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Representantes da Contraf-CUT, dos sindicatos dos bancários de São Paulo e de Curitiba e da Fetec-PR se reuniram nesta terça-feira (4) com a direção dos bancos Bradesco e HSBC para garantir a manutenção dos empregos e direitos dos trabalhadores, após aquisição do banco inglês.

O encontro serviu para os dirigentes sindicais conhecerem detalhes da negociação, como o fato de o comando das operações só serem transferidos em janeiro de 2016. "A reunião nos tranquiliza porque eles garantiram que não haverá demissão em massa, mas vamos ficar atentos e acompanhando os desligamentos dos dois bancos", afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. 

"O banco também afirmou que o Bradesco, entre os interessados pela compra do HSBC, é o que apresenta maior complementariedade em relação a produtos, serviços e rede de agências, gerando menos atritos e mais oportunidades", completou o presidente da Contraf-CUT. "Isso ajuda a negociação pela manutenção dos empregos nos dois bancos". 

Os representantes do Bradesco disseram que em todos os negócios deste tipo comandado pelo banco houve total transparência nos diálogos com o movimento Sindical. Os dois bancos dizem que não haverá demissão em massa e reiteram a disposição de diálogo com o movimento sindical. Até que saia a aprovação da venda, que pode durar até seis meses pelos órgãos responsáveis, a gestão será do HSBC e o compromisso dos dois bancos é de manter a transparência com os sindicatos e os trabalhadores.

Fusões aumentam concentração do sistema bancário

O número total de empregados do HSBC no País, em dezembro de 2014, era de 20.165 trabalhadores e o número de agências bancárias no Brasil era de 853 unidades. O setor bancário brasileiro já vive um oligopólio. Em 2014, os seis maiores bancos (BB, Itaú-Unibanco, Bradesco, CEF, Santander e HSBC) passaram a concentrar 82,5% do Ativo Total do Sistema Bancário Brasileiro. Em 1999 esse mesmo índice era de 59%. Com relação às operações de crédito observa-se a mesma tendência: enquanto em 1999 os seis maiores bancos possuíam pouco mais de 60% do total de operações de crédito do setor, em 2014 essa participação chegou a 84%.

Os cinco maiores bancos, antes da aquisição, concentravam 80% dos ativos, 84% do crédito, 87% dos depósitos à vista, 95% dos depósitos de poupança e 87% das agências. Depois da aquisição do HSBC, concentram 83% dos ativos, 86% do crédito, 92% dos depósitos à vista, 96% da poupança e 91% das agências. 

Fonte: Contraf-CUT

[caption id="attachment_8564" align="alignright" width="300"]IMG-20150805-WA0024 Gheorge Vitti, coordenador do COE Bradesco e diretor do Sindicato participa da reunião[/caption]

Representantes das comissões de organizações dos funcionários (COE) do HSBC e do Bradesco e representantes das federações se reuniram nesta quarta-feira (5), às 10h, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para discutir os impactos do anúncio da aquisição do HSBC pelo Bradesco e a organização e as lutas dos bancários dos dois bancos a partir disso.

Ontem a Contraf-CUT, o Bradesco e o HSBC se reuniram para discutir como ficará a questão dos empregos a partir desta venda. A reunião foi solicitada pela Contraf-CUT que quer garantias de que a mudança não signifique corte de postos de trabalho e demissões em nenhum dos dois bancos. O resultado desta reunião também será analisado pelos bancários.

Luta pela manutenção do emprego deve ser intensificada

Foi confirmada nesta segunda-feira, 03, a venda da unidade brasileira para o Bradesco por US 5,2 bilhões. De acordo com o comunicado, HSBC e Bradesco chegaram a um acordo na sexta-feira, 31 e, neste final de semana foram acertados os detalhes. O valor ficou acima do esperado pelo mercado que projetava uma proposta de até US$ 4 bilhões. O valor da compra ainda está sujeito a ajustes e o negócio deve passar por aprovação regulatória que deve ocorrer até o segundo trimestre de 2016.

