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Caixa ignora reivindicações específicas e negociações não avançam

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Caixa mostra pouca vontade em discutir as reivindicações em mesa de negociações

Foi realizada nesta quarta-feira, 24, a segunda rodada de negociação específica da Campanha Nacional Unificada 2016 com a Caixa. Foram debatidas nessa reunião o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), a saúde Caixa, Funcef, aposentados, Infraestrutura das unidades, Segurança Bancária e Terceirização. (veja detalhes abaixo).

“Mais uma vez a Caixa ignorou nossas reivindicações e nada avançou. Esse posicionamento frustra mais uma vez os trabalhadores e, por isso é muito importante que os funcionários do banco mantenham a mobilização para que possamosbuscar o atendimento às nossas reivindicações durante a Campanha Nacional”, disse Jorge Furlan, diretor do Sindicato e representante da Fetec-SP na negociações com a Caixa.

O primeiro ponto em debate foi saúde do trabalhador e condições de trabalho. Os bancários reivindicam o custeio integral pela Caixa do tratamento das doenças do trabalho, inclusive para os empregados aposentados por invalidez por acidente de trabalho, incluindo terapias alternativas, medicamentos, tratamentos psicológicos e psiquiátricos em situação de assédio moral e outros tipos de violência organizacional, e traumas pós-assalto/ sequestro, extensivo aos dependentes incluindo deslocamento. Além da realização de pesquisa e mapeamento do perfil do bancário da Caixa, criação de uma política de saúde mental e abertura obrigatória de CAT em caso de assalto e combate ao assédio moral e todas as formas de violência organizacional.

A Caixa disse que já custeia o tratamento, admitiu que desrespeita a norma das CAT, por não abri-la no período de 24 horas e sim só depois de avaliado por médico ou psicólogo e negou a criação de política de saúde mental com participação dos trabalhadores. O banco ainda afirmou que faz o combate ao assédio moral.

 A Caixa não apresentou nada em relação ao fim das horas extras negativas. Sobre a realização da Universidade Caixa, a orientação da bancada patronal é de que a negociação seja feita com cada gestor. A única novidade na negociação desta quarta-feira é a de que está garantida a função do supervisor de retaguarda na Girets e centralizadoras.

“O que é mais frustrante é que a Caixa mostra pouca vontade em discutir nossas reivindicações. Simplesmente dizem que não concordam e não abrem discussões sobre os temas e nem ouvem os nossos argumentos”, finaliza Furlan.

  [caption id="attachment_11554" align="alignright" width="430"]14086199_1069693586446614_7884287211692295867_o Comissão de negociação dos empregados da Caixa em dia de luta em defesa de melhores condições de trabalho e do papel da Caixa para o desenvolvimento do Brasil.[/caption]

Dia Nacional de Luta – Nesta quarta-feira aconteceu também o Dia Nacional de Luta dos Empregados da Caixa, por iniciativa da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional dos Bancários durante o processo de negociações específicas da Campanha Nacional Unificada 2016.

No ABC o Sindicato está realizando reuniões nas agências para tratar da Campanha Nacional 2016 e neste dia de luta da Caixa os diretores conversaram com os funcionários da Caixa sobre a pauta específica do banco.

Reunião - Será realizada nesta quinta-feira, 25, reunião de avaliação das negociações com a Caixa, a partir das 18h30 no Centro de Formação do Sindicato. Todos os delegados sindicais (ou ao menos um representante por agência) estão convidados a participar.

Além da pauta específica da campanha salarial também haverá prestação de contas do mandato de Maria Rita Serrano como representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) do banco e discussão das condições de trabalho na região.

O Centro de Formação do Sindicato fica na rua Xavier de Toledo, 268, Centro, Santo André.

Veja abaixo detalhes da negociação de ontem:

 GDP

O fim do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) foi outro destaque deste encontro. A categoria pede o fim do GDP com revogação de todos os efeitos das ondas anteriores e fim da imposição das metas, com adoção dos parâmetros definidos.

