutir PCS, afirmando que isso é "interferência insuportável" para os bancos. Entretanto, as instituições públicas têm planos de cargos de salários.

Em relação ao adiantamento do 13º salário, os negociadores dos bancos assumiram o compromisso de consultar os patrões.

Salário do substituto

A reivindicação é que nas substituições, mesmo em caráter provisório, seja garantido ao substituto o mesmo salário do substituído. Os representantes patronais rejeitaram a demanda, afirmando ser justo que o bancário trabalhe substituindo chefias porque assim está sendo avaliado para futuras promoções.

Vale-cultura

O objetivo é incentivar a diversidade cultural, conforme prevê a Lei 12.761/2012, exigindo que os bancos concedam todo mês aos trabalhadores um vale-cultura de R$ 100,00 para compra de ingressos para peças teatrais, cinema, shows, musicais, bem como para outros espetáculos artísticos.

Eles disseram não ter posição ainda sobre o tema, que é preciso aguardar a regulamentação da lei, mas que levarão a proposta aos banqueiros e depois voltarão a discutir a proposta.

PLR e auxílios

A terceira rodada de negociações prossegue nesta terça-feira, discutindo as demais reivindicações sobre remuneração, incluindo PLR, auxílio-refeição, cesta-alimentação e 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá e auxílio educacional.

Veja os salários e as reivindicações de 2013

Como é hoje Como fica
Salário: - 11,93% (inflação + 5% de aumento real)
Piso Portaria: 966,74 (1.058,96 pós 90 dias) 2.860,21 (mínimo Dieese)
Piso Escriturário: 1.385,55 (1.519,00 pós 90 dias) 2.860,21
Piso Caixa: 1.385,55 (2.056,89 pós 90 dias, incluído gratificação de caixa) 3.861,28 (mínimo Dieese + gratificação de caixa)
1º Comissionado: - 4.862,36
1º Gerente: - 6.435,47
PLR - Regra Básica: 90% do salário + 1.540,00 3 salários-base + 5.553,15
Auxílio-refeição: 493,58 (mês) - 21,46 (dia) 678,00 (mês) - 29,48 (dia)
Cesta-alimentação: 367,92 678,00
Auxílio-creche/babá: 306,21 678,00

Calendário de luta

Agosto

27 - Continuidade da terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa 30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro

3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, realiza nesta segunda e terça-feiras, 26 e 27, a terceira rodada de negociação da Campanha 2013 com a Fenaban, que tratará do tema remuneração. Os bancários reivindicam reajuste de 11,93% (5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%), PLR de três salários mais R$ 5.553,15 fixos, piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese) e R$ 678 ao mês (salário mínimo nacional) dos vales alimentação e refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá. Nas duas rodadas anteriores, os bancos rejeitaram as reivindicações sobre saúde, condições de trabalho, segurança, emprego e igualdade de oportunidades. Os seis maiores bancos apresentaram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre. Eles têm a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, mas fecham postos de trabalho e reduzem a média salarial da categoria com o mecanismo perverso da rotatividade, apesar do aumento da produtividade dos bancários. Os trabalhadores exigem remuneração decente, que passa por aumento real de salário, valorização do piso e melhoria da PLR. Desconcentrar renda Para Cordeiro, trata-se de uma luta por desconcentração de renda. "Apesar de ser a sexta maior economia do planeta, o Brasil ocupa ainda o vergonhoso 12º lugar no ranking dos países mais desiguais do mundo. E no sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior", afirma o presidente da Contraf-CUT. Segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, os 10% mais ricos no país têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico. No sistema financeiro a concentração é ainda maior. No Banco Itaú, por exemplo, os executivos da Diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 234,27 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 129,57 vezes. Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o caixa do Bradesco 9 anos. Veja como ficam os salários e demais verbas com as reivindicações de 2013
Como é hoje Como fica
Salário: - 11,93% (inflação + 5% de aumento real)
Piso Portaria: 966,74 (1.058,96 pós 90 dias) 2.860,21 (mínimo Dieese)
Piso Escriturário: 1.385,55 (1.519,00 pós 90 dias) 2.860,21
Piso Caixa: 1.385,55 (2.056,89 pós 90 dias, incluído gratificação de caixa) 3.861,28 (mínimo Dieese + gratificação de caixa)
1º Comissionado: - 4.862,36
1º Gerente: - 6.435,47
PLR - Regra Básica: 90% do salário + 1.540,00 3 salários-base + 5.553,15
Auxílio-refeição: 493,58 (mês) - 21,46 (dia) 678,00 (mês) - 29,48 (dia)
Cesta-alimentação: 367,92 678,00
Auxílio-creche/babá: 306,21 678,00
A negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban começa nesta segunda-feira às 14h e continua durante toda a terça-feira. Calendário de luta Agosto 26 e 27 - Terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB 29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa 30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Setembro 3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, realiza nesta sexta-feira 23 às 10h, em São Paulo, a segunda rodada das negociações específicas com a direção do BB, para prosseguir nas reivindicações de saúde, previdência, segurança, condições de trabalho e igualdade de oportunidades. Veja aqui como foi a primeira rodada de negociação, realizada no dia 13 de agosto em Brasília. Cassi e Previ para todos A pauta de reivindicações específicas condena a discriminação dos cerca de 15 funcionários oriundos dos bancos incorporados pelo BB e exige que tenham o direito de usufruir a assistência médica da Cassi, bem como de terem os mesmos direitos que os mais de 100 mil funcionários beneficiários da previdência complementar da Previ. Preservação da saúde O adoecimento por más condições de trabalho, pelos abusos nas cobranças de metas e pelo assédio moral é um grande problema enfrentado pelos bancários do BB. Outra coisa que os funcionários esperam solução é sobre o plano odontológico. Hoje ele é um plano tão limitado que os bancários não conseguem utilizá-los. Combate às metas abusivas e ao assédio moral Assim como a categoria bancária está cobrando fortemente na Fenaban o aprofundamento de medidas de combate ao assédio moral nas cobranças de metas, o funcionalismo que incluir no aditivo do BB a proibição de cobranças de metas via dezenas de sms, emails e telefones diários, inclusive fora da jornada de trabalho do bancário. Mais contratações A cobrança por aumento nas dotações das unidades é uma reivindicação tanto dos administradores quanto dos bancários e dos concursados. Em vez disso, o BB está diminuindo o quadro de funcionários com programas de incentivo ao afastamento e não substituição de aposentados. Ascensão profissional Outro tema fundamental para acabar com as injustiças e apadrinhamentos nos locais de trabalho é o estabelecimento de processos de seleção interna com regras claras, objetivas e transparentes, além de melhorias na cláusula contra descomissionamento. O BB é a única empresa onde a carreira tem regressão, porque os funcionários são descomissionados e têm redução salarial quando são transferidos para unidades com salários menores, como punição por não cumprirem metas impossíveis. Isso acontece inclusive com os primeiros gestores. PSO/Caixas A busca de soluções para os graves problemas de trabalho nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO), que executam o atendimento de caixas das agências, é mais uma cláusula importante da pauta de reivindicações específicas. Para o Comando Nacional, a primeira questão básica é avançar na carreira de mérito, ou seja, buscar que os caixas pontuem um ponto por dia e que a pontuação retroaja no histórico funcional. Volta do pagamento das substituições Uma das questões que precisam avançar no banco é a volta do pagamento da substituição, pois além de acabar com os desvios de função ela tem caráter formativo e seria fundamental para resolver questões como, por exemplo, no setor dos gerentes de serviço das PSO, que têm um grande acúmulo de tarefas e quando estão ausentes, os caixas e escriturários realizam os serviços nas PSO sem receber pela responsabilidade. A terceira rodada de negociação das reivindicações específicas do BB estão marcadas para a quinta-feira 29, em Brasília, para discutir remuneração, carreira e demais questões econômicas. Fonte: Contraf-CUT

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