Essa venda preocupa os trabalhadores do HSBC que temem demissões. São mais de 20 mil funcionários em todo o Brasil. “Durante todo esse processo, desde o anúncio da intenção de venda do banco, os trabalhadores se mobilizaram para a manutenção do emprego e, agora, mais que nunca, devemos intensificar essa luta cobrando do Bradesco  a garantia de emprego para os funcionários do HSBC e, também, do próprio Bradesco”, disse Belmiro Moreira, presidente do Sindicato e funcionário do HSBC. “A maior preocupação do banco tem que ser com os funcionários pois são eles que geram os lucros e esse processo de venda não pode prejudicar os trabalhadores”, conclui Belmiro.

O maior interesse do Bradesco está na clientela de alta renda do HSBC, sexta maior instituição financeira do país em ativos. O banco tem cerda de 10 milhões de clientes, uma rede de 853 agências e receitas da ordem de R$ 10,6 bilhões.

Junto com o anúncio da venda ao Bradesco, o HSBC divulgou seu balanço global que apresentou lucro líquido de R$ 4,36 bilhões, queda de 3,96% comparado ao mesmo período do ano passado.

Atividade coleta assinaturas em agências e no centro de Santo André

O Sindicato promoveu nesta segunda, 27, atividade em defesa do emprego no HSBC. Os diretores sindicais levaram abaixo-assinado que reivindica a manutenção do emprego a agências da região central de Santo André. Também montaram posto fixo para coleta de assinaturas na rua Oliveira Lima. O abaixo assinado também pode ser acessado pelo site do Sindicato (www.bancariosabc.org.br). A ideia é que todos participem para evitar a ocorrência de demissões com a venda do banco. As últimas notícias informam que o HSBC deverá ser vendido para o Bradesco, mas até o fechamento desta edição o anúncio não havia sido feito oficialmente. O presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, lembra que várias ações vêm sendo promovidas para garantia do emprego no banco inglês. “Além das manifestações e abaixo assinado já foram realizados encontros com representantes da política e economia nacional e com entidades internacionais que apoiam nossa luta”, destaca. Você também pode tirar cópias do abaixo-assinado clicando aqui.

