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A greve nacional dos bancários continua crescendo em todo o país. No 15º dia, foram fechados nesta quinta-feira 3 de outubro 11.406 agências e centros administrativos. Reunido em São Paulo para avaliar as duas primeiras semanas de paralisação, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, orientou os sindicatos a fortalecerem ainda mais o movimento para pressionar os bancos a apresentarem uma nova proposta e decidiu permanecer na capital paulista à disposição para a retomada das negociações com os bancos.

"Essa é uma demonstração de nossa disposição de dialogar. Estamos cobrando dos bancos que reabram o processo de negociação e apresentem uma nova proposta aos bancários que contemple as reivindicações por aumento real, valorização do piso, PLR melhor, proteção do emprego, condições de trabalho mais dignas, segurança e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

A única proposta apresentada pelos bancos até agora foi no dia 5 de setembro, há quase um mês, estabelece reajuste de 6,1%, que apenas repõe a inflação do período pelo INPC e ignora as demais reivindicações econômicas e sociais. A proposta foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas em todo o país no dia 12.

A greve foi deflagrada no dia 19 de setembro, quando os bancários fecharam 6.145 agências e centros administrativos em todo o país. O movimento vem se ampliando dia após dia, atingindo 11.406 dependências nesta quinta-feira 3, o 15º dia de paralisação - um crescimento de 85,6% nesse período.

O Comando Nacional representa 143 sindicatos e 10 federações de todo país, totalizando mais de 95% dos bancários de todo Brasil. Além das entidades integrantes, participam como convidados os coordenadores das comissões de empresas dos trabalhadores dos bancos públicos federais.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Contraf-CUT

15_dias_greve

Mesmo com chuva, nesta quinta-feira (3/10), data que marca o 15º dia de greve dos bancários em todo o país, centenas de pessoas se reuniram em Santo André para participar de uma manifestação contra o silêncio da Fenaban, que se recusa a apresentar propostas que atendam as reivindicações da categoria. Além disso, em assembleia avaliativa de rua, aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado e agendaram novo encontro para a próxima terça-feira (8/10), às 17 horas, na Rua Xavier de Toledo, 268 – Centro – Santo André.

Durante a atividade, que teve início em frente ao antigo Teatro Carlos Gomes, na Rua Senador Fláquer, bancários munidos de faixas, placas e apitos, fizeram passeata e presenciaram um ato simbólico com encenações simulando a intransigência dos bancos em negociar com a categoria.

“Os banqueiros se negam a atender nossas reivindicações, mas continuaremos fortes e unidos, contando, inclusive com o apoio dos usuários e clientes dos bancos por melhores condições de atendimento”, ressaltou Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC.

“Querem vencer a categoria pelo cansaço, mas não vão conseguir. Continuaremos em greve até conquistarmos nossas reivindicações”, pontuou Gilberto Soares,  secretário geral do Sindicato dos Bancários do ABC.

Entre as reivindicações, os bancários querem 11,93% de reajuste (inflação mais 5% de aumento real), valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

No início desta semana o Sindicato dos Bancários do ABC recebeu ação judicial promovida pelo Bradesco. Em resposta a essa prática antissindical contra o movimento grevista, o Sindicato entrou com mandado de segurança contra decisão da juíza perante o Tribunal de São Paulo e está aguardando a decisão do Tribunal.

“Os advogados do departamento jurídico do Sindicato estão atentos aos que os bancos estão fazendo e acompanhando todo o processo”, destaca Otoni Lima, secretário de assuntos jurídicos do Sindicato.

A medida, denominada interdito proibitório, representa a alegação que o Sindicato ameaça a posse do banco e impede clientes e trabalhadores ingressarem nas agências.

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13 horas na Rua Senador Fláquer em Santo André

O Sindicato dos Bancários do ABC convoca todos os bancários da Região para participarem, nesta quinta-feira, dia 03 de outubro, a partir das 13 horas, de uma manifestação contra o silêncio da Fenaban. "Vamos mostrar nossa indignação com a falta de sensiblidade dos banqueiros e fazer um grande ato nesta quinta-feira. Venha pra rua e convoque seus colegas de trabalho", disse Eric Nilson, presidente do Sindicato. A concentração está marcada para a praça em frente ao antigo cine Carlos Gomes, na rua Senador Fláquer, no Centro de Santo André. Na sequência ocorre assembleia para que sejam decididos os próximos passos da Campanha Nacional 2013.

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Bancários continuam paralisados no 14º dia de greve decretada por tempo indeterminado em todo o país. Nesta quarta-feira (2/10), 2560 bancários cruzaram os braços paralisando 215 agências no ABC.

“Continuaremos em greve porque não podemos compactuar com a intransigência dos banqueiros, que negam a justa reivindicação de toda a categoria”, enfatiza Eric Nilson, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC.

Entre as reivindicações, os bancários querem 11,93% de reajuste (inflação mais 5% de aumento real), valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

Ato - Nesta quinta-feira (3/10) será realizada manifestação, às 13 horas, em frente ao antigo Teatro Carlos Gomes, na Rua Senador Fláquer, em Santo André. Na sequência ocorre assembleia para que sejam decididos os próximos passos da Campanha Nacional 2013.

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Diante da recusa dos bancos em apresentar uma proposta que contemple as reivindicações por aumento real, valorização do piso, mais contratações, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades, no 13º dia da greve nacional os bancários ampliaram ainda mais o movimento e fecharam 11.016 agências e centros administrativos em todo o país na terça-feira 1º de outubro. No ABC. Na base da FETEC-CUT/SP 1.531 locais de trabalho ficaram paralisados nesta terça e no ABC, 215 agências fechadas e 2560 trabalhadores estavam em greve.

Essa já é a maior greve da categoria bancária dos últimos 20 anos. Não apenas a paralisação cresce a cada dia em todos os estados. Os bancários estão indo pras ruas em manifestações e passeatas, em muitos estados junto com outras categorias de trabalhadores, como ocorre esta semana com os petroleiros, para demonstrar sua indignação com os bancos, que têm no Brasil os maiores lucros e a mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, pagam salários milionários a seus executivos e desrespeitam os trabalhadores que produzem esses resultados.

A greve foi deflagrada no dia 19 de setembro porque os bancos, em cinco rodadas duplas de negociações, propuseram apenas a reposição da inflação e recusaram as demais reivindicações econômicas e sociais. No primeiro dia, foram fechadas 6.145 agências e departamentos nos 26 estados e no Distrito Federal. Nesses 13 dias em que os banqueiros sustentaram a intransigência, a greve cresceu 79,2%.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Contraf-CUT

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