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Maria Rita Serrano aponta desafios para 2015 e destaca importância da participação Um dos grandes desafios para os representantes dos trabalhadores no Conselho de Administração (CA) da Caixa em 2015 será consolidar o mandato como instrumento a ser utilizado na organização dos empregados e fortalecer o debate sobre a fiscalização dos recursos públicos, contribuindo, dessa forma, para o efetivo controle social e sustentabilidade da Caixa. A avaliação é da conselheira eleita Maria Rita Serrano, também diretora do Sindicato dos Bancários do ABC. “Para isso, vamos ampliar nossas visitas às entidades sindicais e associativas e promover encontros com os empregados e com a sociedade organizada”, acrescenta. Maria Rita Serrano participou na última quinta-feira (20) da reunião ordinária do CA, em Brasília. Desta vez, sua participação foi na condição de titular, já que Fernando Neiva não pode estar presente. Os conselheiros debateram temas relacionados a área de gestão de riscos. O Conselho de Administração volta a se reunir no dia 15 de dezembro. Os conselheiros representantes dos empregados foram eleitos em dezembro do ano passado e tomaram posse em março deste ano. O mandato deles é de três anos. A eleição para a escolha de conselheiros representantes em empresas públicas foi uma conquista dos trabalhadores e está prevista na lei 12.353, de 28 de dezembro de 2010, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e regulamentada pela presidenta Dilma Rousseff.

Avanço nas negociações é uma conquista da luta da categoria

Nesta terça-feira, 18, aconteceu mais uma rodada de negociação específica com o Santander. O banco melhorou a proposta para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e apresentou proposta para o acordo de Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS). O prazo de vigência é de dois anos, a exemplo dos acordos anteriores.

“Essa nova proposta do banco é uma conquista dos bancários do Santander e traz avanços significativos para os funcionários. É fruto da luta dos trabalhadores, como o Dia Nacional de Luta, ocorrido no último dia 11, quando os bancários fizeram paralisações e protestos em todo o país. Aqui na região nós paralisamos algumas agências para mandar um recado ao banco espanhol de que era preciso garantir avanços para os trabalhadores", disse Eric Nilson, presidente do Sindicato e funcionário do Santander.

Avanços

A proposta do Santander garante a manutenção das cláusulas existentes do aditivo com algumas atualizações. O banco mantém as atuais 2.500 bolsas de estudo, sendo 2.000 para primeira graduação e 500 para pós-graduação, no valor de 50% da mensalidade, limitado a R$ 442,80, com a aplicação do reajuste de 8,5% conquistado este ano pela categoria a partir de janeiro de 2015 e do reajuste que vier a ser obtido em 2015 a partir de janeiro de 2016.

O banco mantém o grupo de trabalho do SantanderPrevi, criado nos acordos anteriores, com a finalidade de discutir um processo eleitoral democrático no fundo de pensão que possui mais de 44 mil participantes. A primeira reunião será realizada no próximo dia 4 de dezembro, com prazo de conclusão dos trabalhos no dia 30 de abril de 2015.

Outro avanço é na cláusula de igualdade de oportunidades. O banco concordou com a formação de um grupo de trabalho para discutir, de forma conjunta, os dados estatísticos relacionados ao tema.

O banco assegura também ao empregado demitido que o período de continuidade do plano de saúde será iniciado após o término do prazo estipulado na convenção coletiva para assistência médica e hospitalar.

Condições de trabalho

Diante da cobrança dos dirigentes sindicais para a melhoria das condições de trabalho, que tem provocado sobrecarga, estresse, adoecimentos e afastamentos, o banco propõe a criação de uma nova cláusula para tratar das relações laborais e prestação de serviços financeiros, explicitando as práticas recomendadas aos gestores para uma gestão orientativa, práticas não permitidas e práticas recomendadas perante os clientes. O banco se compromete a realizar ampla divulgação das regras de conduta.

No texto, a ser anexado ao aditivo, consta que "as reuniões de planejamento das agências devem ser restritas ao horário da manhã e limitadas a 30 minutos, sempre durante a jornada de trabalho. Devem ser usadas para orientar e dar foco de maneira inspiradora e motivacional, sempre observando o respeito aos funcionários e sem caráter exclusivo de acompanhamento de produção".

Dentre as práticas não permitidas, o banco relaciona as proibições incluídas na convenção coletiva, como a "exposição de ranking nominal em qualquer ambiente público, mesmo áreas internas da agência" e a "cobrança de cumprimento de resultados, no telefone particular do funcionário".

PPRS

O banco apresentou também a proposta de PPRS. O valor de R$ 1.720 pago em fevereiro de 2014 será reajustado pelos índices de reajuste dos dois últimos anos. Com isso, o valor a ser pago em fevereiro de 2015 será corrigido em 8% da Campanha 2013 passando para R$ 1.858. Já o valor a ser creditado em fevereiro de 2016 será reajustado em 8,5% da Campanha 2014, ficando em R$ 2.016.