Segundo reportagem de O Estado de S.Paulo, acordo deve superar R$ 12 bi; movimento sindical intensifica luta pelo emprego com abaixo-assinado O Bradesco passou para a fase final da disputa pelo HSBC Brasil e negocia o ativo com exclusividade, de acordo com fontes ouvidas pelo 'Broadcast', serviço em tempo real da 'Agência Estado'. O banco teria feito oferta vinculante, conforme as mesmas fontes, por toda a operação no País acima do patrimônio líquido do conglomerado, de cerca de R$ 12 bilhões. O anúncio oficial da venda deve sair até a semana que vem, segundo fonte com conhecimento no assunto. No meio sindical, as ações para defender os mais de 20 mil empregos no banco inglês no País também se intensificam. Um processo de recolhimento de assinaturas em todo o País como reação a uma eventual situação de demissão em massa com a venda do HSBC foi iniciado.. O objetivo é chamar a atenção dos órgãos reguladores, governo federal e congressistas para a ameaça. Nesta semana, diretores do Sindicato vão visitar agências bancárias para levar ao conhecimento dos bancários e sociedade o abaixo-assinado em defesa do emprego no HSBC. É muito importante que todos assinem o documento, pois a venda do banco deve ocorrer em breve e é fundamental garantir o emprego. Quem quiser fazer cópias e levar o abaixo assinado para seus colegas e familiares assinarem também pode acessar este link. Outra maneira de se engajar nessa luta é enviar e-mails para políticos e órgãos envolvidos no negócio. As assinaturas serão enviadas ao Congresso Nacional, ao governo federal e aos órgãos reguladores do Sistema Financeiro Nacional. Para enviar mensagens aos senadores cliqueaqui e, para os deputados federais, aqui.  Data final - O Goldman Sachs, que assessora a negociação entre os bancos, estipulou agosto como data final. Neste momento, executivos dos bancos negociam os detalhes da aquisição e a expectativa, conforme fontes, é de que o anúncio ocorra antes da divulgação de resultados do HSBC em Londres, dia 3 de agosto. O Bradesco deve levar toda a operação do grupo no Brasil e não apenas o varejo. Ao avaliar a operação, chamou a atenção do banco a plataforma de atacado do HSBC no País, em especial, a área de corporate sales, que responde pela área de derivativos, câmbio etc. Toda a unidade gera receitas anuais de US$ 1 bilhão, conforme fonte. Também atraiu o balcão de seguros, hoje, nas mãos da alemã HDI, e o quadro de talentos do banco, segundo executivos de mercado. O outro competidor, o Santander, teria ficado de fora da disputa por ter feito uma oferta apenas pelo segmento de varejo, uma vez que já possui a estrutura de corporate sales. Uma fonte, porém, garante que a proposta do espanhol era para todo o conglomerado. Além disso, outro indício de que o Santander teria ficado de fora, conforme outra fonte, é o fato de o banco ter cobiçado executivos de atacado de outras instituições, inclusive, do HSBC. No fim, teria contratado Mário Leão, do Morgan Stanley. Favorito - Na prática, o Bradesco foi tido como o favorito a levar o HSBC Brasil desde o início do processo de venda do banco no País. Fontes de mercado dizem que, antes mesmo disso, já existia uma negociação bilateral com o HSBC. As conversas não teriam ido para frente, porém, pelo fato de o Goldman Sachs ter oferecido assessoria financeira para tentar conquistar mais recursos pelo ativo. De acordo com fontes, esse esforço não teria sido bem-sucedido já que a negociação voltou para o ponto de partida. Com a venda do HSBC no Brasil, o banco inglês deve estruturar uma operação de atacado do zero, utilizando a mesma licença ou solicitando uma nova para atuar. Executivos da instituição que podem ficar na nova fase já foram sondados na semana passada, conforme uma fonte. Uma pequena lista foi feita com nomes de candidatos para ser apresentada ao comprador. Estratégia - Comprar o HSBC, com cerca de R$ 168 bilhões em ativos, segundo o Banco Central, significa para o Bradesco encostar em seu principal concorrente, o Itaú, em ativos, praticamente eliminando a distância erguida desde a fusão com o Unibanco. Se o comprasse, considerando dados do primeiro trimestre, ultrapassaria a cifra de R$ 1,2 trilhão, perto do R$ 1,295 trilhão do Itaú ao fim de março. Como em qualquer fusão ou aquisição (M&A, na sigla em inglês), um negócio só é dado como certo após a conclusão do processo de due diligence (investigação e auditoria das informações). Se algo der errado, o Santander ou um novo comprador pode ser requisitado. Desde o início da venda do HSBC Brasil, fontes dizem que o Itaú só levaria o ativo por um preço abaixo do patrimônio líquido. Procurados, o HSBC e o Goldman Sachs não se manifestaram. No Bradesco, ninguém foi encontrado para comentar o assunto. O Santander também preferiu não falar a respeito da disputa pelo HSBC. Fonte: O Estado de S.Paulo, com Redação

A Contraf-CUT e seus sindicatos convocam os trabalhadores de todo o Brasil para se mobilizar em defesa do emprego no HSBC. A data do anúncio do comprador se aproxima, por isso é hora de intensificar a luta. Uma boa maneira de se engajar nessa luta é enviar e-mails para políticos e órgãos envolvidos no negócio. Amigos e familiares também podem enviar, já que todos serão atingidos. Outra forma de mobilização é acessar o abaixo-assinado em apoio à luta dos funcionários do HSBC As assinaturas serão enviadas ao Congresso Nacional, ao governo federal e aos órgãos reguladores do Sistema Financeiro Nacional. [caption id="attachment_8364" align="alignright" width="301"]Print Camiseta com logo da campanha pelo emprego no HSBC desenvolvida pelo Seeb SP[/caption] Para enviar mensagens aos senadores clique aqui e, para os deputados federais, aqui.  Para acessar o abaixo-assinado clique neste link: EM DEFESA DOS EMPREGOS NO HSBC. Fonte: Contraf-CUT

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