
Diretor do Sindicato é o novo coordenador da COE Bradesco

Na manhã desta quarta-feira, 27, trabalhadores do HSBC e sindicalistas realizaram um ato em frente à sede do Banco Central em São Paulo. A atividade teve o objetivo de mostrar os riscos em relação à manutenção do emprego e dos direitos, caso a instituição inglesa deixe de atuar no Brasil. “Os trabalhadores estão apreensivos com tantos boatos sobre o banco e como ficarão seus empregos com a venda do HSBC que já foi, inclusive, anunciada pelo própria instituição”, disse Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco que participou da atividade.
O banco confirmou informação à imprensa sobre a possível venda da unidade brasileira e enviou comunicado interno, no entanto, não há menção aos interesses de seus trabalhadores, demonstrando total desrespeito com os funcionários “ O HSBC explorou a ´colônia` durante 18 anos enviando os lucros para a ´corte` e, agora, o emprego de milhares de brasileiros está em risco”, falou Belmiro durante o ato.
[caption id="attachment_8029" align="alignnone" width="1280"]Banco confirmou informação à imprensa e enviou comunicado interno; no entanto, não há menção aos interesses de seus trabalhadores, demonstrando total desrespeito
O banco HSBC informou nesta sexta, 22, que pode vender sua unidade brasileira, após as demonstrações de interesse no negócio terem aumentado e o Santander Brasil ter informado que também consideraria a compra. Paralelamente, também divulgou no início da manhã um comunicado interno a seus funcionários, confirmando a possibilidade de venda e com 10 questões que tratam do tema, mas sem considerar os interesses dos trabalhadores.
Todas as perguntas e respostas estão relacionadas ao funcionamento do banco, e num único item (o sexto) os funcionários são citados, ainda que subjetivamente: ´(...) não haverá nenhum impacto imediato para vocês (os trabalhadores) nem para nossos clientes´. Classificando a possível venda como resultado de uma “revisão contínua”, o banco inclui no pacote a Losango e a Seguradora, mas não revela os nomes dos possíveis compradores. Segundo o HSBC nenhuma decisão sobre a transação foi tomada até agora.
“É um absurdo que o banco divulgue um comunicado a seus funcionários sem apresentar qualquer interesse pelo destino do emprego dessas pessoas. Um desrespeito total, já que também não houve qualquer iniciativa de diálogo com o Sindicato”, aponta Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC.
Venda - O presidente-executivo do Santander Brasil, Jesus Zabalza, disse nesta semana que estava estudando os termos de compra do HSBC, apesar de ter declarado que pretendia saber mais detalhes antes de tomar uma decisão. Além do Santander Brasil, também houve interesse de Bradesco, do BTG Pactual, do canadense Bank of Nova Scotia e do chinês ICBC. O Itaú também declarou seu interesse há três dias.
O HSBC deve selecionar um comprador preferencial para sua unidade brasileira a partir do mês que vem, segundo informou a agência de notícias Reuters no último dia 13. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, as ofertas podem não ultrapassar o valor contábil do banco, estimado em cerca de 3,3 bilhões de dólares.
Fontes: UOL/Reuters, com Redação
Foi realizada nesta terça-feira (19) em Brasília, a segunda rodada de negociação sobre a sustentabilidade da Cassi entre o Banco do Brasil e os representantes de entidades dos funcionários do BB, da ativa e aposentados.
No início da reunião, os representantes das entidades reiteraram que concordam com a proposta de ações estruturantes apresentadas pelos dirigentes eleitos da Cassi com base em estudos acompanhados por técnicos do Banco. Insistiram na necessidade do aporte solicitado pelos eleitos. O BB repetiu que descarta a hipótese de aporte extraordinário.