Folga-assiduidade

O Santander ficou de discutir internamente no prazo de 30 dias as medidas necessárias para se adequar ao cumprimento da cláusula 24ª da convenção coletiva que trata da folga-assiduidade. Esse direito não está vinculado à data de aniversário, como vem sendo feito equivocadamente pelo banco. Essa folga deve ser gozada no melhor dia a critério do funcionário em conjunto com o gestor.

Saúde do trabalhador

Foi agendada indicativamente para o próximo dia 28 uma nova reunião com o médico coordenador do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) do Santander, Gustavo Locatelli, para continuar a discussão sobre a denúncia de existência de um controle nos exames médicos para a caracterização do funcionário como inapto.

Avaliação

Para a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, a proposta do banco melhorou e traz avanços significativos para os funcionários. Trata-se do único banco privado que possui um aditivo com várias conquistas além da convenção coletiva da categoria.

As reivindicações não atendidas continuarão na agenda de luta do movimento sindical e serão discutidas especialmente no Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) e no Fórum de Saúde e Condições de Trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

Na terceira rodada de negociação específica, ocorrida nesta terça-feira (18) com a Contraf-CUT, Fetec-PR, Feeb-SP/MS e Sindicatos dos Bancários de Curitiba e São Paulo, o HSBC assumiu o compromisso com o movimento sindical de que não realizará mais demissões em 2014. 

Além disso, o banco inglês ficou de revisar, por meio de uma comissão paritária (banco e entidades sindicais), e reintegrar os demitidos irregularmente (bancários em estabilidade pré-aposentadoria, grávidas, afastados por motivos de saúde ou portadores de doenças crônicas). 

Já aos funcionários desligados, além dos direitos assegurados, o banco garantiu um adicional de três meses da cesta-alimentação e a extensão do plano de saúde em três meses além do prazo previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Essa regra valerá até abril de 2015, com o objetivo de encarecer as demissões e proteger o emprego.

A força da mobilização garantiu avanços nas negociações, mostrando a importância da atuação do movimento sindical na defesa dos direitos dos trabalhadores. O banco precisa entender que toda demissão tem um ônus que vai muito além das questões financeiras domésticas. É preciso ter responsabilidade também com os impactos sociais e econômicos quando se trata de demissão em massa.

"Após essas  três reuniões que aconteceram em São Paulo, o HSBC garantiu investimentos no Brasil e informou que pretende fazer novas contratações que atendam ao seu novo perfil estratégico. Estamos atentos e observando a postura do banco no que se refere ao emprego. E, se preciso for, iremos à  luta novamente", disse Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

Histórico 

No último dia 6, o HSBC iniciou um processo de demissões em massa em todo o país. No dia seguinte, os bancários de Curitiba reagiram e iniciaram protestos e paralisações de agências e centros administrativos em toda capital paranaense e se estenderam para outras cidades do Paraná e de outros estados nas bases territoriais de sindicatos filiados à Contraf-CUT.

Foram precisos quatro dias de paralisação para o banco inglês abrir o canal de diálogo com o movimento sindical. A primeira conversa se deu em Curitiba, no dia 12 de novembro, em uma audiência pública mediada pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR). Contudo, a suspensão das paralisações só ocorreu na sexta-feira (14), após a primeira rodada, quando o banco suspendeu as demissões enquanto durarem as negociações.

Diante dos inúmeros boatos que surgiram, a direção do banco afirmou que não existe a intenção de cortar 20% do quadro de funcionários, nem substituir bancários por terceirizados. Eles também negaram que o HSBC cogita deixar o Brasil.

Veja o que ficou garantido nas negociações:

- suspensão das demissões ate o final de 2014;

- reintegração dos trabalhadores em casos a serem analisados por comissão constituída entre sindicatos e HSBC (saúde, pré-aposentadoria, gravidez etc.);

- aos funcionários desligados, além dos direitos assegurados, ficou restabelecido um adicional de 3 meses da cesta alimentação e extensão do plano de saúde em 3 meses além do garantido na CCT, com validade até abril de 2015; e

- o HSBC ainda garantiu investimentos no Brasil e assegurou que pretende realizar contratações de novos empregados dentro do seu "perfil estratégico".


Fonte: Contraf-CUT 

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta terça-feira (18), às 10h30, a negociação específica da Campanha Nacional 2014 para a renovação com avanços do acordo aditivo do Santander à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Também estará em discussão o Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS).

Trata-se da sexta rodada, que ocorre após a realização de um dia nacional de luta, na última terça-feira (11), quando os bancários fizeram paralisações e protestos em todo o país e enviaram um recado para a direção do banco espanhol de que é preciso apresentar uma proposta na mesa de negociação que atenda à pauta de reivindicações dos funcionários. 

Os bancários do Santander esperam que os negociadores do banco tragam uma proposta decente para os trabalhadores, à altura do lucro gigantesco de R$ 4,3 bilhões até setembro, que representa 20% do resultado global do Santander. Em nenhum outro país do mundo o banco ganhou mais do que aqui. 