A Caixa afirmou que o programa é voltado apenas a cargos de gerência, com o objetivo de desenvolvimento e planejamento de carreiras. Afirmou ainda que o programa vai continuar apenas com o público atual no próximo ciclo (6 meses).

Saúde Caixa

Pelo segundo ano consecutivo, a Caixa descumpre a utilização do superávit anual para melhorias no plano, que está previsto em ACT. A afirmação da bancada patronal de que ainda não foi aprovado pelo Conselho Diretor é uma provocação ao movimento sindical, que discute o tema há anos no GT de Saúde.

O banco também não deu retorno quanto às reivindicações de segregação operacional contábil e financeira dos seus recursos, com a criação de um fundo que os remunere, com auditagem externa, por empresa avalizada pelos conselheiros de usuários eleitos e pela CEE/Caixa e a transformação do caráter do conselho de usuários em deliberativo.

Funcef

A categoria reivindica a quitação do contencioso da Caixa com a Funcef, relacionadas às ações que tenham origem em descumprimento de direitos trabalhistas, bem como ao aporte de recursos referentes ao serviço passado em condenações e a manutenção do Fundo para Revisão de Benefícios, artigo 115 do regulamento do REG/ Replan saldado, e artigo 91 do novo Plano, como instrumento permanente da política de aumentos reais para os benefícios.

Aposentados

Para os aposentados, a categoria pede a criação de programa de renegociação de dívidas pela Caixa que permita a junção de valores devidos à Caixa e à Funcef, em até 120 meses com a menor taxa de juros praticadas pela Caixa. Além da criação de GT para análise de processos judiciais propostos por empregados, aposentados e pensionistas, com objetos idênticos e reiteradas decisões jurídicas favoráveis aos autores, de modo a encerrar.

O Banco informou apenas que oferece programação de educação financeira e condições especiais para linha de crédito com as menores taxas.

Infraestrutura das unidades

Outra reivindicação é a alteração do RH184, com a extinção do caixa minuto, avaliador minuto e tesoureiro minuto. O banco confirma a extinção da função de caixa, retirado do Plano de Funções Gratificadas.

Os bancários apresentaram ainda o desejo da garantia de participação dos empregados nas unidades de estrutura física e de pessoal. Mais uma vez a Caixa deu um retorno evasivo, ao dizer que faz estudos sobre a questão, sem citar a participação dos trabalhadores.

Segurança Bancária

Os empregados da Caixa reivindicam que o banco assuma a responsabilidade pelas perdas e danos decorrentes de problemas de segurança, incluindo a não responsabilização civil dos empregados em caso de fraudes ou golpes de terceiros contra a Caixa. Também o aperfeiçoamento da crítica nos sistemas e aplicativos, impedindo operações em desacordo com os manuais normativos, os protegendo em casos de fraude.

A Caixa relembrou que tem um processo de apuração interno. Os bancários lembraram então que com a mudança no regulamento, há dois anos, existe a possibilidade de demissão do empregado antes que seja apreciado o seu retorno de última instância e isso tem de ser alterado.

Terceirização

Os empregados reivindicaram o fim da terceirização na Caixa. O Banco respondeu que repeita uma TAC. Então, os representantes dos trabalhadores lembraram que a Caixa sofreu investigação do Ministério Público de Minas pela terceirização da atividade fim.

Caixa 100% pública

Quanto ao não fatiamento da Caixa e a manutenção de todas as participações acionárias que a empresa detém atualmente, a bancada patronal se mostrou favorável a essa reivindicação.

Organização do Movimento

O último ponto foi que a liberação dos delegados sindicais e representantes de entidades sindicais e associativas para participarem de reuniões, cursos, seminários, congressos e plenárias onde seja necessária à sua presença, seja feita de forma centralizada pelo banco.

A Caixa afirmou que deve continuar como está e que os sindicatos que tiverem problema devem procurar a Gerencia Nacional de Negociação e Relacionamentos com os Empregados (GENER).

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