Em seguida foram discutidas algumas premissas que devem nortear a busca de soluções para a Caixa de Assistência. O Banco concorda com os negociadores que representam o funcionalismo que o Modelo de Atenção Integral à Saúde, por intermédio da Estratégia de Saúde da Família, é a maneira mais adequada de garantir a saúde das pessoas, com ênfase na prevenção e não na cura. Os dois lados da mesa também concordaram que é preciso aperfeiçoar a gestão do modelo, o que envolve tanto os dirigentes indicados pelo Banco quanto os eleitos pelos associados.
Outro ponto que gerou consenso foi que nenhum associado, seja da ativa ou aposentado, pode ficar desamparado. As soluções que forem encontradas deverão atender estas premissas.
Os negociadores que representam os associados também reiteraram que a solidariedade é um princípio fundamental, pelo qual cada um contribui de acordo com sua capacidade e utiliza o plano de acordo com suas necessidades. O Banco argumentou que a solidariedade deve ser aperfeiçoada, esclarecendo que deve detalhar a que aperfeiçoamento se refere no decorrer das reuniões.
O diretor Carlos Neri apresentou a proposta do BB, dividindo-a em três partes:
A) na primeira parte, o Banco propõe repassar para a Cassi os R$ 5,830 bilhões que estão provisionados no balanço do BB como compromisso com o pós-laboral, ou seja, com os aposentados. Segundo o BB, este valor está construído sobre bases atuariais que garantem que seja suficiente para honrar com a contribuição do Banco de 4,5% do salário bruto dos funcionários ativos e aposentados de hoje. Este valor seria depositado numa conta em nome da Cassi, num fundo da BBDTVM, com regulamento próprio aprovado em conjunto com os associados, e somente poderia ser utilizado para arcar com as contribuições hoje de responsabilidade do BB para os aposentados. Além disso, o BB acrescentaria mais 0,99% a sua contribuição sobre os salários brutos mensais dos ativos, que também seria direcionado ao mesmo fundo na BBDTVM, que, segundo o BB seria suficiente para arcar com o valor equivalente a contribuição de 4,5% para os futuros aposentados. Com estas medidas, o Banco deixaria de contribuir para os aposentados, deixando de ser obrigado a fazer as provisões previstas pela CVM 695/2012;
B) o BB argumenta que, com os R$ 5,830 bilhões passando para o nome da Cassi, as atuais reservas obrigatórias mantidas pela Caixa estariam liberadas. Sendo assim, os valores hoje existentes nestas reservas poderiam ser utilizados no custeio da entidade, inclusive cobrindo os déficits existentes e possibilitando a implantação das ações estruturantes propostas pelos dirigentes eleitos da Cassi, que, com um investimento estimado em R$ 150 milhões, preveem a diminuição das despesas da Cassi ao longo dos próximos anos;
C) em caso de déficits futuros, o BB propõe que os estes sejam rateados somente entre os associados, a serem pagos no ano seguinte, em 12 parcelas mensais. O Banco propõe que nos critérios de rateio sejam utilizados fatores como idade do associado, grupo familiar (número de dependentes) e utilização do plano.
As entidades participantes da mesa de negociação vão avaliar a proposta apresentada pelo Banco, inclusive as premissas utilizadas para fundamentá-la.
A proposta do banco nos traz algumas reflexões: O BB na proposta quer se esquivar da responsabilidade sobre futuros déficits, ainda que seja ele banco que ao fim e ao cabo determine o montante das contribuições à CASSI, afinal é o banco que diminui nossa capacidade contributiva ao achatar nossos salários. "Na proposta, o banco, na prática, quer quebrar o principio da solidariedade, ora o fundamento de se contribuir a um plano de saúde é que através de aportes de um determinado grupo, todos os indivíduos tenham assegurado a assistência que for necessária a cada individuo, relativizar isso na prática significa dizer - ´Ei seu plano pode ser mais barato hoje!` e esconder que quando você mais precisar, ele será mais caro", explica Otoni Lima, diretor do Sindicato e funcionário do banco. "O banco apresenta os aposentados como pesado ônus, o qual através da criação de um fundo livra-se do fardo de sustentar, esquecendo quem realmente construiu o maior banco do pais", conclui.