Os trabalhadores querem o fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, melhorias no plano de saúde, igualdade de oportunidades, eleições democráticas no SantanderPrevi e ampliação das bolsas de estudo, dentre outras demandas, além de melhores condições de trabalho e que parem as reuniões diárias para a cobrança de metas. Que acabam as metas para a área operacional. Basta de pressão e sobrecarga de serviços, estresse, adoecimento e afastamentos do trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

[caption id="attachment_7041" align="alignright" width="374"]EleitosCACaixa Maria Rita Serrano (à direita, na frente), diretora do Sindicato e representante dos trabalhadores no CA da Caixa, durante o encontro na Fenae[/caption] Decisão foi encaminhada durante encontro na Fenae, e objetivo é priorizar a transparência na comunicação Um encontro em Brasília na última quinta, 13, marcou o ponto de partida para que os conselheiros eleitos como representantes dos empregados para o Conselho de Administração (CA) da Caixa façam uma prestação de contas para a categoria. A ideia é priorizar a transparência na comunicação com os trabalhadores. Durante a reunião, os conselheiros Fernando Neiva (titular) e Maria Rita Serrano (suplente) discutiram com o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, e a diretora de Administração e Finanças da entidade, Fabiana Matheus, como deverá ser encaminhado esse processo. O primeiro passo será uma nova edição do informativo ´Fala, Conselheiro!´, na qual será relatada a experiência dos representantes dos trabalhadores no CA durante este ano. A avaliação de ambos é que 2014 foi muito positivo. Maria Rita, que também é diretora do Sindicato dos Bancários do ABC, destacou participações em eventos importantes, caso dos seminários sobre isonomia, A Caixa que Queremos, o Conecef e as visitas a várias entidades sindicais, entre elas a própria Fenae. Ela lembrou ainda as reuniões feitas com os empregados da Caixa durante o processo que promoveu o debate sobre a campanha salarial, entre outros temas. “No Grande ABC fizemos mais de uma centena de reuniões, com grande interesse dos trabalhadores. Um processo extremamente produtivo do ponto de vista da organização”, enfatizou. Durante o encontro na Fenae os representantes dos empregados também contabilizaram que, desde a posse, em março deste ano, já participaram de 26 reuniões, com debates relevantes sobre a gestão da empresa. Eles avaliam que o momento é propício para a defesa da Caixa como banco público e com forte papel social. Outra conquista importante, recentemente obtida, foi a presença da conselheira suplente nas reuniões do CA, como resultado da luta das entidades associativas e sindicais de todo o Brasil. “Assim a representatividade se fortalece e fica garantida”, apontou Maria Rita. Na próxima reunião, que ocorre no dia 20, ela assumirá excepcionalmente o papel de titular, já que Neiva não poderá comparecer por motivos pessoais.  

Enquanto a Caixa Econômica Federal lucrou R$ 5,287 bilhões nos primeiros nove meses de 2014, o que significou um crescimento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado, o banco abriu 1.882 novos postos de trabalho, atingindo o total de 100.080 empregados. 

De julho a setembro, o lucro alcançou R$ 1,9 bilhão, alta de 1% sobre o trimestre anterior. O balanço foi publicado na tarde desta quinta-feira (13) e os dados foram analisados pela Subseção do Dieese na Contraf-CUT.

Clique aqui para ver a análise do Dieese.

Nos últimos 12 meses, a Caixa criou 3.328 empregos e inaugurou 187 agências e 100 postos de atendimento (PA). 

A abertura de novas vagas precisa continuar cada vez mais para melhorar as condições de trabalho e o atendimento aos clientes e usuários, diante do crescimento do crédito e do importante papel social da Caixa. O acordo aditivo da Caixa, conquistado na Campanha Nacional 2014, garante 2 mil novas contratações de empregados, sendo 1 mil até dezembro deste ano e 1 mil até dezembro de 2015.

O resultado correspondeu a uma rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido (PL) anualizado (ROE) de 17,8% (queda de 8,7 pontos percentuais em relação a setembro de 2013). Essa queda na rentabilidade foi resultante do significativo crescimento do PL (com alta de 146,3%). Esse crescimento se deve à inclusão de dois instrumentos híbridos de capital e dívida (que compõem também o Patrimônio de Referência para Basileia), nos valores de R$ 8 bilhões e R$ 27,9 bilhões.

A Carteira de Crédito Ampliada cresceu 24,4% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 576,4 bilhões (4,4% no trimestre). A carteira comercial pessoa física cresceu 21,1% em relação a setembro de 2013, chegando a R$ 91,7 bilhões. 

Já as operações com pessoa jurídica alcançaram R$ 95,3 bilhões, com elevação de 11% em comparação ao 3º trimestre de 2013. O crédito voltado para a habitação (com 55,6% do total da carteira) cresceu 26,1%, totalizando R$ 320,6 bilhões. O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou alta de 0,33 ponto percentual em relação a setembro de 2013, ficando em 2,73%. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) cresceram 45,4%, chegando a R$ 9,7 bilhões.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 12% em 12 meses, assim como, também, as despesas de pessoal. Com isso, a relação entre receita de prestação de serviços e tarifas e das despesas de pessoal manteve-se em 105% no terceiro trimestre de 2014.


Fonte: Contraf-CUT

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