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Objetivo é cobrar esclarecimentos sobre abertura do capital da Caixa A Contraf-CUT e a Fenae, junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical e a CSP-Conlutas protocolaram na última terça-feira (23) ofícios solicitando audiência com o governo federal já no início de janeiro de 2015. O objetivo é receber esclarecimentos sobre a informação veiculada pela imprensa de que a presidenta Dilma Rousseff pretende abrir o capital da Caixa. Os documentos foram encaminhados pelas duas entidades e pelas quatro centrais sindicais à própria presidenta da República, aos ministros da Secretaria-Geral e da Fazenda e ao presidente da Caixa, Jorge Hereda. "Os mais de 100 mil empregados da Caixa Econômica Federal estão apreensivos. Não apenas a categoria, mas toda a sociedade foi surpreendida", afirmam os textos. Os ofícios lembram que Dilma se comprometeu, na Carta Aberta aos Trabalhadores dos Bancos Públicos Federas, divulgada em 23 de outubro, a fortalecer essas instituições. E reforçam: "Em 12 de janeiro, a Caixa completará 154 anos a serviço dos brasileiros. Essa história está atrelada, com destaque para a última década, ao desenvolvimento econômico e social do País. (...) A manutenção da Caixa Econômica Federal como 100% pública é fundamental para um Brasil mais forte e justo", acrescentam as entidades. Fontes: Contraf-CUT/Fenae

[caption id="attachment_7262" align="alignleft" width="128"]fernandoneiva Fernando Neiva[/caption]

   Leia artigo de Maria Rita Serrano e Fernando Neiva, representantes dos empregados no CA da Caixa, sobre a possibilidade de abertura de capital do banco

[caption id="attachment_7263" align="alignleft" width="150"]mariaritafotoartigo Maria Rita Serrano[/caption]

   Por Maria Rita Serrano e Fernando Neiva

   A imprensa divulga nesta terça-feira (23) que a presidenta Dilma Rousseff anunciou a abertura de capital da Caixa Econômica Federal, a exemplo do que já ocorre em empresas como o Banco  do  Brasil e a Petrobras. Na prática, isso significa que o banco poderá vender suas ações na Bolsa de Valores e o controle do Estado deixa de ser integral. Segundo os jornais, Dilma não deu mais  detalhes sobre o processo, apenas que seria demorado. Mas a notícia já acende o alerta máximo para o movimento sindical e, em especial, para nós, representantes dos trabalhadores do banco no Conselho de Administração da Caixa. Até agora não recebemos nenhuma informação nesse sentido, e o primeiro passo, que adotamos desde já, é reivindicar do banco e dos órgãos governamentais os esclarecimentos necessários sobre o assunto. Tornar a Caixa Federal uma empresa ´de mercado´ é abrir brechas para a privatização. E dar espaço para o interesse privado, como já se viu em inúmeros exemplos, inclusive em instituições financeiras, traz como consequências a redução de direitos trabalhistas e precarização de serviços em nome do lucro dos acionistas. Além disso, a Caixa Federal é hoje o principal banco público do País, onde estão centralizados serviços essenciais de desenvolvimento da sociedade, como os programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, entre outros. Sua atuação como banco social beneficia milhões de brasileiros. Não se pode aceitar, portanto, a possibilidade de que essa rota seja alterada, mesmo porque o debate vitorioso na última eleição presidencial não admite essa mudança. De acordo com o jornal Valor Econômico, a venda das ações atingiria uma fatia de 20% a 25% do banco, e o processo seria visto ´com bons olhos por empregados de carreira para incentivar a profissionalização da gestão´. Ora, essa é uma argumentação sem fundamento, já refutada e que merece ser reforçada: 99,9% dos empregados da Caixa Federal são concursados. Apenas na presidência e nas 12 vice-presidências estão pessoas indicadas para ocupar os cargos. De que profissionalização se trata, então? Outro tema que merece atenção é a destinação do dinheiro que seria arrecadado com a venda destas ações: para reforçar a estrutura de capital do banco ou para melhorar o quadro fiscal? Hoje o Tesouro tem 100% do capital da Caixa; com a venda, ficaria com 75% a 80%, segundo projeções feitas pelo mesmo jornal. Como representantes dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa e cidadãos brasileiros não podemos deixar que essa possível venda de ações passe como um trator sobre nossos interesses e os do País. Fomos eleitos para defender um banco público competente, ativo, e que honra os direitos de seus empregados. E esse debate, fundamental para toda a sociedade, está apenas começando.   Maria Rita Serrano é representante dos empregados da Caixa Federal no Conselho de Administração e diretora do Sindicato dos Bancários do ABC (SP) Fernando Neiva é representante dos empregados da Caixa Federal no Conselho de Administração da Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte (MG)  

O Conselho de Administração (CA) da Caixa Econômica Federal aprovou na quinta-feira (18), durante a última reunião do ano, o Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). O plano vai beneficiar empregados do banco que já estão aposentados pelo INSS e continuam trabalhando e ainda os que estarão aptos a se aposentar. 

O tema, que já havia sido aprovado pelo Conselho Diretor da empresa, segue agora para apreciação do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) do Ministério do Planejamento. Os critérios do novo plano deverão ser divulgados em breve.

A reunião tratou também de assuntos gerais da gestão da Caixa. "Por medida legal não podemos divulgar o conteúdo dos encontros. Mas a nossa participação é importantíssima. Afinal, é no CA que são definidos, entre outros, os desafios, os objetivos e as diretrizes da empresa. O ano de 2014 foi muito positivo. No próximo ano, trabalharemos ainda mais", destacou o conselheiro Fernando Neiva.

Os representantes dos trabalhadores no CA, Neiva e Maria Rita Serrano, querem participar de todas as decisões relativas ao banco, já que afetam diretamente os funcionários, mas o Estatuto da Caixa veda a participação nas discussões sobre a área de pessoal, como relações sindicais, remuneração, benefícios, vantagens e matérias assistenciais e de previdência complementar. Segundo Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretora de Administração e Finanças da Fenae, as entidades representativas da categoria defendem o fim da restrição imposta pelo Estatuto. "Não concordamos com isso. Fernando Neiva e Maria Rita Serrano foram eleitos pelos empregados e, por isso, é justo que eles atuem por uma Caixa melhor, o que começa com trabalhadores mais valorizados", diz.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Na dia três passado, foi encerrado o prazo de inscrições de candidatos para as eleições no Conselho Deliberativo e Comitê Gestor do Plano II do Banesprev. A Afubesp, junto com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Fetec-SP e Contraf-CUT, apresenta seus candidatos para o pleito, que ocorrerá de 1º a 15 de março de 2015, pela internet e pelo Correio. Confira os nomes e curriculos abaixo:

Conselho Deliberativo (vote nos dois nomes)

Camilo Fernandes - Participante do Plano II, graduado em Administração, com pós-graduação em Mercado Financeiro pela Andima. É atual integrante do Comitê Gestor do Plano II, é presidente da Afubesp e diretor do Sindicato de São Paulo. Foi membro eleito do Comitê de Investimentos por duas gestões e diretor administrativo do Banesprev, e diretor de empresa GEAP Fundação de Seguridade Social. Possui a certificação por experiência de profissionais do ICSS (Intituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social) para atuar em entidades de Previdência Complementar na área administrativa.

Walter Oliveira - Participante do Plano II, é bacharel em Ciências Econômicas. Atual eleito do Comitê Gestor do Plano II, onde exerce a função de coordenador desde 2012, é conselheiro eleito da Anapar Regional II (São Paulo) 2013/2016 e secretário-geral da Afubesp. Foi eleito do Conselho Fiscal do Banesprev (2004/2005), diretor administrativo eleito 2005/2007 e diretor financeiro eleito 2007/2009. Possui a Certificação por Experiência de Profissionais do ICSS (Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social) para atuar em Entidades de Previdência Complementar na área de investimentos.

Comitê Gestor do Plano II (vote nos três nomes)

Eric Nilson - Graduado em Economia com pós-graduação em Finanças, é atual presidente do Sindicato dos Bancários de ABC e conselheiro fiscal da Afubesp. Foi integrante eleito do Comitê de Investimentos do Banesprev na gestão 2007/2009 e vice-presidente do Banco do Povo Crédito Solidário de Santo André 2007/2013.
Sérgio Godinho - Aposentado, graduado em Economia/Filosofia pela USP é diretor da Afubesp. Foi eleito no Conselho Fiscal (2001/2006) e no Conselho Deliberativo (2007/2009) do Banesprev. Também atuou como conselheiro eleito do Corep (1987/1989), diretor executivo da Anapar e diretor do Esporte Clube Banespa em duas gestões (1995/1998 – 2009/2014).

Vera Marchioni - É membro eleito do Comitê Gestor do Plano II. Foi eleita do Conselho Fiscal da Cabesp por duas gestões, secretária de imprensa do Corep/Direp, bem como cipeira eleita por vários mandatos. É diretora do Sindicato de São Paulo, onde participa de grupo de discussão do Plano II, e da Afubesp e integra a comissão dos empregados do Santander.

  candidatosbanesprev_2015

Nos últimos dias, a Afubesp tem recebido inúmeras ligações de participantes e assistidos do Plano II , que estão com dúvidas a respeito de um artigo publicado no jornal AFABESP Notícias (edição 211, nas páginas 3 a 5), assinado pelo conselheiro deliberativo eleito do Banesprev, Júlio Higashino, em que ele afirma que Plano II do “não está deficitário”.

A Afubesp, junto com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, protocolou uma carta nesta quinta-feira, dia 18 de dezembro, dirigida à Diretoria Executiva do fundo de pensão, solicitando esclarecimentos sobre a afirmação do conselheiro eleito e pedindo seu posicionamento, em especial dos eleitos, visto que a afirmação “tem gerado enorme confusão nos participantes do Plano II e, o que é pior, desconfiança em relação à gestão da entidade”. (confira fac-símile ao final)

Para a Afubesp, o argumento utilizado pelo conselheiro para provar que o Plano II não é deficitário constitui em uma afronta à legislação que rege o sistema de previdência complementar brasileiro. Além disso, é um absurdo, um desserviço. Precisamos buscar saídas e consensos e não criar desconfianças e inseguranças, criando falsas expectativas entre os participantes e assistidos.

A associação lembra os colegas que em março serão realizadas eleições no Banesprev e quem disse as barbaridades é um dos atuais eleitos, que, inclusive, sequer pertence ao Plano II e não seria afetado em hipótese alguma caso algum problema ocorresse.

Protestos já atingiram cinco cidades do Grande ABC neste mês de dezembro. Hoje (18) é dia de Ribeirão Pires receber a atividade em defesa dos direitos de clientes e usuários bancários promovida pelo Sindicato. É a quinta cidade da região em que o protesto ocorre neste mês. O objetivo é denunciar a prática discriminatória e ilegal que alguns bancos vêm adotando ao tentar impedir o acesso a clientes e usuários dentro das agências. As atividades estão centralizadas nas agências do Bradesco, porque, embora todos os bancos promovam essa ´seleção´, a situação é pior nesta instituição financeira, que coloca até balcões antes das portas giratórias para facilitar o processo de filtragem de quem entra ou não na agência. Os clientes que movimentam menos dinheiro acabam ´empurrados´ para as máquinas de autoatendimento e correspondentes bancários, onde a insegurança é maior, o que configura verdadeiro apartheid social e econômico. Tentar impedir o acesso do consumidor bancário à agência fere a resolução 3.694 do Banco Central. As atividades do Sindicato repercutem junto à sociedade e imprensa local, e são muitos os clientes que aproveitam para denunciar a discriminação. Além de performance teatral para dialogar com clientes e usuários, o Sindicato também utiliza como canal de comunicação o Jornal do Cliente. Também é possível acessar a publicação, que traz informações sobre direitos do consumidor bancário e canais de reclamação, no site do Sindicato: www.bancariosabc.org.br

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